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IFE: nº 39 - 02 de julho de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Financiamentos
1
África: Hidrogênio verde pode liderar o desenvolvimento socioeconômico
2 Alemanha: Hidrogênio se destaca no Mecanismo de Recuperação e Resiliência
3 Argentina: Porto de Bahia Blanca vai apoiar economia de hidrogênio no país
4 Austrália: Governo de estado se compromete com plano para energia limpa e verde
5 Brasil: Governo apresenta novas iniciativas para o hidrogênio
6 Canadá: Fundo de Combustíveis Limpos de US $ 1,5 bilhão
7 Dinamarca: Projeto Reddap recebe financiamento do EUDP
8 EUA: Senador Heinrich lança nova legislação com apoio à produção do hidrogênio
9 UE: Nova legislação climática torna obrigatório o Acordo Verde

Produção
1 Austrália: Sweetman produzirá hidrogênio limpo e biochar a partir da biomassa
2 Cazaquistão: MoU desenvolverá usina de hidrogênio verde de 30 GW
3 EUA: Nikola faz investimento para desenvolver usinas de hidrogênio
4 França: Projeto H2Hub Loiret para construir usina de hidrogênio verde
5 Omã: Governo e empresas planejam construir a maior usina de hidrogênio verde do mundo
6 Tasmânia: Fortescue visa construir usina de hidrogênio verde de 250 MW
7 Noruega: Aker desenvolverá usina para produzir 10 toneladas de H2V por dia

Armazenamento e Transporte
1 Wärtsilä e Global Energy Ventures estudam soluções para embarcações a hidrogênio

Uso Final
1 Áustria: Testes com hidrogênio para processo de redução direta do ferro
2 Dinamarca: Construção de planta de amônia verde
3 Holanda: Aggreko testa gerador de hidrogênio
4 Noruega: Empresas trabalham com amônia verde para descarbonizar o setor de transporte

5 Suécia: KINTO apresenta veículo com célula a combustível para serviços de car-sharing
6 Nova Zelândia: Hyundai New Zealand solicita estação de reabastecimento a H2H Energy

Tecnologia e Inovação
1 Austrália: HSA produzirá tecnologia que reduzirá o custo do hidrogênio verde
2 Estados Unidos: NewHydrogen expande programa de pesquisa de hidrogênio verde
3 Houston: Baker Hughes aposta em startup de gás natural sintético

Eventos
1 Alimentando a revolução do hidrogênio na marinha
2 Chave para o hidrogênio verde: eletrolisadores
3 Investindo em ações climáticas: O caso do hidrogênio
4 Webinar: Eletrolisadores de membrana de troca aniônica

Artigos e Estudos
1 Atualização da Economia do Hidrogênio: Principais desenvolvimentos no mercado de hidrogênio
2 Deloitte: Criando uma economia de hidrogênio viável
3 Ebpr: “falta tudo, mas futuro é promissor”
4 Holanda: Projetos propostos para a primeira rodada de hidrogênio do IPCEI

5 IRENA: Green Hydrogen Supply: A Guide to Policy Making
6 IRENA: Hidrogênio renovável de baixo custo pode estar ao alcance



 

 

Políticas Públicas e Financiamentos

1 África: Hidrogênio verde pode liderar o desenvolvimento socioeconômico

A África tem visto uma grande oportunidade no desenvolvimento de hidrogênio verde (H2V) em toda a região, com países como a África do Sul, Níger, Mali e Namíbia redirecionando o foco para a utilização de H2V. O continente aumentou o número de projetos em parceria com a Alemanha, após a implantação da Estratégia Nacional de Hidrogênio em 2020, em diversos países. Dentre as iniciativas da Alemanha-África, destacam-se o programa de US $ 279 milhões do Banco de Desenvolvimento Alemão para o desenvolvimento de projetos de H2V na África do Sul. Além disso, o projeto H2Atlas, liderado pelo Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha, prevê a produção de aproximadamente 165.000 TWh de hidrogênio verde anualmente na África Ocidental. G?nter Nooke, representante pessoal do Chanceler Alemão para a África, estará presente na Semana da Energia Africana (AEW) 2021, onde se espera que sua presença conduza discussões sobre o potencial de hidrogênio verde da África e projetos emergentes. (H2 View – 29.06.2021)

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2 Alemanha: Hidrogênio se destaca no Mecanismo de Recuperação e Resiliência

A Comissão Europeia avaliou positivamente o plano de recuperação e resiliência da Alemanha, com o hidrogênio sendo um fator-chave. Isso ajudará a UE a dedicar parte da doação do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RRF) de € 25,6 bilhões (US $ 30,55 bilhões) à Alemanha. A avaliação da Comissão sobre o plano alemão revela que ele dedica pelo menos 42% da sua dotação total a medidas que apoiam os objetivos climáticos. O plano inclui medidas para descarbonizar a indústria com foco principal na produção de hidrogênio renovável e sua aplicação. Além disso, serão priorizados investimentos em mobilidade sustentável e na reforma de edifícios residenciais para melhorar a eficiência energética. Paolo Gentiloni, Comissário de Economia, disse que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência da Alemanha dará um impulso ao desenvolvimento de transições verdes e digitais do país. (H2 View – 23.06.2021)

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3 Argentina: Porto de Bahia Blanca vai apoiar economia de hidrogênio no país

A Argentina pode se beneficiar de seus competitivos recursos renováveis e gás natural para a produção de hidrogênio. O Porto de Bahía Blanca tornou-se o primeiro porto a aderir ao Consórcio para o Desenvolvimento da Economia do Hidrogênio da Argentina (H2ar). A adesão ao consórcio vai abrir mais oportunidades de negócios para o porto no futuro e torná-lo uma parte importante do mercado, com oportunidades abertas nos mercados interno e externo. Dada a sua posição estratégica em relação aos centros produtores de gás natural e parques eólicos, o porto irá criar todas as condições ideais para ser um protagonista na produção e utilização em escala, de hidrogênio de baixas emissões. (H2 Bulletin – 25.06.2021)

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4 Austrália: Governo de estado se compromete com plano para energia limpa e verde

Um novo centro de hidrogênio será desenvolvido em Warrnambool, cidade do Estado de Victoria, na Austrália, como parte do compromisso do Estado de ser um líder em energia limpa e verde. Confirmando os planos de desenvolvimento, o primeiro-ministro do Estado disse na última segunda-feira (28 de junho) que o centro é parte de um plano mais amplo de $ 34,9 milhões, que também prevê a construção de uma bateria. Uma vez operacional, o projeto de hidrogênio Hycel Technology Hub, desenvolverá e fabricará tecnologia de combustível de hidrogênio, com foco em transporte e veículos pesados, armazenamento e aplicações industriais. Juntas, as instalações de hidrogênio e bateria criarão 290 empregos em pesquisa, manufatura e no setor de energia e promoverão oportunidades de aprendizagem e pesquisa para grupos escolares, estudantes universitários, comunidade e indústria. (H2 View – 29.06.2021)

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5 Brasil: Governo apresenta novas iniciativas para o hidrogênio

Durante o Fórum Ministerial do Diálogo em Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia, realizado no dia 24, o governo brasileiro apresentou o pacto energético sobre hidrogênio, que visa contribuir para a consolidação da economia do hidrogênio. A assessora especial em assuntos regulatórios do Ministério de Minas e Energia, Agnes da Costa, anunciou que o governo estreará um Programa de Pesquisa e Desenvolvimento de Hidrogênio, com previsão para iniciar em 2022 e receber as primeiras propostas de projetos. Thiago Barral, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), afirmou que o planejamento energético passará a dar mais importância para o hidrogênio. O presidente da EPE destacou que o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, já aponta o hidrogênio como uma tecnologia disruptiva essencial para uma economia de baixo carbono. Além disso, afirmou que o Plano Decenal de Energia (PDE) 2031 terá uma seção exclusiva para a fonte de energia e abrangerá detalhes sobre o tamanho do mercado de H2 e quais as oportunidades para novos desenvolvimentos e aplicações. O Diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre, anunciou também o lançamento de uma plataforma online que promoverá informações para os cidadãos, companhias e associações sobre o Programa Nacional de Hidrogênio. (Petronotícias – 25.06.2021)

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6 Canadá: Fundo de Combustíveis Limpos de US $ 1,5 bilhão

O Canadá lançou o Fundo de Combustíveis Limpos de US $1,5 bilhão com uma convocação de propostas para projetos que aumentem a capacidade do Canadá de produzir combustíveis limpos. O Ministro de Recursos Naturais, Seamus O’Regan Jr., fez o anúncio durante a Convenção Mundial de Tecnologias de Hidrogênio, organizada pela Associação Canadense de Hidrogênio e Células de Combustível e apoiada pela Associação Internacional de Energia de Hidrogênio. A chamada de propostas para projetos visa aumentar a capacidade de produção de combustível limpo doméstico e está aberta até 29 de setembro de 2021. A Natural Resources Canada fornecerá financiamento por meio de acordos de contribuição reembolsáveis condicionalmente de até 30% dos custos totais elegíveis do projeto, até um máximo de US $150 milhões, por projeto. (Green Car Congress – 22.06.2021)

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7 Dinamarca: Projeto Reddap recebe financiamento do EUDP

O Programa de Demonstração e Desenvolvimento de Tecnologia de Energia dinamarquês (EUDP) concedeu DKK 81 milhões (€ 11 milhões) para o projeto Reddap (REnewable Distributed & Dynamic Ammonia Plant) na Jutlândia Ocidental, Dinamarca. O objetivo é construir uma usina de amônia verde de 10 MW, onde a geração local de energia eólica e solar irá alimentar a unidade de eletrólise. A planta deve estar operacional em 2023, tornando-se a primeira planta de amônia verde desse tipo. A produção de cerca de 5.000 toneladas/ano de amônia verde a partir de energia renovável economizaria 8.200 toneladas/ano de CO2. Haldor Topsoe, um das empresas associadas ao projeto, projetará a tecnologia de amônia dinâmica da planta que fará interface com uma solução de hidrogênio verde desenvolvida pela Vestas, integrando eletrólise com sistema de controle solar e eólico. Isso deverá desenvolver a economia do hidrogênio no país, auxiliando na redução de emissões de carbono. (H2 Bulletin – 25.06.2021)

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8 EUA: Senador Heinrich lança nova legislação com apoio à produção do hidrogênio

O senador dos Estados Unidos, Martin Heinrich, introduziu no país a Lei do Avanço do Futuro do Hidrogênio Limpo de 2021. Focado no hidrogênio verde, a legislação fornece uma autorização ampliada de cinco anos que integra e fortalece o programa de pesquisa de eletrolisadores do Departamento de Energia dos Estados Unidos. A Lei foi criada para estabelecer um programa de pesquisa, desenvolvimento, demonstração e implantação que reduza o custo e melhore a eficiência da produção de hidrogênio. Essas ambições já receberam apoio de líderes da indústria de energia limpa, como a American Clean Power Association, o Conselho Americano de Energia Renovável, a Plug Power e a Clean Hydrogen Future Coalition. (H2 View – 24.06.2021)


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9 UE: Nova legislação climática torna obrigatório o Acordo Verde

O Parlamento Europeu revelou que a nova Lei do Clima da UE aumenta sua meta de redução de emissões de 40% para pelo menos 55% até 2030, transformando o compromisso político do European Green Deals com a inclusão do hidrogênio. Ao tornar o Acordo Europeu parte fundamental da obrigação política, a estratégia da UE para o hidrogênio espera ver as nações dando passos largos no cumprimento das metas estabelecidas. Em 2030, a produção de hidrogênio verde deve então aumentar para cerca de dez milhões de toneladas por ano e, entre 2030 e 2050, o gás deve ser produzido em uma escala sistematicamente relevante. Um orçamento para mitigar gases com efeito de estufa também deve orientar os próximos objetivos para 2040, com a Comissão apresentando uma proposta após a primeira revisão global em 2023, prevista no Acordo de Paris. (H2 View – 25.06.2021)

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Produção

1 Austrália: Sweetman produzirá hidrogênio limpo e biochar a partir da biomassa

A Sweetman Renewables, empresa que busca se tornar a player global número 1 de hidrogênio limpo, realizou negociações para produzir o hidrogênio a partir da biomassa, em uma unidade localizada na Austrália. A empresa converterá a biomassa residual em hidrogênio para uso doméstico utilizando a tecnologia da pirólise. A tecnologia irá produzir o hidrogênio e o biochar (carvão vegetal quando é empregado como correção para o solo). O hidrogênio pode ser mais um fator a impulsionar a biomassa, pois incluirá um fator de segurança à esta rota, uma vez que o hidrogênio pode ser armazenado e assim traz segurança energética. Produzi-lo a partir desta rota também traz outros benefícios, atuando indiretamente na quebra da superlotação de aterros sanitários. Atualmente, a madeira representa cerca de 13% dos materiais que vão para aterros sanitários. A utilização dessa madeira descartada reduz a pressão sobre os aterros e oferece benefícios de redução de custos para os conselhos locais. (Stockhead – 28.06.2021)

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2 Cazaquistão: MoU desenvolverá usina de hidrogênio verde de 30 GW

Aproveitando os recursos naturais do Cazaquistão, a Svevind, uma empresa investidora e desenvolvedora de projetos, e a Kazakh Invest National Company, realizaram um memorando de entendimento (MoU) que tem como objetivo tornar o preço do hidrogênio verde competitivo e ultra baixo no Cazaquistão. Para isso, o MoU irá desenvolver uma planta de hidrogênio com capacidade eletrolítica de 30 GW na qual será produzido cerca de 3 milhões de toneladas de hidrogênio por ano. A usina será alimentada por energia solar e eólica, produzindo então o hidrogênio verde (H2V). Em termos de destinação, o H2V será utilizado para consumo industrial local ou será exportado para a Eurásia. Por fim, para alimentar a usina, a Svevind irá construir 45 GW de parques eólicos e solares na região. (H2 View – 25.06.2021)

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3 EUA: Nikola faz investimento para desenvolver usinas de hidrogênio

A Nikola Corporation, uma empresa americana que atua no segmento de veículos neutros em carbono, está investindo uma quantidade de US $50 milhões para a construção de duas fábricas de hidrogênio limpo, com foco no hidrogênio verde e azul. Além disso, a Nikola também construirá equipamentos de armazenamento e transporte do combustível. O investimento tem como objetivo fazer com que haja um desenvolvimento da infraestrutura do hidrogênio na região, possibilitando uma adesão maior dos veículos movidos a célula a combustível. Quando as usinas forem construídas, irão produzir uma quantidade diária de 50 toneladas de hidrogênio, que serão destinados principalmente aos veículos pesados, a exemplo dos caminhões. (Blog do Caminhoneiro – 24.06.2021)

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4 França: Projeto H2Hub Loiret para construir usina de hidrogênio verde

A Bouygues Energies & Services, uma empresa francesa que atua no segmento energético, digital e industrial, e a FM Logistic, uma empresa de logística, assinaram um acordo para realizar um projeto de produção e utilização local de hidrogênio no município de Orléans, França. O projeto é denominado como H2Hub Loiret e pretende construir uma usina de hidrogênio alimentada por energias renováveis, para produzir uma quantidade de 800 toneladas de hidrogênio verde por dia. Além disso, o projeto também construirá três estações de hidrogênio, destinando o combustível ao setor da mobilidade. As empresas esperam conseguir reduzir o custo final do H2V e incentivar o uso de veículos movidos a célula a combustível. (H2 View – 28.06.2021)

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5 Omã: Governo e empresas planejam construir a maior usina de hidrogênio verde do mundo

O Omã, país do oriente médio, é fortemente dependente do petróleo e gás. No entanto, com as reservas desses combustíveis fósseis diminuindo, o país está trabalhando para uma maior diversificação econômica e industrial. O Omã está visando a produção de energia por meio de fontes renováveis, como passo para proteger o país do colapso econômico nas próximas décadas. No âmbito do hidrogênio verde e seus projetos, o país está pretendendo construir a maior usina de hidrogênio verde do mundo no Mar da Arábia, entrando em operação no início de 2028 e alcançando a capacidade total em 2038. Com um financiamento de € 30 bilhões, de empresas estatais e privadas, a usina terá 25 gigawatts (GW) provenientes de fontes de energia solar e eólica, produzindo 1,8 milhão de toneladas de hidrogênio verde e 10 milhões de amônia verde por ano. Por fim, em termos de destinação, o hidrogênio produzido será levado para o mercado europeu e asiático. (Azo Cleantech – 23.06.2021)

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6 Tasmânia: Fortescue visa construir usina de hidrogênio verde de 250 MW

O governo da tasmânia já vem realizando contribuições para com o hidrogênio, recentemente realizou seu Plano de Ação de Hidrogênio renovável, deixando explícito que o país consegue produzir o hidrogênio verde (H2V) por um baixo preço e contém excelente infraestrutura de energias renováveis, como a hídrica. Após esse documento, diversas empresas se interessaram em aplicar projetos nesse país, como é o caso da Fortescue Future Industries. A empresa já está tratando de negociações para conseguir implementar sua planta de hidrogênio com capacidade eletrolítica de 250 MW em Bell Bay, centro industrial localizado no norte da Tasmânia. A planta será alimentada por energias renováveis, produzindo então o H2V. No mais, a empresa já realizou um acordo com a TasPorts, visando destinar o hidrogênio à Austrália. Por fim, após uma análise, ficou evidente a contribuição deste projeto para o país, ele contribuirá para o desenvolvimento econômico, podendo gerar um aumento líquido de US $ 2 bilhões no produto bruto estadual ao longo da vida do projeto. (H2 View – 25.06.2021)

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7 Noruega: Aker desenvolverá usina para produzir 10 toneladas de H2V por dia

A Aker Clean Hydrogen, uma desenvolvedora e operadora de produção limpa de hidrogênio em escala industrial, está comprometida com o desenvolvimento da infraestrutura do hidrogênio na Noruega. A empresa adquiriu 20% da empresa Meraker Hydrogen e construirá uma usina de hidrogênio em Meraker, Noruega. A planta será alimentada por energias renováveis de parques locais e terá uma capacidade de eletrólise de 23 megawatts (MW), produzindo então o hidrogênio verde. Com a capacidade instalada da usina, espera-se a produção de 10 toneladas de H2V por dia. A planta entrará em operação no início do ano de 2024. Além disso, junto com a Varanger Kraft, a empresa irá construir uma planta de hidrogênio e amônia verde em Berlevåg, no norte da Noruega. O projeto foi aprovado recentemente e está em fase de estudo de viabilidade e na fase de conceito. Os projetos ajudarão a reduzir a emissão de gases de efeito estufa no país e elevará a economia local. (H2 View – 29.06.2021)

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Armazenamento e Transporte

1 Wärtsilä e Global Energy Ventures estudam soluções para embarcações a hidrogênio

A Wärtsilä e Global Energy Ventures (GEV) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) de cooperação para desenvolver navios com sistemas de propulsão a hidrogênio (C-H2). O navio C-H2 é alimentado por sistemas de células a combustível e foi projetado para armazenar 2.000 toneladas de hidrogênio à temperatura ambiente a uma pressão operacional de 250 bar. Os navios de menor capacidade serão otimizados para a escala do projeto piloto de exportação da GEV. A cooperação tem como objetivo avançar com a Aprovação em Princípio (AiP) e também se compromete a demonstrar a disponibilidade de um sistema de propulsão de baixa emissão e alta eficiência para a embarcação. As partes do acordo acreditam que o projeto C-H2 eliminará as barreiras técnicas e entregará uma solução superior a outras alternativas de transporte. (Wärtsilä – 24.06.2021)

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Uso Final

1 Áustria: Testes com hidrogênio para processo de redução direta do ferro

A planta piloto HYFOR emprega o primeiro processo de redução direta do minério de ferro utilizando hidrogênio. O processo não exige sinterização ou pelotização além de utilizar 100% de hidrogênio verde ou, alternativamente, gases ricos em hidrogênio de outras fontes - como pirólise de gás natural ou reformadores de vapor convencionais. Os primeiros testes foram realizados com sucesso em uma escala de processamento na faixa de 800 kg de minério de ferro. A planta HYFOR deve operar por pelo menos dois anos em várias campanhas para testar vários tipos de processos em minério e avaliar seus parâmetros. Na próxima etapa, serão realizados testes de aumento de escala. (H2 View – 28.06.2021)

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2 Dinamarca: Construção de planta de amônia verde

O projeto de amônia verde administrado pela Skovgaard Invest, Vestas e Haldor Topsoe visa construir uma usina de amônia de 10 MW de capacidade, diretamente acoplada à geração de energia eólica e solar local. Espera-se que o projeto esteja operacional em 2023. A planta de amônia verde será a primeira planta de amônia verde dinâmica. A abordagem dinâmica implica que a energia limpa das turbinas eólicas e painéis solares seja conectada diretamente à unidade de eletrólise. A Topsoe projetará a tecnologia de amônia dinâmica da planta para garantir a produção ideal e se adaptar às flutuações inerentes na produção de energia de turbinas eólicas e painéis solares. (Green Car Congress – 26.06.2021)

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3 Holanda: Aggreko testa gerador de hidrogênio

A Aggreko, em parceria com a CMB.TECH, desenvolveu um protótipo de um gerador a combustão de hidrogênio de 50kVA. Os testes foram bem sucedidos, resultando na ampliação dos números de unidades que a empresa está realizando os testes. A empresa está trabalhando em dez unidades para testar e validar o hidrogênio como um transportador de energia no setor de energia temporária. A solução resulta em quase nenhuma emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e estará pronta para instalações na Europa ainda este ano. A Aggreko também firmou uma parceria com a Nedstack para construir uma unidade de demonstração de célula a combustível que integrará a solução de bateria de armazenamento da Aggreko. A tecnologia híbrida consiste em uma célula a combustível de membrana de troca de prótons (PEM) e um sistema de armazenamento de íons de lítio. A solução será testada no hub da Aggreko em Moerdijk, Holanda. (H2 Bulletin – 23.06.2021)

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4 Noruega: Empresas trabalham com amônia verde para descarbonizar o setor de transporte

A Aker Clean Hydrogen e a Varanger Kraft estão trabalhando em conjunto para a construção de uma planta de hidrogênio verde e amônia em Berlevåg, Noruega, tendo sido aprovado no estudo de viabilidade e na fase de conceito. O projeto planeja construir uma usina de hidrogênio com capacidade de 100 MW, com uma expansão futura de até 200 MW e iniciar a produção de amônia até o final de 2024. O objetivo do projeto é descarbonizar navios, plataformas e estações de energia fora da rede, por meio da substituição dos combustíveis fósseis tradicionais por amônia verde. Estima-se que 200 milhões de toneladas/ ano CO2 serão evitadas. (H2 Bulletin – 22.06.2021)

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5 Suécia: KINTO apresenta veículo com célula a combustível para serviços de car-sharing

A marca global da Toyota para novos serviços de mobilidade, KINTO, está introduzindo o novo veículo movido a célula a combustível (Toyota Mirai) em sua nova frota KINTO Share, na Suécia. O objetivo da KINTO Share é democratizar a tecnologia de célula a combustível e dar aos clientes a possibilidade de experimentar o futuro da mobilidade do hidrogênio. O chefe de mobilidade da Toyota, acredita que disponibilizar o novo Mirai ao público por meio da nova frota é um passo importante rumo à sociedade do hidrogênio. Os carros estão disponíveis em uma nova estação de mobilidade da KINTO localizada no KTH Royal Institute of Technology em Estocolmo, e como todos os outros carros, podem ser reservados através do aplicativo KINTO-mobile. (Toyota – 23.06.2021)

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6 Nova Zelândia: Hyundai New Zealand solicita estação de reabastecimento a H2H Energy

A australiana H2H Energy recebeu da Hyundai New Zealand uma solicitação de uma estação de reabastecimento de 350 bar, já que a mesma está em preparação para a chegada dos caminhões FCEV da Hyundai. As empresas têm trabalhado juntas avaliando oportunidades de hidrogênio na Nova Zelândia desde 2016. Devido à natureza do transporte pesado na Nova Zelândia e à abundância de energia renovável, o país é visto como o principal mercado inicial para a adoção de frotas de veículos pesados a hidrogênio. A implantação de uma frota de teste de caminhões FCEV pela Hyundai New Zealan exigirá uma estação de reabastecimento de hidrogênio de 350 Bar. A estação facilitará as implantações móveis em todo o país, permitindo que os usuários da frota de teste experimentem em primeira mão as vantagens do hidrogênio, enquanto uma infraestrutura maior de reabastecimento é construída. (Markets Insider – 30.06.2021)

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Tecnologia e Inovação

1 Austrália: HSA produzirá tecnologia que reduzirá o custo do hidrogênio verde

Visando cumprir a missão lançada pela Agência Científica Nacional da Austrália, que tem como meta reduzir drasticamente o preço final do hidrogênio verde, a Hydrogen Systems Australia (HSA) está realizando um projeto P&D que desenvolverá eletrolisadores a pequeno e médio porte. O projeto tem como meta atingir valores finais de hidrogênio abaixo de A $ 2 / kg até o ano de 2024. O P&D, denominado como Project Shield, está criando uma tecnologia denominada como “disruptiva”, não apenas reduzindo o preço de produção de hidrogênio “em até 90%”, em comparação com os custos do eletrolisador atual, mas também aumentando a eficiência em 2,5-3 vezes em comparação com os eletrolisadores PEM atuais. (H2 View – 23.06.2021)

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2 Estados Unidos: NewHydrogen expande programa de pesquisa de hidrogênio verde

NewHydrogen, um desenvolvedor de tecnologias de energia limpa, anunciou que assinou um acordo para expandir ainda mais a pesquisa com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) nos EUA. Com um orçamento maior, o novo contrato expande o escopo do programa de desenvolvimento de catalisador de reação de evolução de oxigênio (OER) com base em metais não preciosos. Os pesquisadores planejam ampliar o processo de estudos em eletrolisadores em uma fase posterior. Um eletrolisador produtor de hidrogênio totalmente funcional incorporando o catalisador REA da empresa, bem como o catalisador HER, servirá como um protótipo de referência para ajudar os fabricantes de eletrolisadores em todo o mundo a avaliar a tecnologia planejada da NewHydrogen. (Energy Global – 23.06.2021)

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3 Houston: Baker Hughes aposta em startup de gás natural sintético

A Baker Hughes possui agora uma participação de 15% em uma startup que tem como objetivo produzir gás natural a partir de hidrogênio e dióxido de carbono. O investimento é o mais recente movimento da empresa de serviços para campos de petróleo, investindo em tecnologia projetada para capturar emissões. A Electrochaea GmbH, é a startup alemã que desenvolve um processo de produção do chamado gás natural sintético a partir do dióxido de carbono e do hidrogênio produzido a partir de energia renovável, segundo um comunicado. Os termos financeiros não foram divulgados. O CO2 pode ser derivado de fontes, incluindo plantas industriais e decomposição de matéria orgânica. A tecnologia da Baker Hughes e Electrochaea “fornece um método integrado para descarbonizar setores difíceis de abater, como transporte rodoviário e aquecimento”, disse Rod Christie, vice-presidente executivo de turbomáquinas e soluções de processo da Baker Hughes. (Bloomberg – 28.06.2021)

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Eventos

1 Alimentando a revolução do hidrogênio na marinha

O webinar apresentará insights sobre os requisitos exclusivos para o projeto de sistemas de armazenamento de hidrogênio para transporte aquático. A discussão também incluirá discussões sobre para onde a indústria está caminhando e como é possível atender às necessidades futuras. O evento acontece no dia 7 de julho, às 5h (horário de Brasília). Inscreva-se aqui. (Mission Hydrogen – junho 2021)

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2 Chave para o hidrogênio verde: eletrolisadores

A Green Hydrogen System, fornecedor de eletrolisadores padronizados e modulares para a produção de hidrogênio verde, realizará um webinar no dia 9 de julho, com o objetivo de discutir a crescente demanda por hidrogênio verde e a importância da ampliação da capacidade de eletrólise. Com a ampla gama de aplicações possíveis, o hidrogênio verde desempenha um papel fundamental na mudança fundamental em curso em nossos sistemas de energia em direção uma sociedade com emissões líquidas em 2050. Inscreva-se aqui. (Gas World – junho 2021)

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3 Investindo em ações climáticas: O caso do hidrogênio

A Ardian, empresa de investimento de capital privado, realizou no dia 29 de junho uma cúpula que reuniu autoridades públicas de alto nível e da indústria para discutir como parceiros industriais, entidades públicas e instituições financeiras podem colaborar para desbloquear investimentos em hidrogênio em grande escala para facilitar a transição energética. (Ardian – junho de 2021)

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4 Webinar: Eletrolisadores de membrana de troca aniônica

A Fuel Cell and Hydrogen Joint Undertaking (FCH JU), irá realizar um webinar com o objetivo de apresentar os projetos ANIONE, CHANNEL e NEWELY que atuam no desenvolvimento de eletrolisadores de membrana de troca de ânions (AEMEL). Os projetos apresentarão suas metas, conquistas e desafios remanescentes no desenvolvimento de protótipos de 2 kW de AEMEL, incluindo apoio da União Europeia. O evento será realizado no dia 6 de julho às 9h (horário de Brasília). Inscreva-se aqui. (Fuel Cell and Hydrogen Joint Undertaking (FCH JU) – junho de 2021)

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Artigos e Estudos

1 Atualização da Economia do Hidrogênio: Principais desenvolvimentos no mercado de hidrogênio

Projetos de investimento de bilhões de dólares foram anunciados globalmente para promover o hidrogênio em aplicações industriais. Esse artigo faz uma atualização da Economia do Hidrogênio em diferentes países, focando nos principais desenvolvimentos no mercado de hidrogênio industrial. Projetos em desenvolvimento no Reino Unido, França, Suécia, Lituânia, Espanha, Itália, Canadá, Estados Unidos, Austrália, Japão, China, Coréia do Sul e no Oriente Médio foram reportados. Investimentos necessários em projetos revolucionários por todos os continentes estão sendo realizados, para desenvolver a tecnologia do hidrogênio. (H2 Bulletin – 28.06.2021)

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2 Deloitte: Criando uma economia de hidrogênio viável

O hidrogênio terá um papel essencial na descarbonização de setores mais complexos, onde a eletrificação pode ter limitações físicas. Prevê-se que o hidrogénio desempenhe um papel fundamental no futuro da energia e o seu desenvolvimento será mais rápido do que se esperava. No mais recente artigo da Deloitte “Creating a viable hydrogen economy”, apresentamos uma abordagem para as empresas aproveitarem as oportunidades que o hidrogênio vai trazer, como parte da transição energética. Para ler o artigo na íntegra clique aqui. (Deloitte – junho de 2021)

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3 Ebpr: “falta tudo, mas futuro é promissor”

Em entrevista realizada pela epbr, Mariana Campos, sócia do Souto Correa Advogados, avalia o nível jurídico para a regulamentação do hidrogênio no Brasil. A entrevistada aponta que, atualmente, o país não tem nenhuma normativa que regule as atividades econômicas relacionadas ao hidrogênio. Apesar das recentes iniciativas adotadas pelo governo, o nível jurídico ainda é muito embrionário, em termos de regulamentação, para que o mercado seja implementado. Além disso, Campos diz que o principal gargalo no aspecto regulatório é qual agência irá regulamentar as atividades. O fato de que o hidrogênio pode ser produzido por diferentes fontes faz com que diferentes agências reguladoras possam atuar no setor. Portanto, tem-se avaliado a possibilidade da criação de uma nova agência reguladora. “Apesar da ausência de normas, a produção de hidrogênio verde no Brasil já atrai multinacionais”, disse Mariana Campos. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. (GESEL IE -UFRJ - 25.06.2021)

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4 Holanda: Projetos propostos para a primeira rodada de hidrogênio do IPCEI

Em anexo a Carta de oferta que acompanha o relatório do Conselho de Energia publicado no dia 11 de junho de 2021, uma lista de projetos propostos pela Holanda foi publicada. Os projetos propostos pela Holanda foram escolhidos como parceiros direto para a primeira rodada de hidrogênio do IPCEI (Important Projects of Common European Interest). Esta lista menciona apenas projetos que não se opuseram à divulgação. No total, a Holanda apresentou 25 projetos como parceiros diretos para a primeira rodada de hidrogênio. O documento se encontra no site Rijksoverheid.nl, que reúne notícias de um conjunto de 12 ministérios envolvidos na elaboração de propostas legislativas, leis e planos de política. Para o documento, clique aqui. (Rijksoverheid - 24.06.2021)

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5 IRENA: Green Hydrogen Supply: A Guide to Policy Making

O hidrogênio verde é visto como uma solução viável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir na transição energética. O desenvolvimento de uma cadeia de abastecimento de hidrogênio é crucial para tornar isso uma realidade. No entanto, ainda há algumas barreiras a serem superadas como os altos custos de hidrogênio verde, em comparação às alternativas fósseis, e a falta de uma infraestrutura dedicada. Nesse contexto, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) publicou um novo relatório que visa fornecer uma base para a compreensão desses desafios e as soluções disponíveis. O relatório destaca a gama de opções de políticas, complementadas por estudos de casos de países. As políticas apresentadas no relatório incluem medidas para apoiar a implantação da capacidade do eletrolisador; garantir fornecimento de eletricidade renovável com custo competitivo; aumentar a demanda de hidrogênio verde; e desenvolver uma infraestrutura de transporte de hidrogênio. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (IRENA – maio de 2021)

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6 IRENA: Hidrogênio renovável de baixo custo pode estar ao alcance

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) publicou um novo relatório no qual sugere que o hidrogênio verde a um preço acessível já pode ser obtido. O relatório analisa os custos de produção de hidrogênio, através das tarifas de energia solar no Oriente Médio, e apresenta o preço final em dois cenários, com o sistema ligado à rede ou não. Com as tarifas de eletricidade por fonte solar no Catar (US $ 0,0157), Emirados Árabes Unidos (US $ 0,0135) e na Árabia Saudita (US $ 0,0104) seria possível produzir hidrogênio verde a US $1,62/kg. O estudo analisou a queda dos custos dos eletrolisadores de hidrogênio, estimando uma queda de US$ 750/kW para US$ 350/kW. O documento também mostrou que, acima de 800 GW de capacidade, a geração a carvão já pode ser substituída de forma viável por instalações de energia renovável. A troca eliminaria 3 Gt de emissões de CO2, o equivalente a 20% do necessário para manter o aquecimento global a um máximo de 1,5ºC, segundo estimativa da IRENA. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (PV Magazine – 24.06.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Allyson Thomas,
José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira 
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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