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IFE: nº 80 - 27 de outubro de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Brasil: Incentivo ao carro elétrico é tema de debate no Senado
2 Brasil: Rio Grande do Sul na vanguarda dos VEs
3 Brasil: Infraestrutura de carregamento em rodovias
4 Chile: Governo anuncia que a partir de 2035 apenas VEs serão vendidos
5 Arábia Saudita: Adoção de VEs terá início na capital Riade
6 Reino Unido: Nova regulamentação para VEs
7 Irlanda: Programa de subsídios para veículos 100% elétricos
8 Alemanha: Subsídios para estações de carregamento privadas

Inovação e Tecnologia
1 Desten: Nova bateria com recarga em 5 minutos
2 Terra 360: Carregador ‘mais rápido do mundo’ pode ser usado em ônibus
3 CEC: Doção milionária para start-up de desenvolvimento de baterias
4 Panasonic: Nova célula de bateria para carros elétricos

Indústria Automobilística
1 Volkswagen: Frotas urbanas de caminhões elétricos em 2030
2 Europa: Híbridos superam as vendas de modelos a diesel
3 LeasePlan: VEs se tornam cada vez mais competitivos em algumas regiões

4 Tesla apresenta lucro significativo no terceiro trimestre de 2021

5 Kia confirma novos VEs até 2027

6 Stellantis e LG anunciam parceria para gigafábrica de baterias

7 Foxconn quer construir fábricas de VEs até 2024

8 Xiaomi: Primeiros VEs chegam em 2024
9 Toyota anuncia fábrica sustentável para a produção de baterias
10 Honda: Estratégia comercial para venda de VEs na China

Meio Ambiente
1 Brasil: Prefeituras do Rio e de Niterói firmam aliança para combate à emergência climática
2 ICCT: Avaliação da proposta da Comissão Europeia para as metas de CO2 para carros e vans
3 ICCT: Oportunidades e caminhos para descarbonização do setor de transporte da China
4 JBS: Eletrificação da frota e a neutralização de carbono

Outros Artigos e Estudos
1 Brasil: ABVE defende manter regras da Letec
2 Anfavea: “Brasil não pode ir à conferência do clima enquanto taxa carros elétricos”
3 Movida passa a contar com maior frota de VEs do Brasil
4 Magalu começa a operar com caminhões elétricos

5 Crescimento de VEs cria novo mercado de carregadores
6 Stellantis instalará 15.000 postos de recarga em toda a Europa


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Brasil: Incentivo ao carro elétrico é tema de debate no Senado

Na última semana, senadores e especialistas defenderam a superação de barreiras legais e tributárias para garantir o aumento da frota de veículos elétricos ultracompactos no país. Os veículos em questão são os carros elétricos com proposta à princípio urbana, ou os chamados microcarros para dois ocupantes e similares a quadriciclos com cabine fechada. O tema foi debatido em uma audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT). Para o presidente do colegiado, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), “gargalos” na legislação de trânsito dificultam a expansão da frota de carros elétricos. Para Cunha, o Brasil precisa se preparar para receber novas tecnologias. Em outra frente, o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf, sugeriu mudanças nas resoluções do Contran. Maluf também questionou as alíquotas de dois tributos cobrados sobre veículos elétricos. Ele citou o exemplo as bicicletas elétricas, que pagam 20% de Imposto de Importação e 35% de IPI. Por sua vez, o Departamento de Segurança no Trânsito da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), por meio do seu diretor Daniel Mariz Tavares, reconhece que a regulamentação dos VEs no Brasil enfrenta "desafios". No entanto, afirma que o Contran está aberto para rever as normas de circulação dos veículos, desde que a segurança dos usuários seja garantida. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirma que os fabricantes de VEs no Brasil “estão por toda parte”. Ele reconhece, no entanto, que o setor ainda atua sem a devida atenção dos Poderes Executivo e Legislativo. Entre defesas de especialistas apontando as vantagens e a necessidade da mobilidade elétrica, seja pela ausência de emissões, economia de combustível e menor custo no longo prazo, o tema segue em discussão, mas até o momento não há propostas concretas. (Inside EVs – 22.10.2021)

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2 Brasil: Rio Grande do Sul na vanguarda dos VEs

O Rio Grande do Sul, que já é renomado no mundo em sua tradição como polo metalmecânico, sede de montadoras como a GM, Marcopolo e Randon, agora com uma parceria entre a FNM e Agrale, passa a fazer parte do seleto grupo de detentores da produção em escala de VEs. Uma tecnologia que poderá mudar pra sempre todo o ecossistema de inovação na cadeia produtiva de veículos no Estado. Desse modo, segundo Joel Maraschin, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, o governo do estado se vê em um papel crucial de contribuir com o debate deste que deve ser um marco na indústria gaúcha, fomentando iniciativas, buscando abrir horizontes, e atraindo mais investimentos para o Estado, para que nasça no RS um grande hub do setor, impulsionando ainda mais a economia e a geração de emprego e renda. Este é o principal motivo do protocolo de intenções que foi assinado recentemente, que visa desenvolvimento de políticas públicas neste sentido. (Governo do Estado do Rio Grande do Sul – 21.10.2021)

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3 Brasil: Infraestrutura de carregamento em rodovias

A expedição da Porsche, do Sul ao Nordeste do país, chegou ontem ao Rio, com 5,8 mil km rodados. A aventura foi cuidadosamente preparada para não falhar. Para garantir que a travessia do Taycan por 14 Estados, fosse perfeita, o trajeto elaborado prevê a passagem por 33 pontos de carregamento de baterias. A iniciativa da Porsche serve para tentar acabar com um dos estigmas que se criaram em relação aos modelos 100% elétricos. O Brasil está longe de oferecer a infraestrutura de carregamento que se vê nos países europeus, por exemplo. Mas os próprios fabricantes de veículos estão cuidando da ampliação dessas fontes. Por meio de parcerias entre as marcas de carros e concessionárias de energia a cada dia surgem novos pontos de abastecimento. O carregamento em locais públicos, que ainda funciona como instrumento de marketing, tanto do fabricante de veículo quanto do estabelecimento, é gratuito. A Volvo Car planeja ter mil pontos públicos instalados no Brasil até o fim deste ano. Além disso, segundo o diretor-geral da Volvo Car, João Oliveira, 90% dos proprietários de automóveis elétricos fazem o carregamento das baterias quase que exclusivamente em casa ou no escritório. Mas, diz Oliveira, a maior preocupação das marcas de elétricos, agora, é garantir pontos de carregamento ao longo das rodovias. Isso traria tranquilidade para o motorista de um veículo 100% elétrico para usar o carro em viagens mais longas. O primeiro corredor do Brasil com essas características foi instalado há três anos no trecho da Via Dutra, entre Rio e São Paulo. É resultado de uma parceria entre a EDP e o Grupo BMW. Outro projeto, envolvendo a EDP, Gesel, grupo de estudos da UFRJ, e as marcas Volkswagen, Audi e Porsche, já tem cinco pontos de carregamento ultra rápido instalados em estradas do interior e litoral paulista e na Rodovia Regis Bittencourt. Nesses eletropostos em rodovias, segundo as empresas, com 40 minutos é possível obter carga total. Tempo suficiente para a tradicional parada de viagem para um café. (Valor Econômico – 20.10.2021)

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4 Chile: Governo anuncia que a partir de 2035 apenas VEs serão vendidos

O governo chileno anunciou que em 2035 somente veículos elétricos serão vendidos no país. A expectativa é de que, para aquele ano, 100% das vendas de veículos leves e médios tenham emissões zero. “Tudo isso beneficiará diretamente a qualidade de vida dos chilenos”, disse o ministro da Energia, Juan Carlos Jobet. A autoridade indicou que no Chile mais de um terço do consumo de energia pertence à atividade do setor de transportes, dos quais mais de 99% corresponde ao uso de energia proveniente de derivados de petróleo. A missão, disse Jobet, “é continuar avançando na consolidação do Chile como um país de energia limpa”, o que contribuirá para a competitividade das indústrias. É por isso que a estratégia promovida pelo Ministério da Energia prevê que até 2035 só sejam vendidos carros elétricos. De acordo com o governo chileno, até 2035 o objetivo é que 100% das vendas de veículos leves e médios, de transporte público (ônibus, táxis e coletivos) e de grandes máquinas (como caminhões de mineração) tenham emissão zero de carbono. Em 2040, 100% das vendas de pequenas máquinas, as de construção e agrícolas, terão emissões zero. E para 2045, 100% das vendas de veículos de transporte de carga e ônibus intermunicipais terão emissões zero. (Isto É – 19.10.2021)

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5 Arábia Saudita: Adoção de VEs terá início na capital

A Arábia Saudita anunciou que pelo menos 30% dos veículos em sua capital serão elétricos até 2030, já que o maior exportador de petróleo do mundo busca reduzir as emissões que causam o aquecimento do planeta. A meta, anunciada no sábado no início de uma conferência climática saudita, faz parte de um plano para reduzir pela metade as emissões de carbono na cidade de 8 milhões de pessoas nos próximos nove anos, segundo Fahd Al-Rasheed, presidente da Comissão Real da Cidade de Riade. No mesmo dia, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman prometeu eliminar as emissões que causam o aquecimento do planeta dentro das fronteiras do país até 2060. O objetivo de impulsionar os VEs em Riade vem à medida que mais países tentam reduzir ou eliminar os motores de combustão interna que funcionam com gasolina e diesel. A China pretende que 25% dos novos veículos sejam elétricos até 2025. O Reino Unido planeja encerrar as vendas de novos veículos movidos a combustíveis fósseis até 2030. (Bloomberg – 23.10.2021)

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6 Reino Unido: Nova regulamentação para VEs

O governo do Reino Unido deseja introduzir uma nova diretriz exigindo que os fabricantes vendam uma porcentagem crescente de veículos livres de emissões a cada ano a partir de 2024 como parte de sua nova estratégia de neutralização de carbono. Para se preparar para a proibição das vendas de motores de combustão interna em 2030, o governo do Reino Unido está trabalhando em um plano gradual para transformar a economia de energia. A nova estratégia Net Zero Strategy, assim denominada para ajudar o governo a atingir emissões líquidas zero até 2050, inclui investimentos e regulamentação em toda a economia. Novos compromissos de financiamento incluem 350 milhões de libras extras para apoiar a eletrificação de veículos do Reino Unido e suas cadeias de abastecimento. O governo afirma que as estratégias garantirão 440.000 empregos e “desbloquearão” 90 bilhões de libras em investimentos em 2030. A proibição também tem o apoio de frotas locais, tornando a mudança mais política do que econômica. No entanto, há uma lacuna, pois os veículos pesados poderão continuar a ser vendidos com motor de combustão interna por mais uma década. (Electrive – 20.10.2021)

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7 Irlanda: Programa de subsídios para veículos 100% elétricos

O Departamento de Transportes da Irlanda anunciou detalhes sobre os subsídios aos VEs no próximo ano: 100 milhões de euros serão disponibilizados para este fim em 2022, quase o dobro do que em 2021. Os valores dos subsídios à compra de carros totalmente elétricos e vans continuarão nos níveis existentes. Crucialmente, o novo regulamento não cobrirá mais os subsídios à compra de híbridos plug-in a partir de 1º de janeiro de 2022. Isso ocorre após os subsídios do veículos plug-ins terem sido reduzidos pela metade para 2.500 euros em julho. A decisão de eliminar o suporte para veículos híbridos foi calculada, como o Ministro dos Transportes Eamon Ryan esclarece: “É importante que continuemos a apoiar os consumidores na mudança para VEs, e tenho o prazer de confirmar um aumento significativo nos suportes para veículos totalmente elétricos em 2022 e a infraestrutura de recarga de apoio. A chegada no mercado de veículos de longo alcance totalmente elétricos significa que a preocupação com a autonomia pode se tornar uma coisa do passado. Uma única carga cobrirá um alcance bem superior a 400 km. Embora os híbridos plug-in fornecessem uma solução parcialmente elétrica para os motoristas que faziam viagens mais longas ou estavam preocupados com o alcance do VE, eles eram um compromisso em termos de emissões e qualidade do ar”. (Electrive – 20.10.2021)

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8 Alemanha: Subsídios para estações de carregamento privadas

O governo alemão está aumentando o financiamento para estações de carregamento privadas para carros elétricos em edifícios residenciais em mais € 300 milhões (US$ 349 milhões). A compra e instalação das caixas de parede são apoiadas com um subsídio de € 900 (US$ 1.050). Um total de € 800 milhões (US$ 932 milhões) em fundos federais estão agora disponíveis para isso. Em julho de 2021, mais de 620.000 pontos de carregamento foram solicitados. Os particulares, associações de proprietários de apartamentos, empresas de habitação, associações de habitação e promotores imobiliários podem candidatar-se ao financiamento para instalar uma estação de carregamento para VEs em áreas de edifícios residenciais auto-utilizados ou alugados que não são acessíveis ao público. O financiamento é fornecido para a compra e construção de uma estação de recarga totalmente nova e não acessível ao público, incluindo a conexão à rede, bem como o trabalho auxiliar necessário associado. A estação de carregamento deve ter uma potência de carregamento normal de 11 kW; 100% da eletricidade deve vir de energias renováveis; e a estação de carregamento deve ser inteligente e controlável. O financiamento assume a forma de uma subvenção ao investimento que será transferida para a conta bancária do candidato após a conclusão do projeto. A concessão é uma taxa fixa de € 900 por ponto de carregamento. Se os custos totais do projeto forem inferiores ao valor do subsídio, nenhum financiamento será concedido. (Green Car Congress – 25.10.2021)


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Inovação e Tecnologia

1 Desten: Nova bateria com recarga em 5 minutos

A Desten, uma empresa de baterias fundada em 2015 com sede em Hong Kong, China, está trabalhando duro para tornar o carregamento de carros elétricos mais rápido. A empresa acaba de anunciar uma importante novidade, invocando sua tecnologia de célula de bateria, que promete uma recarga ultrarrápida em menos de 5 minutos. Mais precisamente, a empresa afirma que suas baterias podem ser recarregadas de 0% a 80% em 4 minutos e 40 segundos. O protótipo de bateria e o veículo elétrico estão prontos para carregar a até 900 kW. A Desten não explica os detalhes (química) de sua tecnologia, mas espera-se que as baterias sejam usadas no Piëch GT, o primeiro carro elétrico suíço, que deve estrear em 2024 e ter uma bateria de 75 kWh e, portanto, a capacidade de recarregar em 5 minutos. A autonomia deste carro será de 500 km pelo ciclo WLTP, o que corresponderia a 150 Wh/km. Para alcançar esses números, a empresa trabalhou tanto nos materiais utilizados para a bateria quanto nas estruturas de células, adotando novas composições químicas e desenvolvendo linhas de produção específicas. Como resultado, as baterias da Desten mantêm alta estabilidade térmica e são extremamente resistentes ao superaquecimento, permitindo-lhes suportar recargas muito mais potentes. A empresa obteve certificação de órgãos externos de que a bateria, mesmo sob estresse, nunca excede a temperatura externa em mais de 15 graus Celsius. (Inside EVs – 19.10.2021)

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2 Terra 360: Carregador ‘mais rápido do mundo’ pode ser usado em ônibus

O carregador de veículos elétricos “mais rápido do mundo” lançado pela ABB pode ser utilizado em ônibus. O Terra 360 chegou ao mercado em outubro deste ano, com a promessa de carregar totalmente qualquer veículo elétrico em 15 minutos ou menos. De acordo com a empresa, o carregador é projetado para realizar recarga de até quatro veículos de uma só vez, inclusive ônibus. Por esse motivo, é ideal para estações de reabastecimento, postos urbanos de recarga, estacionamentos comerciais e aplicações para frotas. O novo carregador tem uma saída máxima de 360 kW. Com isso, segundo a ABB, o Terra 360 pode entregar 100 quilômetros de autonomia em menos de três minutos. Disponível na Europa a partir do final de 2021, e nos EUA, América Latina e regiões da Ásia-Pacífico em 2022, o Terra 360 foi projetado levando em consideração necessidades diárias e as expectativas dos motoristas. (Diário do Transporte – 17.10.2021)

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3 CEC: Doção milionária para start-up de desenvolvimento de baterias

SPARKZ Inc., uma startup de bateria com licenças exclusivas para produzir baterias domésticas de lítio sem cobalto ganhou uma doação de $ 2,6 milhões da California Energy Commission (CEC) para estender seu desenvolvimento em baterias de estado sólido. O CEC financiou o valor total possível para a primeira fase da doação e ajudará a SPARKZ a preencher a lacuna de suas concessões de financiamento público anteriores para o investimento privado. Fundada pelo veterano da indústria e ex-executivo do Departamento de Energia dos Estados Unidos Sanjiv Malhotra, a SPARKZ iniciará a comercialização de uma bateria de íon de lítio sem cobalto, feita nos Estados Unidos, enquanto continua sua pesquisa e desenvolvimento com foco na reengenharia do resto da cadeia de abastecimento da bateria. O SPARKZ começará o teste piloto com seus parceiros OEM no início de 2022. Sua pesquisa inicial mostra a capacidade de reduzir o custo de fabricação de células em cerca de 40%, enquanto mantém a densidade de energia e o ciclo de vida comparáveis aos produtos químicos que utilizam cobalto. (Green Car Congress – 22.10.2021)

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4 Panasonic: Nova célula de bateria para carros elétricos

A Panasonic revelou um protótipo de sua nova bateria cilíndrica de íons de lítio de alta capacidade para carros elétricos. Trata-se de um novo tipo de bateria em que a empresa vem trabalhando, pelo menos desde que a Tesla anunciou oficialmente este novo padrão em setembro de 2020. Com as especificações aprimoradas da 4680 'original' e custos de produção mais baixos, a Panasonic gostaria de entrar em uma nova fase de seu negócio de baterias automotivas e já sugeriu que está disposta a investir no projeto. De acordo com a Reuters, a Panasonic não revelou a química, nem detalhes sobre quando e onde ocorrerá a produção em série para as novas células de bateria 4680. Até onde se sabe, pelo menos alguns outros fabricantes também trabalham no modelo 4680, na esperança de receber futuramente uma encomenda de grande volume da Tesla. No entanto, o projeto da Panasonic pode ser o mais avançado, ao menos por enquanto. A título da explicação, a Panasonic também anunciou que a empresa não oferecerá baterias de ferro-lítio (LFP), muitas vezes vistas como uma alternativa acessível para carros elétricos mais baratos e de autonomia mais baixa ou sistemas de armazenamento de energia. É interessante porque este mercado é bastante significativo. A Tesla usa o padrão LFP - a empresa mudou toda a sua linha de veículos de gama padrão para LFP - e de acordo com algumas reportagens, até a Apple está procurando um fornecedor de baterias LFP. (Inside EVs – 25.10.2021)

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Indústria Automobilística

1 Volkswagen: Frotas urbanas de caminhões elétricos em 2030

A Volkswagen Caminhões e Ônibus acredita que a eletrificação será um dos temas mais constantes na indústria de caminhões em um futuro breve. A empresa, que acaba de lançar o e-Delivery no país, fez até uma projeção ousada para os próximos anos. "Nós acreditamos que 1% da frota de caminhões seja eletrificada até o fim de 2022, mas projetamos que pelo menos 15% das frotas urbanas de caminhões sejam elétricos em 2030", declarou Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Nós observamos que o mercado está se contagiando com a onda do elétrico – muito mais rápido do que imaginávamos antes do lançamento. Esse já é um fenômeno do nosso dia a dia atual”, comentou o executivo. Lançado em julho, o caminhão já teve 200 unidades comercializadas em aproximadamente 90 dias de pré-venda. Deste total, 100 foram para o grupo Ambev (que também participou da fase de desenvolvimento dos protótipos), 20 para a Coca-Cola Femsa e as demais para outras empresas. (Automotive Business – 19.10.2021)

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2 Europa: Híbridos superam as vendas de modelos a diesel

Os carros elétricos vendidos na Europa no terceiro trimestre de 2021 estão próximos de atingir uma participação de dois dígitos. Pela primeira vez na história, alcançam 9,8% de participação de mercado, registrando crescimento de 56,7% com 212.582 unidades registradas. É o que revela o relatório elaborado pela ACEA, associação de fabricantes automotivos europeus que representa as 15 maiores empresas do segmento sediadas no Velho Continente. Apoiados por incentivos em vários mercados, os carros com emissão zero registraram aumentos substanciais de volume em todos os quatro principais mercados do Velho Continente. Na Espanha, subiram 21,8%, na França em 34,6%, na Alemanha em 62,7% e na Itália até 122%. O trimestre julho-setembro, mostra que todas as formas de eletrificação fizeram excelentes números. Os carros híbridos plug-in, por exemplo, cresceram 42,6%, para 197,3 mil emplacamentos e uma participação de 9,1%, um pouco abaixo dos totalmente elétricos. O terceiro trimestre de 2021 também marca um momento histórico para o mercado europeu de automóveis: os veículos híbridos superaram os modelos a diesel pela primeira vez. Com percentual de 20,7% (os carros a diesel ficarem em 17,6%), os híbridos estão em segundo lugar no ranking entre todos os tipos de propulsão, ficando atrás apenas da gasolina. (Inside EVs – 22.10.2021)

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3 LeasePlan: VEs se tornam cada vez mais competitivos em algumas regiões

Em Portugal, as empresas que optarem por carros elétricos vão ter um custo total de propriedade (TCO, em inglês) mais baixo em relação a versões a diesel e a gasolina. Esta é a principal conclusão do LeasePlan Car Cost Index 2021, que mostra que os veículos elétricos têm valores de TCO mais baixos na maioria (17) dos 22 países europeus analisados. A LeasePlan diz mesmo que, nos países onde os VE ainda não são competitivos em termos de custos, a diferença de preços entre os VE e os carros a gasóleo e gasolina (ICE) diminuiu significativamente. Tex Gunning, CEO da LeasePlan, diz que o fato de os VEs ultrapassarem finalmente o ponto de viragem em termos de preços e de se tornarem competitivos em termos de custos por toda a Europa é "um alerta para os decisores políticos". O responsável da gestora salienta, no entanto, que a ação governamental relativamente às infraestruturas continua a ser inadequada. (Fleet Magazine – 19.10.2021)

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4 Tesla apresenta lucro significativo no terceiro trimestre de 2021

A Tesla ganhou US $ 1,6 bilhão nos três meses que terminaram em setembro, o segundo trimestre consecutivo em que seu lucro ultrapassou a marca de um bilhão de dólares. A montadora relatou um grande salto na receita de US $ 8,8 bilhões um ano atrás para US $ 13,8 bilhões, à medida que as vendas do Modelo Y continuaram a aumentar nos Estados Unidos, China e Europa. A empresa entregou 241.000 carros a clientes no trimestre, ante 140.000 um ano atrás. “A demanda por veículos elétricos continua passando por uma mudança estrutural”, disse a empresa em um comunicado. “Acreditamos que quanto mais veículos tivermos na estrada, mais proprietários de Tesla serão capazes de espalhar a palavra sobre os benefícios dos VEs.” Uma parte do lucro da Tesla vem da venda de créditos regulatórios para montadoras que precisam deles para atender aos padrões de emissão. A Tesla relatou US $ 279 milhões em vendas de tais créditos no terceiro trimestre, em comparação com US $ 397 milhões no terceiro trimestre de 2020. O relatório de ganhos indica que os consumidores ainda estão migrando para a Tesla, mesmo com a empresa enfrentando dúvidas sobre a segurança de seu sistema de assistência ao motorista Autopilot e com as montadoras estabelecidas lançando carros elétricos e caminhões. (New York Times – 20.10.2021)

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5 Kia confirma novos VEs até 2027

Na noite da quarta (20), a Kia apresentou seu novo logotipo e os futuros passos da marca. Com aspiração na mobilidade urbana sustentável, a montadora de origem sul-coreana ainda anunciou que deixará de usar o nome Kia Motor Company e usará apenas o nome Kia. A marca ainda confirmou que até 2027 serão lançados sete novos veículos elétricos. "Temos muito o que fazer no mercado brasileiro. Seguiremos fortes com uma transformação completa do nosso portfólio rumo à mobilidade elétrica com novos serviços e experiências que sejam significativos e gratificantes aos nossos clientes", afirmou José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil. Enquanto os modelos elétricos não desembarcam por aqui, a marca confirmou que no início de novembro irá fazer uma nova live, apresentando seu primeiro SUV híbrido no Brasil. (R7 – 21.10.2021)

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6 Stellantis e LG anunciam parceria para gigafábrica de baterias

A Stellantis e a LG Energy Solution anunciaram na segunda-feira (18) que suas empresas assinaram um memorando de entendimento para formar uma joint venture para produzir módulos e células de baterias para carros elétricos na América do Norte. A parceria visa a construção de uma mega fábrica de baterias para VEs nos Estados Unidos com capacidade de produção anual de 40 GWh que entrará em operação em 2024. Essa unidade faz parte dos planos da Stellantis de que os VEs atinjam 40% das vendas totais da marca no país norte-americano em 2030. As células de baterias produzidas na futura gigafábrica estadunidense irão abastecer as linhas de produção de VEs e híbridos plug-in das marcas do Grupo Stellantis nos EUA, Canadá e México. (Inside EVs – 18.10.2021)

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7 Foxconn quer construir fábricas de VEs até 2024

A Foxconn, que lançou seus primeiros veículos elétricos e um ônibus elétrico, pretende construir fábricas de VEs na Europa, Índia e América Latina até 2024. Devido a isso, um dos maiores fabricantes terceirizados de produtos eletrônicos pretende expandir rapidamente sua presença na indústria de carros elétricos em rápido crescimento. O diretor executivo da Foxconn, Young Liu, observou que os planos da empresa incluem cooperação com autoridades locais e empresas recomendadas pelo governo. Também foi dito que na região europeia, a Foxconn vai implantar um trabalho conjunto com montadoras alemãs. Quanto à fábrica para atender ao mercado latino-americano, provavelmente aparecerá no México, que se tornou um elemento importante na cadeia de suprimentos automotivos e uma base de fabricação chave para a Foxconn. (Avalanche Notícias – 20.10.2021)

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8 Xiaomi: Primeiros VEs chegam em 2024

Um dia depois de a Foxconn anunciar sua entrada no mercado de veículos elétricos, a Xiaomi, conhecida marca chinesa de celulares, também declarou sua intenção de explorar esse mercado. Durante um evento para investidores, o CEO Lei Jun afirmou que a companhia deverá começar a montar seus primeiros VEs no primeiro semestre de 2024. Um dos diretores de marketing da empresa, Zang Ziyuan, confirmou a notícia com um post na rede social Weibo. Embora a Xiaomi já tivesse anunciado neste ano uma divisão de carros elétricos, ainda faltavam detalhes sobre o assunto para aquecer o mercado. Com o anúncio da data de produção, as ações da empresa subiram 5,4%. Em março, a Xiaomi anunciou que iria investir US$ 10 bilhões ao longo dos próximos dez anos em sua divisão de carros elétricos, que já está com 300 funcionários. Ainda não foi especificado se o empreendimento será solo, com uma linha própria de veículos, ou se em parceria com outra montadora. Também não foram revelados modelos ou preços. (Automotive Business – 19.10.2021)

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9 Toyota anuncia fábrica sustentável para a produção de baterias

A Toyota segue adiante com os investimentos em eletrificação. A montadora japonesa acaba de anunciar um investimento de US$ 3,4 bilhões até 2030 para o desenvolvimento e produção de baterias para VEs nos Estados Unidos, valor que faz parte do total de US$ 13,5 bilhões anunciados recentemente pela companhia para a transição energética. Esse movimento inclui a criação de uma nova empresa e a construção de uma fábrica sustentável dedicada à produção de baterias no país. Com início de operações previsto para 2025, a instalação norte-americana receberá US$ 1,29 bilhão em investimentos até 2031, resultando na criação de 1.750 novos empregos no país norte-americano. Parte das atividades da nova empresa inclui auxiliar a Toyota a desenvolver e expandir ainda mais sua cadeia local de suprimentos e know-how de produção relacionado a baterias de íon-lítio para veículos elétricos e híbridos. Em um primeiro momento a unidade irá se concentrar em produzir baterias para veículos híbridos, e aos poucos avançar no fornecimento para os novos VEs que chegarão ao mercado. Além disso, espera-se que o empreendimento ajude a promover os objetivos da empresa de criar um impacto positivo em termos ambientais, incluindo o avanço de seus esforços em direção à neutralidade de carbono de forma prática e sustentável. Mais detalhes do projeto, como local, capacidade de produção, estrutura de negócios, serão revelados no futuro. (Inside EVs – 20.10.2021)

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10 Honda: Estratégia comercial para venda de VEs na China

A Honda deu na semana passada uma coletiva de imprensa virtual sobre sua estratégia de eletrificação na China. Durante a conferência, a empresa anunciou suas novas iniciativas ambientais e de segurança e também realizou a estreia mundial de dois modelos de produção planejados e três modelos-conceito de veículos elétricos da marca Honda. Todos os novos modelos que a Honda apresentará na China após 2030 serão eletrificados - híbridos (HEVs) e VEs. A Honda apresentará os primeiros 10 modelos elétricos da marca Honda na China - a “e: N Series” - nos próximos cinco anos. A Honda começará a aprimorar sua rede de vendas na China, preparando-se para o início de um negócio de VEs de pleno direito. Isso inclui a criação de uma área da Série e: N nos locais de concessionárias existentes e, mais adiante, o lançamento de locais de concessionários e: N dedicados nas principais cidades. Novas fábricas de produção de veículos elétricos serão construídas na GAC Honda e na Dongfeng Honda, com o objetivo de iniciar a produção em 2024. Quanto às baterias, que serão a chave para a implementação rápida de iniciativas de eletrificação, a Honda vai acelerar a colaboração com seu parceiro de aliança estratégica, CATL, e fortalecer ainda mais seu sistema de fornecimento de bateria. (Green Car Congress – 18.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Brasil: Prefeituras do Rio e de Niterói firmam aliança para combate à emergência climática

Em um movimento inédito, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o prefeito de Niterói, Axel Grael, firmaram, na quarta-feira (20/10), um acordo de cooperação em prol de uma agenda única de combate à emergência climática, voltada à gestão de recursos hídricos. Com a aliança, as duas cidades formaram oficialmente uma “megacidade” para a representação do setor público na Aliança de Megacidades para a Água e o Clima da Unesco. A parceria Rio-Niterói estará reunida na II Conferência Internacional sobre Água, Megacidades e Mudança Global, entre os dias 11 e 14 de janeiro de 2022, em Paris, na França, seis anos após a primeira edição. Antes, entre 31 de outubro e 12 de novembro deste ano, as duas cidades marcarão presença com uma ação unificada na COP26, conferência climática da ONU, em Glasgow, na Escócia. Responsável por 61% da população da Região Metropolitana do Estado e integrantes da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara – com quase 40% da população deste território -, Rio e Niterói estarão juntas em ações e planos relacionados à pesquisa, soluções técnicas, educação ambiental, informação e políticas públicas relacionadas à gestão hídrica e mudanças climáticas. (Diario do Rio – 20.10.2021)

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2 ICCT: Avaliação da proposta da Comissão Europeia para as metas de CO2 para carros e vans

O ICCT publicou recentemente um documento que avalia os principais elementos das propostas regulamentares “Fit for 55” da Comissão Europeia, que têm como objetivo garantir uma redução de gases de efeito de estufa em toda a economia da UE de pelo menos 55% até 2030. Uma das propostas regulamentares adotadas pela Comissão Europeia é alterar as metas obrigatórias de emissão de CO2 para automóveis novos de passageiros e veículos comerciais leves (vans). A proposta da Comissão Europeia fortalece as metas atuais de CO2 para 2030, de -37,5% a -55% para novos carros de passageiros e de -31% a -50% para novas vans, ambas em relação a uma linha de base de 2021. Além disso, a proposta apresenta uma nova meta de CO2 para 2035 definida em -100% para novos carros e vans, novamente em relação a uma linha de base de 2021. A meta de CO2 para 2025 permanece inalterada em -15% para novos carros e vans. A Comissão Europeia não propõe metas intermediárias nem uma transição para valores de metas anuais em vez de graduais. Conforme redigida, a proposta da Comissão para fortalecer os padrões de emissão de CO2 para novos carros e vans poderia evitar emissões cumulativas de 2,8 bilhões de toneladas de carbono até 2050 e poderia ser alavancada pelo fortalecimento dos padrões propostos para carros e vans, bem como o fortalecimento dos padrões de CO2 para caminhões e estendendo-os para ônibus. (ICCT – 23.09.2021)

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3 ICCT: Oportunidades e caminhos para descarbonização do setor de transporte da China

Um estudo publicado pelo ICCT utilizou ferramentas de modelagem de emissão para avaliar o potencial de políticas avançadas de redução de poluentes climáticos no setor de transporte da China, em comparação com os atualmente adotados. O estudo fornece ao país uma base técnica para a consideração das metas climáticas durante o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025) e no longo prazo. A China prometeu atingir um pico nas emissões de CO2 em toda a economia do país até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2060. Os pesquisadores descobriram que as emissões de poluentes climáticos relacionados ao transporte na China aumentariam rapidamente sem outras ações de mitigação. As políticas sob duas análises - o cenário de políticas tradicionalmente adotadas e o cenário de baixa ambição - devem produzir apenas benefícios climáticos limitados no curto prazo (nos próximos cinco a dez anos), mas que são insuficientes para reduzir ou mesmo estabilizar o clima emissões de poluentes a longo prazo. A China precisará de um conjunto mais robusto de medidas políticas, enquanto uma das maiores economias do mundo, para obter benefícios contínuos e de longo prazo na redução dos poluentes climáticos. Tal liderança, conforme modelado no cenário de alta ambição, tem o potencial de reduzir as emissões de poluentes climáticos, em termos de CO2 equivalente, em mais de 10% no final do 14º Plano Quinquenal em comparação com o nível de 2020, e em 70- 80% em 2050 se uma taxa semelhante de redução de emissões for mantida após 2035. (ICCT – 07.10.2021)

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4 JBS: Eletrificação da frota e a neutralização de carbono

Algumas empresas já estão iniciando os investimentos nos modelos eletrificados, em sintonia com suas metas de redução de gases poluentes. É o caso da JBS. Segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, a JBS assumiu em março o compromisso de se tornar Net Zero até 2040. A companhia aposta em uma série de iniciativas capazes de tornar o processo logístico mais sustentável. Já adquiriu o primeiro caminhão elétrico feito 100% no Brasil, o e-Delivery da Volkswagen. Além disso, a JBS começou em abril a realizar o transporte com um caminhão 100% elétrico, com emissão zero de gases poluentes. O modelo é o primeiro utilizado pela indústria de alimentos refrigerados do Brasil. “A inovação e a sustentabilidade são pilares fundamentais para a JBS e o projeto com caminhão 100% elétrico reforça esse posicionamento, que também implementamos em nossa operação”, afirma Susana Carvalho, diretora executiva da JBS Fertilizantes e Ambiental. A implementação de uma frota eletrificada demanda ajustes, tanto na manutenção quanto na infraestrutura. A JBS está investindo nesse processo. Num primeiro momento, o caminhão elétrico está atuando em Santa Catarina, entre as cidades de Itajaí e Balneário Camboriú. Para garantir o abastecimento do modelo, que tem autonomia de até 150 km, a JBS instalou uma infraestrutura específica em seu hub em Itajaí. O modelo elétrico ainda tem a vantagem de não emitir ruídos, o que permite realizar entregas noturnas em centros urbanos com restrições de circulação nessa faixa de horário. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Brasil: ABVE defende manter regras da Letec

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) apoia a extensão no tempo das atuais alíquotas de Imposto de Importação de veículos elétricos e híbridos e defende que elas continuem em vigor até 2026. Segundo o vice-presidente do Grupo de Veículos Leves da ABVE, Pedro Bentancourt, a continuidade das atuais alíquotas da Letec (Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul) é indispensável para a eletromobilidade no Brasil, inclusive para as empresas que já produzem VEs no país, e para outras que confiam nestas tecnologias. A Letec é um instrumento que permite ao governo brasileiro excluir da tarifa externa comum dos países do Mercosul os produtos importados considerados importantes para o mercado do país, ou sem similar nacional. As regras atuais para os elétricos e híbridos importados foram fixadas pela Resolução 86/2014 da Câmara de Comércio Exterior (Cacex), e têm sido renovadas desde então. Pelas alíquotas em vigor, os veículos 100% elétricos têm tarifa zero de Imposto de Importação, enquanto os veículos híbridos desmontados ou semidesmontados, dependendo de alguns critérios, como peso e eficiência energética, pagam entre 2% e 7%. Segundo o presidente da ABVE, os números de crescimento de veículos eletrificados no Brasil, embora expressivos, ainda são insuficientes para garantir a produção local da maioria dos automóveis e comerciais leves vendidos no mercado nacional. “O mercado brasileiro de eletromobilidade está amadurecendo, porém num ritmo mais vagaroso do que em outros países. Mudar as atuais regras do jogo poderia comprometer as conquistas que já obtivemos nos últimos anos” – apontou o presidente da ABVE, Adalberto Maluf. (ABVE – 06.10.2021)

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2 Anfavea: “Brasil não pode ir à conferência do clima enquanto taxa carros elétricos”

O presidente da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos), Luiz Carlos Moraes, voltou a defender a redução no imposto de importação para carros elétricos ou a hidrogênio. A NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) que estabelece em até 7% o imposto para esses veículos vence em dezembro e, caso não seja renovada, as alíquotas subirão para 35%. “Estamos trabalhando com o governo e a Sindipeças e esperamos resolver isso o quanto antes para começarmos 2022 com um sistema tributário mais adequado. O Brasil não pode ir para a COP26 taxando novas tecnologias [mais sustentáveis]”, disse Moraes, durante o 10º Simpósio da SAE Brasil, citando a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que acontece entre outubro e novembro deste ano. O executivo afirma que o governo precisa ser ambicioso e dar mais atenção à indústria automobilística para acelerar a descarbonização do transporte. “Precisamos parar de pensar apenas na arrecadação e enxergar o tema com um olhar mais amplo, do ponto de vista da sociedade, da economia e do meio ambiente”, disse o presidente da Anfavea. (Automotive Business – 21.10.2021)

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3 Movida passa a contar com maior frota de VEs do Brasil

Mais 150 veículos Nissan Leaf zero emissão passam a incorporar a frota de veículos da Movida, que já contava com 70 unidades do modelo. Com a nova etapa da parceria, a Movida passa a ter a maior frota de veículos de passeio 100% elétrica do Brasil, com 220 unidades do Nissan Leaf. As unidades estarão disponíveis tanto para o cliente pessoa física quanto jurídica, desde o aluguel eventual até o de longo prazo. O acordo inclui a instalação de um hub de recarga na loja da Movida localizada na Vila Moreira (SP). O hub contará com carregadores rápidos e wallboxes, em uma operação para atender os usuários, que também será uma espécie de show room para que as empresas interessadas em eletrificar suas frotas possam ver na prática o funcionamento dos carros zero emissões. “Essa parceria com a Nissan vai ajudar a desmistificar o uso do carro elétrico. O Nissan LEAF é um carro com muita tecnologia e proporciona uma experiência diferenciada a um custo relativamente baixo. Temos investido bastante para mostrar para todo mundo como é fácil e prazeroso utilizar um carro elétrico, além de ser muito eficiente e sustentável”, comenta Renato Franklin, CEO da Movida. (Mercado & Eventos – 22.10.2021)

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4 Magalu começa a operar com caminhões elétricos

O Magalu começou a eletrificar sua frota de caminhões. Os 23 primeiros veículos urbanos de carga (VUC) elétricos já começaram a circular este mês em cidades dos estados de São Paulo, Paraíba e Bahia. Até dezembro, a frota chegará a 51 veículos com emissão zero de gases do efeito estufa. A iniciativa faz parte de uma série de ações da companhia, com objetivo de diminuir o impacto de sua operação sobre o meio ambiente. O projeto da frota elétrica é uma parceria das áreas de Logística e de Sustentabilidade do Magalu com transportadores parceiros que adquiriram os 51 VUCs da montadora JAC Motors. Os veículos ficarão a serviço exclusivo do Magalu por três anos e serão usados para abastecer lojas e para entregas de produtos de maior porte, como móveis e eletrodomésticos. (Mobilidade Sampa – 24.10.2021)

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5 Crescimento de VEs cria novo mercado de carregadores

Os carros elétricos são peça-chave para a redução das emissões de gases do efeito estufa mundialmente. Por isso, são o futuro da indústria automobilística e há um amplo movimento para atingir a eletrificação. Assim, surge um novo mercado como extensão essencial dessa mudança: o de carregadores para esses veículos. Aqui no Brasil, os chamados ''veículos de zero emissão'' vêm crescendo gradativamente. De acordo com a ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), no primeiro semestre de 2021, os carros 100% elétricos tiveram 732 unidades vendidas. Mas a tendência é esse volume crescer com os novos modelos que estão a caminho. Assim, com essa gama de veículos aumentando, a necessidade e exigência dos usuários por carregadores elétricos se torna maior. Afinal, a infraestrutura de recarga das baterias é um fator decisivo para a circulação desses modelos. Há diversas modalidades de carregadores no mercado brasileiro que se divergem em potência, funcionalidade e necessidade. Na maioria das vezes, o mais comum de ser utilizado é o Wallbox (carregador de parede), que nos modelos mais novos estão vindo de série no primeiro lote. No entanto, apesar de muitas montadoras já oferecem carregadores próprios, como BMW e Volvo, existem muitas marcas fazendo parcerias com empresas especializadas como Renault, Fiat, Volkswagen, Nissan e Chevrolet. Fora, claro, a comercialização avulsa desses equipamentos. (Jornal do Carro – 25.10.2021)

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6 Stellantis instalará 15.000 postos de recarga em toda a Europa

A Stellantis está desenvolvendo uma rede europeia de carregamento para VEs em cooperação com a empresa italiana The F-Charging. Os planos agora anunciados incluem mais de 15.000 locais com um total de dois milhões de vagas de estacionamento até 2025. A implantação deve começar em breve. A estimativa da Stellantis e da The F-Charging é começar a construir a rede este ano, começando na Itália. Em seguida, a rede se expandirá para “toda a Europa”, anunciaram os parceiros sem entrar em detalhes. No entanto, embora a cooperação tenha sido anunciada apenas hoje, os preparativos nos bastidores já estavam em andamento. A The F-Charging e a Stellantis disseram que já identificaram mais de 1.000 proprietários ou operadores de locais em toda a Europa que são prováveis candidatos para cooperação. (Electrive – 19.10.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: João Pedro Gomes, Leonardo Gonçalves e Vinicius José da Costa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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