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IFE: nº 16 - 27 de janeiro de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Financiamentos
1
Concessionárias de energia se preparam para cumprir a nova meta climática de 2030

Mercado
1 Thyssenkrupp de olho nas oportunidades do Hidrogênio Verde no Brasil
2 Galp tem planos para investir em hidrogênio
3 Mubadala e Siemens Energy fazem parceria para acelerar o hidrogênio verde
4 Rússia tem potencial para se tornar exportadora de hidrogênio
5 Os Emirados Árabes pretendem se tornar uma usina de hidrogênio azul
6 Ørsted toma a decisão final de investir no projeto H2RES
7 Suécia: Preem e Vattenfall colaboram com hidrogênio
8 Masdar lidera iniciativa para hidrogênio verde em Abu Dhabi
9 Shell, Vattenfall e MHI planejam gigante do hidrogênio verde

10 Eneus Energy planeja planta de amônia verde
11 Protium recebe financiamento de hidrogênio verde

12 Permascand ajudará a desenvolver o Centro Sueco de Hidrogênio
13 Governo da Tasmânia produzirá hidrogênio logo após reconhecer seu potencial
14 GEV e Pacific Hydro assinam acordo de exportação de hidrogênio
15 TEAG e Thyssenkrupp planejam projeto conjunto de hidrogênio verde

Tecnologia e Inovação
1 Acciona conduz o OceanH2, estudo espanhol sobre hidrogênio verde flutuante
2 Shearwater Energy está desenvolvendo um projeto de energia híbrida
3 Phillips 66 recebe subsídio de US $ 3 milhões para o avanço da tecnologia de RSOFC
4 Locogen e Logan Energy ajudam destilarias a se tornarem mais verdes
5 Nel visa produção de hidrogênio verde em US$ 1,5/kg

Mobilidade
1 UE: Estudo da ACEA revela aumento de 100 vezes na necessidade de caminhões com emissão zero
2 Shell afirma que hidrogênio é o futuro do transporte pesado
3 HYZON e AIDRIVERS fazem parceria para desenvolver soluções de transporte de hidrogênio
4 Hopium revela seu novo conceito de plataforma tecnológica

5 O primeiro ônibus a hidrogênio da Irlanda já está operacional
6 Düren terá a primeira estação de Hidrogênio

Artigos e Estudos
1 Hydrogen Council: Vias de descarbonização de hidrogênio
2 BNEF: investimento global em transição energética atingiu US $ 500 bilhões em 2020
3 Artigo GESEL: O Brasil na transição energética para o hidrogênio verde



 

 

Políticas Públicas e Financiamentos

1 Concessionárias de energia se preparam para cumprir a nova meta climática de 2030

No dia 11 de dezembro, após uma maratona de negociações de oito horas, líderes da UE concordaram com a proposta da Comissão Europeia, elevar a meta de redução das emissões de 40% para 55%, até 2030, abaixo dos níveis de 1990. A meta ainda precisará ser acordada no início do próximo ano com o Parlamento Europeu, que gostaria de estabelecer uma meta ambiciosa, de redução em 60%. Dessa forma, está claro que o sistema de energia europeu terá que se transformar mais rápido do que o inicialmente previsto, para cumprir a meta de 2050, a descarbonização total até alcançar o balanço líquido de carbono zero em emissões. No momento, existem duas preocupações principais: preparar a rede para o fornecimento intermitente de energia renovável e atualizar os gasodutos para serem capazes de transportar hidrogênio como combustível. O Parlamento Europeu deverá abordar a questão em uma votação agora em janeiro, durante a qual irá ser discutido se e como a infraestrutura de gás deve ser incorporada ao planejamento energético. (Euractiv - 21.01.2021)

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Mercado

1 Thyssenkrupp de olho nas oportunidades do Hidrogênio Verde no Brasil

A transição energética global vem aparecendo como um cenário de oportunidades para várias empresas e a Thyssenkrupp observa as movimentações. Com a meta de neutralidade em carbono até 2050, a empresa alemã líder no ramo da siderurgia, um dos setores que mais emitem CO2, considera o hidrogênio verde um agente transformador. “Pretendemos fazer com a adoção interna e externa do hidrogênio verde como elemento de transformação energética”, explica Paulo Alvarenga, CEO da Thyssenkrupp na América do Sul. O executivo cita como caso de oportunidade para a empresa no Brasil a Alemanha, que publicou seu Plano Nacional de Hidrogênio em 2020. O documento prevê € 2 bilhões em investimentos e parcerias com países que queiram desenvolver o H2 verde de modo que o país europeu possa importar o insumo e fazer a substituição na sua matriz sua energética. (CanalEnergia - 19.01.2021)

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2 Galp tem planos para investir em hidrogênio

Andy Brown assume a função de novo CEO da GALP dentro de um mês, em um momento em que a empresa aposta na transição energética, apesar do seu background estar no petróleo. Brown deu uma entrevista para a mídia portuguesa para falar sobre a sua indicação para dirigir a empresa. Apesar da longa experiência ligada a uma empresa tradicional do setor, a Shell, ele tem defendido o papel das petrolíferas no caminho global das energias limpas. A GALP acaba de entrar no negócio do lítio, um importante componente para as baterias dos carros elétricos. Brown afirmou “O cenário base é que teremos 170 milhões de veículos elétricos, em 2040, 10% da frota global. A eficiência energética nos carros vai ser mais importante do que o impacto da energia do veículo”. O britânico, que já participou de uma série de projetos ligada ao hidrogênio verde e às células a combustível, na Galp, irá acompanhar a criação de uma central de produção de hidrogênio verde em Sines. (Petronotícias - 19.01.2021)

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3 Mubadala e Siemens Energy fazem parceria para acelerar o hidrogênio verde

A Mubadala Investment Company e a Siemens Energy assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para criação de uma parceria estratégica com a intenção de impulsionar investimento e o desenvolvimento de tecnologia avançada, fabricação de equipamentos e produção de hidrogênio verde e combustível sintético. O foco inicial da atividade será em Abu Dhabi mas, há uma pretensão de expandir para mercados internacionais ao longo do tempo. Juntamente com a Masdar e outros atores de energia do Grupo Mubadala, as empresas trabalharão em estreita colaboração para alcançar objetivos comuns. (Green Car Congress - 18.01.2021)

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4 Rússia tem potencial para se tornar exportadora de hidrogênio

A Rússia tem enorme potencial para se tornar um importante exportador de hidrogênio com eliminação gradual das emissões de carbono, disse o presidente do Comitê Internacional do Prêmio Global de Energia. O acadêmico sul-coreano Rae Kwon Chung, membro do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas, disse no 12º Fórum Gaidar em Moscou que a Rússia estava bem posicionada para assumir o papel de produzir e exportar hidrogênio. Rae Kwon Chung disse ainda que movimentos para criar economias neutras em carbono podem fornecer um novo estímulo para o mundo, motivando os países a criarem novos setores de desenvolvimento. (The Global Energy Prize - 17.01.2021)

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5 Os Emirados Árabes pretendem se tornar uma usina de hidrogênio azul

Os Emirados Árabes Unidos pretendem se tornar um grande produtor de hidrogênio, contribuindo para o esforço do estado, rico em petróleo, para reduzir as emissões de carbono poluentes em quase um quarto. O país do Oriente Médio usará tecnologias de captura de carbono para criar o que é conhecido como hidrogênio azul, disse Sultan Al Jaber, diretor executivo da Abu Dhabi National Oil Co., em uma conferência virtual na terça-feira. Abu Dhabi é a capital dos Emirados Árabes Unidos e detém a maior parte do petróleo e gás do membro da OPEP. Os Emirados Árabes Unidos podem ser “um dos maiores e mais baratos produtores de hidrogênio azul do mundo”, disse Al Jaber, ressaltando ainda que não há "maneira confiável" de cumprir as metas climáticas globais sem captura e armazenamento de carbono. O hidrogênio azul é uma forma de combustível criado a partir do gás natural em um processo que impede a liberação de emissões de carbono na atmosfera. (Bloomberg Green - 19.01.2021)

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6 Ørsted toma a decisão final de investir no projeto H2RES

A Ørsted tomou a decisão final de investimento no projeto de demonstração dinamarquês H2RES, que usará energia eólica offshore para produzir hidrogênio renovável. O projeto deverá produzir seu primeiro hidrogênio no final de 2021 e será o primeiro projeto de hidrogênio renovável de Ørsted em operação, marcando uma nova era de jornada verde. No H2RES a energia do vento offshore será aproveitada para descarbonizar a sociedade além da eletrificação direta, oferecendo um caminho para emissões zero para setores de outra forma difíceis de reduzir. A instalação de 2 MW irá produzir cerca de 1000 kg de hidrogênio renovável diariamente, que será usado para abastecer o transporte rodoviário na Grande Copenhague e na Zelândia. (Energy Global - 20.01.2021)

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7 Suécia: Preem e Vattenfall colaboram com hidrogênio

A colaboração entre as empresas suecas, Vattenfall e Preem, que visa a produção de hidrogênio livre de combustíveis fósseis está entrando na próxima fase. Um estudo para examinar as oportunidades de instalação de uma unidade de eletrólise para produção em larga escala na refinaria em Lysekil, não analisará apenas a produção de hidrogênio, mas também o futuro fornecimento de eletricidade da refinaria. Caso o estudo seja positivo, o próximo passo pode ser planejar a construção da primeira instalação de eletrólise de 200 - 500 MW. A meta da Preem de produzir 5 milhões de m3 de biocombustível até 2030 pode resultar em uma redução das emissões de transporte de até 12,5 milhões de dióxido de carbono, equivalente a cerca de 20% das emissões totais da Suécia. (Energy Global - 21.01.2021)

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8 Masdar lidera iniciativa para hidrogênio verde em Abu Dhabi

A Masdar, uma das principais empresas de energia renovável do mundo, anunciou que está unindo forças ao Departamento de Energia de Abu Dhabi, Etihad Airways, Grupo Lufthansa, Universidade de Ciência e Tecnologia de Khalifa, Siemens Energy e Marubeni Corporation, em uma iniciativa destinada a apoiar o desenvolvimento da economia do hidrogênio verde em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. A iniciativa visa estabelecer uma planta demonstradora em Masdar City para explorar o desenvolvimento de hidrogênio verde, combustíveis sustentáveis e produção de querosene para transporte marítimo e aviação. Masdar, Siemens e Marubeni desenvolverão em conjunto a infraestrutura para implementar o projeto de demonstração e cada uma das empresas contribuirá para garantir o financiamento necessário. (Energy Global – 21.01.2021)

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9 Shell, Vattenfall e MHI planejam gigante do hidrogênio verde

A Shell, a Mitsubishi Heavy Industries (MHI), a Vattenfall e a empresa municipal Warme Hamburg assinaram uma carta de intenções para desenvolver um projeto de hidrogênio verde na Alemanha. Os parceiros planejam inicialmente um eletrolisador de 100 MW no local da usina de Hamburgo-Moorburg e, em seguida, o desenvolvimento de um chamado centro de energia verde. Eles vão explorar até que ponto a infraestrutura existente na localização de Moorburg (onde havia uma usina a gás) pode ser usada para a produção de energia de fontes renováveis. Sujeito a uma decisão final de investimento e de acordo com o atual estado de planejamento, a produção de hidrogênio verde está prevista para 2025. (Renews – 22.01.2021)

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10 Eneus Energy planeja planta de amônia verde

A empresa escocesa Eneus Energy obteve consentimento para planejamento de uma planta de hidrogênio/amônia verde em Orkney, Escócia, a primeira instalação comercial desse tipo no Reino Unido. O desenvolvimento junto com a extensão proposta para turbinas eólicas em Hammars Hill, foi aprovado pelo Comitê de Planejamento do Conselho da Orkney em uma reunião no dia 20 de janeiro. A empresa afirmou que a usina, próxima de Evie, irá aproveitar a eletricidade renovável gerada pelas turbinas eólicas para produzir hidrogênio da água e, em seguida, combinar o gás com nitrogênio do ar para formar amônia. A extensão do parque eólico terá duas turbinas de 150 metros construídas, adicionando 8,4 MW ao projeto existente de 4,5 MW. (Renews – 21.01.2021)

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11 Protium recebe financiamento de hidrogênio verde

A Protium Green Solutions Ltd, empresa líder em serviços de energia do hidrogênio verde do Reino Unido, garantiu um financiamento que apoiará a expansão dos projetos e do pipeline da empresa, permitindo que as empresas do Reino Unido acelerem suas metas de emissão líquida zero, especificamente por meio da descarbonização da mobilidade e demanda térmica e elétrica. O anúncio do financiamento segue logo depois que a empresa recebeu mais de £ 70.000 do Departamento de Negócios, Meio Ambiente e Estratégia Industrial para conduzir um estudo de viabilidade sobre o uso de soluções de aquecimento de hidrogênio na destilaria Bruichladdich. Com o foco crescente na descarbonização, após uma variedade de esquemas de apoio fiscal injetados pelo governo, este financiamento representa um passo importante não apenas para a Protium, mas também para a economia verde do país. (Energy Global – 21.01.2021)

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12 Permascand ajudará a desenvolver o Centro Sueco de Hidrogênio

A Permascand, uma fabricante independente de soluções em sistemas eletroquímicos, fortaleceu sua posição ao firmar seu apoio ao desenvolvimento do Centro Sueco de Hidrogênio, uma nova unidade de conhecimento para a eletrólise e hidrogênio renovável. Os institutos de pesquisa RISE e Swerim da Suécia, com o apoio da indústria, receberam financiamento para projetos para desenvolver em conjunto um novo centro de conhecimento onde diferentes componentes e aplicações podem ser testados e avaliados - uma bancada de testes. A nova instalação física, incluindo a de eletrólise, será construída em Luleå, Suécia. Com a plataforma de teste completa colocada em operação no outono de 2022, não será apenas o meio ambiente o beneficiado, a Permascand também poderá desenvolver ainda mais sua tecnologia e assim garantir sua posição como um dos principais players no mercado do hidrogênio renovável. (Fuel Cells Works – 22.01.2021)

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13 Governo da Tasmânia produzirá hidrogênio logo após reconhecer seu potencial

A Tasmânia reconhece o potencial ambiental e a importância do hidrogênio e vai produzi-lo em grandes quantidades, e por isso, iniciou o primeiro projeto de hidrogênio renovável. O projeto é apenas um dos sete projetos selecionados para a rodada de financiamento para implantação de hidrogênio renovável de $70 milhões da Australian Renewable Energy Agency (ARENA). Logo após ser concluído, o piloto de 10 MW produzirá 4,5 toneladas de hidrogênio por dia no estado australiano. (H2 View - 21.01.2021)

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14 GEV e Pacific Hydro assinam acordo de exportação de hidrogênio

As empresas Global Energy Ventures (GEV) e Pacific Hydro Australia Developments (Pacific Hydro) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para exportar hidrogênio por meio de navios. Cada empresa assumirá funções bem diferentes, enquanto a GEV utilizará seu novo navio de hidrogênio comprimido (navio C-H2) para transportar o combustível, a Pacific Hydro usará o seu projeto em Lake Argyle, na Austrália Ocidental, com capacidade para fornecer 30 MW de energia renovável, como planta de produção do hidrogênio que será transportado pelos navios da GEV. (H2 View - 21.01.2021)

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15 TEAG e Thyssenkrupp planejam projeto conjunto de hidrogênio verde

A STEAG, empresa de energia com sede em Essen, a produtora de aço Thyssenkrupp Steel de Duisburg e a Thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers, especializada em tecnologia de eletrólise, estão trabalhando em um estudo conjunto de viabilidade. O estudo trata da construção de uma planta de eletrólise de água no local da STEAG, em Duisburg-Walsum, pela Thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers, da estrutura do fornecimento de energia e operação da planta de eletrólise na STEAG, e do fornecimento de hidrogênio verde e oxigênio para o aço da Thyssenkrupp Steel, no bairro vizinho de Duisburg. A proximidade geográfica entre as empresas torna o projeto amplamente independente de terceiros e facilita sua realização rápida. O desenvolvimento do projeto está previsto para começar assim que for obtido um resultado positivo do estudo de viabilidade. (Green Car Congress - 25.01.2021)

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Tecnologia e Inovação

1 Acciona conduz o OceanH2, estudo espanhol sobre hidrogênio verde flutuante

A empresa espanhola de energia Acciona deve coordenar um novo projeto que visa projetar e validar a primeira planta offshore da Espanha para a geração, armazenamento e distribuição de hidrogênio verde. O projeto OceanH2 estudará diferentes cenários de implementação, incluindo eólica flutuante e solar, para um sistema de geração de energia offshore híbrido. Ele avaliará as alternativas de projeto ao longo de toda a cadeia de produção, armazenamento e distribuição para identificar as soluções com maior potencial de desenvolvimento com base nos novos materiais propostos. Outros parceiros incluem Redexis, Ariema, TSI, Wunder Hexicon e BlueNewables, juntamente com 12 centros de pesquisa espanhóis. (Renews – 18.01.2021)

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2 Shearwater Energy está desenvolvendo um projeto de energia híbrida

Shearwater Energy Ltd., uma empresa de energia limpa híbrida sediada no Reino Unido, está desenvolvendo um SMR (Small Modular Reactor) e um projeto de energia híbrida de produção de hidrogênio e vento em North Wales. O projeto pretende fornecer 3 GW de energia com zero de carbono e também deverá produzir mais de 3 milhões de quilogramas de hidrogênio verde por ano para uso pelo setor de transportes do Reino Unido, garantindo a plena utilização da energia produzida. A Shearwater também apresentou uma proposta preliminar ao governo britânico e aos governos do País de Gales, Irlanda do Norte e Escócia, os quais poderão obter benefícios econômicos em conexão com o projeto proposto. (Green Car Congress - 18.01.2021)

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3 Phillips 66 recebe subsídio de US $ 3 milhões para o avanço da tecnologia de RSOFC

A Phillips 66 recebeu uma doação de US $ 3 milhões do Departamento de Energia dos EUA para promover o desenvolvimento de células a combustível de óxido sólido reversível (RSOFC) de alto desempenho. A Phillips 66 colaborará com o Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech) para demonstrar a viabilidade comercial de um sistema RSOFC de baixo custo e altamente eficiente para geração de hidrogênio e eletricidade. O sistema tem uma pegada de carbono menor em comparação com as usinas convencionais e é uma tecnologia ideal para a captura de dióxido de carbono. As SOFCs reversíveis permitem que as células a combustível operem no modo de geração de energia, como uma célula a combustível de óxido sólido, ou no modo reverso, como uma célula de eletrólise de óxido sólido. (Green Car Congress - 22.01.2021)

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4 Locogen e Logan Energy ajudam destilarias a se tornarem mais verdes

Os processos de destilação tradicionais dependem da queima do óleo combustível ou gás natural, o que causa certa emissão de dióxido de carbono ao meio ambiente. Sendo assim, a Locogen, especialista em energia renovável, e Logan Energy, especialista em tecnologia de hidrogênio, estão fazendo uma parceria para fornecer uma alternativa mais ecologicamente correta para as destilarias de uísque, que visa o hidrogênio verde. As empresas anunciaram seus planos de colaboração no dia 25 de janeiro, como resultado de um pacote de financiamento £ 10m do Governo do Reino Unido para ajudar destilarias a se tornarem “mais verdes”, do qual 11 de 17 destilarias da Escócia serão beneficiados, sendo essas 11, as vencedoras do concurso Green Distilleries. (Fuel Cells Works – 25.01.2021)

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5 Nel visa produção de hidrogênio verde em US$ 1,5/kg

Para que o hidrogênio seja mundialmente um vetor energético neutro em carbono, e sabendo que isso não acontece também pela questão econômica, a Nel Asa, uma empresa norueguesa, está lançando uma meta para que em 2025 o hidrogênio verde atinja a paridade fóssil na questão econômica. O objetivo é produzir hidrogênio verde com o valor de US$ 1,5/kg. Para que isso aconteça, a empresa investirá em um aumento da produção e distribuição de hidrogênio para impulsionar a redução de custos do hidrogênio verde. (H2 View - 21.01.2021)

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Mobilidade

1 UE: Estudo da ACEA revela aumento de 100 vezes na necessidade de caminhões com emissão zero

Um novo estudo da European Automobile Manufacturers’Association (ACEA) concluiu que existem atualmente 6,2 milhões de veículos comerciais médios e pesados nas estradas da UE, com idade média de 13 anos. Quase 98% de todos esses caminhões movem-se a diesel, de acordo com o relatório 2021 Vehicles in Use, e apenas cerca de 2.300 - ou 0,04% da frota total - são caminhões com emissão zero. Os fabricantes de caminhões europeus estimam que cerca de 200.000 caminhões de emissão zero terão que estar em operação até 2030 para cumprir as metas de CO2 para caminhões pesados. Com base nos novos dados da ACEA, isso exigirá um aumento surpreendente na produção, cerca de 100 vezes mais em menos de 10 anos. Em sua Estratégia de Mobilidade publicada recentemente, no entanto, a Comissão Europeia estabeleceu o objetivo de ter cerca de 80.000 caminhões com emissão zero na estrada até 2030, o que de fato está muito aquém do que é exigido pelo regulamento de CO2 (emissões de -30%). (Green Car Congress - 21.01.2021)

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2 Shell afirma que hidrogênio é o futuro do transporte pesado

De acordo com um novo relatório encomendado pela Shell, maior européia do petróleo, o hidrogênio será a principal fonte de energia para o transporte rodoviário global. A eletrificação é a solução mais econômica e ecológica para veículos de entrega de menor porte. O estudo, realizado pela empresa de contabilidade global Deloitte em nome da Shell, questionou 158 executivos do setor de frete rodoviário em 22 países diferentes. Dos entrevistados, 70% classificou a descarbonização como uma das três principais preocupações para seus negócios. (GreenTechMedia – 21.01.2021)

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3 HYZON e AIDRIVERS fazem parceria para desenvolver soluções de transporte de hidrogênio

A Hyzon Motors, uma empresa de mobilidade com hidrogênio e energia limpa, e AIDRIVERS, uma empresa líder em mobilidade autônoma, realizaram um acordo para fabricar e entregar caminhões movidos a hidrogênio de acionamento autônomo, ônibus autônomos de emissão zero para operações de mobilidade industrial e off-road. Com um foco inicial nos portos da região Ásia-Pacífico, as empresas esperam iniciar os primeiros testes para caminhões movidos a hidrogênio este ano, com a primeira frota de caminhões operacionais a ser implantada em 2022. (H2 View – 24.01.2021)

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4 Hopium revela seu novo conceito de plataforma tecnológica

Hopium Machina, o primeiro sedan de luxo a hidrogênio do mundo, revela seu conceito de plataforma tecnológica de hidrogênio. Os dois grandes pontos da plataforma é o reabastecimento de hidrogênio, que é feito em cerca de 3 minutos, o que dá uma grande vantagem em relação aos carregamentos dos EVs, e a sua performance, que será com uma potência equivalente a 500 cv. Por trás da Hopium está a Hydrogen Motive Company, uma empresa fundada no início deste ano pelo piloto francês Olivier Lombard e que aspira tornar-se uma empresa líder em tecnologia de hidrogênio. O Machina será produzido em série, na França, a partir de 2026, mas antes disso, será apresentado em 2021 na forma de um primeiro protótipo. (Fuel Cells Works – 24.01.2021)

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5 O primeiro ônibus a hidrogênio da Irlanda já está operacional

Coordenado pela Hydrogen Mobility Ireland, o protótipo de ônibus Caetano 'CityGold' alimentado por uma pilha de células a combustível da Toyota com 60KW, representa o primeiro ônibus a hidrogênio da Irlanda, em fase de teste, a entrar em serviço público. O teste está em execução desde o início de novembro de 2020 e terminará pouco antes do Natal de 2021. “Esta é uma tecnologia de ponta que promete dar uma enorme contribuição para os objetivos climáticos da Irlanda na década de 2020, especificamente no setor de transporte”, disse Aodhan McAlee, gerente sênior do ESB, Hydrogen. (H2 View – 21.01.2021)

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6 Düren terá a primeira estação de Hidrogênio

Düren é um distrito rural alemão que já é bem familiarizado com o hidrogênio. Por isso, o primeiro posto de abastecimento de hidrogênio pode ser inaugurado no próximo ano, no parque industrial “Im Gro?es Tal 1” e acoplado ao posto Shell. Com toda uma preparação com o meio ambiente, Düren não apenas fará a estação para abastecer carros, mas também terá abastecimento de ônibus e, em um futuro não tão distante, caminhões também poderão ser reabastecidos nessa nova estação, tudo isso em prol da ampliação de um setor da mobilidade neutro em carbono. (Fuel Cells Works – 23.01.2021)

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Artigos e Estudos

1 Hydrogen Council: Vias de descarbonização de hidrogênio

O novo relatório publicado pelo Hydrogen Council fornece novos dados com base em uma avaliação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) geradas por diferentes vias de fornecimento de hidrogênio e as emissões de GEE do ciclo de vida para diferentes aplicações de hidrogênio. O relatório também explora três cenários hipotéticos de suprimento de hidrogênio para medir a viabilidade e o impacto da implantação de hidrogênio renovável e de baixo carbono em escala. O relatório mostra que o fornecimento de hidrogênio de baixo carbono em escala é econômica e ambientalmente viável e terá benefícios sociais significativos se a abordagem localizada correta e as melhores práticas para a produção forem usadas. O relatório também demonstra que não há uma única via de produção de hidrogênio para atingir emissões de gases de efeito estufa (GEE) de baixo ciclo de vida, mas sim a necessidade de uma abordagem baseada em fatos que aproveite os recursos regionais e inclua uma combinação de diferentes vias de produção. Isso proporcionará reduções de emissões e custos, ajudando, em última instância, a descarbonizar o sistema de energia e limitar o aquecimento global.
Parte 1 do relatório: https://hydrogencouncil.com/wp-content/uploads/2021/01/Hydrogen-Council-Report_Decarbonization-Pathways_Part-1-Lifecycle-Assessment.pdf
Parte 2 do relatório: https://hydrogencouncil.com/wp-content/uploads/2021/01/Hydrogen-Council-Report_Decarbonization-Pathways_Part-2_Supply-Scenarios.pdf (Hydrogen Council - 19.01.2021)

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2 BNEF: investimento global em transição energética atingiu US $ 500 bilhões em 2020

Uma nova e ampla medida de “investimento em transição energética”, compilada pela BloombergNEF (BNEF), mostra que o mundo comprometeu um recorde de US $ 501,3 bilhões para descarbonização em 2020, batendo o ano anterior em 9%, apesar da ruptura econômica causada pela Covid-19 pandemia. A análise da BNEF mostra que empresas, governos e famílias investiram US $ 303,5 bilhões em nova capacidade de energia renovável em 2020, um aumento de 2% no ano, ajudado pelo maior desenvolvimento de projetos solares e um aumento de US $ 50 bilhões em energia eólica offshore. Eles também gastaram US $ 139 bilhões em veículos elétricos e infraestrutura de carregamento associada, um aumento de 28%. Outras áreas de investimento em transição energética também mostraram força, como a instalação doméstica de bombas de calor com eficiência energética chegou a US $ 50,8 bilhões e o investimento em tecnologias de armazenamento de energia estacionária, como baterias, de US $ 3,6 bilhões, apesar da queda dos preços unitários. O investimento global em captura e armazenamento de carbono (CCS) triplicou para US $ 3 bilhões, e o de hidrogênio foi de US $ 1,5 bilhão, com queda de 20%, mas o segundo maior número anual até agora. (Green Car Congress - 20.01.2021)

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3 Artigo GESEL: O Brasil na transição energética para o hidrogênio verde

Em artigo publicado no Valor Econômico, os pesquisadores do GESEL Nivalde de Castro, Ana Carolina Chaves e Adely Branquinho Dores avaliam que o Brasil, com o potencial de energia eólica e solar, pode se tornar rapidamente um exportador de hidrogênio verde. Segundo os autores, o Brasil tem condições para se tornar um grande exportador de H2V, por dois fatores: “o primeiro, e mais relevante, é o potencial de energia eólica e solar em relação ao resto do mundo” e “o segundo fator é a estrutura institucional que contempla uma política energética com planejamento de longo prazo (EPE), operação centralizada do sistema elétrico que atende a carga espacialmente dispersa no território brasileiro, marco regulatório consistente e independente (ANEEL), eficiente sistema de compensação de contratos (CCEE) e padrão de financiamento consolidado (BNDES)”. (GESEL - IE - UFRJ - 21.01.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Allyson Thomas e Kalyne Silva Brito 
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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