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IFE: nº 5.340 - 17 de setembro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Webinar “Perspectivas para a Cadeia Produtiva da Mobilidade Elétrica no Brasil”
2 Com crise hídrica e pressão de setores, Governo reavalia fim do horário de verão
3 Senado deve instalar grupo que fiscalizará ações para enfrentar crise hídrica
4 Cálculos finais da CCEE para compensação de usinas que repactuarem o GSF são aprovados
5 Aneel participa da inauguração de projeto ambiental para usina termelétrica no MA
6 Em webinar, Aneel orienta sobre participação na construção da Agenda Regulatória
7 STF derruba lei estadual que proibia exploração nuclear na PB

Empresas
1 Dezessete empresas e associações formam uma aliança global em defesa de uma cadeia renovável de energia
2 EDP SP alcança 2 milhões de clientes
3 Echoenergia realiza leilão de I-RECs dia 20
4 CBA decide aderir ao programa de Redução Voluntária de Demanda
5 ESG avança no setor elétrico em sustentabilidade e fonte de recursos

Leilões
1 MME quer publicar diretrizes de leilão simplificado até a segunda-feira, 20

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Represas de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste já operam abaixo do nível do pré-apagão
2 Região Nordeste trabalha com 45% da capacidade
3 lha Solteira não está com reservatório seco, afirma ONS

4 ONS registra desligamento automático de LT Campo Grande/Mimoso

5 Setor de alumínio avalia adesão ao RDV de forma individual, diz CEO da Abal

6 Artigo sobre os impactos da variação climática no setor elétrico nacional e as soluções de operação

Mobilidade Elétrica
1 VW desenvolve veículo elétrico com bateria de nióbio no Brasil
2 Enel SP começa a utilizar caminhão elétrico com cesto aéreo
3 Espanha: Governo anuncia lançamento de Sistema Nacional de Mobilidade Sustentável
4 Startup avança no mercado de baterias para veículos elétricos

Inovação
1 Alemanha: Quantron lançará ônibus de célula de combustível de hidrogênio no 2º trimestre de 2022
2 Ballard revela módulos de energia de célula de combustível de hidrogênio de próxima geração com 40% de melhoria no custo do ciclo de vida geral
3 GE visa otimizar a produção de turbinas eólicas offshore com impressão 3D

Meio Ambiente
1 Lira reafirma intenção de votar neste ano a regulamentação do mercado de créditos de carbono
2 Climatempo debate impactos das mudanças climáticas no setor elétrico

Energias Renováveis
1 BRF e Pontoon investem em novo parque de energia solar no Ceará
2 Apolo Asset capta R$ 500 mi para projetos de GD solar
3 Voltalia inicia construção de usinas solares para projeto híbrido
4 Solar Américas quer captar 1 bi de libras para investir em geração solar no Brasil

5 Omega Energia lança um evento online para debater a ampliação da energia renovável no Brasil
6 SSE funde projetos offshore escoceses para criar 4,1 GW

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Plataforma da Esfera movimentou R$ 123 mi em quatro meses

Economia Brasileira
1 Serviços e investimento vão liderar PIB em 2022, diz Governo
2 Inflação de energia deve desacelerar em 2022, mas alívio no bolso será parcial

3 O baixo impacto das reformas no crescimento
4 Projeto prevê corte de R$ 22 bi em benefícios fiscais
5 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 DORILEO, Ivo Leandro. “A reação de síntese do setor elétrico”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Webinar “Perspectivas para a Cadeia Produtiva da Mobilidade Elétrica no Brasil”

O GESEL-UFRJ irá realizar, no próximo dia 24 de setembro, às 10h30, o webinar “Perspectivas para a Cadeia Produtiva da Mobilidade Elétrica no Brasil”. O evento objetiva examinar a cadeia produtiva da mobilidade elétrica no Brasil com vistas a identificar barreiras e oportunidades para sua difusão. Sendo a mobilidade elétrica um tema que se alinha com as diretrizes governamentais de desenvolvimento sustentável, entende-se que a experiência de instituições que atuam na cadeia produtiva da mobilidade elétrica é fundamental para o entendimento desta questão e direcionamento de ações de incentivo. Os palestrantes serão: Walter Pellizzari Jr (das áreas de estratégia de negócios e mobilidade elétrica na Volkswagen Truck and Bus), Fernando Pontual Castelão (Diretor Geral da Divisão de Lítio do Grupo Moura), Eloir Pagnan (Gerente do Departamento de Estações de Recarga para Veículos Elétricos na WEG) e Nelson Silveira (Diretor de Comunicações Corporativas e de Brand da General Motors South America). A moderação do evento será de Nelson Hubner (GESEL). Inscreva-se: https://forms.gle/MT2DLJ5Up2K1C8pJ6 (GESEL-IE-UFRJ – 17.09.2021)

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2 Com crise hídrica e pressão de setores, Governo reavalia fim do horário de verão

Com o agravamento da crise hídrica e a pressão de alguns setores, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu reavaliar o horário de verão, extinto pelo governo no primeiro ano da presidência de Jair Bolsonaro. A pasta mantém a posição de que adiantar os relógios em uma hora têm contribuição limitada para economia de energia, mas solicitou que o Operador Nacional do Sistema (ONS) reveja a questão diante da atual conjuntura. Ainda em julho, entidades do setor de turismo e de restaurantes enviaram um documento ao presidente Jair Bolsonaro pedindo pelo retorno do horário de verão ainda em 2021. Os empresários argumentaram que o horário de verão impacta positivamente nos negócios porque adiciona uma hora para receber turistas e clientes, mesmo não tendo grande impacto no consumo de energia. Em nota, o MME afirmou que “tem estudado iniciativas que visam o deslocamento do consumo de energia elétrica dos horários de maior consumo para os de menor, de forma a otimizar o uso dos recursos energéticos disponíveis no Sistema Interligado Nacional (SIN)”. A pasta sustenta que a contribuição do horário de verão para a redução do consumo é limitada, porque as mudanças de hábito da população deslocaram o pico de consumo para o período diurno. O MME não informou quando fez a solicitação para ONS, qual o prazo para receber essa nova avaliação e qual a possibilidade de adotar a medida ainda em 2021. (O Globo – 16.09.2021)

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3 Senado deve instalar grupo que fiscalizará ações para enfrentar crise hídrica

O Senado deve instalar, na próxima semana, uma comissão temporária externa para fiscalizar medidas emergenciais adotadas pelo governo para enfrentar a crise hídrica. O País enfrenta a pior escassez já registrada nos últimos 91 anos. O tema foi discutido nesta quinta-feira, 16, em reunião do colegiado de líderes. Um dos objetivos da comissão será acompanhar as ações definidas pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão da Crise Hidroenergética (Creg), grupo interministerial presidido pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Também caberá aos senadores analisar soluções para garantir segurança energética e modicidade tarifária. Apesar da intenção de iniciar as atividades do colegiado, nem todos os partidos indicaram os senadores que irão compor a comissão ainda. A criação do grupo foi aprovada em julho e terá prazo de funcionamento de 180 dias. A comissão será composta por 11 titulares e 11 suplentes e funcionará nos mesmos moldes da comissão temporária da covid-19. (Broadcast Energia – 16.09.2021)

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4 Cálculos finais da CCEE para compensação de usinas que repactuarem o GSF são aprovados

Em mais um passo rumo à solução definitiva do problema gerado pela judicialização do GSF, já estão homologados os cálculos da CCEE para a extensão de outorga de todos os que podem aderir à repactuação do risco hidrológico no ACL. A Aneel aprovou nesta terça-feira (14) os valores contabilizados para 144 usinas que não haviam sido consideradas na primeira etapa de validações, realizada em reunião de diretoria do órgão regulador no início de agosto. Agora, as empresas terão 60 dias para assinarem o termo de adesão à medida. Ao todo, desde a edição da Lei que aprovou a repactuação, 53 geradoras já foram responsáveis por 106 pagamentos relacionados ao GSF. Com isso, os montantes em aberto no MCP, que eram da ordem de R$ 10 bilhões até outubro do ano passado, já recuaram para pouco mais de R$ 1,2 bilhão na contabilização referente a julho de 2021. De acordo com os cálculos da Câmara de Comercialização, haverá uma expansão de prazos de cerca de 2,3 anos para as usinas abarcadas pela homologação desta semana. o impacto financeiro da compensação para as geradoras é de R$ 12,05 bilhões. (CCEE – 16.09.2021)

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5 Aneel participa da inauguração de projeto ambiental para usina termelétrica no MA

A Aneel, representada pelo diretor Sandoval Feitosa, participou da inauguração da planta de tratamento de efluentes da usina termelétrica Gera Maranhão, em Mirante do Norte (MA), nesta quinta-feira (16/09). O projeto inovador, desenvolvido dentro do Programa de P&D da Aneel, gerou um sistema capaz de remover altas e variáveis cargas de compostos orgânicos presentes no efluente com a utilização de adsorventes específicos para garantir a eficiência do processo, independente da carga de compostos orgânicos. A pesquisa foi originada na busca de solução ambiental para os efluentes oleosos da usina, que utiliza geradores movidos por óleo combustível. O sistema de tratamento idealizado no projeto prevê água de qualidade para lançamento em rios ou lagos, ou ainda infiltração no solo. O sistema de tratamento é voltado para usinas termelétricas em geral e se aplica a qualquer tipo de atividade que utilize óleos combustíveis e lubrificantes em seu processo produtivo. Também participou da inauguração o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética (SPE) da Agência, Paulo Luciano de Carvalho. A usina Gera Maranhão funciona com duas plantas (Geramar I e Geramar II) , de 165 megawatts ( MW) cada uma. No total, a potência é de 330 MW. (Aneel – 16.09.2021)

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6 Em webinar, Aneel orienta sobre participação na construção da Agenda Regulatória

A Aneel promoveu um webinar com o objetivo de orientar interessados sobre como contribuir com a construção da Agenda Regulatória do biênio 2022-2023, na manhã desta quinta-feira (16/09). Realizado em formato virtual, o evento teve transmissão ao vivo por meio do canal da Aneel no YouTube. Durante o evento, o público interessado pôde enviar perguntas que foram respondidas por técnicos da Agência. Além disso, a equipe realizou apresentações para prestar esclarecimentos sobre a Tomada de Subsídios (TS nº. 013/2021) que receberá sugestões para a elaboração da Agenda, até 29 de setembro de 2021. De acordo com o chefe de gabinete do diretor-geral da Aneel, Rodrigo Coelho, “por meio da Agenda Regulatória, a Aneel tem a oportunidade de apresentar à sociedade a relação dos temas passíveis de regulamentação ou de estudo, organizados em atividades regulatórias. A Agenda é, portanto, um dos principais instrumentos de planejamento da Agência que orienta toda a nossa atividade normativa.” A Agenda Regulatória é também uma obrigação legal reconhecida como boa prática institucional, e vem passando por sucessivos aprimoramentos desde a sua implementação, em grande parte, com base nas contribuições públicas recebidas. Para enviar suas sugestões basta preencher o formulário disponível no site da Aneel. (Aneel – 16.09.2021)

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7 STF derruba lei estadual que proibia exploração nuclear na PB

O Supremo Tribunal Federal julgou procedente ação em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, questionou a validade do art. 232 da Constituição da Paraíba. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade 6.895 (ADI), Aras defendeu que a norma paraibana invadiu competência exclusiva da União ao legislar sobre a implantação de usinas nucleares e o armazenamento de material radioativo no estado. A ADI faz parte de um conjunto de ações de controle concentrado propostos pelo PGR, contra legislações de 17 estados e do DF que abordam a temática. O dispositivo impugnado proíbe o depósito de lixo atômico não produzido no estado e ainda impede a instalação de usinas nucleares no território. No texto da ação, o procurador-geral defendeu que não há espaço para que estados, Distrito Federal e municípios editem normas paralelas sobre a temática. Aras também esclareceu que a disciplina da matéria depende da prévia edição de lei complementar federal, o que até o momento não ocorreu. No voto, a relatora, ministra Cármen Lúcia, reiterou todos os pontos apresentados pela Procuradoria-Geral da República, destacando que a matéria debatida “não é nova no Supremo”. Ela esclareceu que a União já tem instituída a Comissão Nacional de Energia Elétrica, responsável pela expedição de normas de instalações nucleares, transporte de material nuclear e a elaboração de regulamentos referentes à construção e à operação de estabelecimentos destinados a produzir materiais nucleares e a utilizar energia nuclear. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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Empresas

1 Dezessete empresas e associações formam uma aliança global em defesa de uma cadeia renovável de energia

A Eletrobras é a única empresa brasileira que faz parte de um grupo de líderes globais de toda a cadeia de energia renovável e do ecossistema de inovação do setor que lançaram hoje (16) uma nova organização para garantir que renováveis sejam inteiramente sustentáveis para pessoas e para o planeta, além de liderar uma transição na direção oposta aos combustíveis fósseis. Os parceiros, unidos em uma visão comum pela sustentabilidade da indústria de renováveis e a necessidade de se adotar medidas concretas e colaborativas, se uniram para criar a Aliança Global para Energia Sustentável. Esta Aliança une empresas de serviços de diversos países, grandes fabricantes nas cadeias de fornecimento de energia eólica e solar fotovoltaica, e ainda associações do setor solar e parceiros em inovação. A Aliança Global para Energia Sustentável pretende redefinir o significado de ‘energia sustentável’ e incluir todos aqueles que trabalham e são impactados por fontes renováveis. (Petronotícias – 16.09.2021)

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2 EDP SP alcança 2 milhões de clientes

A EDP SP está comemorando o marco de 2 milhões de clientes atendidos em sua área de atuação e como forma de celebrar, irá realizar entre os dias 15 e 30 de setembro, o Feirão de negociação de débitos com condições especiais, além do início do projeto Eficiência Solidária, que vai substituir 60 mil lâmpadas de consumidores residenciais, em cinco cidades, por LED, e uma ação piloto com foco em ampliar o volume de famílias cadastradas na Tarifa Social de Energia Elétrica. De acordo com a EDP, no feirão de negociação, os clientes com contas atrasadas terão facilidades especiais, além da redução na entrada. Excepcionalmente durante todo o período da ação, aqueles consumidores que já possuem débitos de parcelamentos de negociações anteriores também encontrarão vantagens para o acerto e renegociação de suas contas. As regras do Feirão incluem os clientes residenciais, rurais, comerciais e industriais. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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3 Echoenergia realiza leilão de I-RECs dia 20

No dia 20 de setembro, a partir das 16 horas, a Echoenergia irá promover o seu primeiro leilão virtual para a venda de I-RECs, feito com o apoio da operadora Paradigma WBC Energy. O certame oferecerá 4 produtos destinados a comercializadores e beneficiários finais. Para participar é preciso fazer o download do Edital e do Termo de Adesão em https://leilao.paradigmabs.com.br/echoenergia/ (CanalEnergia – 16.09.2021)

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4 CBA decide aderir ao programa de Redução Voluntária de Demanda

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) decidiu aderir ao programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica (RVD) do governo que incentiva grandes consumidores de energia a reduzir ou deslocar o consumo de energia para fora dos horários de maior demanda do sistema elétrico e evitar sobrecarga. Segundo a companhia, a participação no programa não impactará a produção de alumínio da CBA tendo em vista que realizará apenas um deslocamento da demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante as horas do dia conforme grade horária definida pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A empresa não informou quando de sua carga será deslocada. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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5 ESG avança no setor elétrico em sustentabilidade e fonte de recursos

A agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês), é um caminho sem volta em todo o mundo e no Brasil avança a passos largos. Esses temas não passam apenas pela preservação ambiental para atrair as empresas, esse é um pilar importante, sim, mas segue a tendência de demanda de toda a sociedade em termos de segurança e fonte de recursos para o desenvolvimento de negócios no longo prazo. Esse tema foi alvo do segundo painel do Warm Up Enase 2021. Esse foi um evento do Grupo CanalEnergia, by Informa Markets, realizado nesta quarta-feira, 15 de setembro, em preparação ao maior encontro político regulatório do setor elétrico, que neste ano ainda será digital e ocorrerá entre os dias 13 a 15 de outubro. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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Leilões

1 MME quer publicar diretrizes de leilão simplificado até a segunda-feira, 20

O governo federal espera realizar em outubro o leilão simplificado para a contratação de energia e de capacidade na modalidade de reserva. Esse certame foi autorizado pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética por meio da Resolução no.4, publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira, 15 de setembro. A ideia é a de incluir projetos de implantação rápida para reforçar a segurança no abastecimento e menores custos. Por isso, não se descarta a participação de fontes renováveis, bem como térmicas. Mas apenas empreendimentos novos. Segundo a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Dadald, a contratação está autorizada pela MP 1055 e que permite a redução dos prazos. O período de suprimento é previsto para ser iniciado em maio de 2022 com prazo até 31 de dezembro de 2025. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Represas de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste já operam abaixo do nível do pré-apagão

Sem chuvas e com alta do consumo de energia elétrica, o nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste alcançou o menor patamar, pelo menos, desde a crise de 2001, quando ocorreu o maior racionamento da história do Brasil. Em 2000, ano que precedeu o apagão, as represas estavam com 20,8% do armazenamento e, em 2001, já com programa de redução compulsória de energia, em 21,76%. Neste ano, até dia 15 de setembro, último dado do ONS, o nível era de 18,23%. Esse porcentual deve continuar em queda até novembro, quando pode romper a barreira de 10% – o que representa um desafio e um risco maior para a operação do sistema. No mercado, a combinação entre o consumo e a baixa dos reservatórios já levanta dúvidas se o governo conseguirá equilibrar oferta e demanda de energia para evitar um racionamento, mesmo que pequeno, da ordem de 5%. Algumas hidrelétricas estão com o nível de água abaixo de 12%, como são os casos de Água Vermelha, Marimbondo, Nova Ponte, Emborcação e Itumbiara. Juntas elas representam um terço do volume de armazenamento do sistema Sudeste/Centro-Oeste. (O Estado de São Paulo – 17.09.2021)

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2 Região Nordeste trabalha com 45% da capacidade

Operando com 45% de sua capacidade de armazenamento, os reservatórios do Nordeste apresentaram uma diminuição de 0,5 ponto percentual na última quarta-feira, 15 de setembro, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. A energia armazenada marca 23.243 MW mês e ENA de 1.359 MW med, equivalente a 47% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 43,94%. A região Norte apresentou redução de 0,4 p.p e os reservatórios trabalham com 65,2% da capacidade. A energia retida é de 9.891 MW mês e ENA de 1.821 MW med, valor que corresponde a 84% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 83,28%. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve recuo de 0,2 p.p, e a capacidade está em 18,2%. A energia armazenada mostra 37.129 MW mês e a ENA é de 11.843 MW med, valor que corresponde a 56% da MLT. Furnas admite 15,16% e a usina de Itumbiara marca 10,01%. Os reservatórios da Região Sul tiveram queda de 0,6 p.p e operam com 26,4%. A energia armazenada é de 5.253 MW mês e a energia natural afluente marca 11.796 MW med, correspondendo a 33% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 9,08% e 41,53% respectivamente. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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3 lha Solteira não está com reservatório seco, afirma ONS

Após dados no site do ONS apontarem que a hidrelétrica de Ilha Solteira estava operando com 0% de armazenamento, o operador esclareceu que o volume registrado significa que o nível de água atingiu a cota mínima de 323 metros para utilização da hidrovia Tietê-Paraná, porém isso não quer dizer que o reservatório da usina esteja totalmente vazio. Segundo comunicado divulgado na última quarta-feira (15/09), se considerarmos o nível mínimo de projeto, cuja cota é 314 metros, o reservatório encontra-se com 56,72% do seu armazenamento. Assim, a usina está no chamado “volume morto”, expressão que se popularizou na crise hídrica ocorrida em meados da década passada, quando reservatórios de água de São Paulo chegaram no limite do volume útil. Os números mostram situações ainda mais críticas do que as da crise de 2014/2015, quando os reservatórios de Ilha Solteira, 100% a fio d’água, atingiram 0% de volume de 24 de junho de 2014 a 14 de janeiro de 2016. Atualmente, a hidrelétrica é a maior do Sudeste em potência instalada (3.444 MW) e a terceira maior do país. (Brasil Energia – 16.09.2021)

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4 ONS registra desligamento automático de LT Campo Grande/Mimoso

O ONS informou, através do seu boletim diário, que na última quarta-feira, 15 de setembro, às 15h42min, ocorreu o desligamento automático da LT 138 kV Campo Grande/Mimoso C1, C2, C3 e C4. Ainda de acordo com o ONS, as causas ainda estão sendo identificadas. Foram encontradas 11 torres caídas (os circuitos compartilham das mesmas torres). No entanto, não houve consequências significativas do SIN. O boletim informa ainda que não tem previsão de retorno. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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5 Setor de alumínio avalia adesão ao RDV de forma individual, diz CEO da Abal

As empresas ligadas ao setor do alumínio no Brasil ainda avaliam como podem aderir ao programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica com o deslocamento ou redução da demanda de energia nos horários de pico para assegurar a manutenção da segurança energética no país. A indústria do alumínio, por meio da Associação Brasileira do Alumínio, desde o início apoiou a iniciativa do MME e ressaltou que a iniciativa deveria ser acompanhada de uma regulação setorial que leve em conta os incentivos econômicos que garantam equilíbrio e competitividade. Segundo Janaina Donas, presidente da entidade, a Abal segue em diálogo com as autoridades a fim de colaborar no aprimoramento das regras e no detalhamento das propostas do RVD, de forma a garantir a sua efetiva implementação. Entretanto, ainda é recente para uma decisão conjunta do setor, de modo que as companhias ainda avaliam internamente como poderão contribuir na atual conjuntura. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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6 Artigo sobre os impactos da variação climática no setor elétrico nacional e as soluções de operação

Em artigo publicado na Agência Canal Energia, Ivo Leandro Dorileo, coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético da Universidade Federal de Mato Grosso e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético, trata dos desequilíbrios hídricos constantes e as soluções de gestão do sistema. Segundo o autor, “mesmo ao considerar o dinâmico mecanismo e o incontrolável comportamento da atmosfera, parece que o clima quer sempre colocar à prova a aptidão funcional do sistema hidrotérmico brasileiro. Convivemos com desequilíbrios hídricos cíclicos que, somados à gestão complexa desse sistema, deveriam conduzir ao permanente aperfeiçoamento do planejamento”. Ele conclui que “a dinâmica do sistema elétrico brasileiro tem buscado superar suas adversidades com alternativas técnicas, econômicas e regulatórias nem sempre plausíveis, e não tem imposto limite ao ‘determinismo’, próprio dos sistemas energéticos, quando está circunscrito em uma crise, produzindo um efeito de restrição energética e de custos econômicos e sociais crescentes”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 17.09.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 VW desenvolve veículo elétrico com bateria de nióbio no Brasil

Após fazer o lançamento bem sucedido do caminhão elétrico e-Delivery, a Volkswagen Caminhões e Ônibus anuncia uma nova parceria para o desenvolvimento de baterias de recarga ultrarrápida para veículos elétricos com a utilização de nióbio. Esta parceria com a CBMM, líder mundial na produção e comercialização de produtos de nióbio, representa um feito inédito na indústria automotiva mundial e faz parte de uma iniciativa para alavancar a mobilidade elétrica, colocando o Brasil em posição de vanguarda. O objetivo do acordo é aliar a expertise da CBMM e da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que ficará a cargo de estabelecer o comportamento dessas baterias no veículo, com todos os parâmetros de segurança e qualidade para concretizar o desempenho esperado. A tecnologia empregada de óxido de nióbio no ânodo da bateria é resultado de mais de 3 anos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a Toshiba, no Japão. Segundo a Volkswagen, a aplicação inicial desta nova tecnologia de bateria será nos ônibus elétricos. A empresa afirma que as novas células em desenvolvimento se encaixam no perfil deste tipo de veículo, que tem trajetos pré-definidos e necessita de carregamento mais rápido - fala-se em no máximo 10 minutos para 80% da capacidade total da bateria. Além disso, a substituição do convencional ânodo com carbono pelo nióbio apresenta ganhos como melhor resistência a altas temperaturas, menor expansão volumétrica e risco de degradação das células, o que contribui para maior segurança e durabilidade das baterias. A Toshiba já está trabalhando na primeira série de pré-produção das novas células que devem ficar prontas até o fim deste ano. A Volkswagen Caminhões e Ônibus, por sua vez, irá iniciar os testes no começo do ano que vem e prevê que um protótipo funcional de veículo elétrico equipado com baterias de nióbio esteja concluído até o final de 2022. (Inside EVs - 16.09.2021)

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2 Enel SP começa a utilizar caminhão elétrico com cesto aéreo

A Enel Distribuição São Paulo (Enel SP) passou a utilizar um modelo de caminhão elétrico com cesto aéreo para auxiliar em suas operações de manutenção da rede. A empresa não informou quantos veículos deste modelo tem em sua frota. Segundo a empresa, entre as vantagens do veículo está a baixa necessidade de manutenção preventiva e corretiva, além de menor necessidade de revisão nos sistemas internos. Outro ganho destacado pela Enel está relacionado aos atributos técnicos, devido à autonomia de trabalho do veículo, que pode ser até 15% maior em comparação com os veículos de combustão. Tanto o cesto aéreo quanto o chassi do caminhão são movidos à energia elétrica, o que contribui para o aumento da eficiência energética. A concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da Grande São Paulo e informou que o projeto tem como objetivo direcionar esforços para ações ligadas à mobilidade elétrica e redução de emissões de carbono. (Broadcast Energia – 16.09.2021)

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3 Espanha: Governo anuncia lançamento de Sistema Nacional de Mobilidade Sustentável

O Executivo espanhol vai implementar um novo Sistema Nacional de Mobilidade Sustentável com o objetivo de fortalecer a cooperação entre as diferentes administrações. Afirmou a Ministra dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, Raquel Sánchez, que também avançou que a futura Lei da Mobilidade, no que se refere à área urbana, (1) estabelecerá uma "hierarquia dos meios de mobilidade", (2) promoverá a mobilidade ativa e políticas inclusivas para pessoas com diversidade funcional, (3) incluirá a perspectiva de gênero e não discriminação e (4) lançará um plano para promover o ciclismo. A cooperação entre as administrações será a chave do Sistema Nacional de Mobilidade Sustentável apresentado pela Ministra dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, Raquel Sánchez. Este modelo será incluído na nova Lei da Mobilidade Sustentável e do Financiamento dos Transportes, cujo projeto será levado ao Conselho de Ministros nas próximas semanas. Esta futura lei irá estabelecer uma hierarquia dos meios de mobilidade, irá promover a mobilidade ativa e políticas inclusivas para as pessoas com diversidade funcional, incluindo também a perspectiva de género e não discriminação. Também irá recolher um Plano Nacional de promoção da bicicleta. Além disso, a ministra também se referiu hoje ao Plano de Choque para a mobilidade sustentável segura e conectada em ambientes urbanos e metropolitanos, que contará com 6.500 milhões de euros de fundos europeus. O objetivo é promover a descarbonização da mobilidade urbana e, assim, melhorar a qualidade do ar e a própria qualidade de vida nas cidades. (Energías Renovables - 17.09.2021)

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4 Startup avança no mercado de baterias para veículos elétricos

A Redwood Materials, recicladora de baterias criada por JB Straubel, cofundador e ex-chefe de tecnologia da Tesla, vai além de apenas recuperar materiais valiosos de células de íon-lítio, e pretende investir cerca de US$ 1 bilhão em uma fábrica nos EUA para produzir materiais necessários a baterias de veículos elétricos. A empresa sediada em Carson City, Nevada, que arrecadou US$ 700 milhões em julho para expandir a recuperação de lítio, cobalto, níquel e outros metais, informou em um blog que planeja usar produtos reciclados para fabricar “materiais de bateria de precisão” que serão vendidos para fabricantes de células de íon-lítio. A Redwood definirá o local para a construção da fábrica em 2022. A unidade terá capacidade para produzir, anualmente, 100 gigawatts-hora de material catódico e anodo laminado para 1 milhão de veículos elétricos até 2025. E empregará até mil trabalhadores, com uma meta de um aumento de cinco vezes na produção anual até 2030, segundo a empresa. O plano da empresa coincide com um incentivo do governo Biden para expandir drasticamente a produção e as vendas de veículos elétricos como parte dos esforços para combater as mudanças climáticas. Isso depende do aumento do fornecimento de materiais extraídos de todo o mundo, da expansão da produção de baterias nos EUA e da produção dos componentes que vão para as células da bateria. (Forbes – 15.09.2021)

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Inovação

1 Alemanha: Quantron lançará ônibus de célula de combustível de hidrogênio no 2º trimestre de 2022

A empresa alemã Quantron anunciou esta semana que lançará um novo ônibus elétrico com versão movida a hidrogênio disponível a partir da primavera de 2022. Com capacidade para até 95 passageiros, o ônibus, que também estará disponível na versão elétrica a bateria, terá autonomia de até 280 km, tornando-o ideal para o uso urbano diário, disse Quantron. A variante de célula de combustível contará com um módulo de energia fornecido pela Ballard Power Systems. Ao lançar um novo ônibus com célula de combustível, a Quantron está enfrentando a crescente crise climática descarbonizando o transporte público por meio de tecnologias limpas e inovadoras. (H2 View – 17.09.2021)

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2 Ballard revela módulos de energia de célula de combustível de hidrogênio de próxima geração com 40% de melhoria no custo do ciclo de vida geral

Uma nova geração de módulos de energia de célula de combustível para serviços pesados de hidrogênio foi lançada pela Ballard Power Systems com o objetivo de melhorar a eficiência dos ônibus, bem como dos caminhões médios e pesados. A nova geração da linha FCmove ™ da Ballard, a FCmove ™ -HD +, tem potência de 100kW e fornece aos ônibus e caminhões um sistema menor, mais leve, mais eficiente e com menor custo de integração. Além disso, o FCmove ™ -HD + também foi desenvolvido para ter uma melhoria de 40% no custo do ciclo de vida geral, fornecendo um incentivo para a transição para o novo módulo de energia de Ballard. Para suportar diferentes designs de caminhões e ônibus, o módulo de potência foi projetado de forma que possa ser instalado tanto em baias de motor quanto em configurações de telhado. Com o lançamento do novo módulo de potência, a mobilidade do hidrogênio se torna cada vez mais competitiva com as variantes movidas a combustíveis fósseis, à medida que a transição para a mobilidade limpa se aquece. (H2 View – 17.09.2021)

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3 GE visa otimizar a produção de turbinas eólicas offshore com impressão 3D

A General Electric está fazendo parceria com o Instituto Fraunhofer de Tecnologia de Fundição, Composição e Processamento e a empresa de impressão 3D industrial voxeljet AG para desenvolver a maior impressora 3D do mundo para aplicações eólicas offshore. A impressora 3D Advance Casting Cell (ACC) será capaz de imprimir moldes para os principais componentes da nacele da turbina de até 9,5 metros (31,2 pés) de diâmetro e mais de 60 toneladas de peso. Isso permitirá que grandes peças de turbinas sejam produzidas perto de projetos eólicos offshore, reduzindo os custos de transporte e trazendo benefícios ambientais e redução da pegada de carbono, explicou a GE. O início do projeto está previsto para o trimestre atual. Os parceiros pretendem iniciar os testes iniciais da impressora durante o primeiro trimestre de 2022. (Renewables Now - 16.09.2021)

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Meio Ambiente

1 Lira reafirma intenção de votar neste ano a regulamentação do mercado de créditos de carbono

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou a intenção de votar até o final deste ano a proposta que regulamenta o mercado de negociação de créditos de carbono (PL 528/21). Crédito de carbono é um certificado que atesta e reconhece a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global. Pelo projeto, um crédito de carbono equivalerá a uma tonelada desses gases que deixar de ser lançada na atmosfera. A proposta prevê que os créditos de carbono estejam atrelados a projetos de redução ou remoção de GEE da atmosfera, como um projeto de reflorestamento, por exemplo. Essa redução será quantificada (em toneladas de gases) e convertida em títulos. O texto está parado na Comissão de Meio Ambiente, mas Lira afirmou a intenção é votar até novembro, quando ocorrerá COP 26, em Glasgow, na Escócia. Segundo o presidente, a pauta ambiental é uma das mais importantes da Câmara. Ele participou de uma live nesta quinta-feira (16) promovida pela Netcon Investimentos. “A pauta ambiental vai ser foco, o Brasil não vai ser segundo plano, vai ser protagonista. Temos projetos e vamos intensificar a regularização do crédito de carbono e floresta em pé. Vai ser o maior ativo que o Brasil terá. Não há nenhum País no mundo que seja fonte e alimentação de carbono. Essa pauta entrará muito forte”, disse Lira. (Agência Câmara – 16.09.2021)

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2 Climatempo debate impactos das mudanças climáticas no setor elétrico

A empresa de serviços de Meteorologia Climatempo promoverá o “Climatempo Sustainability Summit – Mudança climática e Sustentabilidade no setor de Energia”, um encontro virtual no dia 20 de setembro com especialistas para debater os impactos das mudanças climáticas no setor elétrico e como isso pode interferir na demanda energética do Brasil. Os debatedores vão tratar do incremento de energias renováveis, como eólica e solar, e também do aumento de térmicas no sistema, assim como a emissão de gases de efeito estufa e como tudo isso contribui na questão climática. “O aumento da temperatura para o setor é um problema. Uma atmosfera mais quente promove um aumento da demanda energética, que por sua vez, aumenta a necessidade de mais carga de energia, o que, dependendo do cenário energético nacional, pode gerar racionamentos como medidas mais extremas para proteger o sistema elétrico”, disse em nota Vitor Hassan, meteorologista e Head de Energia da Climatempo. Além disso, o tema mais atual, que é a crise hídrica e a escassez de água nos reservatórios também será tema nos debates. A ideia é mostrar como as anomalias climáticas podem afetar a geração de energia que juntamente com aumento das temperaturas e do consumo de água pela população e indústrias podem gerar uma crise energética, como aconteceu em 2002, 2013, 2014 e agora em 2021. O evento é gratuito e começa às 15 horas. As inscrições podem ser feitas no link aqui. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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Energias Renováveis

1 BRF e Pontoon investem em novo parque de energia solar no Ceará

A BRF e a holding Pontoon anunciaram há pouco que estabeleceram uma parceria para a construção de um parque de energia solar nos municípios de Mauriti e Milagres, no Ceará. Os investimentos previstos no parque, que terá capacidade instalada de 320 megawatts pico (MWp) e geração média de 800 MW a ser comercializada nos próximos 15 anos, chegam a R$ 1,1 bilhão. Segundo as empresas, a BRF aportará cerca de R$ 50 milhões, e o valor restante será levantado pela Pontoon. Marcos Severine, CEO da holding, afirmou que há negociações em curso com o BNDES e outros agentes do sistema financeiro para a obtenção dos recursos, e parte poderá vir da emissão de debêntures. As obras do parque, que deverão gerar cerca de 4 mil empregos, terão início em 2022, e as operações deverão começar dois anos depois. (Valor Econômico – 17.09.2021)

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2 Apolo Asset capta R$ 500 mi para projetos de GD solar

A Apolo Asset, braço de gestão de recursos da holding Apolo Energia, lançou seu primeiro fundo de investimentos focado em projetos de geração solar distribuída na modalidade compartilhada. O plano do FIP Polaris é aplicar até R$ 500 milhões em 30 projetos envolvendo usinas fotovoltaicas em Minas Gerais, numa capacidade instalada que pode chegar a 100 MWp até 2023. De acordo com a companhia, a iniciativa proporcionará uma redução média na conta de luz entre 12% e 20% a segmentos como padarias, restaurantes, churrascarias e outros estabelecimentos de pequeno e médio porte. Também serão contemplados consumidores individuais, reunidos em consórcios ou cooperativas. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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3 Voltalia inicia construção de usinas solares para projeto híbrido

A Voltalia iniciou em setembro a construção de parques solares que vão compor aquele que pode ser o maior complexo híbrido solar-eólico do mundo, o cluster Serra Branca, em Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, com planejamento de chegar a 2,4 GW. Do total previsto de 500 MW em solar, o grupo começou as obras de dois parques, o Solar Serra do Mel 1 e o Solar Serra do Mel, que juntos somam 320 MW e cujo comissionamento está previsto para o primeiro semestre de 2022. Ambos os parques contam com cinco contratos privados de compra de energia de longo prazo, dos quais a Voltalia revela apenas dois, feitos com a Copel e a Braskem. Além disso, 11% da garantia física dos parques foram negociadas no mercado regulado. (Brasil Energia – 16.09.2021)

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4 Solar Américas quer captar 1 bi de libras para investir em geração solar no Brasil

A Solar Américas Capital quer captar 1 bilhão de libras (R$ 7,2 bilhões) para construir um portfólio de 2 gigawatts (GW) em projetos de geração de energia na fonte solar fotovoltaica até 2026. O plano de crescimento considera eventuais aquisições de empreendimentos existentes. Em nota, a empresa afirmou que a atuação se dará por meio de parcerias com empresas interessadas em desenvolver e explorar ativos de geração de energia. "O objetivo é ajudar as empresas a aumentarem seu consumo de energia solar, limpa e renovável, por meio da construção, implementação e operação de parques solares de última geração". (Broadcast Energia – 16.09.2021)

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5 Omega Energia lança um evento online para debater a ampliação da energia renovável no Brasil

A Omega Energia, empresa brasileira de energia renovável, dirigida pelo seu fundador Antonio Bastos Filho, está lançando o Programa Omega.360, um evento online que será realizado na próxima semana, entre os dias 21 e 23. Para os organizadores, a ideia é discutir a energia renovável como solução definitiva para o Brasil. Ao longo dos 3 dias do encontro, serão debatidos temas como a eletrificação e o poder da energia renovável para resolver o problema da sociedade; do consumidor que quer economia e flexibilidade; e do setor elétrico, que busca solução para as crises de abastecimento, como a que vivemos atualmente. (Petronotícias – 16.09.2021)

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6 SSE funde projetos offshore escoceses para criar 4,1 GW

A SSE Renewables faz a combinação de dois projetos de parques eólicos offshore propostos em um único desenvolvimento de 4100 MW. Os parques eólicos offshore de Berwick Bank e Marr Bank, na costa leste da Escócia, foram reunidos em um único parque eólico, agora conhecido como Parque Eólico de Berwick Bank. Com uma produção potencial de 4,1 GW, o Parque Eólico Berwick Bank mais do que dobraria o tamanho da atual energia eólica offshore em construção ou operacional na Escócia no momento. Também aumentaria a capacidade geral de energia renovável do país em quase 30%, disse a SSE Renewables. (Renews - 17.09.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Plataforma da Esfera movimentou R$ 123 mi em quatro meses

A plataforma Hud Cotação, da Esfera Energia, movimentou em quatro meses mais de 395 mil MWh e proporcionou 2.600 ofertas de compra e venda de energia que somaram R$ 123 milhões. De acordo com dados da empresa, o ambiente já conta com 150 comercializadoras cadastradas. Na fase de testes a solução já havia transacionado mais de 100 MW médios por mês, o que equivale a mais de R$10 milhões dependendo do PLD mensal. Segundo balanço da empresa, a expectativa é de alcançar mil contrapartes para vender ou comprar energia, tendo uma negociação de pelo menos 1 GW médio por mês. A plataforma está disponível gratuitamente para todo o mercado. Para garantir a participação, as empresas precisam solicitar um convite no site da companhia, por meio do preenchimento de informações básicas como: volume de energia que deseja comprar ou vender, qual tipo de energia e para qual período. Para facilitar a auditoria, tudo fica registrado e, em seguida, as propostas das comercializadoras são enviadas por e-mail, através do Hud. (CanalEnergia – 16.09.2021)

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Economia Brasileira

1 Serviços e investimento vão liderar PIB em 2022, diz Governo

O investimento privado e a recuperação do setor de serviços deverão liderar o crescimento em 2022, diz a Secretaria de Política Econômica no Boletim MacroFiscal, divulgado ontem. Enquanto o mercado corta suas projeções para a expansão do PIB para no ano que vem para 1% ou menos, o governo aposta numa expansão de 2,5%. Neste ano, serão 5,3%. O governo manteve suas projeções de crescimento da edição anterior do boletim, de julho. No entanto, elevou suas projeções de inflação. O IPCA subiu de 5,9% para 7,9%, o IGP-DI passou de 17,4% para 18%, e o INPC, de 6,2% para 8,4%. Com a revisão da projeção para 2021, as despesas federais 2022 ficarão cerca de R$ 18 bilhões maiores, conforme informado pelo Valor na segunda-feira passada. A alta forçará uma contenção ainda maior das despesas discricionárias, disse o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida. Apesar disso, ele garante que o Orçamento de 2022 não está inviabilizado nem haverá paralisação da máquina pública. O governo conta com algum mecanismo que permita parcelar o pagamento de precatórios previsto para o ano que vem, de R$ 89 bilhões, para sair desse impasse. (Valor Econômico – 17.09.2021)

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2 Inflação de energia deve desacelerar em 2022, mas alívio no bolso será parcial

Apesar da perspectiva hídrica ruim para 2022, a expectativa dos economistas é de desaceleração da inflação de energia no ano que vem. A devolução, no entanto, é apenas parcial e, no bolso do consumidor, os efeitos são mais negativos. A energia residencial no IPCA subirá pouco mais de 20% neste ano, segundo economistas, vindo de 9,14% em 2020. O índice cheio, por sua vez, deve saltar 8,29% em 2021, pela mediana das projeções colhidas ontem pelo Valor com cem instituições financeiras e consultoria. Considerando apenas a mudança da bandeira tarifária de “escassez hídrica” (mais R$ 14,20 para cada 100 quilowatt-hora consumidos), criada para fazer frente à crise atual, no fim de 2021 para vermelha 1 (R$ 3,97) ao término de 2022, a energia poderia registrar queda de 12% no IPCA do próximo ano, segundo Tatiana Nogueira, economista da XP. Com a previsão de um reajuste anual médio de 9% nas distribuidoras, contra 5,6% estimados neste ano, porém, ela projeta uma deflação de 6,2%. (Valor Econômico – 17.09.2021)

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3 O baixo impacto das reformas no crescimento

O economista Eduardo Gianetti disse que não há nenhuma perspectiva de crescimento econômico robusto no ano que vem, pois as reformas prometidas por Guedes não foram feitas e o clima de incerteza política patrocinado por Bolsonaro afasta o investidor. O gestor de estratégia multimercado e previdência da Verde Asset, Luiz Parreiras também se mostrou decepcionado com a atuação do ministro. “O discurso de Guedes é muito bom, mas a execução tem deixado muito a desejar”, disse ele em evento recente. Isso sem considerar os que preferem tecer críticas, dentro e fora do governo, mantendo o anonimato. Na lista de fracassos do ministro costuma-se citar o programa de privatizações que ele chegou a estimar que renderia cerca de R$ 1 trilhão, a promessa não cumprida de zerar o déficit primário e a frustração no crescimento da economia, que patina. (Valor Econômico – 17.09.2021)

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4 Projeto prevê corte de R$ 22 bi em benefícios fiscais

O plano prevê um corte de R$ 22,4 bilhões em gastos tributários, sendo R$ 15,8 bilhões revistos no primeiro ano de vigência. O encaminhamento do plano cumpre determinação estabelecida na PEC Emergencial, promulgada em março e que gerou a Emenda Constitucional nº 109. Ela previu que o governo deveria apresentar em até seis meses um plano de revisão de benefícios fiscais que permitisse que, ao fim de oito anos, eles chegassem a um patamar igual ou inferior a 2% do PIB. Hoje, representam cerca de 4% do PIB. No primeiro ano, o corte deveria ser de 10% do total. Esses benefícios, por serem preservados no texto constitucional, não foram considerados pela Receita para cálculo da meta de redução dos benefícios. Assim, segundo o plano, para se chegar à meta de 2% em oito anos, seria necessário reduzir os benefícios em apenas 0,06% do PIB, o que representaria R$ 4,21 bilhões. Já para o primeiro ano, o entendimento é de corte de 10% sobre o valor total, o que corresponde a R$ 15,7 bilhões. (Valor Econômico – 17.09.2021)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 16 sendo negociado a R$ 5,2650 com variação de -0,56% em relação ao início do dia. Hoje (17), começou sendo negociado a R$ 5,2604, com variação de -0,06% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 10h40 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,3234, variando +1,20% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 16.09.2021 e 17.09.2021)

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Biblioteca Virtual

1 DORILEO, Ivo Leandro. “A reação de síntese do setor elétrico”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Brenda Corcino, Bruno Gonçalves, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Monique Coimbra e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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