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IFE: nº 27 - 01 de dezembro de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1
Coalizão de Hidrogênio Renovável na Europa
2 Fundos de Recuperação Verde são uma 'oportunidade única’
3 EUA: Plug Power levanta $ 1 bilhão para infraestrutura de hidrogênio verde
4 Energia eólica offshore atrai Equinor e Neoenergia
5 Lactec desenvolve P&D para geração ondomotriz
6 Equinor: maior parque eólico offshore do mundo
7 Parceria com Targus prepara BR Distribuidora para o futuro

Geração Distribuída
1 Aneel terá que apresentar plano de retirada de incentivos à GD
2 Grupo Urca terá usina de 5 MW para GD
3 Brasil ultrapassa marca de 7 GW em painéis fotovoltaicos
4 Cemig SIM compra 49% de participação em sete usinas de micro e miniGD
5 Cemig SIM avança para segmento residencial
6 Statkraft prevê domínio da fonte solar em 2035
7 Solar Group lança nova linha para fixação de painéis fotovoltaicos
8 STJ vai alugar usina solar de 3,7 MWp em Brasília

Armazenamento de Eletricidade
1 Projeto australiano de armazenamento da E22 está em andamento
2 Construção da maior bateria do Reino Unido é liberada

Mobilidade Elétrica
1 Baterias Li-S serão usadas em iates
2 Europa: apoio de passageiros para transporte público movido a hidrogênio
3 China aposta em células a combustível a hidrogênio
4 EDP e BYD: primeiro ônibus a ser abastecido com energia solar no Brasil

5 Reino Unido lança projeto de carregamento de embarcações offshore
6 Itália: primeiros trens a hidrogênio do país
7 UE pode ser autossuficiente em baterias de VE até 2025
8 Buick estreia tecnologia V2X na China

Medidas de Gestão e Resposta da Demanda
1 Resposta de demanda em VEs
2 Plataforma da GreenYellow otimiza gestão de faturas
3 Comerc ESCO cresce 141% no ano e anuncia nova marca

Digitalização do Setor Elétrico
1 Parceria SPIC-Cepel vai desenvolver pesquisas em smart energy

Eventos
1 Fórum Nacional debate geração de energia eólica em alto mar

Artigos e Estudos
1 Artigo de Marisa Zampolli (ABNT) sobre gestão de ativos do setor elétrico
2 Artigo de Nivalde de Castro (GESEL) e André Clark (Siemens) sobre o PNE 2050
3 Artigo GESEL: Análise de experiências pontuais de carsharing de veículos elétricos na Europa e no Brasil
4 Entrevista com Miguel Setas (EDP): “Desafio é manter o progresso e a natureza”

5 Artigo de Leandro Martins (Ecori Energia Solar): “Desafios e oportunidades para o setor de energia solar fotovoltaica”
6 IRENA: transição de energia em aquecimento e resfriamento


 

 

Transição Energética

1 Coalizão de Hidrogênio Renovável na Europa

As principais organizações de energia renovável da Europa lançaram ontem a Renewable Hydrogen Coalition para dar voz a empresas e especialistas da área que serão decisivos para posicionar a Europa como líder mundial em hidrogênio renovável, produzido por eletrólise e baseado em eletricidade 100% renovável. Composta pela WindEurope e SolarPower Europe, e apoiada pela Breakthrough Energy, a coalizão construirá uma rede de alto nível e interdisciplinar de inovadores, empresários e líderes corporativos da comunidade de hidrogênio renovável, incluindo compradores industriais. (REVE – 23.11.2020)

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2 Fundos de Recuperação Verde são uma 'oportunidade única’

Os fundos verdes de recuperação oferecem uma oportunidade “única na vida” para enfrentar a mudança climática, de acordo com a ex-chefe do clima da ONU, Christiana Figueres. Países ao redor do mundo enfrentam um imperativo moral de não desperdiçar fundos de recuperação econômica da pandemia COVID-19, disse Figueres no evento Reuters Energy Transition Europe na segunda-feira. Embora os fundos de recuperação prometidos em todo o mundo até agora totalizem US $ 12 trilhões, apenas uma parte deles tem o rótulo de dupla finalidade de "recuperação verde". A UE se comprometeu a destinar 30% de seu orçamento de € 1,8 trilhão (US $ 2,1 trilhões) para 2021-2027 para projetos de energia limpa, enquanto todo o orçamento está sujeito ao princípio de “não causar danos climáticos”. Os planos europeus incluem financiamento para projetos de hidrogênio verde e aceleração do lançamento de veículos elétricos. (GreenTechMedia – 23.11.2020)

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3 EUA: Plug Power levanta $ 1 bilhão para infraestrutura de hidrogênio verde

A Plug Power levantou cerca de US $ 1 bilhão em transação de capital para financiar seu plano de construir o que pode ser a primeira rede nos EUA de instalações de produção de hidrogênio verde. “Planejamos construir cinco estações de hidrogênio verde na América do Norte, usando 100 toneladas de hidrogênio por dia. As fontes para isso serão energias renováveis, como a energia solar, eólica e hidrelétrica”, disse Andy Marsh em uma entrevista coletiva com empresas de petróleo, montadoras, produtores de hidrogênio e outras empresas que promovem investimentos em infraestrutura de hidrogênio verde nos Estados Unidos. (GreenTechMedia – 24.11.2020)

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4 Energia eólica offshore atrai Equinor e Neoenergia

O potencial do Brasil para a geração de energia com usinas eólicas instaladas no mar, uma tecnologia em ascensão no mundo mas ainda inédita no país, entrou no radar de técnicos do governo e de empresas como a petroleira norueguesa Equinor e a elétrica Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola. A estatal EPE disse que registra sete projetos eólicos offshore em águas nacionais em fase de licenciamento, que somariam capacidade total de até 15 GW, perto dos 16 GW hoje operacionais em terra. O porte dessa carteira de projetos ainda em desenvolvimento, 80% concentrada nas duas empresas, evidencia os grandes números envolvidos quando se fala nas possibilidades dessa fonte de energia, que envolve turbinas maiores que as convencionais e consegue aproveitar ventos mais fortes. A EPE estima que o Brasil poderia implementar 700 GW em eólicas offshore ao explorar profundidades até 50 metros, o que representa quatro vezes a atual capacidade instalada de geração de energia do país. (Reuters – 25.11.2020)

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5 Lactec desenvolve P&D para geração ondomotriz

O Lactec está desenvolvendo um projeto de pesquisa e desenvolvimento, em parceria com a Hidrobombas Engenharia e a Global Participações em Energia, que tem o objetivo de avaliar a funcionalidade, viabilidade técnica e econômica e a eficiência energética de sistemas de absorção e conversão de energia das ondas em eletricidade. Em evento on-line realizado na última quarta-feira, 25 de novembro, a equipe de pesquisadores apresentou um panorama geral sobre o Projeto de Geração de Energia Ondomotriz, os resultados obtidos até agora e os próximos passos desse estudo, que já atingiu a fase de testes e avaliação de desempenho, em modelos reduzidos. Foi construído um tanque de ondas, em escala menor, e desenvolvidos os dispositivos para os testes preliminares. (Agência CanalEnergia – 26.11.2020)

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6 Equinor: maior parque eólico offshore do mundo

Equinor e SSE anunciaram hoje que o projeto Dogger Bank Wind Farm, na costa nordeste da Inglaterra no Mar do Norte, atingiu a meta de financiamento para as fases A e B. Chegar a esse marco financeiro permitiu o início da construção do maior parque eólico offshore do mundo, que vai estrear as turbinas eólicas Haliade-X de 13 MW da GE. O projeto está sendo construído em três fases de 1,2 GW, com as duas primeiras fases sendo construídas ao mesmo tempo para aproveitar as sinergias resultantes de sua proximidade geográfica e uso de tecnologia e empreiteiros comuns. (REVE – 26.11.2020)

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7 Parceria com Targus prepara BR Distribuidora para o futuro

A aquisição de 70% da Targus Energia pela BR Distribuidora, anunciada nesta quarta-feira, 26 de novembro, foi baseada na estratégia adotada pela empresa de se preparar para o futuro e a transição energética, indo além de ser a maior rede de postos do país e se transformando em um player que oferece ao cliente o que ele necessita. “A entrada no setor de comercialização de energia elétrica faz todo o sentido para preparar a BR para esse futuro, para fornecer a forma de energia que o cliente escolher”, explica Marcelo Cruz, Diretor executivo de Comercial B2B da BR distribuidora. Com quase 18 mil clientes sob gestão, a capilaridade da distribuidora de combustíveis no país foi um dos motivadores para a Targus Energia fechar a parceria. Foram avistadas oportunidades para essa base de clientes em áreas como a Geração Distribuída e no próprio mercado livre. (Agência CanalEnergia – 27.11.2020)

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Geração Distribuída

1 Aneel terá que apresentar plano de retirada de incentivos à GD

O TCU deu prazo de 90 dias para que a Aneel apresente um plano de ação prevendo a retirada da diferenciação tarifária entre consumidores de energia elétrica, resultante do sistema de compensação aplicado aos mini e microssistemas de GD. A proposta da Aneel deve incluir um período de transição para que o repasse de custos e encargos de forma desigual seja eliminado, de forma a não resultar em “ônus ou perdas anormais ou excessivos, nem tratamento desproporcional ou não equânime” aos proprietários de telhados solares beneficiados pelo incentivo. Em acordo aprovado na semana passada, os ministros também recomendaram à agência que em consideração aos demais consumidores de energia elétrica que arcam com os ônus da geração distribuída de pequeno porte divulgue em linguagem acessível o valor “dos subsídios cruzados gerados em decorrência da Resolução ANEEL 482/2019”, assim como “o aumento ocasionado nas suas contas de energia elétrica em decorrência da interligação das unidades produtoras à rede de distribuição.” (Agência CanalEnergia – 23.11.2020)

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2 Grupo Urca terá usina de 5 MW para GD

O maior aterro sanitário da América Latina vai ganhar uma usina térmica de geração a biogás em 2021. A usina será construída pela EVA, empresa de geração de energia renovável do Grupo Urca Energia e deve entrar em operação em maio do ano que vem, com capacidade de 5 MW, o limite máximo permitido para o segmento de geração distribuída. A nova planta vai consumir cerca de 65 mil m³ de biogás, que serão adquiridos da Gás Verde, empresa que opera no Aterro de Seropédica. Segundo Marcel Jorand, diretor-executivo do grupo Urca Energia, a EVA já deu início à prospecção de clientes para a venda de energia, com foco no segmento comercial. “Pretendemos atingir um preço 10% menor que o praticado no mercado cativo”, explica, acrescentando que a empresa já tem mapeados cerca de 350 clientes com esse perfil. O grupo investirá R$ 27 milhões por meio da EVA no projeto de geração distribuída. (Brasil Energia - 23.11.2020)

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3 Brasil ultrapassa marca de 7 GW em painéis fotovoltaicos

O Brasil ultrapassou a marca histórica de 7 GW de potência operacional da fonte fotovoltaica em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos, afirma o mais recente levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Ao todo são mais de R$ 35 bilhões em novos investimentos ao país e geração de 210 mil empregos acumulados desde 2012. O segmento de geração centralizada chegou a 3 GW, equivalente a 1,6% da matriz elétrica. Atualmente, as UFVs de grande porte são a sétima maior fonte de geração, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, em investimentos acumulados que ultrapassam R$ 15 bilhões. (Agência CanalEnergia – 24.11.2020)

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4 Cemig SIM compra 49% de participação em sete usinas de micro e miniGD

A Cemig SIM adquiriu 49% de participação em sete sociedades de propósito específico (SPEs) de geração solar fotovoltaica para o mercado de micro e minigeração distribuída, totalizando 29,45 MWp de potência instalada, informou a Cemig em comunicado. O nome do empresa controladora não foi divulgado, bem como os das SPEs. O montante a ser pago pela transação é de R$ 54,92 milhões e a potência total dos ativos é de 46,27 MWp. “A energia gerada por esses ativos atende aproximadamente 2.100 unidades consumidoras dos segmentos comercial e industrial de baixa tensão e um consumo mensal de cerca de 6,2 GWh”, afirmou a Cemig. (Brasil Energia - 26.11.2020)

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5 Cemig SIM avança para segmento residencial

A Cemig SIM iniciou na semana passada cadastro para pré-venda de energia solar por assinatura para clientes do segmento residencial. Segundo a empresa, a partir de janeiro, clientes que tiverem feito pré-cadastro terão descontos de 15% sobre a tarifa mensal, sem obrigação de cumprimento de período de fidelidade. A meta da Cemig SIM é atender a até 1 mil novos contratos nos três primeiros meses do próximo ano. A empresa estendeu a atuação para o segmento residencial. Antes, a Cemig atuava apenas nos segmentos comercial e industrial, desde o início das atividades, em outubro do ano passado. Os clientes elegíveis para a modalidade são aqueles que possuem consumo acima de 300 kWh por mês. (Brasil Energia - 26.11.2020)

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6 Statkraft prevê domínio da fonte solar em 2035

A quinta edição do relatório internacional Statkraft Baixas Emissões – Cenário 2020 mostra que embora a pandemia do Covid-19 tenha causado uma queda no consumo de energia em todo o mundo, o segmento de energias renováveis conseguiu manter o crescimento no ano, ainda que menor do que o previsto. O relatório destaca as tendências no mercado global de Energia para uma transição energética até 2050, e faz análises tendo como base modelos internos e estudos aprofundados de fontes externas. Segundo previsões do estudo, a partir de 2035, em todo o mundo, a energia solar será a maior tecnologia utilizada para a geração, ultrapassando a eólica, hidrelétrica, carvão e gás. Isso se deve principalmente à redução de custos de produção neste segmento, mas também à flexibilidade das usinas solares fotovoltaicas em termos de localização, além de serem relativamente rápidas e fáceis de construir em comparação com outras tecnologias. (Agência CanalEnergia – 26.11.2020)

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7 Solar Group lança nova linha para fixação de painéis fotovoltaicos

A Solar Group anunciou o lançamento de uma nova linha de perfil e grampos para fixação de painéis fotovoltaicos em telhados, eliminando a necessidade de furos na estrutura para instalação e atendendo a todos modelos de geradores instalados em residenciais, comércios e indústrias, com espessuras de 30, 35 e 40 mm, informa a companhia. Chamada de linha Smart, a tecnologia aplicada nos produtos também facilita a manutenção e o ajuste do sistema projetado no telhado, acompanhando a evolução dos kits solares disponíveis no mercado e marcando a estratégia da companhia em ampliar sua participação no Brasil e na América, com expectativa de terminar o ano com crescimento de 115% nas vendas em relação ao período anterior. (Agência CanalEnergia – 27.11.2020)

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8 STJ vai alugar usina solar de 3,7 MWp em Brasília

O Consórcio Sol da Justiça, formado pela empresa catarinense Quantum Solar e a espanhola sediada em Brasília Soliker Energia, venceu o pregão eletrônico do tipo menor preço realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para fornecer uma usina fotovoltaica em forma de Locação de Sistema de Geração Distribuída (SGD) em Brasília (DF), com capacidade de produzir e injetar energia no sistema de compensação, na categoria minigeração. Segundo o presidente do Grupo Quantum Engenharia, o contrato de 16 anos prevê a instalação de uma central de 3,70 Mwp com fornecimento aproximado de 8.000 módulos e 7.000 MWh ao ano, além de toda infraestrutura, equipamentos, periféricos e acessórios. (Agência CanalEnergia – 27.11.2020)

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Armazenamento de Eletricidade

1 Projeto australiano de armazenamento da E22 está em andamento

A empresa do Gransolar Group, Energy Storage Solutions, conhecida como E22, iniciou a instalação de baterias de íon-lítio, do EMS e do sistema de controle de energia para o Sistema BESS, que fornecerá serviços de rede à distribuição de eletricidade em Ausnet. Este projeto, que tem capacidade de 7,5 MW, dará total suporte ao distribuidor em uma rede que tem alto congestionamento no verão. A instalação da primeira bateria de íon lítio na Austrália abre um novo caminho para a empresa nos mercados de armazenamento de energia em todo o mundo. Este novo contrato está definido para fortalecer a posição da E22 como um contratante de armazenamento. (Energy Global – 30.11.2020)

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2 Construção da maior bateria do Reino Unido é liberada

A empresa escocesa InterGen obteve consentimento do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS) do Reino Unido para construir a maior instalação de armazenamento de energia de bateria do país nas margens do Rio Tamisa, em Essex, Inglaterra. O projeto DP World London Gateway de 640 MWh pode, em última análise, fornecer 1,3 GWh de energia, disse a empresa. Quando totalmente carregada, a bateria pode fornecer energia para mais de 300 mil residências. No entanto, será usado principalmente para apoiar e estabilizar o fornecimento de eletricidade existente. A construção deve começar em 2022, com a usina de baterias entrando em operação em 2024. (Renews – 30.11.2020)

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Mobilidade Elétrica

1 Baterias Li-S serão usadas em iates

A Yachts de Luxe (YdL) de Cingapura fechou um contrato comercial mundial de 10 anos com a OXIS Energy, desenvolvedora de bateria de lítio-enxofre (Li-S), avaliado em US$ 5 milhões para construir o primeiro barco de luxo do mundo a ser movido por células de bateria de Li-S. O barco terá um sistema de bateria de 400 kWh composto por células ultraleves de alta potência. A tecnologia Li-S da OXIS não usa nenhum material tóxico ou de terras raras na construção de sua tecnologia de células, o que é extremamente vantajoso na construção de grandes baterias para embarcações marítimas. No final da vida útil, os materiais usados nas células Li-S podem ser descartados sem causar danos ao meio ambiente. (Green Car Congress – 22.11.2020)

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2 Europa: apoio de passageiros para transporte público movido a hidrogênio

A Cummins, fabricante de motores e geradores de combustível alternativo e componentes e tecnologia relacionados, compartilhou uma nova pesquisa mostrando que mais da metade dos passageiros do Reino Unido estariam dispostos ir para o trabalho em um trem ou ônibus movido a hidrogênio para diminuir sua pegada de carbono e reduzir emissões. Quase metade dos passageiros na Bélgica e na Alemanha expressou a mesma opinião. A Cummins disse que os resultados da pesquisa demonstram atitudes positivas em relação às alternativas de tecnologia limpa para o transporte público, com cerca de 40% dos consumidores na Bélgica, Alemanha e Reino Unido dispostos a pagar £ 1 ou € 1 a mais por seu deslocamento diário para reduzir sua pegada de carbono. Mais de 40% dos entrevistados dos 3 países acreditam que as tecnologias de baixo carbono são importantes para a recuperação econômica a partir da COVID-19. (Green Car Congress – 24.11.2020)

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3 China aposta em células a combustível a hidrogênio

A China resolveu ampliar sua aposta em células de combustível a hidrogênio para VEs, o que implicará construir rede de abastecimento totalmente diferente daquela para recarregar baterias. Com tantas incertezas envolvendo a transição, ainda há o etanol no Brasil que pode trilhar a terceira via com motores híbridos plug-in ou células a combustível a hidrogênio obtido diretamente do combustível vegetal em um posto convencional. (Automotive Business – 25.11.2020)

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4 EDP e BYD: primeiro ônibus a ser abastecido com energia solar no Brasil

A BYD anunciou que fez a entrega do primeiro ônibus elétrico que será abastecido totalmente com energia solar pela companhia de energia EDP. Idealizado na UTE Pecém, no Ceará, o veículo será utilizado no transporte dos colaboradores da empresa, fazendo o trajeto de aproximadamente 70 km entre Fortaleza e São Gonçalo do Amarante, onde se localiza a usina da EDP. De acordo com a BYD, o conjunto de baterias que equipa o veículo garante autonomia para 300 km. A recarga será feita no estacionamento da empresa, onde foi construído um posto com 183 placas solares que garantem a independência do sistema em relação à energia produzida na usina e ao sistema de distribuição. A EDP investiu mais de R$ 10 milhões no sistema. (Automotive Buiness – 26.11.2020)

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5 Reino Unido lança projeto de carregamento de embarcações offshore

Várias empresas marítimas e de energia renovável offshore estão participando de um projeto para explorar a viabilidade da cobrança de embarcações offshore como parte dos esforços da indústria para descarbonizar as operações das embarcações. Os participantes irão explorar o projeto de uma embarcação de carregamento offshore permanentemente estacionada. A tecnologia permitiria que navios eletrificados, como navios de transferência de tripulação (CTVs) e navios de operação de serviços (SOVs), atracassem e recarregassem enquanto operam offshore, dando-lhes maior alcance e maiores janelas de operação. A embarcação de carregamento, por sua vez, retiraria energia dos parques eólicos em momentos de baixa demanda, armazenando-a em baterias a bordo. (Renews – 26.11.2020)

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6 Itália: primeiros trens a hidrogênio do país

A Alstom fornecerá seis trens de célula a combustível de hidrogênio para a FNM (Ferrovie Nord Milano), o principal grupo de transporte e mobilidade da região italiana da Lombardia, por um valor total de aproximadamente € 160 milhões. A entrega do primeiro trem está prevista para 36 meses a partir da data do pedido. O Coradia Stream for FNM movido a hidrogênio será equipado com a mesma tecnologia de propulsão de célula de combustível que foi introduzida pelo Coradia iLint, primeiro trem de passageiros movido por uma célula a combustível de hidrogênio, que produz energia elétrica para tração. (Green Car Congress – 30.11.2020)

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7 UE pode ser autossuficiente em baterias de VE até 2025

A UE pode produzir baterias suficientes até 2025 para abastecer sua frota de veículos elétricos em rápido crescimento sem depender de células importadas, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, na terça-feira. Hoje, a China hospeda cerca de 80% da produção mundial de células de íon de lítio, mas a capacidade da Europa deve se expandir rapidamente. A Europa tem 15 fábricas de baterias de grande escala em construção, incluindo as fábricas da empresa sueca Northvolt na Suécia e na Alemanha, as instalações alemãs da fabricante chinesa de baterias CATL e a segunda fábrica da empresa sul-coreana SK Innovation na Hungria. Sefcovic disse que até 2025 as instalações europeias planejadas produzirão células suficientes para abastecer pelo menos 6 milhões de VEs. (Aumotive News Europe – 24.11.2020)

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8 Buick estreia tecnologia V2X na China

Ainda este ano, a Buick se tornará a primeira marca na China oficialmente a lançar a tecnologia Vehicle-to-Everything (V2X) pronta para o mercado. Quando implantado em escala, a tecnologia permitirá que os veículos se comuniquem entre si, bem como com a infraestrutura de tráfego, enviando e recebendo informações básicas de segurança, como localização, velocidade, status de frenagem e direções. Em agosto, no Tech Day em Xangai, a GM anunciou que, em 2022, o 5G estará disponível em todos os novos modelos Cadillac e na maioria dos veículos Chevrolet e Buick daqui para frente. Os serviços conectados mais atualizados serão fornecidos por meio de atualizações remotas. A tecnologia V2X pronta para o mercado incorpora a tecnologia de “veículo para veículo” (V2V) e soluções de “veículo para infraestrutura” (V2I). No futuro, a tecnologia Buick V2X se expandirá ainda mais para incluir a tecnologia de “veículo para pedestre” (V2P), “veículo para nuvem” (V2C) e “veículo para casa” (V2H). (Green Car Congress – 24.11.2020)

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Medidas de Gestão e Resposta da Demanda

1 Resposta de demanda em VEs

A maneira como a energia é gerenciada, monitorada e flui está mudando. O grid está se movimentando para longe do sistema linear histórico para um sistema mais descentralizado, geralmente descrito como peer-to-peer. Na teoria, qualquer bem conectado de maneira elétrica com uma comunicação embarcada e capacidade computacional pode responder a um sinal de comando de maneira a preservar a operação, o balanço e a equação de custo total do ecossistema de grid. Esse nível de interconexão pode soar futurista, mas está bem no centro da revolução da internet das coisas (IoT). Graças aos microchips de baixo custo, que propiciam a comunicação embutidos em qualquer coisa, de utensílios domésticos a VEs, já existe hoje a capacidade de criar uma resposta de demanda em qualquer número de bens altamente distribuídos. (O Estado de São Paulo – 21.11.2020)

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2 Plataforma da GreenYellow otimiza gestão de faturas

Com mais de 800 academias espalhadas pelo Brasil, abrangendo também a marca SmartFit, o Grupo Bio Ritmo vem utilizando desde janeiro uma solução da multinacional francesa GreenYellow para otimizar seu processo de gestão das contas de energia de 212 unidades, sendo 87 em Média Tensão (entre 1000 V e 50 kV) e 140 em Baixa Tensão (inferior a 1000 V), estimando uma economia de R$ 560 mil ao ano. De acordo com Pierre Yves Mourgue, diretor-presidente da GreenYellow no Brasil, uma das vantagens do EasyEnergy é simplificar o pagamento das faturas junto às concessionárias, permitindo à rede ter acesso fácil às contas, bem como visualizar de forma mais clara o que foi consumido no mês. A plataforma realiza análise do consumo mensal e uso da demanda contratada de forma gráfica e visual, facilitando a comparação entre unidades ou períodos. (Agência CanalEnergia – 23.11.2020)

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3 Comerc ESCO cresce 141% no ano e anuncia nova marca

Após apresentar dados de crescimento de 141% no acumulado do ano, atribuído a popularização da eficiência energética como forma de economia, sobretudo em tempos de pandemia, a Comerc ESCO anunciou nessa terça-feira, 24 de novembro, um novo momento estratégico sob a marca Nexway Eficiência, com foco na expansão da modalidade no Brasil. Foram mais de 70 projetos nos últimos cinco anos de atuação e R$ 53,5 milhões investidos pela companhia, que pretende aplicar R$ 300 milhões nos próximos três anos. A empresa permanecerá como parte do Grupo Comerc Energia, mas com estrutura independente e mais robusta. A Comerc ESCO, criada em 2015, é uma unidade de Eficiência Energética focada na redução do consumo de energia elétrica de empresas. (Agência CanalEnergia – 24.11.2020)

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Digitalização do Setor Elétrico

1 Parceria SPIC-Cepel vai desenvolver pesquisas em smart energy

As ações práticas referentes ao memorando de entendimento assinado nesta quinta-feira (26/11) entre a SPIC Brasil e o Cepel começam com investimento de até R$ 20 milhões a fundo perdido por parte da empresa, para desenvolvimento conjunto de pesquisas na área de smart energy. O detalhamento, ainda embrionário, foi feito pela presidente da SPIC Brasil, Adriana Waltrick, em entrevista coletiva que se seguiu à assinatura do documento. A parceria irá se apoiar em três eixos de pesquisas: o de energia inteligente integrada, o de células de combustível de hidrogênio e de desenvolvimento de tecnologia de baterias para armazenamento de energias renováveis, estando previsto o desenvolvimento de um piloto de energia inteligente, afirmou Adriana. Segundo os dois dirigentes, as tecnologias desenvolvidas deverão ser partilhadas pelos dois parceiros. “A gente compartilha os riscos, os recursos e os resultados”, explicaram. (Brasil Energia - 26.11.2020)

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Eventos

1 Fórum Nacional debate geração de energia eólica em alto mar

O Brasil vislumbra potencial para geração de energia eólica offshore. Os avanços do offshore eólico no Brasil e outros temas serão debatidos na 12ª edição do Fórum Nacional Eólico, maior evento técnico-político do setor no Brasil, que este ano será realizado de forma online em 3 de dezembro. O evento também vai debater sobre veículos elétricos, tendências e expectativas de mercado para 2021/2022, o panorama mundial e expectativa de geração de negócios, bem como os desafios de comercialização pelo mercado livre. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em aqui. (G1 – 29.11.2020)

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Artigos e Estudos

1 Artigo de Marisa Zampolli (ABNT) sobre gestão de ativos do setor elétrico

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Marisa Zampolli, diretora executiva da MM Soluções Integradas e secretária executiva da ABNT CEE 251, fala sobre gestão de ativos em empresas do setor elétrico durante a pandemia e seus impactos no pós pandemia. A autora afirma, “A pandemia mostrou a importância da mudança e a demanda por tecnologia em todo o setor elétrico, que está se reinventando e desenvolvendo estratégias de inovação e de gestão de ativos com foco em um crescimento mais sustentável.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.11.2020)

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2 Artigo de Nivalde de Castro (GESEL) e André Clark (Siemens) sobre o PNE 2050

Em artigo publicado no Valor Econômico, Nivalde Castro (coordenador do GESEL) e André Clark (General Manager da Siemens Energy Brasil), tratam do PNE 2050, analisando em uma visão estratégica. Segundo os autores “o PNE assume uma premissa básica de compromisso firme com a sustentabilidade ambiental no âmbito do setor de energia, aderente aos objetivos globais da descarbonização. Nesta direção, o Plano foge de ideologias e foca no interesse público, partindo de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, e reafirma a prioridade no aproveitamento dos recursos renováveis, onde o Brasil tem um imenso potencial competitivo.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.11.2020)

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3 Artigo GESEL: Análise de experiências pontuais de carsharing de veículos elétricos na Europa e no Brasil

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro, coordenador do GESEL/UFRJ, Marcelo Maestrini, Paulo Maurício Senra, Ceres Cavalcanti e Luiza Di Beo Oliviera, pesquisadores do GESEL/UFRJ, falam sobreas experiências envolvendo soluções de compartilhamentos de veículos elétricos (e-carsharing) para o aumento de utilização desses veículos. Os autores afirmam que “a difusão da mobilidade elétrica é desafiadora, visto que os avanços em soluções de armazenamentos de energia – as baterias – ainda possuem um alto custo, determinando preços de veículos elétricos (VE) em patamares muito elevados, equiparados a modelos de luxo à combustão. Diante da necessidade de um elevado investimento para a aquisição de um veículo elétrico individualmente pelo consumidor, as soluções de compartilhamento (e-carsharing) se mostram mais promissoras, ao diluir o investimento entre diversos usuários do serviço, mediante o aumento da taxa de utilização dos veículos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.11.2020)

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4 Entrevista com Miguel Setas (EDP): “Desafio é manter o progresso e a natureza”

Em entrevista realizada pelo jornalista Renée Pereira e publicada no jornal O Estado de São Paulo, Miguel Setas, presidente da EDP Energias do Brasil, fala sobre o papel das empresas no novo paradigma ambiental e as ações tomadas pela EDP para contribuir com a agenda sustentável. Segundo ele, a companhia deve reduzir em 90% o volume de emissões comparado a 2011, apostando numa transição energética que inclui a descarbonização de suas usinas, aumentando a produção renovável e desenvolvendo veículos elétricos. Na avaliação do executivo, as empresas têm papel fundamental na busca por uma economia regenerativa e não apenas de uma economia circular. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.11.2020)

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5 Artigo de Leandro Martins (Ecori Energia Solar): “Desafios e oportunidades para o setor de energia solar fotovoltaica”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar, fala sobre o mercado de energia solar fotovoltaica no Brasil. Segundo o autor, mesmo com os impactos negativos decorrentes da pandemia de COVID-19, o setor de energia solar conseguiu manter-se em crescimento, aumentando a capacidade instalada e gerando novos empregos. Ele conclui que, “é muito bem-vinda a certificação para Responsável de Empresa de Energia Solar Fotovoltaica. É, sem dúvida, um primeiro passo para tornar o mercado de energia solar fotovoltaica ainda mais robusto”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.11.2020)

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6 IRENA: transição de energia em aquecimento e resfriamento

O aquecimento e o resfriamento baseados em energia renovável emergiram como uma prioridade urgente para os países que se esforçam para cumprir as metas climáticas e construir economias resilientes e sustentáveis. O relatório conjunto da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), da Agência Internacional de Energia (IEA) e da Rede de Energia Renovável para o Século 21 (REN21), destaca os benefícios e identifica barreiras de investimento, bem como as políticas para impulsionar uma aceitação mais rápida de aquecimento e refrigeração renováveis em todo o mundo. “Renewable Energy Policies in a Time of Transition: Heating and Cooling” descreve cinco caminhos de transformação possíveis, abrangendo eletrificação baseada em energias renováveis, gases renováveis, biomassa sustentável e usos diretos de calor solar térmico e geotérmico. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (IRENA – 27.11.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara
Pesquisador: Mateus Amâncio
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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