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IFE: nº 72 - 31 de agosto de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
USP: Posicionamento do Brasil frente ao carro elétrico
2 Siemens Innovation Forum: cidades brasileiras inteligentes, sustentáveis e inclusivas
3 Mato Grosso do Sul: Projeto para Programa de Incentivo ao uso de VEs
4 São Paulo: Polícia Militar inicia testes com viaturas elétricas
5 Alemanha: novas condições para apoio aos híbridos plug-in
6 Japão: país apresenta mais estações de recarga do que VEs
7 UE: 'Fit for 55' transformará a cadeia de fornecimento automotivo
8 UE: período de transição para a eletrificação implica em maiores desafios
9 UE: plano para redução da dependência de matérias-primas críticas para VEs
10 UE: propostas acerca de apoio à produção de ímãs usados em VEs
11 Frost & Sullivan: programas de incentivo mais rigorosos impulsionam o mercado global de ônibus elétricos

Inovação e Tecnologia
1 Inmetro prepara 1º laboratório do Brasil para testes de bateria veicular
2 CBMM investe em startup especializada no desenvolvimento de materiais avançados para baterias
3 GAC Aion anuncia VE com autonomia e carregamento de destaque
4 Potencial de desenvolvimento de sistema de auto-carregamento para VEs

Indústria Automobilística
1 Brasil: alta no preço da gasolina estimula mercado de VEs
2 Scania: estudo da viabilidade de produção de veículo elétrico no Brasil
3 JAC: lançamento de caminhão elétrico urbano no Brasil

4 Mercedes-Benz: plano para ônibus elétrico projetado no Brasil

5 BMW: caminhão de bombeiro elétrico já opera fábrica em SC

6 Bridgestone: parceria e soluções para caminhões elétricos e autônomos

7 Mercedes-Benz: ônibus elétricos eCitaro em operação na Alemanha

8 BYD Chile se destaca no processo de eletrificação do transporte público
9 EDF: cadeia de suprimentos dos EUA para caminhões e ônibus de emissão zero
10 ReportLinker: mercado de caminhões elétricos até 2030

Meio Ambiente
1 EDF: frotas americanas estão adotando caminhões elétricos
2 Reiter Log: investimento em veículos sustentáveis para entregas de "última milha"
3 A mudança climática e o problema de infraestrutura para VEs

Outros Artigos e Estudos
1 Artigo: “Crise energética: é hora de falar sobre os carros elétricos?”
2 VEs e painéis fotovoltaicos: benefícios para ambos os setores
3 Carregadores de VEs e falhas de segurança
4 Nasce a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS

5 Brasil: os desafios de rodar com VEs em viagens de longa distância
6 We Predict: comparação de custos com serviços entre os VEs e os convencionais
7 Siemens Innovation Forum: Brasil pode ser protagonista na transformação do setor para a ME


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 USP: Posicionamento do Brasil frente ao carro elétrico

Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a indústria da mobilidade elétrica avança na América Latina, no entanto, no Brasil, ela está estagnada. Segundo Marcelo Augusto Alves, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, o comparativo entre os mercados latino-americanos é algo difícil de se realizar, pois cada um dos países que compõem o grupo possui mercados com características específicas. Enquanto mercados como o Brasil possuem um setor produtor de mobilidade abrangente, o Chile ainda depende de importações para alimentar seu mercado automotivo. Em relação ao Brasil, o professor destaca projetos de incentivo para o desenvolvimento tecnológico na área. Projetos como o Rota 2030 buscam desenvolver a indústria local com esse intuito. “A questão do veículo elétrico, em particular no Brasil, não é só tecnológica, ela é uma questão de política econômica e industrial”, diz Alves. Com o crescimento internacional desses produtos, é preciso que o Brasil entenda como ele iria se inserir no mercado antes de realizar a eletrificação. “Existem outras tecnologias e seria muito interessante ver qual seria mais interessante para o Brasil”, diz o professor, ao comentar a priorização ao modal elétrico. De acordo com ele, ainda que a eletrificação seja inevitável, há um mercado forte de biocombustíveis que ainda pode ser explorado pelo Brasil. Ele ressalta, ainda que o carro elétrico não se limita à fabricação do veículo, mas envolve uma série de fatores de infraestrutura para viabilizar o projeto. (Jornal da USP – 26.08.2021)

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2 Siemens Innovation Forum: cidades brasileiras inteligentes, sustentáveis e inclusivas

A eletromobilidade foi um dos temas comentados no painel “Cidades Brasileiras Inteligentes, Sustentáveis e Inclusivas”, que ocorreu na quarta-feira, 25, durante o Siemens Innovation Forum, e que foi moderado pelo CEO da área Smart Infrastructure da Siemens, Sergio Jacobsen. Entre os participantes esteve a idealizadora da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, Paula Faria, que ressaltou sobre a importância da eletrificação dos veículos para o bem-estar das pessoas nas grandes cidades. “A qualidade de vida tão almejada nos grandes centros urbanos pode ser alcançada por meio de uma mobilidade inteligente. Essa é uma agenda urgente para as cidades pois tem um impacto direto na vida das pessoas”, afirmou ela, ressaltando a redução nas emissões de poluentes com a transição dos veículos a combustão para os elétricos. O painel contou com a participação do prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, que colocou a eletromobilidade como um dos desafios a serem superados para uma melhor gestão da cidade. (SEGS – 27.08.2021)

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3 Mato Grosso do Sul: Projeto para Programa de Incentivo ao uso de VEs

Na quarta-feira (25) passou a tramitar o Projeto de Lei 248/2021, que visa instituir o Programa estadual de incentivo ao uso de carros movidos à propulsão elétrica e híbridos, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. A proposta é de autoria do deputado Capitão Contar (PSL) e pretender reduzir o Imposto sobre Veículo Automotor (IPVA) de tais carros em “70% para veículos movidos somente à propulsão elétrica e em 40% para veículos híbridos”, nos cinco primeiros anos de tributação incidente no veículo adquirido em Mato Grosso do Sul. A redução será emitida quando o consumidor apresentar requerimento no momento do primeiro licenciamento, sendo o benefício deferido automaticamente nos licenciamentos subsequentes. O Poder Executivo poderá realizar convênios visando a criação de postos de recarga gerada por fontes renováveis, para o abastecimento de veículos elétricos. Ainda de acordo com o projeto, o Programa possui como objetivo “promover o controle da poluição e o desenvolvimento tecnológico, garantir às gerações futuras um meio ambiente ecologicamente equilibrado e incentivar a busca e a utilização de fontes renováveis de energia”. A proposta segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). (Capital News – 25.08.2021)

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4 São Paulo: Polícia Militar inicia testes com viaturas elétricas

A Polícia Militar de São Paulo inicia no próximo dia 1° de setembro um período de 90 dias de avaliação de desempenho com veículos elétricos dedicados ao trabalho policial. O principal objetivo do projeto é aferir a operacionalidade dos veículos, levando-se em conta as características dessa tecnologia, como tempo de recarga das baterias, resposta na aceleração e sistemas de freios. Também serão avaliadas algumas peculiaridades dos carros elétricos, como baixo ruído e possível economia em manutenção em virtude da inexistência de vários componentes mecânicos presentes nos modelos movidos à combustão. Nesta etapa do processo serão utilizados dois veículos Leaf, da companhia japonesa Nissan, e um I5, da chinesa BYD. Os testes ocorrem sem custos para o Estado e as fabricantes foram definidas por meio de uma audiência civil pública, para a qual foram convidadas todas as empresas do segmento. Ao final do período de três meses, o CMM (Centro de Motomecanização da Polícia Militar) vai produzir um relatório com os resultados da avaliação e todas as especificações técnicas necessárias aos processos licitatórios. Se a tecnologia for aprovada, o documento poderá ser utilizado em possíveis propostas de compra da PM e de demais órgãos públicos interessados em adquirir modelos elétricos. A expectativa da Polícia Militar é trocar parte de sua frota, que atualmente é de 20 mil veículos, por modelos com zero emissão de carbono. Todos os policiais militares que utilizarão as novas viaturas passaram por um curso de instrução nos dias 26 e 27 de agosto, na sede do CPA/M-5. (Portal R3 – 28.08.2021)

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5 Alemanha: novas condições para apoio aos híbridos plug-in

A partir do próximo ano, os condutores dos carros elétricos híbridos plug-in, na Alemanha, só poderão recorrer aos apoios do Estado se percorrerem, no mínimo, 60 km em modo elétrico. A medida representa mais 10 km face às imposições atuais. A decisão surge na sequência de várias críticas ao uso inadequado destes veículos, levando, inclusive, a União Europeia a prometer políticas mais restritivas à sua comercialização. As novas imposições pretendem dar um sinal de como a indústria automotiva alemã deverá encarar o futuro. Isto é, ou desistem desta tecnologia ou fabricam baterias maiores nos modelos híbridos, levando os condutores a carregá-la com mais frequência. As medidas tomadas pelo governo de Berlim surgem como um caminho que os restantes estados-membros da UE poderão seguir. Em Portugal, por exemplo, a legislação tem algumas semelhanças ao regime atualmente praticado na Alemanha. O Estado impõe uma distância mínima de 50 km em modo elétrico e emissões abaixo dos 50 gramas de CO2/km (conhecida como regra 50/50). Em todo o caso, os veículos híbridos plug-in já têm o seu fim anunciado no espaço comunitário. A União Europeia só irá considerá-los como veículos de baixas emissões até 2030. E a partir de 2035, os construtores só poderão vender veículos zero emissões. (JN – 25.08.2021)

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6 Japão: país apresenta mais estações de recarga do que VEs

O primeiro-ministro Yoshihide Suga prometeu que o Japão será neutro nas emissões de carbono até 2050. No entanto, o país enfrenta um problema recorrente aos empreendimentos criados sob mentalidade de “construir que a demanda aparece”. Após oferecer subsídios da ordem de 100 bilhões de ienes (US$ 911 milhões) no ano fiscal de 2012 para construção de estações de recarga e estimular a adoção de veículos elétricos, apareceram estações por todos os lados. Hoje, os elétricos respondem por apenas 1% da frota. Centenas de estações estão se degradando sem uso e outras (com vida média de aproximadamente oito anos) estão sendo completamente desativadas. O número de estações de recarga de VEs no Japão caiu para cerca de 29.200 nos 12 meses encerrados em março, comparado a mais de 30.300 no ano anterior, de acordo com a editora de mapas Zenrin. Foi a primeira queda desde 2010, quando a empresa começou a coletar os dados. Segundo Tsuyoshi Ito, gestor da divisão de planejamento da e-Mobility Power, daqui para frente, será fundamental instalar estações em locais convenientes para os usuários e evitar que todas cheguem ao final de sua vida útil simultaneamente, de modo a sustentar a expansão dos carros elétricos. O Japão pretende aumentar o número estações em todo o país para 150.000 até 2030. (Yahoo! Finanças – 25.08.2021)

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7 UE: 'Fit for 55' transformará a cadeia de fornecimento automotivo

O obstáculo imediato da indústria automotiva é a fase de recuperação econômica da pandemia, agravado pela escassez de semicondutores e materiais e pela desaceleração da produção devido às restrições trabalhistas. No entanto, uma vez que essas questões, relativamente de curto prazo sejam atenuadas, o então chamado “Fit for 55” será de um significado muito maior, pois transformará completamente a indústria automotiva na próxima década. A proposta da UE estabelece explicitamente novas metas de emissões veiculares, que são significativamente mais ambiciosas do que as anteriores. Muitos países europeus, e os fabricantes, incluindo Ford, Volvo Cars e Renault, já tinham estabelecido seus planos autoimpostos para eliminar ou mesmo proibir veículos com motor de combustão interna em períodos variados de 2025 a 2040. Em pouco menos de uma década, o mix de produtos na Europa mudará substancialmente. O endurecimento das metas de emissões acelerará ainda mais a eletrificação e a transformação, influenciando radicalmente lançamentos de produtos, decisões de investimento e estratégia geral. Os produtores precisarão mudar completamente suas linhas de produtos, cadeias de suprimentos, modelos de negócios e tudo dentro de dois ou três ciclos de produtos. Essa mudança será sentida em toda a cadeia de suprimentos e na fabricação, pois os próprios VEs têm muito menos peças do que os veículos mais poluentes, e em teoria, pelo menos, oferecem cadeias de suprimentos e montagem simplificadas, uma vez que a produção seja voltada apenas para veículos elétricos. (Automotive Logistics - 23.08.2021)

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8 UE: período de transição para a eletrificação implica em maiores desafios

Durante o período de transição de 2021 a 2035, haverá uma infinidade de tecnologias de powertrain que vão desde híbridos leves a híbridos completos, híbridos plug-in, VEs completos e até mesmo o desenvolvimento de veículos a célula de combustível de hidrogênio. Isso significa não apenas dificuldades para os consumidores na escolha de veículos, mas também multiplica a complexidade nas cadeias de suprimentos e processos de produção, com o conjunto de diferentes variantes montadas nas mesmas linhas de produção. Além disso, será necessário investir maciçamente na extração e processamento das matérias-primas e componentes da bateria. Grande parte dessa nova ordem mundial eletrificada será altamente disruptiva, significando um novo conjunto de empresas lutando por posição nesta lucrativa nova cadeia de valor emergente. Como resultado, uma série de novas parcerias, joint ventures e alianças se formarão entre empresas de baterias e fabricantes para alavancar suas competências simbióticas. Apesar desses desafios, o plano e o roteiro da UE são, pelo menos, certos e claros, o que significa que há uma inevitabilidade esmagadora para a transição para a eletrificação. (Automotive Logistics - 23.08.2021)


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9 UE: plano para redução da dependência de matérias-primas críticas para VEs

Muitos fabricantes de VEs e baterias da UE iniciaram sinergias com marcas chinesas ou empresas especializadas, mas a situação pode mudar em breve. A União Europeia, de fato, estaria trabalhando para reduzir a dependência da China também em tudo o que diz respeito a motores elétricos, a começar pelos ímãs. A demanda do mercado vai crescer 10 vezes em 30 anos e é preciso estar pronto para essa mudança. Atualmente, a Europa recebe 98% dos ímãs usados em veículos eletrificados, de defesa, aeroespaciais e 100% elétricos diretamente da China. No Velho Continente existem poucas empresas especializadas. No entanto, eles têm dificuldades neste estágio para competir em igualdade de condições com a concorrência chinesa. Graças aos fortes incentivos e subsídios de Pequim, as indústrias orientais podem pagar preços 25% mais baixos em ímãs. Por esta razão, as empresas exigem uma intervenção da Europa que possa preencher essa lacuna ou introduzir impostos para quem importa da China. Na verdade, já havia algo nesse sentido. Em 2020, foi criada a European Raw Material Alliance (ERMA), uma verdadeira aliança dedicada às matérias-primas críticas também necessárias para carros elétricos e baterias. Agora, no entanto, é necessária uma etapa extra e de acordo com algumas fontes confidenciais citadas pela "Reuters" um plano não muito diferente do que foi apresentado nas últimas semanas nos Estados Unidos, onde a produção de imãs será sustentada por meio da doação de materiais específicos, créditos e incentivos. É preciso dizer também que a Europa já está trabalhando para se libertar gradativamente da dependência chinesa, pelo menos no que diz respeito à produção de baterias. A injeção de capital europeu permitirá a criação de 15 fábricas até 2025 para continuar no caminho da independência na produção de acumuladores. (Inside EVs – 28.08.2021)

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10 UE: propostas acerca de apoio à produção de ímãs usados em VEs

A UE está trabalhando em propostas para iniciar a produção doméstica de um tipo de ímã especializado essencial em motores de carros elétricos, oferecendo apoio aos produtores locais, para que possam competir com rivais chineses, segundo fontes da CNBC. Os Estados Unidos, a UE e a Grã-Bretanha pretendem expandir a produção dos ímãs usados em VEs e turbinas eólicas para ajudar a cumprir metas de redução das emissões de carbono e diminuir a dependência da China, cujos produtores dominam o setor global. As propostas que estão sendo consideradas pela UE incluem tanto financiamento barato quanto compensação por custos mais altos de matérias-primas. Em contrapartida, empresas europeias denotam incerteza sobre os futuros investimentos na área. "Se vamos investir nosso próprio capital, precisaremos ver um esforço coordenado, onde nossa parte do capital atrairá um retorno suficiente", disse Constantine Karayannopoulos, diretora executiva da Neo Performance Materials. “A Neo possui a única instalação comercial de separação de terras raras na Europa e está preparada para construir uma fábrica permanente de ímãs de US$ 100 milhões na Estônia”, acrescentou Karayannopoulos. Ele disse que não tinha visto as propostas da UE, mas apoiou um esforço público/privado para impulsionar o setor. Atualmente, a China supre 98% da demanda da UE por tais ímãs, um conjunto de 17 minerais usados em diversas aplicações, incluindo eletrônicos, defesa e aeroespacial. Um porta-voz da Comissão da UE recusou-se a comentar, mas disse que quaisquer medidas em potencial devem ser compatíveis com os auxílios estatais e as regras da Organização Mundial do Comércio. (CNBC - 23.08.2021)

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11 Frost & Sullivan: programas de incentivo mais rigorosos impulsionam o mercado global de ônibus elétricos

A análise recente da Frost & Sullivan constata que a crescente adoção de ônibus elétricos, impulsionados por políticas governamentais pró-verde, permitiu a terceirização global e a cadeia de suprimentos. O mercado total de ônibus elétricos, composto por veículos elétricos híbridos, veículos elétricos híbridos plug-in, veículos elétricos a bateria e veículos elétricos a célula de combustível, deverá ultrapassar 211.000 unidades até 2030 a uma taxa de crescimento anual composta de 13,9%. "Espera-se que o crescimento da capacidade das baterias, juntamente com o desenvolvimento agressivo das tecnologias de infraestrutura de carregamento, aumente a taxa de adoção de powertrains elétricos no segmento de ônibus, embora enfrente forte concorrência dos ônibus a diesel e gás natural.", disse Saideep Sudhakar, gerente de pesquisa da Frost & Sullivan. Outro dado relevante é a concentração do mercado, o qual deve-se compor por China, Europa e América Latina constituindo mais de 89% até 2030. Os principais insights regionais e oportunidades de crescimento incluem uma participação considerável de BEVs na América do Norte, o aumento da captação de ônibus elétricos por meio do projeto Zero Emission Bus Rapid-Deployment Accelerator (ZEBRA) na América Latina, uma diretiva de veículos limpos e a Iniciativa Conjunta para Veículos a hidrogênio impulsionando as frotas em toda a Europa, um crescimento moderado de ônibus elétricos entre 2022 e 2025 na China e, por fim, uma maior penetração na Índia devido aos incentivos de Adoção e Fabricação mais rápido de Veículos Híbridos e Elétricos (FAME). (Frost & Sullivan - 24.07.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Inmetro prepara 1º laboratório do Brasil para testes de bateria veicular

Será assinado um memorando para construção do primeiro laboratório privado de ensaios de baterias para carros elétricos do Brasil. Segundo o projeto, ele será instalado no Campus de Inovação e Metrologia do Inmetro, um parque tecnológico em Duque de Caxias (RJ). Participam da assinatura, além do Inmetro, a PUC do Rio Grande do Sul e o organismo de certificação de produtos PCN, da Coreia do Sul. O contrato legal, com as bases finais da parceria, deverá ser assinado ainda em dezembro de 2021. O laboratório deverá entrar em operação em 2023 e, segundo o Inmetro, atende à crescente demanda mundial por carros mais econômicos e menos poluentes. “Algumas projeções indicam que, em 15 anos, mais de 60% da frota brasileira será de veículos eletrificados. A partir disso, surge a importância de uma infraestrutura da qualidade do País neste segmento. Temos capacidade técnica para contribuir para o desenvolvimento de requisitos de segurança”, disse Marcos Heleno Guerson, presidente do Inmetro. A iniciativa está fundamentada no Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo os termos da parceria entre as partes, caberá ao Inmetro ceder espaço no Campus de Laboratórios, treinar especialistas para manter a rastreabilidade e desenvolver requisitos e programa de acreditação. No caso do PCN, deverá fazer a ponte com potenciais investidores, dar suporte para criação de normas e desenvolver certificação. À PUC, gerenciar os recursos arrecadados, construir laboratório e comprar equipamentos. (Automotive Business – 27.08.2021)

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2 CBMM investe em startup especializada no desenvolvimento de materiais avançados para baterias

A CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), liderou a primeira rodada de investimentos na Echion Technologies, startup britânica que desenvolve materiais avançados para baterias de íons de lítio. O aporte da líder global em produtos de Nióbio, realizado em conjunto com o fundo de investimento BGF, somou R$ 72 milhões. Tal aporte é mais uma iniciativa da companhia para consolidar sua liderança no desenvolvimento de tecnologias aplicadas para materiais de baterias com óxido de nióbio, o que deve revolucionar o setor de ME em todo o mundo. Rodrigo Amado, gerente de estratégia e novos negócios da CBMM ressalta que este investimento faz parte dos planos de estratégias da empresa para acelerar as tecnologias inovadoras. O executivo ainda diz que a CBMM pretende avançar ainda mais em direção à mobilidade sustentável, oferecendo baterias de carregamento ultrarrápido, que possuam maior estabilidade e vida útil. Estamos otimistas e acreditamos que esses novos produtos já estarão disponíveis no próximo ano, conclui o gerente de estratégia e novos negócios da CBMM. A CBMM e Echion pretendem desenvolver produtos com uma combinação única de capacidade de carregamento rápido, economia e alta densidade de energia. Com esse investimento, a empresa britânica ampliará a produção desses novos materiais, que já foram avaliados e aprovados pelos principais fornecedores de células de baterias do mundo, aumentando sua capacidade de atendimento à crescente demanda para testes pré-produção. Os recursos também serão destinados ao fortalecimento do suporte ao cliente, para as operações comerciais e de P&D. (Click Petróleo e Gás – 26.08.2021)

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3 GAC Aion anuncia VE com autonomia e carregamento de destaque

A GAC Aion é uma das montadoras mais importantes da China e se coloca como uma das principais no segmento de carros elétricos. Prova disso está em seu novo automóvel zero emissão, o Aion V, que promete autonomia de 1.000km e carregamento de 100% da bateria em menos de 10 minutos em sua versão top de linha. Segundo a GAC Aion, o Aion V terá duas versões: uma com carregamento de 3C (unidade coulomb) e outra de 6C, que dariam à bateria de grafeno capacidade de carga ultrarrápida. Os testes revelam que, na variante menor, o abastecimento seria de 0 a 80% em 16 minutos e 30% a 80% em 10 minutos, enquanto a mais potente levaria oito minutos para ir de 0 a 80% e apenas cinco minutos para carregar de 30% a 80%. Mesmo sem revelar o tamanho da bateria e sua voltagem exata, a GAC Aion afirma que essa velocidade toda não afetaria o uso do automóvel e nem prejudicaria a durabilidade do componente. Segundo a GAC Aion, o Aion V, que será um SUV médio, poderá rodar até 1 milhão de quilômetros mesmo com esse carregamento mais agressivo. Seu lançamento está programado para setembro de 2021, quando a empresa mostrará todo o aparato tecnológico e suas especificações técnicas, como a potência, torque e versões. (CanalTech – 24.08.2021)

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4 Potencial de desenvolvimento de sistema de auto-carregamento para VEs

Samuel Ajiboyede, um inovador nigeriano e CEO da Zido Freight & Logistics, desenvolveu um sistema de carga em movimento para veículos elétricos usando o que ele chama de conceito de “energia regenerativa de Harnod”. “É um método que eu acho que as partes interessadas na indústria automotiva deveriam pensar e talvez usar.” O conceito Harnod, explicou Ajiboyede, tem uma abordagem diferente. Ele afirma que todo movimento rotacional pode ser convertido em energia elétrica, independentemente da fonte do movimento. Aplicado aos VEs, significa que algum percentual da energia que está sendo utilizada pode ser regenerada e enviada de volta para carregar a bateria, a cada ponto em que o carro estiver em movimento. De acordo com Ajiboyede, a adoção do conceito nos automóveis resultaria em tempos de condução mais longos. “Os usuários não teriam que se preocupar em ter baterias de alta capacidade, mas sim com a porcentagem de energia que está sendo devolvida à bateria.” Embora a solução Harnod não prejudique a necessidade de infraestrutura de carregamento, poderia reduzir significativamente a carga potencial que os VEs colocarão nas redes nacionais. “Os motoristas economizam muito tempo, pois podem usar o recurso de recarga em trânsito e programar a recarga para um horário menos movimentado do dia”, disse Ajiboyede. “Também reduz muito os custos de manutenção.” Ajiboyede e sua equipe de engenheiros testaram com sucesso o conceito regenerativo Harnod usando uma bicicleta elétrica Al-Hm 350 Watts, que ele diz ter percorrido cerca de 30 quilômetros por sete dias sem carregar. Não está claro se a tecnologia será tão eficaz quando dimensionada para um veículo de quatro rodas. Mas ele acredita que um fabricante com uma “equipe técnica forte” pode aplicar com sucesso o conceito Harnod aos carros. (Webficar – 23.08.2021)

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Indústria Automobilística

1 Brasil: alta no preço da gasolina estimula mercado de VEs

O burburinho da semana gira em torno do preço da gasolina, que chegou a bater o valor de R$ 7 por litro em algumas localidades. Apesar da alta dos combustíveis, as vendas de automóveis registraram crescimento de 26,2% de janeiro a julho. Mas, quando fazemos a quebra desse número, vemos algumas coisas interessantes. Analisando o crescimento nas vendas por tipo de combustível, temos: Veículos movidos a gasolina/álcool registraram crescimento de 23,8%. Já com os veículos movidos a diesel foi uma outra história: evolução de 40,2%. Tratando-se dos carros elétricos/híbridos estão com 90% de crescimento. Desse modo, as vendas de carros híbridos estão quase dobrando de tamanho. Além disso, com os dados de vendas do mês de agosto (até o dia 25), a participação dos eletrificados alcançou a marca de 2,42%. Desse modo, esse mercado está começando a ficar “exponencial” aqui no Brasil. E já estão começando a contaminar outros segmentos. A VW já começou com os seus caminhões leves (urbanos) e nesta quarta (25), a Mercedes anunciou a produção de ônibus (urbanos) elétricos, com início de circulação já para o ano que vem. (InfoMoney – 26.08.2021)

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2 Scania: estudo da viabilidade de produção de veículo elétrico no Brasil

O presidente da Scania na América Latina, Christopher Podgorski, disse que a montadora tem planos de produzir veículos elétricos no Brasil, mas o passo só será dado quando a tecnologia tiver viabilidade econômica e financeira, algo que ainda levará algum tempo. Como países emergentes não têm a mesma capacidade de subsídios dos mercados que lideram a transição tecnológica, a montadora de caminhões de origem sueca prevê um futuro que chama de "eclético". Nele, motores alimentados por combustíveis de menor emissão - como a propulsão a gás desenvolvida pela fabricante - ou mesmo a diesel vão coexistir com os elétricos. A expectativa é que em países sem subsídios, e onde o preço dos combustíveis é mais controlado pelo governo, o investimento na aquisição de VEs leve mais tempo para "se pagar". Podgorski disse que a introdução, bem como a adaptação industrial, de novas tecnologias faz parte dos investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão previstos para o Brasil até 2024. No momento, contudo, a montadora tem feito apenas testes com carros elétricos. (Jornal do Comércio – 29.08.2021)

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3 JAC: lançamento de caminhão elétrico urbano no Brasil

A JAC amplia mais uma vez sua linha de veículos elétricos no Brasil com o lançamento do iEV 350T, um caminhão elétrico de perfil urbano (VUC) que chega ao país pelo preço de R$ 220.000. Trata-se do sétimo veículo totalmente elétrico da marca a ser lançado no país, tornando o portfólio da marca no país predominantemente de veículos zero emissão. O caminhão elétrico possui um conjunto de baterias com 55 kWh de capacidade, suficiente para autonomia de 300 km com uma carga. Segundo a JAC, o alcance pode subir para até 350 km com o uso da regeneração de energia nas frenagens e o modo Eco ativado. A JAC destaca o baixo custo de manutenção, até cinco vezes menor que o equivalente a diesel. De acordo com o levantamento da empresa, o custo para rodar 100 km com energia elétrica é de apenas R$ 11, em oposição ao gasto com diesel em torno de R$ 54 para cobrir a mesma distância. (Inside EVs – 24.08.2021)

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4 Mercedes-Benz: plano para ônibus elétrico projetado no Brasil

A Mercedes-Benz apresenta seu plano para produzir ônibus elétricos para transporte público em grandes cidades. O projeto será desenvolvido no Brasil e com produção local. O ônibus da Mercedes será fabricado em São Bernardo do Campo (SP). A empresa já anunciou a cidade de São Paulo como primeiro mercado. Com base em contatos com operadores que atuam no município, cuja frota de ônibus está em torno de 14 mil veículos, a montadora estima que a capital paulista poderá absorver todo o seu primeiro lote de vendas, estimado entre 50 e 150 unidades. No caso do transporte público, a demanda tende a ser uma consequência de políticas públicas municipais voltadas à redução de emissões. Para os executivos do setor, se os maiores centros urbanos do país derem esse pontapé inicial, cidades menores seguirão o exemplo num momento em que o custo dos veículos for mais acessível. A Mercedes demonstra a intenção de tentar nacionalizar seus veículos ao máximo. Segundo o vice-presidente de vendas, Roberto Leoncini, apesar de a montadora ter parcerias globais, no caso do Brasil a nacionalização é necessária para o veículo atender às regras das linhas de financiamento do setor. Uma das peculiaridades do modelo elétrico é que o projeto permite à montadora exportar para uma variedade maior de mercados. O modelo elétrico foi desenvolvido pela engenharia brasileira com o apoio dos técnicos da Alemanha, onde também foram realizados os testes com os primeiros protótipos. Desde que a Mercedes, maior produtora de ônibus do país, iniciou o projeto do modelo elétrico, há cinco anos, uma das preocupações era com o tempo de recarga e a autonomia. No entanto, o desempenho do novo veículo nesse aspecto melhorou bastante. Em duas horas as baterias são carregadas o suficiente para o veículo percorrer até 250 quilômetros. (Valor Econômico – 26.08.2021)

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5 BMW: caminhão de bombeiro elétrico já opera fábrica em SC

A BMW Group comunicou que a fábrica em Araquari (SC) passou a utilizar um Veículo Elétrico Compacto de Combate a Incêndio. A Unidade de Combate Incêndio Elétrica (UCI Elétrica) foi desenvolvida especialmente para a planta catarinense da marca bávara e é o primeiro modelo com essa configuração fabricado no Brasil. A inspiração para o projeto veio da fábrica do grupo em Leipzig, na Alemanha, que possui um modelo similar. O caminhão elétrico de bombeiro foi desenvolvido, produzido e customizado pela fabricante de modelos elétricos de carga Hitech, de Curitiba (PR), e a Mitren, de Porto Alegre (RS), esta última especializada na fabricação de veículos de combate a incêndio. A Unidade está totalmente equipada e preparada para responder a vários tipos de emergência como capturas de animais, vazamentos de produtos perigosos, pré-atendimento médico e incêndios. Depois de pronto, o veículo também ganhou placas fotovoltaicas para que possa ser carregado também com energia solar, o que garante autonomia ininterrupta de operação de 100 km. "A Unidade de Combate a Incêndio Elétrica está em consonância com os objetivos do BMW Group de assegurar o futuro da mobilidade sustentável. Nosso objetivo é reduzir as emissões de CO2 em 80% na produção dos nossos veículos, em 40% no uso e 20% na cadeia de fornecedores, até 2030, em comparação com 2019. Por isso, fico muito feliz em ver que nosso time busca inovações e melhorias em todos os processos", ressalta Mathias Hofmann, diretor geral da planta. (Inside EVs – 29.08.2021)

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6 Bridgestone: parceria e soluções para caminhões elétricos e autônomos

A Bridgestone Americas (Bridgestone) e a Einride, fabricante sueca de caminhões, anunciaram uma parceria com o objetivo de cocriar soluções de mobilidade inovadoras e sustentáveis, para veículos elétricos e autônomos. A colaboração permitirá que a Einride utilize as informações de segurança e eficiência dos pneus da Bridgestone nas plataformas de veículos a bordo da Einride. A Bridgestone se tornará a parceira oficial de lançamento da Einride nos Estados Unidos e a fornecedora exclusiva de pneus da empresa no mercado norte-americano. Por sua vez, a Einride fornecerá caminhões elétricos conectados e serviços digitais. A parceria visa aumentar a frota de veículos eletrificados da Bridgestone ao longo do tempo e reduzir a pegada de carbono da empresa. A princípio, o caminhão transportará o estoque de produtos da Bridgestone entre a fábrica de pneus para caminhões comerciais da empresa e a instalação de distribuição, ambos localizados no Tennessee. As metas ambientais globais da Bridgestone incluem uma redução de 50% de sua pegada de carbono até 2030 e neutralidade de carbono até 2050, bem como pneus feitos de materiais 100% renováveis até 2050. Tratando-se da Einride, a empresa possui um ambicioso plano de negócios para transporte elétrico e autônomo nos EUA, bem como planos inovadores para melhorar suas capacidades, aproveitando a tecnologia do pneu como sensor e as percepções derivadas dos dados dos pneus. A Einride foi a primeira no mundo a operar um caminhão elétrico autônomo em vias públicas para fins comerciais em 2019. A empresa desenvolve e fornece soluções de mobilidade de carga baseadas em VEs e autônomos, liderando a transição para o transporte sustentável. (SEGS – 27.08.2021)

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7 Mercedes-Benz: ônibus elétricos eCitaro em operação na

A cidade de Darmstadt, na Alemanha, colocou em operação 24 ônibus elétricos Mercedes-Benz eCitaro. Os veículos integram a frota da operados HEAG mobilo, que planeja substituir quase todos os seus ônibus por modelos 100% elétricos nos próximos quatro anos. Do total de 24 veículos eCitaro, 11 são ônibus urbanos e 13 articulados. Todos possuem tecnologia da bateria baseada em células de níquel-manganês e cobalto (NMC) de segunda geração. A vantagem é o carregamento na garagem com alto desempenho. A meta da operadora HEAG mobilo é substituir sua frota de cerca de 80 veículos por veículos elétricos até 2025. Em junho de 2020 a HEAG mobilo começou sua jornada rumo à eletromobilidade com cinco eCitaro. Com a substituição dos ônibus a diesel por seus equivalentes movidos a eletricidade, a empresa de transporte alemã calcula que economizará cerca de 2,5 milhões de litros de óleo diesel por ano, o que evitará cerca de 6.600 toneladas de CO². (Diário do Transporte – 28.08.2021)

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8 BYD Chile se destaca no processo de eletrificação do transporte público

A BYD anunciou recentemente mais uma iniciativa para o transporte público sustentável. Uma das marcas chinesas líderes em eletrificação celebrou a entrega dos primeiros 50 táxis elétricos em Santiago, no Chile. A entrega faz parte do programa "Meu Táxi Elétrico", uma iniciativa do Ministério da Energia que visa promover os táxis elétricos no transporte público da capital chilena. O ministro Jobet destacou que, "com este programa, não só reduzimos as barreiras econômicas e tecnológicas para que os taxistas tenham acesso aos veículos elétricos, mas também contribuiremos para os nossos objetivos de mobilidade elétrica. O Chile está empenhado em alcançar transporte público 100% elétrico até 2040." Segundo as autoridades locais, após dar o pontapé inicial na capital, o programa deverá se expandir para outras cidades do país, começando com a substituição dos táxis em Valparaíso, Aysén e Los Ríos. Além disso, a iniciativa continuará a se desenvolver na Região Metropolitana. Com 455 ônibus e 50 táxis em operação na capital chilena, a BYD Chile é hoje líder consolidada em mobilidade elétrica na América Latina. Globalmente, os ônibus, táxis e outros veículos 100% elétricos da BYD se espalharam por mais de 300 cidades, em mais de 50 países e regiões. (Inside EVs – 20.08.2021)

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9 EDF: cadeia de suprimentos dos EUA para caminhões e ônibus de emissão zero

De acordo com uma nova análise conduzida pelo EDF e pela consultoria PwC, já houve um significativo investimento na cadeia de fornecimento de caminhões elétricos e ônibus — gerando uma forte e crescente cadeia de suprimentos doméstica para veículos de médio e pesados de emissões zero. Em meio às análises, quatro questões se destacam mais: i) o mercado é geograficamente diversificado, operando em mais de 1.000 locais de negócios e presentes em 44 dos 50 estados; ii) há US$ 42 bilhões em investimentos corporativos anunciados, de acordo com uma revisão de declarações e arquivamentos corporativos públicos e análises do setor; iii) os investimentos em caminhões e ônibus de emissão zero sustentam um grande número de trabalhadores, principalmente em manufatura e infraestrutura; e iv) as empresas da cadeia de fornecimento de emissões zero estão presentes em mais da metade dos distritos congressionais dos EUA, demonstrando o amplo valor de apoio adicional para o setor. Quando combinados, os fatos supracitados demonstram claramente que uma transição para caminhões e ônibus de emissão zero apresenta uma necessidade e oportunidade convincentes para comunidades e empresas em todo os EUA. (EDF – 21.07.2021)

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10 ReportLinker: mercado de caminhões elétricos até 2030

A empresa ReportLinker anunciou o lançamento do relatório "Electric Trucks Market by Propulsion, Type, Range, Battery Type, Battery Capacity, Level of Automation, End User, Payload Capacity & Region - Global Forecast to 2030", em que é analisado e projetado o cenário de crescimento das frotas de caminhões elétricos no mundo. Um grande problema com caminhões elétricos tem sido de menor alcance devido à capacidade limitada da bateria. Com a melhoria da tecnologia, à medida que melhores baterias de VE estão sendo produzidas, a gama desses caminhões vem melhorando significativamente. O grande desafio para o crescimento do mercado de caminhões elétricos é o seu alto custo. No entanto, o aumento da P&D no campo da tecnologia VE está levando à diminuição do custo das baterias, reduzindo gradualmente a diferença de custos. O mercado de caminhões elétricos é dominado por players como BYD(China), Daimler AG (Alemanha), AB Volvo (Suécia), PACCAR (EUA), Scania AB(Suécia) e outros. As principais estratégias adotadas por essas empresas para sustentar suas posições são novos lançamentos, expansões, colaborações e joint ventures. Essas estratégias têm sido analisadas para entender as posições dessas empresas no mercado. O relatório segmenta o mercado de caminhões elétricos e prevê seu tamanho, em volume, com base no tipo de veículo tipo propulsão (BEV, PHEV, FCEV) tipo de veículo (caminhões de plantão leve, caminhões de plantão médio, caminhões pesados), tipo de bateria (Lítio-Níquel-Manganês-Cobalt Oxide, Lítio-Ferro-Fosfato, outros), usuário final (Entrega de última milha, transporte de longa distância, serviços de distribuição, serviços de lixo, serviços de campo), por intervalo (até 200 milhas), capacidade de carga (até 10.000 lbs, 10.001-26.000 lbs, Acima de 26.000 lbs), nível de automação (semiautônomo e automação), capacidade da bateria (menos de 50kWh, 50-250 kwh, acima de 250 kwh) e Região. Também abrange o cenário competitivo e os perfis das empresas dos principais players do ecossistema do mercado de caminhões elétricos. (GlobeNewswire - 25.08.2021)

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Meio Ambiente

1 EDF: frotas americanas estão adotando caminhões elétricos

As frotas de caminhões dos EUA estão adotando entusiasticamente o surgimento de caminhões elétricos de médio e pesado porte. Esta é a principal constatação de uma nova análise do Environmental Defense Fund (EDF) sobre anúncios públicos e implantações conhecidas de frotas líderes. A análise, que será atualizada periodicamente para refletir novos anúncios e compromissos, está disponível através de um documento do Google. Segundo o estudo, muitas frotas estão demonstrando seu forte interesse no transporte de emissões zero com grandes compromissos de aquisição. Estes incluem a Amazon, que encomendou mais de 100.000 caminhões de entrega elétrica da Rivian e a FedEx, que reservou 500 vans de carga BrightDrop. As empresas também estão sinalizando sua direção futura através de estratégias e compromissos de sustentabilidade corporativa. Além disso, a EDF analisou os compromissos das empresas com as maiores frotas e constatou que 17 se comprometeram a fazer a transição de toda ou partes significativas de sua frota para veículos elétricos. Outras 14 empresas estabeleceram metas para reduzir as emissões em pelo menos 50% até 2035. Os principais exemplos incluem o Walmart, que está mirando zero emissões operacionais globais até 2040; a FedEx, que prometeu uma frota de coleta e entrega 100% elétrica e operações neutras em carbono até 2040 e a PepsiCo, a qual planeja reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa em suas operações diretas em 75% e sua cadeia de valor indireta em 40% até 2030. (EDF - 28.07.2021)

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2 Reiter Log: investimento em veículos sustentáveis para entregas de "última milha"

A transportadora Reiter Log decidiu apostar em veículos 100% elétricos. A empresa investiu R$ 2,5 milhões em cinco caminhões JAC Motors para sua operação de distribuição urbana - ou última milha, como é conhecida esta operação no mundo logístico. Segundo Vanessa Pilz, diretora comercial e de ESG da Reiter Log, a aquisição destes veículos é um investimento alinhado ao compromisso da empresa baseado em três pilares: econômico, ambiental e social. O principal propósito com a compra dos veículos elétricos é zerar a emissão de CO2, que é o principal responsável pelo efeito estufa proveniente da queima de combustíveis fósseis. A ideia é migrar gradativamente a operação para alternativas sustentáveis. Atualmente, a empresa já opera com veículos híbridos GNV/Diesel, solução para cargas lotação e de longas distâncias, e agora os elétricos, que atuam na distribuição urbana com autonomia de 200km e capacidade para 4 toneladas de carga. "As soluções logísticas sustentáveis ainda são escassas no Brasil e o custo de investimento de um caminhão elétrico é mais do que o dobro comparado a um veículo similar a diesel. Além disso, a Reiter sempre buscou ser a solução para seus clientes e agora também seremos a opção para que eles atinjam suas metas e compromissos globais", explica Vanessa. (Jornal do Comércio – 29.08.2021)

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3 A mudança climática e o problema de infraestrutura para VEs

A maioria dos 107.000 postos de gasolina dos EUA podem abastecer vários carros a cada cinco ou 10 minutos em várias bombas. Não é assim para carregadores de veículos elétricos - pelo menos não ainda. Hoje, os EUA têm cerca de 43.000 estações de carregamento de VEs públicos, em cerca de 106.000 pontos de venda. Cada tomada pode carregar apenas um veículo por vez, e mesmo as tomadas de carregamento rápido levam uma hora para fornecer 180-240 milhas de carga; a maioria leva muito mais tempo. A rede existente é aceitável por muitos propósitos. No entanto, os carregadores são distribuídos de forma muito desigual; quase um terço de todos os estabelecimentos estão na Califórnia. Isso torna os VEs problemáticos para viagens longas. A “ansiedade de alcance” em relação a viagens mais longas é uma das razões pelas quais os carros elétricos ainda representam menos de 1% dos carros de passageiros e caminhões dos EUA. Esta infraestrutura de carregamento irregular e limitada é um grande obstáculo para a rápida eletrificação da frota de veículos dos EUA, considerada crucial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que impulsionam a mudança climática. Desse modo, é também um exemplo claro de como a mudança climática é um problema de infraestrutura. (The Conversation – 23.08.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Artigo: “Crise energética: é hora de falar sobre os carros elétricos?”

Em artigo publicado no site epbr, Rodrigo Aguiar, sócio-fundador da Elev, avalia as possibilidades de expansão da mobilidade elétrica no Brasil, tendo em vista o atual contexto do setor elétrico nacional. O autor também expõe as oportunidades que o país deve apresentar inserindo-se na indústria da mobilidade elétrica. Segundo o autor, “(...) os carros elétricos não são um problema para o sistema energético brasileiro.” O socio-fundador da Elev continua: “não há motivos para ter receio ao incentivar o uso de carros elétricos, pois reforço que eles representam baixíssimo consumo dentro da nossa matriz energética e com uma vantagem enorme de economia para o bolso do consumidor pelo custo do quilômetro rodado.” Por último, Rodrigo Aguir conclui que, “(...) é fundamental montar os alicerces para a vinda dos veículos elétricos, aumentar o número de eletropostos, reduzir a carga tributária (principalmente federal) e criar um plano estruturado e duradouro.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 VEs e painéis fotovoltaicos: benefícios para ambos os setores

Ao combinar o carregamento dos veículos com energia fotovoltaica, os dois setores podem se beneficiar e acelerar a adoção de ambas as tecnologias. São múltiplos os fatores que motivam a adoção da energia solar ou a transição para os veículos elétricos, como a redução dos custos com energia, a independência energética e a redução da pegada de carbono, tanto a nível individual como nacional. Ao carregar os automóveis elétricos com energia solar, os consumidores e os países têm uma maior capacidade de atingir plenamente esses objetivos. O potencial de combinar VEs e PV não para por aí. Uma vez que as duas tecnologias são integradas, muitos recursos e funções interessantes podem ser oferecidos. Por exemplo, como as baterias fotovoltaicas e elétricas de veículos funcionam com corrente contínua, isso poderia mudar o cenário de recarga dos veículos. Outro exemplo é que as baterias podem ter uma segunda vida como armazenamento de energia doméstica. Assim como, existe a possibilidade de as baterias oferecerem, quando integradas com inversores fotovoltaicos, os serviços V2G (veículo para rede), o que pode contribuir para alterar o horário de pico padrão. À medida que as indústrias continuam a se integrar, seu crescimento e impacto devem aumentar. (Energías Renovables – 23.08.2021)

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3 Carregadores de VEs e falhas de segurança

Seguindo a tendência de outros produtos do cotidiano de se digitalizar e usar conexões com a internet para oferecer recursos, carregadores de carros elétricos cada vez mais oferecem opções de acesso remoto e conexões com outros dispositivos. No entanto, enquanto pode trazer mais conveniência para os usuários, essa transição também vem acompanhada por sérios riscos de segurança, conforme mostra um estudo da Pen Test Partners. Em seu blog oficial, os pesquisadores mostraram o resultado das análises de seis sistemas de carregamento, tanto para ambientes pessoais quanto para ambientes públicos. A conclusão geral é que a grande maioria deles possui falhas de segurança graves, que permitem desde o controle remoto de suas funções até a invasão de outros dispositivos que compartilham a mesma rede. Além de conseguir ligar e desligar os carregadores remotamente, também foi possível inserir neles backdoors que podem comprometer qualquer dispositivo conectado aos carregadores. Segundo a Pen Test Partners, as falhas de segurança surgem como consequência da tentativa de fabricantes de cortar custos de fabricação. Além das falhas nos carregadores, a pesquisa revelou problemas nas redes usadas para permitir que diferentes dispositivos se conectem às mesmas redes e aplicativos de pagamento. Segundo a Pen Test Partners, as brechas de segurança encontradas colocam em risco a malha energética dos países em que os VEs já são amplamente adotados. Ao ligar e desligar uma grande quantidade de carregadores de uma única vez, é possível criar uma “arma cibernética” que pode gerar cortes no fornecimento de energia em regiões pré-determinadas por um ataque, por exemplo. (CanalTech – 24.08.2021)

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4 Nasce a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS

Duas empresas da Serra Gaúcha uniram forças e lançam a 1ª Rota do Veículo Elétrico do Estado. Encabeçam a mobilização com vistas a oferecer mais estações de recarga para esse novo modelo de carro a Magnani Luz e Energia e a Sicredi Pioneira. Ambas puxam esse movimento, que ganhará outros parceiros, como os pontos comerciais estratégicos para o posicionamento dos carregadores, concessionárias que vendam veículos elétricos e outras companhias que venham a utilizar as estações como eixo de marketing. A intenção é que a Rota Elétrica contemple 15 cidades gaúchas, perfazendo quatro regiões com alta performance de desenvolvimento. Essas localidades também representam um grande polo de desenvolvimento turístico e circulação de visitantes. “Nosso intuito é instalar a estrutura de recarga do carro elétrico em pontos de alta circulação e nos quais as pessoas possam parar para se alimentar ou descansar por, no mínimo, 30 minutos, tempo para o recarregamento parcial do veículo”, explica Jenner Iadroxitz, gerente comercial e estratégico da Magnani Luz e Energia. O foco são restaurantes, cafés, lojas de conveniências, hotéis, entidades de classe, supermercados, entre outros. Um raio de mais de 100 quilômetros com estações de carregamento permitirá que o proprietário de um veículo elétrico tenha autonomia assegurada para circular por regiões gaúchas sem preocupação. (Correio do Povo – 25.08.2021)

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5 Brasil: os desafios de rodar com VEs em viagens de longa distância

Em um texto publicado por Rodrigo Ribeiro, da Autoesporte, no Valor Econômico, o autor expõe os desafios da realização de viagens em longa distância com os veículos elétricos no Brasil, devido a atual carência do País de infraestrutura em larga escala que atenda devidamente os elétricos. O autor faz uma narrativa referente a experiência que teve em uma viagem com um VE da Audi, no trajeto entre São Paulo e Blumenau (SC). Segundo os relatos, o trajeto apresentou alguns desafios, principalmente relacionados as questões do carregamento e autonomia do automóvel. Segundo Rodrigo, “Depois de mais de 1.200 km dá para concluir que o Brasil está muito distante de uma infraestrutura satisfatória de recarga. As empresas estão cientes disso”. O autor continua, “Mas não é justo colocar a pressão somente nas empresas privadas. Por mais que carros elétricos ainda sejam uma realidade apenas para uma minoria (bem) endinheirada da população, é preciso estímulo governamental para fomentar uma rede mais ampla de apoio a esses carros.” Em seguida, o autor conclui, “Na situação atual até dá para viajar com um elétrico, mas será preciso paciência dos passageiros e cálculos de piloto de avião, pois a infraestrutura brasileira ainda está muito longe de ser um céu de brigadeiro. (Valor Econômico – 27.08.2021)

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6 We Predict: comparação de custos com serviços entre os VEs e os convencionais

Uma pesquisa divulgada pela We Predict, empresa especializada em análises dos Estados Unidos, comparou os custos de serviço, como manutenções programadas, e de conserto entre os carros elétricos e os veículos a combustão após três meses e 12 meses de uso. Após um trimestre, o levantamento apontou que o custo para manter o elétrico chegou a ser 2,3 vezes maior que o de um carro convencional. Depois de um ano, ainda saiu 1,6 vez mais caro manter o veículo movido por baterias. Os gastos médios por serviço foram de US$ 306 no carro elétrico contra US$ 189 no carro a combustão. De acordo com a empresa, o principal motivo que está levando os elétricos a serem mais caros de arrumar é o fator novidade. A pesquisa mostrou que as oficinas especializadas estão levando 1,5 vez mais tempo para diagnosticar e consertar um carro elétrico. Já o custo da mão-de-obra por hora também é 1,3 vez mais cara por conta de certificações e especializações que os mecânicos precisam ter. Mesmo que o custo de oficina ainda seja mais elevado, a We Predict aponta que esse cenário é de curto prazo e que os custos de manutenção de um elétrico deverão cair com o tempo. (CNN Brasil – 28.08.2021)

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7 Siemens Innovation Forum: Brasil pode ser protagonista na transformação do setor para a ME

O Brasil tem grande potencial de ser protagonista na transformação do setor para a mobilidade elétrica. Mas para não perder essa oportunidade, o país precisa ter diretrizes claras para nortear esse avanço para beneficiar governo, indústria e a sociedade como um todo. Essa foi a conclusão de executivos do mercado automotivo durante o painel “Mobilidade urbana: o futuro é elétrico” que ocorreu na quarta-feira, 25, durante o Siemens Innovation Forum. Apesar da eletrificação dos veículos ter crescido no mercado brasileiro, a falta de infraestrutura voltada para o carregamento dos VEs é um dos principais desafios a ser superado. Incentivos, limites em relação à produção de veículos a combustão e o aproveitamento da matriz energética renovável na transição para a mobilidade elétrica são outros pontos a serem estudados nas medidas voltadas para o setor. Os participantes citaram ainda as diversas vantagens geradas pela mobilidade elétrica para o mercado e a sociedade, como: eficiência energética; facilidade de manutenção e custos reduzidos pelo número bem menor de peças do motor; veículos sem ruídos, possibilitando a realização de serviços à noite; e redução na emissão de poluentes na atmosfera. “Além de todos esses benefícios, essa transição vai contribuir ainda para a saúde pública pela melhora do ar nos grandes centros”, apontou Sergio Magalhães, Diretor-Geral de Ônibus América Latina da Daimler. O painel foi moderado pelo Diretor da Unidade de Negócios de Sistema de Distribuição de Energia da Siemens, Fabio Koga. (SEGS – 27.08.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Brenda Corcino e Vinicius José da Costa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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