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IFE: nº 21 - 10 de agosto de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Promob-e: Propostas de normas e regulamentos para a mobilidade elétrica brasileira
2 IEA: Países estimulam o mercado de VEs através de apoio financeiro aos compradores
3 IEA: Chile define meta de aumentar o número de carros elétricos em dez vezes até 2022
4 IEA: Governo chileno impulsiona infraestrutura de recarga de VE
5 Brasília coloca mais quatro ônibus elétricos em operação
6 China volta a subsidiar veículos elétricos

Inovação e Tecnologia
1 IEA: Tamanho médio de bateria para VE é de 44 kWh
2 Mckinsey & Company: Como o armazenamento da bateria pode ajudar a carregar o mercado de veículos elétricos
3 AES Tietê: Plataforma de gerenciamento de eletropostos
4 Octillion Power Systems: Plano de locação de baterias de veículos elétricos
5 Panasonic: Baterias com densidade 20% maior

Indústria Automobilística
1 IEA: Custo das baterias para VEs está caindo acentuadamente
2 Mckinsey & Company: O caminho a se seguir para a mobilidade elétrica
3 Eurostat: UE regista excedente de 1,1 mil milhões de euros no comércio externo de automóveis elétricos

4 JATO Dynamics: Carros elétricos e híbridos respondem por 16% das vendas na Europa

5 Deloitte: Vendas totais de VEs no mundo devem atingir 2,5 milhões em 2020

6 Deloitte: Veículos a gasolina e diesel atingiram seu pico de vendas

7 Deloitte: Reino Unido pode chegar a 32% de participação no mercado global de veículos elétricos em 2030

8 Deloitte: Mudança no sentimento do consumidor é fator chave para impulsionar o mercado de VE
9 Laboratório Nacional de Argonne: Metade dos veículos plug-in nos EUA em 2019 eram carros de médio porte
10 NIO: Aumento de 322,1% nas vendas de elétricos ano a ano

11 Polônia: Nova marca de automóveis elétricos
12 ZF corta investimentos em combustão interna e se concentra em elétricos
13 Fisker terá 4 modelos elétricos até 2025
14 VW foca em manter a liderança no mercado chinês como maior fabricante estrangeira
15 ID.3 elétrico trouxe 85% de novos clientes para a VW

Meio Ambiente
1 UNB: Avaliação do impacto da propulsão elétrica e do sistema BRT no consumo energético e emissão de CO2 no transporte público no Distrito Federal
2 IRENA: Carregamento inteligente para VEs e a integração de renováveis a rede
3 Montadoras querem mais prazo para regra ambiental

Artigos e Estudos
1 Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA: Custo nivelado de carregamento de veículos elétricos


 

 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Promob-e: Propostas de normas e regulamentos para a mobilidade elétrica brasileira

O projeto PROMOB-e traz duas novas publicações com a temática Normas e regulamentos para a mobilidade elétrica no enquadramento do Brasil. Ambas foram elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável (IBTS) sob demanda da Cooperação Alemã, através da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e do Ministério da Economia (ME). Considerando-se as características do Brasil e entrevistas com especialistas, as normas e regulamentos propostos contemplam as cinco áreas mais importantes: infraestrutura de recarga, interoperabilidade, avaliação de competências, emissões e logística reversa. O documento ressalta a importância de políticas de apoio à eletrificação da frota de transportes coletivos no país — com essa iniciativa, o país daria um passo à maior eficiência energética das cidades e segurança energética nacional. Táxis e outros veículos de alta intensidade de uso também são uma peça importante para a construção de um trânsito mais limpo por meio de soluções híbridas ou elétricas. (Promob-e – 21.07.2020)

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2 IEA: Países estimulam o mercado de VEs através de apoio financeiro aos compradores

A grande maioria dos subsídios para a compra de um BEV ronda os 4.500 - 6.800 USD. A Noruega não oferece um desconto de compra, mas fornece uma isenção tributária substancial. A Holanda aplica reduções de imposto de renda sobre o uso privado de carros elétricos. Os compradores de BEVs no Japão se beneficiam de um desconto de compra e de uma isenção de impostos. Em alguns países, os clientes também podem contar com apoio financeiro adicional em nível subnacional. Além disso, muitos países introduziram impostos baseados no CO2 que penalizam as vendas de veículos movidos a combustível fóssil. Até certo ponto, isso fornece um mecanismo que tende à neutralidade de receita para os governos promoverem veículos de baixa e zero emissões. Alguns países que estão planejando a implantação de VE em massa estão introduzindo limites de subsídio com base no preço de varejo do veículo, que visa evitar subsidiar a compra de VEs premium, como Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Índia, Espanha e Reino Unido. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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3 IEA: Chile define meta de aumentar o número de carros elétricos em dez vezes até 2022

O Roteiro de Energia do Chile 2018-2022 define uma meta de aumentar o número existente de carros elétricos em dez vezes até 2022 em comparação com 2017 (2.430 unidades até 2022). A Estratégia Nacional de Eletromobilidade inclui metas para eletrificar 100% do transporte público até 2040 e atingir uma taxa de penetração de 40% de carros elétricos no estoque privado até 2050. Em 2019, por meio de uma parceria público-privada, a Enel X, a BYD e a Metbus (uma concessionária de eletricidade, uma fabricante de ônibus e uma operadora de ônibus, respectivamente) lançaram o primeiro corredor de ônibus 100% elétrico da América Latina. Além disso, uma nova lei de eficiência energética está em processo de aprovação. Parte dela visa estabelecer padrões de eficiência energética para veículos novos vendidos por montadoras ou importadores. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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4 IEA: Governo chileno impulsiona infraestrutura de recarga de VE

O governo estabeleceu a meta de instalar 150 pontos de carregamento acessíveis ao público até o final de 2019 e utilizou abordagens público-privadas que já haviam instalado 112 pontos ao final do ano. O governo se comprometeu a desenvolver padrões para a mobilidade elétrica, inclusive para a infraestrutura de carregamento. O Ministério da Energia tem o mandato de regular a interoperabilidade da infraestrutura de carregamento de VE. Um artigo técnico sobre eletromobilidade foi encaminhado para consulta ao governo em dezembro de 2019 por um período de dois meses. Inclui provisões técnicas relacionadas à instalação de pontos de carregamento, incluindo normas técnicas. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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5 Brasília coloca mais quatro ônibus elétricos em operação

Brasília acaba de colocar mais quatro ônibus elétricos para circular por suas ruas e avenidas. Os veículos foram entregues pela BYD à Viação Piracicabana, sendo incorporados à linha 0.108. O modelo é o D9W e pode chegar a até 250 quilômetros de autonomia. Segundo a Viação, a recarga total das baterias leva em média quatro horas e será realizada no pátio da própria empresa, que até então possuía dois carros movidos a bateria. Agora, com seis em operação, é prevista uma redução de 110 toneladas ao ano de CO2 na atmosfera, contribuindo na questão ambiental, além de menos custo operacionais em comparação ao convencional à combustão. (Agência CanalEnergia – 03.08.2020)

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6 China volta a subsidiar veículos elétricos

O órgão máximo de planificação económica da China anunciou esta quinta-feira várias medidas para incentivar o consumo interno no segundo semestre do ano, incluindo recuperar o programa de subsídios a veículos elétricos, informou a imprensa estatal. O número dois da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Ning Jizhe, pediu ainda às cidades que aumentem a quota para a compra daquele tipo de veículos. (Automonitor – 06.08.2020)

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Inovação e Tecnologia

1 IEA: Tamanho médio de bateria para VE é de 44 kWh

O tamanho médio da bateria em todos os veículos elétricos leves vendidos (incluindo BEVs e PHEVs) continua uma tendência de aumento; agora é de 44 kWh, contra 37 kWh em 2018, e os BEVs na maioria dos países estão na faixa de 50-70 kWh. Esse aumento é impulsionado por duas tendências: modelos BEV com maior alcance estão se tornando disponíveis e cada vez mais procurados; e a participação dos BEVs em comparação com os PHEVs está aumentando. Para BEVs, baterias menores tendem a ser favorecidas nos países asiáticos, enquanto as maiores dominam os mercados norte-americano e europeu. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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2 Mckinsey & Company: Como o armazenamento da bateria pode ajudar a carregar o mercado de veículos elétricos

Existem dois problemas principais que circundam as estações de recarga de VEs. Primeiro, há conveniência. A maioria das estações de carregamento públicas hoje é de nível 2, o que significa que fornecem 7 a 19 quilowatts-hora (kWhs) de energia a cada hora. Um sedã BEV com uma bateria de 60 kWh levaria de cinco a dez horas para carregar nessas estações. Segundo, há o custo. Embora as estações DCFC com 150 quilowatts de potência possam encher um sedã BEV em cerca de 30 minutos, elas podem custar até US $ 150.000 para instalar; uma estação DCFC de 50 quilowatts pode custar US $ 50.000. As estações DCFC também são caras para operar. Existe uma maneira de resolver esse enigma: armazenamento de bateria estacionária. As baterias no local podem ser carregadas e descarregadas usando corrente contínua (CC) e conectadas à rede por meio de um grande inversor. Eles podem então carregar a rede nos momentos em que os custos são menores, armazenar a energia e liberá-la quando a demanda for maior. (Mckinsey & Company – 23.02.2018)

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3 AES Tietê: Plataforma de gerenciamento de eletropostos

A AES Tietê firmou parcerias para o desenvolvimento de plataforma de gerenciamento de eletropostos, bem como novos modelos de negócios no segmento da mobilidade elétrica. A plataforma, resultado de um projeto de P&D desenvolvido com a startup movE, apoia tanto o condutor do carro elétrico como o dono da estação de recarga. Com o aplicativo é possível encontrar um local para recarregar o veículo e obter dados estatísticos de cada recarga, como quantos quilos foram economizados em emissão de carbono, o consumo de energia e outras informações. Em atendimento à Chamada Estratégica 22 da Aneel, a empresa dá continuidade ao projeto, que tem duração de 30 meses e investimento de cerca de R$5,4 milhões. (Agência CanalEnergia – 03.08.2020)

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4 Octillion Power Systems: Plano de locação de baterias de veículos elétricos

A Octillion Power Systems, fornecedora global de sistemas avançados de armazenamento de íons de lítio para mobilidade elétrica, anunciou um novo programa demonstrativo de leasing de baterias que permite que as baterias sejam alugadas aos clientes da frota quando adquirem veículos. De acordo com o programa, os operadores de frota participantes poderão adquirir baterias através de um programa de cinco anos de “locação própria”, sem pagamento antecipado. O objetivo do programa demonstrador é coletar dados sobre a degradação das baterias, avaliar modelos de uso em operação da frota e avaliar a viabilidade da segunda vida útil das baterias usadas. Por fim, isso permitirá à Octillion criar casos de mercado para grupos de financiamento tradicionais, ansiosos por entrar no leasing de baterias, mas preocupados com a tecnologia. (Green Car Congress – 06.08.2020)

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5 Panasonic: Baterias com densidade 20% maior

Apesar dos planos da Tesla de introduzir baterias criadas pela própria empresa, sua atual fornecedora Panasonic pretende melhorar suas baterias como alternativa, de acordo com a notícia da agência Reuters. Assim, no período de dois a três anos, as baterias Panasonic 2170, das quais são montadas as células do Tesla Model 3 e Model Y, estarão completamente livres de cobalto. Em cinco anos, o aumento de capacidade já será de 20%, promete a empresa japonesa. Em outras palavras, se a Tesla não reduzir o número de baterias nas células do Tesla Model 3, sua capacidade poderá aumentar dos atuais 75 quilowatt-hora para 90 quilowatt-hora, e ainda assim o custo devido ao abandono do cobalto será reduzido. Ao mesmo tempo, a própria Tesla pretende começar a fabricar suas próprias baterias, das quais só se sabe que elas serão mais baratas que as atuais e que seus recursos serão suficientes para rodar um veículo elétrico por 1,6 milhão de quilômetros. (Inside EVs – 01.08.2020)

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Indústria Automobilística

1 IEA: Custo das baterias para VEs está caindo acentuadamente

O custo das baterias para veículos elétricos está caindo acentuadamente. Os relatórios da indústria mostram que os preços das baterias ponderadas pelas vendas continuaram a cair em 2019, atingindo um preço médio de US $ 156 por kWh, abaixo de mais de US $ 1.100/kWh em 2010 (BNEF, 2019). Porém, nem todos os OEMs compram por esse preço. Os preços mais baixos geralmente são desfrutados por OEMs que fazem pedidos de baterias muito grandes para BEVs com longo alcance e, portanto, precisam de baterias grandes otimizadas para armazenamento de energia. Preços consideravelmente mais altos do que a média são esperados para fabricantes de baixo volume ou para baterias menores projetadas para veículos híbridos plug-in (PHEVs). (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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2 Mckinsey & Company: O caminho a se seguir para a mobilidade elétrica

Atualmente, há uma falta de investigação sistemática da dinâmica da indústria de mobilidade elétrica necessária para entender o que ainda está impedindo a adoção de VEs no mercado de massa e o que é necessário para finalmente arrancá-la. A pesquisa de mercado realizada mostra que as vendas de VEs em todo o mundo se aproximam de 2,3 milhões de veículos, com penetração de mercado de 2,4% em 2019. A consideração dos consumidores pelos VEs aumentou significativamente nos últimos anos, mas as preocupações específicas persistem - por exemplo, preocupações relacionadas a baterias, carregamento e alcance de condução - e evitam uma atração do consumidor em grande escala por VEs. Ao medir a prontidão de vendas de VEs dos OEMs, podemos identificar pontos problemáticos que os OEMs precisam abordar para impulsionar as vendas e construir seu nicho de negócios para VEs. (Mckinsey & Company – 27.01.2020)

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3 Eurostat: UE regista excedente de 1,1 mil milhões de euros no comércio externo de automóveis elétricos

De acordo com o Eurostat, gabinete estatístico da UE, as exportações de automóveis elétricos e híbridos elétricos valeram no ano passado 8,2 mil milhões de euros. Por seu lado, as importações para a UE de carros elétricos e híbridos elétricos valeram 7,1 mil milhões de euros, resultando num excedente comercial de 1,1 mil milhões de euros. Globalmente, o comércio de automóveis elétricos e híbridos elétricos de 2019 foi dominado pelos automóveis elétricos, que representaram 69% do valor das importações da UE e 56% do valor das exportações. Os automóveis elétricos híbridos representaram 31% das importações e 44% das exportações da UE. As importações mais do que duplicaram entre 2017 e 2018 (+104%), enquanto que mais do que triplicaram (+208%) entre 2018 e 2019. Os principais destinos das exportações destes automóveis em 2019 foram o Reino Unido (26% das exportações em termos de valor), a Noruega (22%) e os Estados Unidos (19%). (Automonitor – 04.082020)

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4 JATO Dynamics: Carros elétricos e híbridos respondem por 16% das vendas na Europa

A eletrificação dos automóveis de passageiros na Europa acelerou em junho, de acordo com o último relatório da consultoria JATO Dynamics. O mercado automotivo como um todo teve queda de 24% em relação ao ano anterior, para um total de 1,13 milhão. Os dados mostram que em junho 16,2% dos registros de veículos novos de passageiros eram os chamados xEVs (elétricos a bateria, híbridos plug-in e híbridos convencionais), contra apenas 7% no mesmo período em 2019. O crescimento do grupo de eletrificados em relação ao ano anterior é impressionante: 65% de aumento - 111.300 para 183.000, enquanto os plug-ins (elétricos e híbridos plug-in) foram ainda mais longe: aumento de 95%. Nos primeiros seis meses de 2020, quase 800.000 veículos eletrificados foram registrados na Europa. (Inside EVs – 03.08.2020)

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5 Deloitte: Vendas totais de VEs no mundo devem atingir 2,5 milhões em 2020

No final da década, um terço das vendas de carros novos em todo o mundo será elétrico, de acordo com novas análises da Deloitte. Isso traria o número total de veículos elétricos (VEs) vendidos em um único ano para 31,1 milhões globalmente; dez milhões a mais do que o previsto anteriormente. Apesar da interrupção do COVID-19, as vendas totais de VEs ainda devem atingir 2,5 milhões em todo o mundo em 2020. Com base em uma taxa de crescimento anual composta de 29%, a pesquisa da Deloitte estima que isso chegue a 11,2 milhões em 2025 e 31,1 milhões em 2030. Nesse marco, veículos totalmente elétricos serão responsáveis por 81% de todos os novos VEs vendidos de acordo com a pesquisa, superando seus pares híbridos plug-in. (Automotive World – 28.07.2020)

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6 Deloitte: Veículos a gasolina e diesel atingiram seu pico de vendas

As medidas de bloqueio em resposta ao surto de COVID-19 causaram uma grande interrupção nas cadeias de abastecimento internacionais e o fechamento temporário de concessionárias. Jamie Hamilton, chefe de veículos elétricos da Deloitte, afirma que enquanto as vendas gerais de carros despencaram durante este tempo, os VEs mostraram resiliência em algumas regiões. Consequentemente, o surto de COVID-19 significa que provavelmente vimos veículos a gasolina e diesel atingirem seu pico de vendas, embora relativamente despercebidos. Com as vendas anuais totais de carros improváveis de retornar aos níveis pré-pandêmicos até 2024, mesmo se o crescimento das vendas no mercado de gasolina e diesel retornar, é provável que haja um declínio na participação de mercado depois disso. (Automotive World – 28.07.2020)

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7 Deloitte: Reino Unido pode chegar a 32% de participação no mercado global de veículos elétricos em 2030

Com ambições de atingir emissões líquidas zero até 2050 e uma proposta de proibição da venda de veículos poluentes antecipada para 2035, o cenário está armado para adoção mais ampla de VEs no Reino Unido. A análise da Deloitte descobriu que 50% dos consumidores da região considerariam um VE como sua próxima compra de veículo. No entanto, 33% indicam que a falta de infraestrutura de carregamento continua sendo a maior preocupação ao considerar a mudança para totalmente elétrico. Segundo Jamie Hamilton, chefe de veículos elétricos da Deloitte, o investimento contínuo em instalações de carregamento e a superação das preocupações dos consumidores sobre sua disponibilidade e acessibilidade podem fazer com que o Reino Unido ultrapasse a participação de mercado global de veículos elétricos de 32% em 2030, chegando a 65% do mercado doméstico no mesmo período. (Automotive World – 28.07.2020)

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8 Deloitte: Mudança no sentimento do consumidor é fator chave para impulsionar o mercado de VE

A Deloitte identificou fatores chave para impulsionar o crescimento de VEs nos próximos dez anos, como a mudança no sentimento do consumidor, à medida que muitas barreiras à adoção gradualmente se dissipam. Jamie Hamilton, chefe de veículos elétricos da Deloitte, diz que o preço prêmio associado a muitos veículos elétricos restringiu alguns dos primeiros usuários, mas, como o custo dos VEs convergiram com os equivalentes a gasolina e diesel, o grupo de compradores em potencial deve aumentar. No entanto, superar as preocupações dos consumidores em torno do alcance e da percepção da falta de infraestrutura de carregamento serão fatores importantes. Hamilton afirma que os fatores adicionais que impulsionam o crescimento incluem um ambiente regulatório favorável, seja por meio de incentivos financeiros ou metas de emissões, e o desenvolvimento de novos modelos de VE que abrangem os segmentos de mercado de luxo e acessíveis. Da mesma forma, como os carros e frotas de empresa continuam a representar a maioria de todas as vendas de carros novos, uma mudança para VEs em um nível corporativo promoverá a transição global para o elétrico. (Automotive World – 28.07.2020)

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9 Laboratório Nacional de Argonne: Metade dos veículos plug-in nos EUA em 2019 eram carros de médio porte

De acordo com o Laboratório Nacional de Argonne, metade de todos os veículos elétricos plug-in (PEVs) nas estradas dos EUA em 2019 eram carros de médio porte. No entanto, os PEVs estão disponíveis em classes de tamanho que variam de dois lugares a minivans. Juntos, carros compactos e carros grandes representavam quase 30% da população de PEV. Os SUVs representaram 9%, enquanto os pequenos utilitários esportivos representaram outros 2%. (Green Car Congress – 04.08.2020)

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10 NIO: Aumento de 322,1% nas vendas de elétricos ano a ano

A NIO, fabricante de carros elétricos premium da China, informou que entregou 3.533 veículos em julho de 2020, representando um crescimento robusto de 322,1% ano a ano. As entregas consistiram em 2.610 ES6s, o SUV elétrico inteligente de alto desempenho de 5 lugares da companhia e 923 ES8s, o SUV elétrico premium de 6 e 7 lugares da empresa. Em 31 de julho de 2020, as entregas cumulativas do ES8 e ES6 atingiram 49.615 veículos, dos quais 17.702 foram entregues em 2020. (Green Car Congress – 05.08.2020)

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11 Polônia: Nova marca de automóveis elétricos

Depois da FSO e da Fiat Polski, a Polônia volta a ter a uma marca de automóveis. Chama-se Izera, pertence à Electromobility Poland (EMP) e é sua missão produzir automóveis elétricos. Para já revelou-nos não um, mas dois protótipos — um SUV e um hatchback — cujo desenho ficou a cargo do estúdio italiano Torino Design, que já trabalhou com marcas como a McLaren e a BMW. A marca polaca promete uma autonomia de cerca de 400 km e um tempo dos 0 aos 100 km/h Com chegada ao mercado prevista apenas para 2023, inicialmente os dois modelos da Izera estarão apenas disponíveis na Polônia, não se sabendo se (e quando) estarão disponíveis noutros mercados europeus. (Inside EVs – 01.08.2020)

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12 ZF corta investimentos em combustão interna e se concentra em elétricos

A ZF Friedrichshafen está acelerando sua mudança para a eletrificação, anunciando a formação de uma nova divisão para linhas eletrificadas e interrompendo o desenvolvimento de acionamentos de motores de combustão interna em favor de veículos elétricos puros e híbridos plug-in. O fornecedor alemão disse na semana passada que a nova divisão, que ainda não foi nomeada, combinará as divisões existentes de tecnologia de trem de força e mobilidade elétrica. (Automotive News Europe – 05.08.2020)

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13 Fisker terá 4 modelos elétricos até 2025

Após anunciar uma parceria bilionária, planos de abertura de capital e negociações com a Volkswagen para utilizar sua plataforma modular MEB, a Fisker divulgou uma imagem e uma declaração dizendo que está planejando uma expansão de portfólio para uma gama de quatro veículos até meados da década, apoiando a meta de longo prazo da empresa para a Mobilidade Elétrica como serviço. O anúncio impressiona porque o primeiro veículo da empresa, o SUV elétrico Fisker Ocean só deve chegar ao mercado dentro de dois anos. Um ponto chave é a abordagem de Fisker, que não quer transformar a empresa em uma montadora de carros elétricos e sim se concentrar no projeto, promoção e lançamento dos modelos, "terceirizando" o processo de produção. (Inside EVs – 01.08.2020)

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14 VW foca em manter a liderança no mercado chinês como maior fabricante estrangeira

O movimento da Volkswagen foca em duas coisas. Manter a liderança no mercado chinês como maior fabricante estrangeira, mesmo em meio as quedas nas vendas por conta da pandemia de coronavírus é a primeira. A segunda é fincar os pés também no segmento de elétricos no País em que mais deve crescer a demanda por elétricos nos próximos anos. Com 25 milhões de veículos vendidos no País em 2019, o governo estipulou, antes da chegada da crise de saúde e sanitária, que até 2025 25% das vendas anuais precisam ser de veículos com novas formas de energia. A negociação da Volkswagen é a mais recente que ocorre após um movimento do governo chinês em liberar a compra de empresas chinesas por estrangeiras e também de permitir que elas operem no país sem uma joint venture com montadoras locais. (O Estado de São Paulo – 05.08.2020)

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15 ID.3 elétrico trouxe 85% de novos clientes para a VW

A Volkswagen não esperava, mas a chegada de sua linha de elétricos ID trouxe junto uma nova gama de clientes. 85% das reservas feitas para o ID.3, primeiro elétrico da montadora, são de novos clientes da VW. Ou seja, das 37 mil reservas, cerca de 31.500 foram de pessoas que nunca tiveram um VW antes. O Golf, em termos de dimensões, é o equivalente a combustão do ID.3. E no caso dele, carro mais vendido da marca há anos, 85% dos compradores já são proprietários de um Volkswagen. Jürgen Stackmann, chefe de vendas da marca VW dentro do grupo, o ID.3 se destacou com uma população que é mais jovem do que a média do consumidor da VW, que é de cerca de 58 anos. (O Estado de São Paulo – 05.08.2020)

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Meio Ambiente

1 UNB: Avaliação do impacto da propulsão elétrica e do sistema BRT no consumo energético e emissão de CO2 no transporte público no Distrito Federal

O presente trabalho avaliou o impacto da tecnologia de propulsão elétrica pura e híbrida, nos consumos energéticos e emissões de CO2 do sistema de transporte público por ônibus do Distrito Federal, bem como, comparou os ganhos energéticos e redução de emissões de CO2, tanto para o sistema convencional, quanto para o sistema Bus Rapid Transit (BRT). A partir de uma revisão sistemática de trabalhos já publicados, notou-se que a metodologia usualmente adotada no Brasil, aplica valores de referência predeterminados dos consumos de combustível e emissões de CO2, com base em testes padronizados nos EUA, os quais não levam em conta as velocidades instantâneas nas vias, nem a propulsão elétrica. Portanto, uma metodologia simplificada de funções de correlações matemáticas foi desenvolvida neste trabalho e aplicada a cinco rotas principais de transporte de Brasília. Os resultados obtidos indicam que, se comparado com os ônibus a combustão, os ônibus elétricos têm o potencial de reduzir em até 30,2% no consumo de energia e 73,3% nas emissões de CO2. Os híbridos podem reduzir em até 18,8% no consumo de combustível, 24,4% no consumo de energia e 23% nas emissões de CO2. O sistema BRT mostrou-se como um dos cenários de menor potencial para a redução nos consumos energéticos e emissões, com a inserção de ônibus elétricos e híbridos, já que as velocidades são otimizadas para esse cenário. (Repositório UNB – 02.07.2020)

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2 IRENA: Carregamento inteligente para VEs e a integração de renováveis a rede

Os veículos elétricos são a chave para desencadear sinergias entre transporte limpo e eletricidade de baixo carbono. O carregamento inteligente para VEs minimiza o impacto da carga e libera a flexibilidade de usar mais energia solar e eólica. Esta perspectiva da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) mostra como as políticas e os avanços tecnológicos podem promover o desenvolvimento desta tecnologia capacitadora para as energias renováveis. Por meio do carregamento inteligente, as baterias VE podem ajudar a integrar grandes parcelas de energia solar e eólica às redes existentes, já que a capacidade de armazenamento da bateria ajuda a equilibrar a variabilidade dessas fontes. A série Renewable Energy Innovation Outlook da IRENA analisa os desenvolvimentos emergentes que estão tornando as tecnologias de energia renovável (RETs) cada vez mais eficazes e competitivas nos sistemas de energia do mundo. (International Renewable Energy Agency – Maio de 2019)

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3 Montadoras querem mais prazo para regra ambiental

Os representantes da indústria automobilística estão em contato com os ministérios do Meio Ambiente, Casa Civil e Economia para pedir o adiamento, de dois a três anos, da entrada em vigor das próximas legislações de emissões de poluentes e de equipamentos de segurança em carros, caminhões e ônibus. O argumento do setor é que a pandemia esvaziou os caixas das empresas, que se viram forçadas a adiar investimentos, inclusive nessas novas tecnologias. A agenda do Conama estabelece que as próximas fases, que restringem a emissão de poluentes e acrescentam equipamentos de segurança nos veículos, entrarão em vigor em 2022 para automóveis e comerciais leves e em 2023 para caminhões e ônibus. A proposta dos fabricantes é prorrogar a entrada em vigor das novas leis para 2025. (Valor Econômico – 06.08.2020)

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Artigos e Estudos

1 Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA: Custo nivelado de carregamento de veículos elétricos

O custo para carregar um veículo elétrico plug-in (PEV) varia de acordo com o preço da eletricidade em diferentes locais de carregamento (casa, local de trabalho ou público), uso do veículo, região e hora do dia, e para diferentes níveis de energia de carregamento e custos de equipamento e instalação. Este artigo fornece uma avaliação detalhada do custo nivelado de 2019 da recarga de PEV leve nos Estados Unidos, considerando os custos de compra e instalação de equipamentos de recarga e preços de eletricidade de tarifas de serviços públicos do mundo real. (Science Direct – 22.0.6.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles e Fabiano Lacombe
Pesquisadoras: Lara Moscon e Luiza Masseno
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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