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IFE: nº 02 - 10 de junho de 2020
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Índice

Webinar: Inovação na Geração de Energia: Transição Energética e Seus Desafios

Transição Energética
1
Ministério de Minas e Energia propõe reduzir meta do RenovaBio para 2020
2 Renováveis são cada vez mais baratas que carvão, diz Irena
3 Fonte solar ultrapassa carvão e nuclear no Brasil
4 Portugal está perto de tornar operacional seu projeto de gerar energia do alto mar

Geração Distribuída
1 Geração distribuída avança mesmo em meio à crise
2 Sabesp instalará usinas solares em estações de tratamento
3 Engie desenvolve GD para agronegócios

Mobilidade Elétrica
1 Vigor seleciona a ABB como parceira de propulsão e armazenamento de energia
2 Pesquisadores da WSU e PNNL desenvolvem bateria de sódio
3 Roskill: VEs irão impulsionar demanda de níquel

Medidas de Resposta da Demanda
1 Copel desenvolve sistema de gestão para mobilidade elétrica
2 Mudança na bandeira tarifária é formalizada

Digitalização do Setor Elétrico
1 General Eletric: novas soluções em automação e digitalização de subestações
2 Enel Green Power automatiza usinas

Artigos
1 Artigo sobre eficiência e inovação no setor elétrico com a pandemia do coronavírus
2 Editorial do Estadão: “Riscos ao suprimento de energia no futuro”
3 Artigo Abinee: pandemia evidencia urgência de um novo modelo do setor elétrico


 

 

 

 

Webinar: Inovação na Geração de Energia: Transição Energética e Seus Desafios

Uma parceria entre o Centro Acadêmico Stuart Angel (CASA), de economia da UFRJ, o Centro Acadêmico de Engenharia Elétrica (CAEE) da UTFPR e a Liga Raíz, grupo de estagiários da Raízen que busca criar pontes entre as universidades e a empresa, promove o webinar “Inovação na Geração de Energia: Transição Energética e Seus Desafios”. O evento contou com a participação da pesquisadora do Gesel/UFRJ Lorrane Câmara, dos professores do IE/UFRJ Helder Queiroz e Carlos Rocha, do diretor executivo da Revolusolar Eduardo Ávila, e dos gerentes da Raízen Energia Jurandir José e Júlio Sattamini. O webinar pode ser visto aqui.

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Transição Energética

1 Ministério de Minas e Energia propõe reduzir meta do RenovaBio para 2020

O MME propôs reduzir pela metade a meta de descarbonização dos transportes para este ano do programa RenovaBio e também propôs diminuir as metas dos próximos nove anos. Se a proposta da Pasta for aprovada, o programa, que foi criado em linha com os compromissos do Brasil com o Acordo de Paris, deixará de garantir a redução das emissões de quase 140 milhões de toneladas de carbono na atmosfera até 2029. Para 2020, a nova meta proposta pelo MME é de 14,53 milhões de toneladas de carbono de emissão evitadas, metade das 28,7 milhões de toneladas da meta vigente. Em portaria, a Pasta afirma que a meta foi reduzida por causa dos impactos da pandemia de Covid-19. Porém, as metas para os próximos anos também foram reduzidas. Considerando as novas propostas para os próximos nove anos, a redução das emissões de gases de efeito estufa entre 2020 e 2029 deverá ficar em 529,85 milhões de toneladas. (Valor Econômico – 05.06.2020)

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2 Renováveis são cada vez mais baratas que carvão, diz Irena

Em 2021, até 1.200 GW de capacidade instalada de geração a carvão terão um custo de operação mais alto que o de um novo sistema solar de geração centralizada, segundo um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) publicado nesta terça-feira (2/6). A substituição dos 500 GW de carvão mais caros por solar e eólica onshore no próximo ano reduziria os custos do sistema de eletricidade em até US$ 23 bilhões a cada ano e reduziria as emissões anuais em cerca de 1,8 gigatons (Gt) de dióxido de carbono (CO2), equivalente a 5% do total de emissões globais de CO2 em 2019, estima a agência. Isso também geraria um estímulo de investimento de US$ 940 bilhões, o que equivale a cerca de 1% do PIB global. (Brasil Energia - 02.06.2020)

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3 Fonte solar ultrapassa carvão e nuclear no Brasil

A fonte solar fotovoltaica ultrapassou a soma das fontes nuclear e carvão mineral no Brasil, informou Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Somando as grandes e pequenas usinas, são mais de 5,76 GW de capacidade instalada solar, ante um total de 5,58 GW de termelétricas movidas a carvão mineral e nucleares somadas. De acordo com a associação, o mercado solar fotovoltaico brasileiro já trouxe mais de R$ 30 bilhões em investimentos privados ao país. Destes, R$ 15,52 bilhões foram aplicados em usinas de grande porte, em especial nas regiões Nordeste e Sudeste, gerando energia para milhares de brasileiros pelo SIN. (Agência CanalEnergia – 04.06.2020)

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4 Portugal está perto de tornar operacional seu projeto de gerar energia do alto mar

O projeto WindFloat Atlantic dá um dos últimos passos para estar totalmente operacional, em Portugal. A última das três plataformas com uma turbina já instalada que compõe este projeto partiu do porto de Ferrol até ao seu destino definitivo, a 20 km da costa de Viana do Castelo, numa viagem que irá durar três dias. Esta operação será concluída quando a última unidade se acoplar ao sistema de amarração previamente criado e se ligar ao resto do parque eólico marítimo. O transporte de cada uma das três estruturas flutuantes que compõem o WindFloat Atlantic constitui um grande desafio, pois evita a necessidade de contar com um navio rebocador especializado e facilita a sua replicação. A estrutura flutuante -com 30 m de altura e uma distância de 50 m entre cada uma das suas colunas- permite colocar os maiores aerogeradores do mundo instalados numa superfície flutuante, com uma capacidade de produção de 8,4 MW cada. (Petronotícias – 03.06.2020)

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Geração Distribuída

1 Geração distribuída avança mesmo em meio à crise

Mesmo com a quarentena imposta para conter o avanço do novo coronavírus, a geração distribuída de energia elétrica cresceu no Brasil. Entre 23/3 (início da quarentena em parte do país) e 30/4 deste ano foram conectados 17,3 mil novos sistemas que somam 212 MW. É uma capacidade adicional 65% maior que a conectada no mesmo período de 2019, quando foram adicionados 9,9 mil sistemas que somaram 128,1 MW. A modalidade atingiu na semana passada o marco de 3 GW de potência instalada, segundo dados da Aneel. Em abril, foram conectados 11.365 sistemas que somam 149,2 MW, cerca de 5 mil sistemas a menos do que em março, quando foram adicionados 16.438 sistemas (195,3 MW). Essa queda, de 23% na capacidade, pode indicar o início de um impacto das medidas de isolamento adotadas. (Brasil Energia - 01.06.2020)

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2 Sabesp instalará usinas solares em estações de tratamento

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai instalar 34 usinas solares fotovoltaicas em áreas operacionais disponíveis – na maioria, estações de tratamento de esgotos, do tipo Lagoa de Estabilização, que possuem terrenos ociosos. No total, serão 67 MW de potência instalada, o que corresponde a 4,5% de toda a energia consumida na companhia ou o consumo de 65.200 residências. A expectativa é que a produção de energia seja iniciada já no segundo semestre de 2020. (Brasil Energia - 01.06.2020)

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3 Engie desenvolve GD para agronegócios

O negócio de geração distribuída da Engie Brasil Energia está intensificando o foco no agronegócio. A companhia, que obteve autorização junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para fornecer sistemas fotovoltaicos financiáveis para os agricultores, lançou recentemente um canal de comunicação específico para atrair este segmento. Uma das apostas é justamente a oferta de créditos especiais para o agronegócio. Ainda no primeiro semestre de 2020, a companhia entregará para a Avicultora Débora Ferguson (Rio Verde-GO) uma microusina fotovoltaica de 328,02 kWp, com sistema de dados para mensuração dos consumos de energia, água e gás. O payback previsto é de 3,5 anos. Como resultado, a economia anual esperada é de R$ 228,7 mil. A Engie tem um portfólio superior a duas mil instalações solares com mais de 45 MW no Brasil. (Brasil Energia - 03.06.2020)

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Mobilidade Elétrica

1 Vigor seleciona a ABB como parceira de propulsão e armazenamento de energia

A empresa americana de construção naval Vigor Fab LLC selecionou a ABB como fornecedora de sistemas híbrido-elétricos de propulsão e armazenamento de energia para as mais recentes adições à frota do Washington State Ferry - o maior sistema de balsas dos EUA. As novas balsas, que terão capacidade para transportar 144 carros e 1.500 passageiros cada, marcam uma nova era para o operador de transporte do Estado de Washington na mudança para tecnologias que permitem reduções significativas nas emissões de gases de efeito estufa e no uso de combustível. (Green Car Congress – 07.06.2020)

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2 Pesquisadores da WSU e PNNL desenvolvem bateria de sódio

Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington (WSU) e do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico (PNNL), com colegas da Universidade de Tecnologia de Pequim e do Laboratório Nacional de Brookhaven, criaram uma bateria de íons de sódio que retém tanta energia e funciona tanto quanto algumas baterias comerciais de íons de lítio, criando uma tecnologia de bateria potencialmente viável com materiais abundantes e baratos. Um artigo sobre o trabalho deles é publicado na revista ACS Energy Letters. (Green Car Congress – 02.06.2020)

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3 Roskill: VEs irão impulsionar demanda de níquel

Como matéria-prima crucial nas baterias de íon de lítio usadas para eletrificar veículos, será necessário um volume significativo de sulfato de níquel na próxima década, no crescente setor automotivo. Em um relatório recém-lançado (Sulfato de Níquel Outlook 2029, 3ª edição) sobre a indústria de sulfato de níquel, Roskill prevê que o crescimento de veículos elétricos aumentará a participação de mercado de níquel em baterias contra a bem estabelecida indústria de aço inoxidável, tornando-a a principal área de crescimento para a demanda de níquel. (Green Car Congress – 02.06.2020)

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Medidas de Resposta da Demanda

1 Copel desenvolve sistema de gestão para mobilidade elétrica

Através de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), a Copel quer criar um sistema de gestão inteligente de dados entre distribuidoras de energia e plataformas de gestão de recargas na mobilidade elétrica. A iniciativa é desenvolvida em parceria com o Senai/PR e a empresa Motiva Mobilidade. A proposta é integrar os ambientes de gestão das distribuidoras e o das operadoras de recargas. O objetivo é permitir o acionamento de operações de gerenciamento pelo lado da demanda – ou seja, controlar as cargas de energia do lado do consumidor para operar o sistema de maneira mais eficiente. “A intenção é disponibilizar ao setor elétrico uma nova ferramenta que contribua para avanços na gestão de energia descentralizada, gerando mais valores em eficiência energética e na operação”, diz o gerente do departamento de gestão da inovação da Copel, Gustavo Klinguelfus. (Brasil Energia - 02.06.2020)

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2 Mudança na bandeira tarifária é formalizada

As contas de luz dos brasileiros ficarão até o final de dezembro com a chamada bandeira tarifária verde, que não gera custos adicionais para os consumidores, segundo decisão da Aneel. A mudança temporária no mecanismo tarifário, que aumenta custos da energia ao sair do patamar verde para o amarelo ou vermelho, o que acontece de acordo com a oferta de geração no sistema, foi formalizada pela agência em despacho no DOU desta segunda-feira (01). A medida vem pouco após o governo ter aprovado um pacote de medidas para apoiar o caixa de distribuidoras de energia, que têm sofrido com a queda de demanda e a maior inadimplência associadas à pandemia de coronavírus. (Reuters – 01.06.2020)

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Digitalização do Setor Elétrico

1 General Eletric: novas soluções em automação e digitalização de subestações

A General Eletric anunciou o lançamento de duas novas tecnologias para automação e digitalização de subestações de energia. O S20 é destinado a aplicações industriais onde se requer uma comunicação confiável e ininterrupta para aplicações críticas, funcionando com protocolos de gerenciamento de rede e da flexibilidade na escolha da interface da porta de comunicação, oferecendo também funções de cibersegurança. Já a MU320E é um equipamento de pátio, ou seja, fica próximo aos transformadores de instrumentação, disjuntores e dos demais aparelhos que realizam a medição e proteção de toda energia que passa pela SE, possibilitando a transformação da medição analógica para digital e viabilizando a substituição de quilômetros de cabeamento de cobre utilizados nas estações convencionais. (Agência CanalEnergia – 05.06.2020)

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2 Enel Green Power automatiza usinas

A Enel Green Power fechou contrato com a desenvolvedora de softwares Elipse para automação de 23 usinas no Brasil, nove hidrelétricas, seis fotovoltaicas e oito eólicas. Os empreendimentos terão suas grandezas elétricas de potência, corrente, tensão e frequência monitoradas por meio dos programas Elipse E3 e o Elipse Power Renewable, implementados pela parceira Automalógica Sistemas para Automação, com telas únicas e diferenciadas para cada usina de acordo com as variáveis a serem mensuradas em cada caso. A plataforma agregada ao Centro de Operações da Geração (COG) da companhia é capaz de supervisionar a condição dos geradores, turbinas, disjuntores, seccionadoras e transformadores, dispondo também de um sistema de alarme que alerta a manutenção, a fim de que possa diagnosticar e resolver os problemas com mais agilidade e segurança. (Agência CanalEnergia – 05.06.2020)

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Artigos

1 Artigo sobre eficiência e inovação no setor elétrico com a pandemia do coronavírus

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Lavínia Hollanda, fundadora e diretora executiva da consultoria Escopo Energia e Gabriela Nascimento, pesquisadora, falam sobre dicotomia do curto e longo prazo para solucionar problemas decorrentes da pandemia no que tange o uso de recursos de inovação e eficiência energética. As autoras afirmam que “diante da incerteza, o direcionamento do setor deveria ser no sentido de acelerar o processo de modernização do setor e fortalecer as instituições de pesquisa para propor e implementar soluções inovadoras – principalmente aquelas voltadas para um consumo mais eficiente”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.06.2020)

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2 Editorial do Estadão: “Riscos ao suprimento de energia no futuro”

Em editorial, o jornal O Estado de São Paulo avalia a queda nos investimentos em energia e os riscos que a acompanham. Segundo o jornal, “queda mundial nos investimentos pode prejudicar o abastecimento com o fim do isolamento e consequente aumento da demanda”. O texto conclui que essa queda “pode retardar a transição para energias renováveis e sustentáveis”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.06.2020)

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3 Artigo Abinee: pandemia evidencia urgência de um novo modelo do setor elétrico

Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, comenta a necessidade de se pensar um novo setor elétrico nacional. Segundo o autor, “mais do que nunca é o momento de resolver problemas históricos deste segmento que estão travados na justiça ou na adequação da regulamentação”. Ele conclui que “O momento é de ganharmos eficiência, robustez e modernidade para não termos, no sistema elétrico, um gargalo futuro ao crescimento do País”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.06.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara
Pesquisador: Matheus Amâncio
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

 

 

 

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