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IFE: nº 28 - 28 de setembro de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
UFRJ: Valoração econômica dos benefícios da introdução de ônibus elétricos no município do Rio de Janeiro
2 Transição energética e consequências para os “petroestados”
3 Unicamp inicia operação de ônibus elétrico da BYD
4 Califórnia planeja proibir vendas de novos carros movidos a gasolina até 2035
5 Reino Unido quer antecipar proibição de veículos a combustão para 2030
6 Europa: subsídios do governo diminuem consideravelmente a diferença de preços entre VEs e veículos ICE
7 Será criada uma zona de emissão zero em Londres

Inovação e Tecnologia
1 Para baratear os VEs é necessário aumentar a densidade de energia das baterias
2 Israel: rua que recarrega veículos elétricos por indução
3 Universitários projetam carro movido a hidrogênio
4 Tesla confirma Model S com autonomia superior a 830 km
5 Carro elétrico que vira ônibus, van ou caminhão de entrega
6 Alsol inaugura estação de recarga de VEs alimentada por energia solar
7 Noronha terá veículos elétricos carregados por energia solar

Indústria Automobilística
1 EPE: ônibus a diesel ainda é financeiramente melhor, mas elétricos podem ser competitivos
2 EPE: ônibus elétrico pode ser viável economicamente
3 EPE publica Nota Técnica de Avaliação de Ônibus Elétrico no Brasil

4 Analistas esperam que VEs atinjam paridade de preços com veículos ICE antes de 2025

5 Audi: até o final do ano serão 100 instalações de pontos de recarga no Brasil

6 Neoenergia fechará o ano com 33 VEs em sua frota

7 Carros elétricos do grupo Volkswagen surpreendem pelo alto interesse

8 Alsol inaugura posto de carregamento em MG
9 BEVs representam 5% das matrículas de veículos de passageiros em Portugal
10 Tesla quer reduzir preço de VEs para US$ 25 mil nos próximos anos

11 Tesla: plano de abertura de fábricas para a produção de insumos para baterias, reciclagem e mineração de lítio
12 VEs ainda não são muito populares nos EUA
13 Aumentar as vendas de VEs na Califórnia será um enorme desafio
14 Caminhões elétricos da Scania já são uma realidade na Europa
15 Caminhão elétrico da JAC começa a operar como guincho na Porto Seguro
16 JAC lança picape e caminhão leve elétricos no Brasil
17 Grupo Traton define nova estratégia global para eletrificação
18 Primeiro Rolls-Royce elétrico será apresentado até o final de 2020

Meio Ambiente
1 UERJ: Previsão das emissões veiculares com a implantação gradativa de veículos híbridos e totalmente elétricos na cidade do Rio de Janeiro
2 ICCT: São Paulo em direção à melhoria do desempenho ambiental de sua frota de ônibus de transporte coletivo

Outros Artigos e Estudos
1 Audi lança programa de carro por assinatura por R$ 9,6 mil
2 Rio recebe bicicleta elétrica para aluguel


 

 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 UFRJ: Valoração econômica dos benefícios da introdução de ônibus elétricos no município do Rio de Janeiro

À luz da experiência de outros países, algumas cidades brasileiras estão apostando na adoção de um transporte público de emissão zero. O Rio de Janeiro é uma delas. Com o recente Decreto Municipal nº 46.081/2019, a prefeitura instituiu que a partir de 2025 todos os novos contratos com as concessionárias deverão prever veículos de zero emissão. Neste estudo foi feita uma estimativa do custo social e econômico que a poluição atmosférica da frota de ônibus gera para a cidade através de técnicas de valoração ambiental. Além disso, foram feitas estimativas do custo benefício e da viabilidade econômica da eletrificação da frota da cidade ao longo de 10 anos. Os resultados indicam que essa transição é vantajosa tanto do ponto de vista econômico, quanto do socioambiental. (UFRJ – Março de 2020)

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2 Transição energética e consequências para os “petroestados”

Um grande risco da transição energética é a transição dos petroestados, responsáveis por 8% do PIB mundial e quase 900 milhões de cidadãos. À medida que a demanda de petróleo diminuir, esses países enfrentarão uma luta feroz por participação de mercado, a qual será vencida por nações com o petróleo mais barato e mais limpo. E, enquanto estiverem enfrentando a crescente urgência das reformas econômicas e políticas, os recursos públicos para pagá-las podem diminuir. Diante desses perigos, a tentação será facilitar o ajuste, retardando a transição. No entanto, isso traria um conjunto diferente e ainda mais desestabilizador de consequências relacionadas ao clima. Calcula-se que os investimentos previstos ficarão drasticamente aquém do que é necessário para manter as temperaturas dentro de 2°C acima dos níveis pré-industriais. (O Estado de São Paulo – 18.09.2020)

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3 Unicamp inicia operação de ônibus elétrico da BYD

O campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, iniciou a operação de um ônibus 100% elétrico fabricado pela BYD. O veículo é destinado ao transporte de alunos, professores e funcionários da universidade. A adoção do veículo faz parte de um projeto de P&D da CPFL Energia, Unicamp, Time Energy e Porakê. O projeto também prevê um eletroposto que será utilizado para recarregar a bateria do veículo. Criada a partir do projeto Campus Sustentável da Unicamp, a iniciativa é financiada pela CPFL Energia por meio do programa de P&D da Aneel. O estudo vai avaliar os benefícios econômicos deste tipo de veículo, o desempenho de recarga no eletroposto e comparar os impactos ambientais em relação ao ônibus a diesel. O projeto já recebeu investimento de R$ 3,4 milhões. (Brasil Energia - 21.09.2020)

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4 Califórnia planeja proibir vendas de novos carros movidos a gasolina até 2035

A Califórnia planeja proibir a venda de novos carros movidos a gasolina em todo o estado até 2035, disse o governador Gavin Newsom, em um movimento abrangente que visa acelerar os esforços do estado para combater o aquecimento global em meio a uma temporada de incêndios florestais mortal e recorde. O governador instruiu os reguladores da Califórnia a desenvolver um plano que exigiria que as montadoras vendessem cada vez mais veículos de passageiros com emissões zero no estado, como VEs movidos a bateria ou a hidrogênio, até que cheguem a 100% das vendas de automóveis novos em apenas 15 anos. O plano também definiria uma meta para que todos os caminhões pesados nas estradas na Califórnia tenham emissões zero até 2045. (The New York Times – 23.09.2020)

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5 Reino Unido quer antecipar proibição de veículos a combustão para 2030

Até novembro, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson deve anunciar a proibição da venda de veículos a combustão até 2030. A meta inicialmente previa a proibição para 2040, mas já havia sido antecipada para 2035 no início do ano. A nova aceleração deve vir como um incentivo na recuperação da economia britânica no pós-pandemia. Vale lembrar que a proibição é apenas para a venda de veículos zero-km. Modelos a combustão usados poderão continuar rodando por mais tempo. Com a nova medida, o Reino Unido se antecipará no banimento de carros térmicos em comparação a França, que está estabelecido o prazo de 2040. Além disso vai se equiparar a Alemanha, Holanda e Irlanda que já têm políticas de proibição para 2030. A frente, apenas a Noruega, onde o prazo estabelecido é até 2025. (O Estado de São Paulo - 23.09.2020)

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6 Europa: subsídios do governo diminuem consideravelmente a diferença de preços entre VEs e veículos ICE

À medida que as vendas de automóveis entraram em colapso na Europa por causa da pandemia, uma categoria cresceu rapidamente: veículos elétricos. Um dos motivos é que os preços de compra na Europa estão chegando perto dos preços dos carros com motores a gasolina ou diesel. No momento, essa quase paridade só é possível com subsídios do governo que, dependendo do país, podem cortar mais de US $ 10.000 do preço final. As montadoras estão oferecendo diversos negócios com VEs para atender aos regulamentos mais rígidos da União Europeia sobre as emissões de dióxido de carbono. Na Alemanha, por exemplo, um Renault Zoe elétrico pode ser alugado por 139 euros ao mês, ou US $ 164. (The New York Times - 20.09.2020)

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7 Será criada uma zona de emissão zero em Londres

Desde março do ano passado em vigor, a chamada Zona de Emissão Ultra Baixa (ULEZ) taxa carros a combustão mais antigos que circularem pelo centro de Londres. Modelos a diesel com mais de 4 anos ou que não atendam os protocolos do Euro 6, e veículos a gasolina com mais de 13 anos que estejam fora do Padrão Euro 4 podem pagar cerca de R$ 87 por dia. No caso de caminhões, a multa fica em torno de R$ 702 por dia. O programa mostrou resultado na melhoria da qualidade do ar e o governo expandiu o projeto para outras cidades. Na capital, a ULEZ se expandirá para a chamada “Inner London”, que contempla o centro e bairros próximos. Além disso, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, e o órgão Transport for London, anunciaram em maio planos para transformar partes do centro da cidade em zonas livres de emissões. Com isso, algumas ruas e avenidas serão fechadas para carros e limitadas somente para pedestre, ciclistas e ônibus. (O Estado de São Paulo – 24.09.2020)

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Inovação e Tecnologia

1 Para baratear os VEs é necessário aumentar a densidade de energia das baterias

A montadora que atingir primeiro a paridade de preços entre um VE e um veículo ICE pode estar posicionada para dominar o segmento, o que pode depender de quem consegue espremer o máximo de energia por libra em uma bateria, o que é conhecido como densidade de energia. O objetivo da indústria de VEs tem sido empurrar o custo das baterias para menos de US $ 100 por kWh, a medida padrão de energia da bateria. Esse é o ponto, mais ou menos, em que adquirir um VE sairá tão barato quanto com gasolina. As baterias atuais custam cerca de US $ 150 a US $ 200 por kWh, dependendo da tecnologia. Isso significa que uma bateria custa cerca de US $ 20.000. Mas o preço caiu 80% desde 2008, de acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos. Todos os VEs usam baterias de íon de lítio, mas existem muitas variações dessa química básica e uma competição intensa para encontrar a combinação de materiais que armazena mais energia com o menor peso. (The New York Times - 20.09.2020)

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2 Israel: rua que recarrega veículos elétricos por indução

Um dos maiores obstáculos para as vendas de carros elétricos é a rede de abastecimento. A maioria dos países ainda não possui infraestrutura de postos de recarga rápida. Pois Israel está um passo à frente: o país terá a primeira via pública capaz de recarregar veículos por indução. Basta passar sobre o asfalto imantado e o sistema fornece eletricidade às baterias sem uso de fios. A capital Tel Aviv será a primeira a receber a tecnologia criada em parceria com a startup israelense ElectReon Wireless. Um trecho de 600 metros vai conectar o campus universitário ao terminal ferroviário da cidade, servindo de teste para os ônibus da rede pública. Como não precisarão parar para recarregar, esses veículos poderão usar baterias menores e oferecer mais espaço a bordo. (O Estado de São Paulo - 25.09.2020)

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3 Universitários projetam carro movido a hidrogênio

Alunos de engenharia e ciência da computação do Centro Universitário FEI, com 79 anos de tradição, projetaram o carro GF-01, movido a partir de hidrogênio. Eles vão participar da SAE Brasil & Ballard Student H2 Challenge. O desafio estudantil tem como objetivo transferir conhecimento e experiência para as universidades brasileiras sobre as tecnologias do hidrogênio, além de promover a parceria entre os estudantes e engenheiros experientes da indústria nacional e internacional. A equipe da FEI terminou as etapas virtuais do desafio em terceiro lugar e receberá uma célula a combustível da Ballard para a construção do veículo. Para estas etapas, foram analisadas as especificações técnicas do veículo proposto e os projetos de sistemas do carro, bem como o design do veículo e um protocolo de aspectos gerais das equipes e de suas universidades. (Petronotícias – 22.09.2020)

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4 Tesla confirma Model S com autonomia superior a 830 km

Duas semanas após a novata Lucid Motors apresentar o revolucionário e poderoso Air Dream Edition, a Tesla anuncia o Model S Plaid, nova versão do seu sedã topo de linha com três motores e mais de 1.100 cv. Confirmado para o fim de 2021, o modelo será o Tesla mais rápido produzido. A Lucid Motors anunciou um sistema de 924 Volts com uma grande bateria de 113 kWh que permite rodar até 832 km com uma carga completa. O Model S Plaid também terá autonomia superior a 830 km. A Tesla ainda não divulgou outros detalhes e especificações do Model S Plaid, mas já anunciou o preço. O super sedã elétrico custará a partir de US$ 134.490 nos Estados Unidos, algo como R$ 740 mil na conversão direta, sem taxas. (O Estado de São Paulo – 24.09.2020)

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5 Carro elétrico que vira ônibus, van ou caminhão de entrega

Um único carro capaz de se transformar em ônibus, van ou até mesmo em um caminhão de entrega. Ainda por cima, o automóvel é elétrico. Essa é a proposta do protótipo DLR U-Shift, apresentado no início de setembro em uma convenção de tecnologia na Alemanha. A ideia do veículo é simples: há uma base que pode ser customizada de diferentes formas, transformando o carro em furgões, vans, picapes e até um modelo de carro conversível, variando sua capacidade máxima entre quatro e sete pessoas. Por enquanto, o veículo é controlado remotamente. No futuro, a ideia é que ele seja totalmente autônomo. A expectativa é que o modelo chegue ao mercado até 2024. (O Globo – 23.09.2020)

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6 Alsol inaugura estação de recarga de VEs alimentada por energia solar

Enquanto o preço dos VEs ainda torna proibitivo a sua disseminação em larga escala no Brasil, as empresas de energia elétrica estão investindo em pontos de recarga para uso próprio — e abrindo também para empresas e particulares do entorno. A Alsol, empresa de energias renováveis do grupo Energisa, inaugura nesta sexta-feira uma usina de placas fotovoltaicas na região de Uberlândia (MG), que terá uma estação para VEs. A estação de recarga será usada para abastecer a frota própria da Alsol e ficará aberta sem custo à particulares ou empresas da região interessadas. As estações não são conectadas à rede. Para garantir que a energia que abastece os carros seja 100% renovável, elas funcionam com baterias que são carregadas nas usinas de energia solar nos horários ociosos. (O Globo – 22.09.2020)

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7 Noronha terá veículos elétricos carregados por energia solar

O arquipélago de Fernando de Noronha será primeira região do país a banir carros movidos a combustão e ainda oferecer postos de recarga de carros elétricos com luz solar. A Renault está envolvida no projeto que vai construir esses postos. O presidente da montadora no Brasil, Ricardo Gondo, diz que não pode, ainda, fornecer detalhes. Mas é difícil manter segredos sobre um tema que o fascina. No ano passado, a montadora firmou parceria com a administração de Fernando de Noronha, que adicionou seis elétricos na frota. Por meio de um decreto, a partir de 2022, a entrada de novos veículos na ilha será permitida apenas para modelos 100% elétricos. Até 2030 está prevista a retirada dos movidos a combustão que ainda estiverem circulando pela ilha. (Valor Econômico - 22.09.2020)

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Indústria Automobilística

1 EPE: ônibus a diesel ainda é financeiramente melhor, mas elétricos podem ser competitivos

Pela ótica dos indicadores financeiros, a vantagem do ônibus a diesel frente ao similar elétrico ainda é considerável, exceto no cenário ambiental em que o governo promova essa tecnologia. A conclusão é de estudo da EPE publicado na quarta-feira (23/9), avaliando a viabilidade técnico-econômica da substituição de ônibus urbanos movidos a diesel por modelos equivalentes elétricos, que utilizam bateria. A análise da alternativa de ônibus elétricos com bateria se deve ao fato desta tecnologia proporcionar emissões locais nulas, o que tem se revelado fundamental para a melhoria da qualidade do ar em diversas áreas urbanas, além de contribuir para a diversificação da matriz energética nacional. Ônibus elétricos podem se tornar competitivos, porém, atualmente, a viabilidade financeira da troca de tecnologia por concessionários requer tanto uma contínua melhora da tecnologia, quanto incentivos governamentais. (Brasil Energia - 24.09.2020)

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2 EPE: ônibus elétrico pode ser viável economicamente

Para além da contrapartida ambiental com a redução nas emissões de gases poluentes a atmosfera, um estudo divulgado pela EPE aponta que os ônibus elétricos podem ser viáveis economicamente no país, mas a atratividade depende de variáveis como o preço do diesel, tarifa elétrica, rendimento esperado e indicadores financeiros, além de incentivos e garantias do governo que promovam a tecnologia no médio prazo. Segundo a nota técnica, a manutenção desses veículos elétricos pode ser até 25% menor quando comparados aos similares a diesel (modelo P7), a partir de testes operacionais realizados na cidade de Salvador (BA). (Agência CanalEnergia – 24.09.2020)

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3 EPE publica Nota Técnica de Avaliação de Ônibus Elétrico no Brasil

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) disponibiliza a nova versão da ferramenta para avaliação técnico-econômica de ônibus elétricos urbanos municipais lançada em 2019. O documento tem como principal objetivo avaliar a viabilidade técnico-econômica da substituição de ônibus urbanos movidos a diesel por modelos equivalentes elétricos, que utilizam bateria. O estudo apresenta os motivadores e os principais aspectos da discussão sobre a adoção de ônibus elétricos, destacando itens relativos à aquisição e à operação das alternativas tecnológicas. Além disso, aborda uma proposta de como avaliar as alternativas de motorização a diesel e elétrica nos ônibus e apresenta os diversos parâmetros que devem ser considerados nesta análise. Para acessar a ferramenta, clique aqui. (EPE – 23.09.2020)

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4 Analistas esperam que VEs atinjam paridade de preços com veículos ICE antes de 2025

À medida que os VEs se tornam mais populares, a indústria automobilística está rapidamente se aproximando do ponto de inflexão quando, mesmo sem subsídios, será tão barato, e talvez mais barato, possuir um VE do que um ICE. Milan Thakore, analista de pesquisa sênior da Wood Mackenzie, recentemente adiou sua previsão do ponto de inflexão para 2024. Alguns especialistas do setor são ainda mais otimistas. Hui Zhang, diretor-gerente na Alemanha da NIO, uma montadora chinesa de VEs, disse acreditar que a paridade poderia ser alcançada em 2023. Os VEs de última geração já estão muito próximos da paridade. O Tesla Model 3 e o BMW Série 3 movido a gás são vendidos por cerca de US $ 41.000 nos EUA. (The New York Times - 20.09.2020)

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5 Audi: até o final do ano serão 100 instalações de pontos de recarga no Brasil

Aumentando a aposta na venda de elétricos no Brasil, em fevereiro passado a Audi anunciou investimento de R$ 10 milhões para ampliar a infraestrutura de recarga com a instalação de 200 pontos até 2022 em shoppings academias, hotéis, clubes e restaurantes, locais onde o cliente pode deixar o veículo recarregando enquanto realiza outra atividade. Do total, 10% dos carregadores já estão instalados e até o fim do ano serão 100. A Audi também formalizou no ano passado uma parceria com Porsche e Volkswagen (todas empresas do Grupo VW) e a distribuidora de energia EDP para instalar 30 estações de recarga ultrarrápida localizadas em estradas e rodovias pelo território brasileiro. (Automotive Business – 23.09.2020)

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6 Neoenergia fechará o ano com 33 VEs em sua frota

No início do ano, a Neoenergia já havia inaugurado pontos de recarga elétrica em todas as suas bases regionais (interior de São Paulo, Bahia, Pernambuco — incluindo Fernando de Noronha — e Rio Grande do Norte) e também na sede administrativa no Rio. A rede abastece uma frota própria de carros usados por funcionários para visitas comerciais e consertos de rede. Até o fim do ano, serão 33 carros elétricos na frota da Neoenergia, que pretende adquirir mais 40 até o final de 2022. (O Globo – 22.09.2020)

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7 Carros elétricos do grupo Volkswagen surpreendem pelo alto interesse

O Volkswagen ID.4, lançado nesta semana, gerou tanto interesse na clientela que, por conta do alto número de reservas, o site oficial da marca nos EUA saiu do ar. Isso porque o carro elétrico só chega às mãos dos compradores entre o fim deste ano e o começo de 2021. Também pertencente ao grupo Volkswagen, a Porsche lançou recentemente o Taycan, que acaba de se tornar o modelo mais vendido da marca na Europa. Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, quando várias pessoas perderam renda mensal, e várias empresas quebraram, a Porsche foi na contramão e está vendendo como nunca. De acordo com a marca, isso se deve aos novos produtos. O próprio Taycan foi um dos principais responsáveis pelo feito. (O Estado de São Paulo – 24.09.2020)

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8 Alsol inaugura posto de carregamento em MG

Alsol, empresa de energias renováveis do grupo Energisa, inaugura nesta sexta-feira uma usina de placas fotovoltaicas na região de Uberlândia (MG), que terá uma estação para carros elétricos. Como fica localizada bem próxima a um anel viário e à rodovia BR 050, a estação de recarga será usada para abastecer a frota própria da Alsol e ficará aberta sem custo à particulares ou empresas da região interessadas. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o Brasil tem hoje 30 mil carros elétricos em circulação, com 200 a 300 estações de abastecimento. (O Globo - 23.09.2020)

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9 BEVs representam 5% das matrículas de veículos de passageiros em Portugal

Em Portugal, os veículos 100% elétricos (BEV) representam já perto de 5% das novas matrículas nacionais de veículos de passageiros (4,9%). 2020 representa assim o aproximar das soluções BEV das híbridas, que representaram, nos oito primeiros meses do ano, 5,4% das matrículas de veículos de passageiros. A gasolina continua a ser dominante, com 47,5% das matrículas, sendo seguida pelo diesel com 33,8% dos registos. No mês de agosto, os BEV representaram 3,5% das novas matrículas de ligeiros de passageiros. (Fleet Magazine – 22.09.2020)

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10 Tesla quer reduzir preço de VEs para US$ 25 mil nos próximos anos

Durante o evento Battery Day da Tesla, o diretor executivo da companhia, Elon Musk, projetou o lançamento de modelos a US$ 25 mil, cerca de R$ 136,5 mil. Ele diz estar confiante que em três anos a Tesla possa fazer um VE muito atraente nesta faixa de preço. Hoje, o carro elétrico mais em conta da companhia é o Model 3, que custa a partir de US$ 38 mil, pouco mais de R$ 207 mil. O mais caro é o Model X, com sete lugares, a US$ 80 mil. Para alcançar esse objetivo, a companhia pretende dar um salto tecnológico nas baterias e no processo de produção. Segundo Musk, desde o lançamento do primeiro modelo da Tesla, em 2008, os preços das baterias despencaram, mas nos últimos anos atingiram um platô. (O Globo – 22.09.2020)

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11 Tesla: plano de abertura de fábricas para a produção de insumos para baterias, reciclagem e mineração de lítio

Com os processos atuais, seriam necessárias 135 “gigafactories” — como são apelidadas as fábricas da Tesla —, com investimento de US$ 3 trilhões, para atingir a produção de 20 terawatts-hora de baterias por ano. Com mudanças no design, melhorias no fluxo de produção e substituição de materiais, os engenheiros da empresa conseguiram reduzir os custos em dólar por watt de bateria produzido em 56%. No longo prazo, o CEO da empresa, Elon Musk, afirma que quer substituir ao menos 1% da frota total de veículos na Terra, o que representa cerca de 2 bilhões de veículos, projetando a marca de 100 gigawatts-hora de baterias para 2022 e 3 terawatts-hora para 2030. O plano envolve a abertura de novas fábricas apenas para a produção de insumos usados nas baterias, plantas para a reciclagem e até mesmo a mineração do lítio. (O Globo – 22.09.2020)

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12 VEs ainda não são muito populares nos EUA

Os veículos elétricos ainda não são tão populares nos Estados Unidos, principalmente porque os incentivos do governo são menos generosos. Os carros movidos a bateria respondem por cerca de 2% das vendas de carros novos na América, enquanto na Europa a participação de mercado se aproxima de 5%. Incluindo os híbridos, a participação sobe para quase 9% na Europa, de acordo com Matthias Schmidt, analista independente em Berlim. (The New York Times - 20.09.2020)

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13 Aumentar as vendas de VEs na Califórnia será um enorme desafio

Aumentar as vendas de veículos livres de emissões na Califórnia será um enorme desafio em um período de tempo relativamente curto, disseram os especialistas. No ano passado, apenas 8% dos quase dois milhões de veículos de passageiros vendidos em todo o estado eram veículos elétricos a bateria ou híbridos plug-in. O transporte continua a ser a maior fonte de emissões para a Califórnia, sendo responsável por cerca de 40% dos gases de efeito estufa do estado provenientes da atividade humana. (The New York Times – 23.09.2020)

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14 Caminhões elétricos da Scania já são uma realidade na Europa

A Scania lançou na Europa os seus primeiros caminhões movidos a eletricidade. O lançamento marca um passo significativo no desenvolvimento da empresa. Nos próximos anos, a Scania continuará desenvolvendo veículos eletrificados para todas as aplicações, incluindo longa distância e para o segmento da construção. O Presidente e CEO Global da Scania, Henrik Henriksson, estava feliz pelo lançamento dessa linha de produtos: ?É com muito orgulho que anunciamos o início do compromisso com eletrificação. Nos próximos anos, lançaremos produtos eletrificados anualmente para toda a nossa linha de veículos, para isso estamos reorganizando nossas unidades fabris. Em alguns anos, também teremos caminhões elétricos de longa distância, adaptados para carregamento rápido durante os períodos de descanso obrigatórios dos motoristas. (Petronotícias - 20.09.2020)

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15 Caminhão elétrico da JAC começa a operar como guincho na Porto Seguro

A Porto Seguro adquiriu um caminhão elétrico da JAC Motors, o leve iEV 1200T, totalmente movido a bateria, que começa a operar neste mês em São Paulo no serviço de guincho da empresa. O modelo importado, apresentado na última semana pelo Grupo SHC chega ao Brasil por R$ 349.900 e completar a linha de elétricos da marca. Com autonomia para rodar 240 quilômetros com uma única carga, sua bateria tem capacidade de 97Kwh, que recarrega totalmente em até 6h. É a primeira vez que um veículo 100% elétrico é utilizado para este tipo de serviço no Brasil. (Automotive Business - 21.09.2020)

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16 JAC lança picape e caminhão leve elétricos no Brasil

O Grupo SHC do empresário Sergio Habib anunciou na sexta-feira, 18, o início das importações para o Brasil de mais dois modelos movidos a bateria da chinesa JAC: a iEV 330P, primeira picape elétrica do mercado que será vendida aqui por R$ 289.900; e o caminhão leve iEV 1200T, que sai por R$ 349.900. Pelo preço dos modelos, Habib concentra os esforços de vendas em clientes corporativos, que usam os veículos para trabalho, rodam mais e podem compensar o custo maior de aquisição com a redução dos custos de propriedade/operação. Os VEs, embora custem mais caro, são isentos de imposto de importação no Brasil – ao contrário de carros com motor a combustão que pagam alíquota de 35%, ficam ainda mais encarecidos pela alta do dólar e no caso da JAC ainda encontram a concorrência de fabricantes nacionais com grande poder de distribuição e que oferecem produtos similares por preço mais baixos. (Automotive Business – 18.09.2020)

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17 Grupo Traton define nova estratégia global para eletrificação

Dois meses após assumir como CEO do Grupo Traton, Matthias Gründler apresenta a nova estratégia de negócios da companhia durante sua primeira reunião com acionistas. Foi confirmado que a companhia continua com seu compromisso de investir € 1 bilhão até 2025 em soluções de eletrificação. As marcas já possuem projetos em andamento, como a Scania que lançou neste mês na Europa sua linha de caminhões eletrificados. Além disso, a Scania e a MAN Truck & Bus planejam lançar uma linha de ônibus elétricos urbanos até o fim deste ano, confirmou o executivo, que também destacou o projeto que a Volkswagen Caminhões e Ônibus está fazendo com parceiros no Brasil para desenvolver uma cadeia completa de veículos comerciais elétricos – da infraestrutura de fabricação e carregamento à gestão do ciclo de vida das baterias. (Automotive Business – 23.09.2020)

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18 Primeiro Rolls-Royce elétrico será apresentado até o final de 2020

Seguindo os protocolos do Reino Unido para redução de CO2 e de uso de combustíveis fósseis, a Rolls-Royce será a mais nova montadora a lançar seu primeiro elétrico. Ainda sem nome, o modelo promete estrear neste ano. A britânica optou por construir um carro do zero em vez de eletrificar um modelo já existente. Não é certo, mas a marca deve “emprestar” tecnologia da sua proprietária BMW e da submarca i. A montadora enfatiza que o VE não é uma demanda de seus clientes e sim dos novos regulamentos propostos, principalmente, pelo Reino Unido. (O Estado de São Paulo – 24.09.2020)

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Meio Ambiente

1 UERJ: Previsão das emissões veiculares com a implantação gradativa de veículos híbridos e totalmente elétricos na cidade do Rio de Janeiro

O objetivo principal deste estudo foi prever as emissões veiculares da cidade do Rio de Janeiro com a implantação gradual de automóveis e ônibus totalmente elétricos e híbridos até 2030. Para isto foram simulados sete cenários, considerando a implantação de 10% de ônibus elétrico e híbrido-elétrico em 2020, 15% em 2021, 20% em 2022, até atingir 100% em 2030. Para os automóveis elétricos e híbrido foi considerado a implantação de 2% em 2020 aumentando progressivamente 3% ao longo dos anos até alcançar 52% em 2030. Os dados das emissões veiculares estimadas pelo Inventário de Emissões de Fontes Veiculares da Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Ano-base 2013 foram utilizados como base do estudo. Os resultados apontaram que a substituição de 52% da frota de automóvel convencional por automóveis elétricos, em 2030, poderá reduzir 36% das emissões de CO, bem como 35% e 47% de NMHC e RCHO, respectivamente. Já a substituição de 100% da frota de ônibus convencional por elétricos, reduzirá 19% de MPescap e 28% de NOx. (UERJ – 2019)

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2 ICCT: São Paulo em direção à melhoria do desempenho ambiental de sua frota de ônibus de transporte coletivo

Em janeiro de 2018, São Paulo promulgou uma lei modificando um artigo da sua Lei de Mudanças Climáticas que estabelece metas ambiciosas de redução de emissões para a frota de ônibus de transporte coletivo da cidade. A alteração estabelecida pela Lei municipal 16.802 define metas para os prazos de 10 e 20 anos de reduções das emissões de escapamento de CO2 e dos poluentes atmosféricos material particulado (PM) e NOx em toda a frota. O objetivo principal é eliminar as emissões de CO2 derivado de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de MP e NOx em 95%, a partir dos níveis de 2016, até janeiro de 2038. Com a aprovação da Lei 16.802, São Paulo deu um passo importante em direção à melhoria do desempenho ambiental de sua frota de ônibus de transporte coletivo. Para atingir os objetivos da lei, é necessária a atuação em curto prazo de várias partes interessadas, incluindo a autoridade municipal de transporte, SPTrans, e as operadoras de transporte coletivo, para facilitar a introdução de tecnologias de motor mais limpas e combustíveis não fósseis na frota. (The ICCT – Fevereiro de 2019)

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Outros Artigos e Estudos

1 Audi lança programa de carro por assinatura por R$ 9,6 mil

A Audi anunciou nesta semana um projeto piloto de carro por assinatura. Chamado Audi Luxury Signature, ele permite que o cliente, ao invés de comprar um modelo da marca, faça assinatura de um serviço pelo qual terá direito a rodar até 2 mil km por mês. A mensalidade varia de R$ 9,6 mil a R$ 13,3 mil, dependendo do carro escolhido, e inclui seguro, IPVA, licenciamento, assistência 24 horas, manutenção preventiva e tem a blindagem como opção. Para esse programa piloto que será feito apenas em São Paulo, a Audi vai disponibilizar 20 modelos A6, A7 Sportback, Q8 e Audi e-tron, primeiro carro 100% elétrico da marca. O plano tem duração de dois anos e, após o prazo, o consumidor pode comprar o veículo ou substituir a assinatura por outro modelo. (O Estado de São Paulo – 24.09.2020)

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2 Rio recebe bicicleta elétrica para aluguel

As estações do serviços de compartilhamento de bicicletas Bike Rio passaram a contar com 500 bicicletas elétricas. Para implantar a estratégia de expansão que começa no Rio de Janeiro, a Tembici, fornecedora do sistema de aluguel de bicicletas patrocinado pelo Itaú, conta com um investimento de US$ 47 milhões para a expansão em todo o Brasil, no Chile e na Argentina. “A bicicleta elétrica hoje vai ser mais barata do que você pegar um transporte público, um automóvel ou um Uber e as cidades precisam dar mais eficiência para seus espaços viários”, disse Tomás Martins, CEO da Tembici. Antes de implantar o projeto no Brasil, Martins avaliou casos de uso em Barcelona e Nova Iorque, observando que a demanda por bicicletas elétricas é dez vezes maior do que pelas comuns. (Valor Econômico – 25.09.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles e Fabiano Lacombe
Pesquisadoras: Lara Moscon e Luiza Masseno
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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