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IFE: nº 4.521 - 27 de março de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Ministro de Minas e Energia já faz despedidas
2 Marcelo Squassoni é o nome indicado para a Comissão de Minas e Energia da Câmara
3 PSR: solução para GSF do PL é correta, mas fatores ainda trazem risco para UHEs
4 PSR: redução da demanda real inferior à contratada vai significar um aumento do deslocamento hidráulico
5 Requerimentos pedem que ministro de Minas e Energia explique apagão na Câmara
6 Liquidações financeiras de energia nuclear e cotas das hidrelétricas somam R$ 908,3 mi
7 EPE: Empresa participa de Fórum de Debates - Modernização do Setor Elétrico

Empresas
1 Eletrobras reverte lucro e tem prejuízo de R$ 1,763 bilhão em 2017
2 Eletrobras: Estatal prevê 3mil adesões em Plano de Demissão Voluntária
3 Saúde e energia devem puxar receita da GE na América Latina
4 Eletrobras: Oposição aposta na obstrução para tornar inviável privatização
5 Eletrobras: Apoio à privatização, empresa precisa de reforço, diz ministro
6 GE pode entrar em projetos de geração
7 GE: grandes investidores estão observando qual caminho o governo vai tomar em relação à privatização da Eletrobras
8 ABB e Copel: Estatal e estrangeira inauguram eletrovia no Paraná hoje

9 Cesp: Estatal tenta reduzir exposição a risco hidrológico enquanto espera privatização

10 Cesp: Concessão de Porto Primavera pode entrar em consulta pública nesta semana

11 RGE Sul: Distribuidora investe R$ 1,4mi no sistema elétrico de Itacurubi

12 Ômega Energia: Lucro sobe e vai R$ 113,1mi em 2017

13 CPFL Piratininga: Foi aplicado R$ 3,7 mi em ações de eficiência energética

14 Celesc: Aneel reconhece atendimento telefônico como o melhor do país

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do Norte sobem 0,6% e operam com 65,8% da capacidade

Meio Ambiente
1 Belo Monte instala grades em turbinas para evitar morte de peixes

Energias Renováveis
1 Comitê RenovaBio realizará consultas públicas sobre metas
2 Fundos vão financiar uso de energia solar com R$ 3,2 bi
3 Nordex inaugura em abril fábrica de torres no PI

4 Maior parque eólico do Sul com 200 MW será inaugurado no Paraná em 2019

Gás e Termelétricas
1 ABiogás e Abrelpe anunciam parceria para projetos na área de biogás e resíduos urbanos
2 Petrobras eleva o preço do GLP empresarial em 4,7% a partir da terça-feira
3 Olga Simbalista, da Aben: o panorama da energia nuclear em 2018
4 Reestruturações de grandes conglomerados são fator de impulso à energia nuclear

Grandes Consumidores
1 Cade aprova venda de centrais hidrelétricas da Gerdau para mineradora Kinross

Economia Brasileira
1 Projeções apontam que a arrecadação de fevereiro contém o déficit primário
2 País precisa de mais R$ 250 bi por ano para infraestrutura

3 Balança comercial acumula saldo de US$ 5,1 bilhões no mês
4 FGV: Confiança do comércio tem maior nível desde abril de 2014
5 IPC-Fipe desacelera queda na terceira prévia de março
6 Dólar ontem e hoje


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Ministro de Minas e Energia já faz despedidas

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, aproveitou a solenidade realizada pelo Instituto Brasileiro do Petróleo, na qual foi apresentada a nova diretoria, para se despedir dos executivos do setor de petróleo e energia. Ele garantiu aos empresários presentes que estará no Congresso sempre atento para garantir que não ocorra qualquer retrocesso no desenvolvimento da indústria petrolífera no país. Fernando Coelho vai deixar o cargo de ministro no próximo dia 6 de abril para concorrer nas próximas eleições em outubro. O ministro destacou o momento difícil na política e na economia que o país vivia quando assumiu o ministério e o desafio que enfrentou. O novo presidente eleito do IBP, José Firmo, vai assumir no próximo dia 1 de abril no lugar de Jorge Camargo, que deixa o cargo, mas vai participar do conselho do órgão. (O Globo – 26.03.2018)

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2 Marcelo Squassoni é o nome indicado para a Comissão de Minas e Energia da Câmara

Os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados vão fechar nesta segunda-feira, 26 de março, as indicações de integrantes das 25 comissões permanentes da casa, que deverão ser instaladas na terça-feira, 27. Para a CME, o nome indicado é o do deputado Marcelo Squassoni (PRB- SP). Na legislatura anterior, a presidência da CME foi exercida pelo deputado Johnathan Pereira de Jesus, do PRB de Rondônia. A escolha dos membros das comissões permanentes é proporcional ao tamanho das bancadas. Blocos partidários com maior número de deputados têm preferência na escolha das comissões e podem indicar o presidente para mais de uma delas. Até que os colegiados sejam instalados, pode haver permuta entre os partidos. (Agência CanalEnergia – 26.03.2018)

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3 PSR: solução para GSF do PL é correta, mas fatores ainda trazem risco para UHEs

As soluções para o déficit do risco hidrológico apresentadas no Projeto de Lei do Novo Marco do Setor Elétrico foram consideradas apropriadas pela PSR, mas ainda vão depender do equacionamento de fatores como a redução da demanda, a geração renovável não contratada e a mudança nos critérios de aversão ao risco. No Workshop PSR/CanalEnergia 2018, realizado na última sexta-feira, 23 de março, o Gerente de projetos da PSR Celso Dall’Orto mostrou que o monitoramento desses fatores é fundamental para gerenciar o risco do GSF no futuro. No PL, o fim da judicialização do risco hídrico está sujeito a retirada de liminares concedidas pelo poder judiciário e abrange toda a energia que ainda não foi repactuada. O PL do novo modelo também proíbe a repactuação do risco a partir de 1º de janeiro de 2019. (Agência CanalEnergia – 26.03.2018)

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4 PSR: redução da demanda real inferior à contratada vai significar um aumento do deslocamento hidráulico

De acordo com o Gerente de projetos da PSR, Celso Dall’Orto, no caso da demanda real inferior à contratada, a sua redução vai significar um aumento do deslocamento hidráulico. Dall’Orto propõe a criação de um produto financeiro de hedge, em que o gerador hídrico estaria protegido de uma redução de demanda e as distribuidoras da sobrecontratação, além de evitar questionamentos de preços dos contratos de energia e do PLD. No caso da geração renovável não contratada, a sugestão para a mitigação desse efeito é a criação de um produto financeiro Financial Hydrological Right. Ele seria formado por contratos com preços fixos ou contratos de opção oferecidos pelas distribuidoras de energia para o mercado através de leilões. Os contratos seriam respaldados pela renda spot da energia de reserva e dos contratos por disponibilidade, auxiliando os geradores hidráulicos no gerenciamento do risco no mercado de curto prazo. Já as mudanças no critério de aversão ao risco alteram a exposição das hidrelétricas e nenhuma medida foi adotada no passado. A proposta nesse caso é uma oferta de preços para as UHEs, com a gestão do risco sendo transferida para os geradores. (Agência CanalEnergia – 26.03.2018)

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5 Requerimentos pedem que ministro de Minas e Energia explique apagão na Câmara

O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) vai entrar com requerimentos para que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho; o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior; o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata; e um representante da State Grid sejam ouvidos sobre o apagão que afetou o SIN na tarde da última quarta-feira, 21 de maio. O pedido será apresentado na comissão especial que discute a privatização da Eletrobras e na comissão mista da Medida Provisória 814, que autoriza, na prática, a venda do controle da estatal. (Agência CanalEnergia – 26.03.2018)

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6 Liquidações financeiras de energia nuclear e cotas das hidrelétricas somam R$ 908,3 mi

As liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência, referentes a fevereiro de 2018, movimentaram R$ 908,3 milhões, sendo registradas adimplências de 100% e 99,13%, respectivamente, nas operações. A liquidação financeira de energia nuclear é a operação pela qual 44 distribuidoras de energia elétrica rateiam a produção das usinas de Angra I e II, que pertencem à estatal Eletronuclear e estão instaladas em Angra dos Reis (RJ). Em fevereiro, a operação liquidou R$ 283.895.474,17. No caso da liquidação de cotas, a operação somou R$ 624.430.095,21 dos R$ 629.926.761,37 contabilizados, o que representa adimplência de 99,13%. A liquidação de cotas é a operação na qual 44 distribuidoras de energia pagam para as geradoras envolvidas nesse regime uma receita de venda definida pelo governo – as hidrelétricas cuja concessão foi renovada ou expirada e que são alcançadas pela Lei 12.783/13. Os empreendimentos enquadrados no regime de cotas somam mais de 12 GW médios de garantia física. Ambas as liquidações foram atribuídas à CCEE em 2013, sendo que a das usinas de Angra passou a ser realizada em separado pela instituição em atendimento à Lei 12.111/2009, enquanto a liquidação de cotas foi atribuída pela Lei 12.783/13. (CCEE – 26.03.2018)

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7 EPE: Empresa participa de Fórum de Debates - Modernização do Setor Elétrico

Fortalecer o diálogo entre lideranças setoriais, agentes de mercado e representantes da sociedade em geral sobre temas relacionados a aprimoramentos do mercado de energia. Esse foi o objetivo do Fórum de Debates: Modernização do Setor Elétrico, evento que estava na agenda de 2018 da CCEE. Com entrada franca e um público de aproximadamente mil participantes, o evento ocorreu no dia 23/03 no Hotel Unique, em São Paulo. O Fórum foi organizado em parceria com o MME, com a EPE e com o ONS. Estiveram presentes o ministro do MME, Fernando Coelho Filho; o Secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa; o Presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso; o diretor da Aneel, Tiago Correia; o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira; e o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri; assim como todos os conselheiros da instituição. O encontro ocorreu em um momento extremamente oportuno: na sequência da CP sobre a reforma do setor elétrico [CP MME nº 33/17], que teve adesão maciça dos agentes de mercado e também da sociedade civil; e no período em que a discussão acerca da modernização e abertura do mercado ingressa no Congresso Nacional por meio de minuta de PL. A Consultora Técnica Renata Nogueira Francisco de Carvalho também participou pela EPE e apresentou no fórum o tema: “Preços Horários no Brasil: processo de implantação e impactos sobre o planejamento. Logo em seguida, Renata participou da mesa de debates. (EPE – 26.03.2018)

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Empresas

1 Eletrobras reverte lucro e tem prejuízo de R$ 1,763 bilhão em 2017

A Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) teve prejuízo líquido atribuível aos controladores de R$ 1,763 bilhão em 2017, revertendo lucro de R$ 3,513 bilhões (também atribuível aos controladores) obtido um ano antes. As informações foram enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início desta terça-feira. O resultado foi influenciado, principalmente, por provisões operacionais de R$ 5,747 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão em provisões no segmento de distribuição, e pela perda das distribuidoras da companhia, no valor de R$ 4,179 bilhões. A estatal lembrou que o resultado de 2016 havia sido influenciado, em especial, pela contabilização relativa aos créditos da rede básica do sistema existente (RBSE), ou a remuneração da indenização de investimentos não amortizados em ativos antigos de transmissão que tiveram a concessão renovada. A receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 37,876 bilhões, 37,2% inferior aos R$ 60,316 bilhões em 2016. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 6,744 bilhões em 2017, recuo de 62% sobre os R$ 17,8 bilhões registrados no calendário anterior. A estatal apontou ainda que o volume de energia vendida pelas empresas do grupo Eletrobras em 2017 alcançou 156 terawatt-hora (TWh), com queda de 4,2% frente ao ano anterior. Os dados não incluem a comercialização de energia de curto prazo e a comercialização de energia da hidrelétrica de Itaipu para o mercado paraguaio. Considerando também a energia vendida pelas usinas que tiveram a concessão renovada sob o regime de cotas, o volume total de energia vendida do grupo caiu de 230,6 TWh em 2016 para 224,6 TWh um ano depois. Com relação ao quarto trimestre de 2017, a Eletrobras teve prejuízo de R$ 3,998 bilhões, abaixo do montante de igual período do ano antecedente, quando perdeu R$ 6,258 bilhões. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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2 Eletrobras: Estatal prevê 3mil adesões em Plano de Demissão Voluntária

A Eletrobras lançou ontem um plano de demissão consensual - na prática, um Plano de Demissão Voluntária. A meta da empresa é alcançar 3 mil adesões à iniciativa, com um potencial de economia da ordem de R$ 890mi anuais. O plano será implantado simultaneamente por todas as empresas da Eletrobras, com exceção das distribuidoras, que estão em processo de privatização, e da Itaipu Binacional. A elétrica prevê desembolsar R$ 586mi no PDC-40% a menos do que o estimado inicialmente no plano de negócios e gestão da empresa, para o período 2018-2022. Aos funcionários que aderirem à iniciativa, a estatal oferecerá indenização de 40% do saldo para fins rescisórios do FGTS aviso prévio. Além disso, será oferecido um incentivo indenizatório complementar de 50% sobre o valor da indenização. A quantia total mínima a ser paga ao funcionário demissionário é de R$ 130 mil. Com relação ao PDC, o prazo de adesão dos empregados termina em 27/04 e os desligamentos ocorrerão em oito turmas, de 30/05 a 14/12/2018. São elegíveis ao plano empregados que tenham, no mínimo, dez anos de vínculo empregatício com a empresa, no momento do desligamento, considerando o limite de 14 de dezembro de 2018; ou anistiados e reintegrados à empresa por meio da comissão especial interministerial de anistia. Em nota, a Eletrobras explicou que o PDC já estava previsto nas iniciativas de eficiência operacional e disciplina financeira que vêm sendo implementadas na companhia desde 2016 e fazem parte PNG 2018-2022. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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3 Saúde e energia devem puxar receita da GE na América Latina

Após ver seu faturamento subir 14% na América Latina em 2017, para US$ 8,8 bilhões, Daurio Speranzini, novo presidente da GE na região, enxerga reforço especialmente das áreas de saúde e energia para conseguir manter o ritmo de crescimento e ajudar o grupo, com sede nos Estados Unidos, a se recuperar de maus resultados recentes. O executivo, que prevê uma retomada da economia brasileira neste ano e no próximo, prevê ainda que a GE continuará tendo sucesso em outras áreas nas quais tem atuação consolidada no país, como transmissão de energia e aviação. O brasileiro, transferido há três meses dos EUA para assumir o comando latino-americano do conglomerado, quer ganhar corpo em um segmento que conhece muito bem, o de saúde, que comandava por lá. Ele se reportava diretamente ao presidente da companhia, John Flannery, no cargo há menos de um ano com a missão de colocar o grupo de novo no caminho do crescimento. No ano passado, a receita da GE só no mercado brasileiro foi de US$ 3,8 bilhões, alta de 11,8%. O crescimento pode se tornar mais rápido, principalmente levando em conta a expansão prevista para a economia local. Só com o chamado "carry over", ou seja, efeitos de decisões do ano anterior mas que vão trazer ganhos só no exercício atual, o executivo acredita que há potencial de alta do PIB em 4%. Em 2019, vê potencial para uma expansão semelhante. "Esse seria um bom indicador de que a demanda vai crescer. Como consequência, tudo no país deve começar a se movimentar", afirma. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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4 Eletrobras: Oposição aposta na obstrução para tornar inviável privatização

Com as comissões do PL da Eletrobras e da MP 814 já instaladas, a principal estratégia da oposição para impedir que a proposta de privatização da estatal avance no Congresso continuará a ser a obstrução. A ideia é adiar ao máximo o debate da proposta do governo para que sua aprovação se torne inviável. A aposta dos partidos de oposição é de que quanto mais próximo do período eleitoral mais deputados tenderão a não querer ter o nome associado a algum tipo de decisão que irrite o eleitor. Foi lembrado que dois eventos vão esvaziar o Congresso no meio do ano: as festas de São João no Nordeste e a Copa do Mundo. Depois disso vem a campanha eleitoral. Para o parlamentar a Eletrobras tem os mesmos ingredientes que podem levar à derrota do governo. Um deles é a forte reação contraria da população, que, segundo ele, reprova a venda do controle da estatal. O outro, a indignação que já existe com o aumento das tarifas de energia elétrica, de combustível e de gás, principalmente. Com a instalação das comissões permanentes da Câmara nesta terça-feira, 27/03, a discussão que condicionava o funcionamento da comissão especial da Eletrobras às demais perde o sentido. Ele próprio decidiu apresentar 25 emendas ao projeto nesta segunda-feira, 26/03, no fim do prazo previsto no regimento para apresentação de propostas. (Agência CanalEnergia – 26.03.2018)

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5 Eletrobras: Apoio à privatização, empresa precisa de reforço, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, admite que o trabalho da base aliada precisa ser reforçado em favor do PL que trata da desestatização da Eletrobras. Ele concorda com os alertas do deputado José Carlos Aleluia, relator do PL na comissão que trata do assunto na Câmara, quanto a um maior empenho do governo. Nesse sentido, Coelho disse que está conversando com ministros “da parte política” e com o líder do governo no Congresso. Entende que a base precisa estar preparada para reforçar os argumentos favoráveis à privatização. Na opinião dele, a oposição faz a parte dela, “e é legítima”. O ministro afirmou que a meta é votar o PL na Câmara em abril, dando ao Senado o mês todo de maio para realizar sua análise. Sobre as recentes manifestações do líder do governo no Senado, Eunício de Oliveira, de que o projeto da Eletrobras poderá ser modificado na Casa se não tiver propostas para recuperação do rio São Francisco e também para a questão da segurança pública, Coelho explicou que o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, confirmou que as sugestões resultantes da Consulta Pública 33, sobre o aperfeiçoamento do marco regulatório do setor elétrico, poderão mesmo ser anexadas a um projeto de lei do deputado Fabio Garcia que, originalmente, trata da portabilidade da conta de luz. Essa hipótese, que já vinha sendo comentada nos bastidores da Câmara nas últimas semanas, parece ter sido acolhida como uma alternativa mais concreta, tendo em vista que as propostas permanecem paradas no gabinete da Casa Civil do governo. (Agência Brasil Energia – 26.03.2018)

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6 GE pode entrar em projetos de geração

A GE avalia repetir o modelo de negócios já adotado na Argentina na área de energia e investir em participações em projetos de geração, além de atuar como fornecedora de turbinas para geração eólica e termelétricas, principalmente, disse o novo presidente do grupo para a América Latina, Daurio Speranzini. Em fevereiro, a GE comprou uma participação de 24,99% na YPF Energía Eléctrica por US$ 275 milhões. Segundo Speranzini, a empresa já tinha feito negócios semelhantes em alguns projetos na Argentina. "Temos previsões de fazer investimentos em projetos específicos no Brasil também", disse. Ele, porém, não detalhou quais os principais alvos da companhia, alegando que este é um mercado "mais concentrado" em termos de investimentos. O interesse é voltado para projetos de geração de energia das fontes solar, eólica e, principalmente, termelétricas. "Estamos seriamente envolvidos em projetos muito grandes", disse. A principal vantagem da Argentina em relação ao Brasil, neste setor, é que a abertura do país está sendo mais célere, segundo Speranzini. "Então, nossos olhos e investimentos foram para lá." O México também chama a atenção pela reforma energética implementada nos últimos anos. O país é destaque na área de termelétricas, por ter um sistema elétrico dependente dessas fontes. "Seguramente, o Brasil será o país para se investir na parte de energia nos próximos dois ou três anos", afirmou. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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7 GE: grandes investidores estão observando qual caminho o governo vai tomar em relação à privatização da Eletrobras

Segundo o novo presidente da GE para a América Latina, Daurio Speranzini, todos os grandes investidores estão observando qual caminho o governo vai tomar em relação à privatização da Eletrobras e à reforma do setor elétrico. A conclusão desses processos neste ano, no entanto, não é uma certeza para o executivo. Segundo ele, existe uma grande vontade em fazer as reformas, mas os prazos não ajudam e pode não haver tempo hábil para tal. "Não temos um caminho claramente definido ainda, mas tenho certeza de que isso estará na pauta do próximo governo", apontou. Enquanto isso, a GE se prepara para os próximos leilões de energia no país. Segundo Speranzini, a companhia tem fechado contratos para projetos licitados em 2015 e 2016. "Teremos outros leilões neste ano, estamos bem posicionados desta vez para não haver surpresas. Nossa missão é dar volume para a fábrica [de turbinas eólicas] a partir de meados de 2019 e 2020." O segmento de energia teve faturamento global de US$ 36 bilhões em 2017, queda de 2,2%. Já o segmento de energias renováveis teve alta de 13,8%, para US$ 10,3 bilhões. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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8 ABB e Copel: Estatal e estrangeira inauguram eletrovia no Paraná hoje

A Copel e a europeia ABB inauguram hoje, 27/03, em Curitiba, a primeira estação de recarga rápida para carros elétricos em uma eletrovia em construção no Paraná. Segundo Sergio Guetter, presidente da Copel, muitos investimentos na construção de estação de recargas não são feitos pois ainda não há um volume grande de carros elétricos em circulação no país. Por outro lado, a ausência dos carregadores é um obstáculo à expansão do setor. No total, a eletrovia terá oito estações de recarga ligando Paranaguá a Foz do Iguaçu. A tecnologia fornecida pela ABB permite a recarga rápida das baterias e é compatível com todos os modelos de carros elétricos disponíveis no mercado brasileiro. Segundo Rafael Paniagua, presidente da companhia no Brasil, os postos carregam até 80% da bateria dos veículos em 15 a 30 minutos. Como não existe regulamentação para cobrança dessa energia, o abastecimento dos veículos será gratuito. A ideia da Copel é depois sugerir à Aneel formas para a cobrança. O investimento na construção da eletrovia é estimado em R$ 5,5mi, sendo financiado pela própria Copel é pela parte brasileira da hidrelétrica de Itaipu. Essa será a maior eletrovia em operação no país, mas a ABB já forneceu equipamentos para outros projetos no país. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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9 Cesp: Estatal tenta reduzir exposição a risco hidrológico enquanto espera privatização

A Cesp, que opera 1,65 GW em hidrelétricas em São Paulo, realizará em abril um leilão de compra de energia para criar uma reserva com o objetivo de se proteger de perdas com o chamado “risco hidrológico”, enquanto aguarda o avanço de seu processo de privatização, disseram executivos da companhia em teleconferência nesta segunda-feira, 26/03. O risco hídrico, conhecido no setor como “GSF”, gera perdas de faturamento para os operadores de usinas hídricas quando a produção fica abaixo do esperado por falta de água nos reservatórios, por exemplo. A situação obriga as empresas a comprar energia no mercado para honrar seus compromissos comerciais. O caso da Cesp é ainda pior, porque a empresa já possui contratos de venda da produção até 2021 e ainda viu o governo reduzir a chamada garantia física de suas usinas a partir de janeiro deste ano, o que na prática reduz a quantidade de energia que a empresa tem para vender no mercado e a deixa mais exposta ao risco hídrico. O corte nas garantias físicas das usinas da companhia somou um total de 54 megawatts médios, para 1.002,6 MW médios. A Cesp teve custos de R$ 627mi com a compra de energia para cobrir o risco hidrológico em 2017, contra R$ 123,6mi em 2016. Esses custos ajudaram a companhia a fechar o ano passado com prejuízo de R$ 168,5mi, contra lucro de R$ 350,8mi no ano anterior. (Reuters – 26.03.2018)

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10 Cesp: Concessão de Porto Primavera pode entrar em consulta pública nesta semana

Um dos motivos do fracasso do processo de privatização da Cesp em 2017 foi o fato de que a concessão da hidrelétrica Porto Primavera terminaria em 2028. Esse obstáculo, porém, está prestes a ser superado. O primeiro passo foi o decreto nº 9.271, publicada em janeiro deste ano, possibilitando a prorrogação desse prazo por mais 20 anos. Nessa terça-feira, 27/03, a diretoria da Aneel deve divulgar as condições dessa prorrogação. Uma audiência pública será aberta para que os agentes possam fazer suas contribuições sobre o tema. No ano passado, apenas a Equatorial acessou o data room da companhia. Os executivos não deram informações específicas sobre as condições do novo edital de privatização da Cesp, nem sobre prazo, nem sobre preço. Disse que os valores que estão sendo divulgados pela mídia são fruto de especulação. Recentemente, a garantia física de Porto Primavera [SP-1.520 MW] foi reduzida para 886,8 MW médios, o que gerou uma nova especulação sobre uma eventual redução do bônus de outorga especulado inicialmente. Esse valor deverá ser pago pelo novo controlador da Cesp ao Governo Federal. A Cesp está exposta ao mercado de curto prazo, porém a empresa já programou um leilão para o próximo dia 04/04 de compra de energia de fonte convencional. O ponto de entrega é o submercado Sudeste/Centro-Oeste e o período de fornecimento vai de 01/05 à 31/12/2018. Os interessados vão ter até às 17 horas do dia 02/04 para enviar os documentos necessários para a habilitação. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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11 RGE Sul: Distribuidora investe R$ 1,4mi no sistema elétrico de Itacurubi

A RGE Sul divulgou nesta segunda-feira, 26/03, o balanço dos investimentos realizados em 2017 no município de Itacurubi [RS], onde residem 1,5 mil clientes da concessionária. Foram ao todo R$ 1,4mi destinados em obras para modernização da rede elétrica, fator que contribuiu para elevar os índices de qualidade no serviço prestado aos consumidores na cidade. Do total aplicado na cidade, R$ 728mil foram reservados para novas ligações e substituição de medidores de baixa, média e alta tensão. A distribuidora também destinou R$ 656mil em obras para adequação das redes, troca de transformadores, manutenção de religadores e reguladores de tensão, reforma de redes de distribuição, substituição de cabos de linhas já instaladas e substituição de postes de madeira por concreto. Outros R$ 26mil foram utilizados na instalação equipamentos que garantem a qualidade dos níveis de tensão. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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12 Ômega Energia: Lucro sobe e vai R$ 113,1mi em 2017

A Ômega Energia terminou o ano de 2017 com lucro R$ 113,1mi. O valor é 325% superior aos R$ 26,6mi arrecadados no de 2016 A receita operacional líquida ficou em R$ 546,1mi, subindo 180% na comparação com o resultado de 2016, de R$ 195 mi. Já o Ebitda da empresa chegou a R$ 288,7mi, maior que os R$ 94,7% de 2016. No quarto trimestre de 2017, o lucro da Ômega ficou em R$ 115,1mi, acima dos R$ 12,3mi do mesmo período de 2016. A receita líquida chegou a R$ 256,8mi, mostrando um aumento de 67% em relação ao último trimestre do ano anterior. O Ebitda no último trimestre do ano ficou em R$ 202,2mi, também bastante acima dos R$ 46,7mi registrados em igual período. A empresa, que concluiu sua oferta de ações no ano passado e atua na área de eólicas e PCHs, encerrou o ano com uma capacidade instalada bruta de 476,2 MW e com uma geração de energia de 1.345,2 GWh, crescendo 109%. No trimestre, a geração de energia ficou em 763,7 GWh. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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13 CPFL Piratininga: Foi aplicado R$ 3,7 mi em ações de eficiência energética

A CPFL Piratininga fez um balanço dos investimentos de R$ 3,76mi destinados a projetos de eficiência energética em sua área de concessão durante 2017. As ações beneficiaram 4,46 mil famílias de baixa renda ao proporcionar uma economia no consumo de energia estimada em 1,434 mil MWh/ano, volume que seria suficiente atender as necessidades energéticas de quase 600 residências/ano. Os projetos, financiados com recursos do Programa de Eficiência Energética Aneel, foram desenvolvidos pela concessionária nas cidades de Praia Grande, São Roque, Ibiúna, Várzea Paulista, Sorocaba, Jundiaí, Santos, Cubatão e São Vicente. Entre as iniciativas desenvolvidas estão a doação de geladeiras, a regularização de clientes, troca de lâmpadas e a instalação de chuveiros inteligentes. Dentre os programas desenvolvidos no ano passado, o maior investimento realizado pela empresa foi o de doação de geladeiras, que somou ao todo R$ 1,34mi. No total, foram mil geladeiras, mais eficientes e econômicas, para mil famílias de Jundiaí e Praia Grande. A expectativa é de que o projeto traga uma economia 400 MWh/ano no consumo de energia. Além da doação de equipamentos, a CPFL Piratininga também busca estimular a consciência da população, promovendo a visita de agentes comunitários aos consumidores beneficiados pelo programa. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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14 Celesc: Aneel reconhece atendimento telefônico como o melhor do país

Pelo segundo ano consecutivo, a Celesc conquistou o primeiro lugar no ranking da Aneel em qualidade do atendimento telefônico. A empresa competiu com as demais distribuidoras que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras, tendo o seu INS em 97,80%, 12,8% a mais que a meta estabelecida pela Agência reguladora, que é de no mínimo 85%. O INS representa o percentual de chamadas atendidas em até 30 segundos em relação ao total de ligações recebidas nos períodos típicos. Segundo a Celesc, a operação do Contact Center é realizada por aproximadamente 200 profissionais nas cidades de Joinville e Goiânia e, em 2017, foram realizados mais de 2.500.000 atendimentos aos consumidores da empresa. Para o Chefe do Departamento de Gestão de Clientes e Receitas da Empresa, Cristiano Ghisi, a colocação no ranking consolida a qualidade de um canal de atendimento tão importante na comunicação entre os consumidores e a distribuidora, refletindo nos resultados da Pesquisa de Satisfação da ABRADEE e no Prêmio IASC da Aneel de 2017, nas quais a concessionária foi considerada a 2ª melhor distribuidora entre as que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras. Um dos fatores que explicam os resultados da empresa quanto o atendimento ao público são os investimentos destinados a novas tecnologias e em melhores práticas no relacionamento com os clientes, que tem demonstrado aprimoramento ao longo dos últimos anos, com uma a atuação cada vez maior no atendimento ao cliente. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do Norte sobem 0,6% e operam com 65,8% da capacidade

Os reservatórios do Norte apresentaram elevação de 0,6% nos níveis em relação ao dia anterior, operando com 65,8% da capacidade, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico relativos ao último domingo, 25 de março. A energia armazenada ficou em 9.896 MW mês e a ENA indica 62% da MLT. Tucuruí trabalha com 99,85% da capacidade. Já na região Sul do país o volume diminuiu em 1,2%, com os reservatórios apresentando 64,5% da capacidade. A energia armazenada no dia caiu para 12.963 MW mês e a energia afluente está em 76% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 60,38% da capacidade. No Nordeste os níveis tiveram aumento de 0,6% e os reservatórios registram 34,8% da capacidade. A energia armazenada consta em 18.013 MW mês no dia e a energia afluente está em 50% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica de Sobradinho se encontra com 30,78% de sua capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste os níveis apresentaram elevação de 0,2% e o submercado trabalha com 41,2% da capacidade. A energia armazenada registra 83.814 MW mês e a energia afluente em 79% da MLT. Furnas opera com 31,39% da capacidade e a hidrelétrica Serra da Mesa, com 17,26%. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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Meio Ambiente

1 Belo Monte instala grades em turbinas para evitar morte de peixes

Depois de causar a morte de dezenas de toneladas de peixes em suas várias etapas de construção no Rio Xingu, no Pará, a hidrelétrica de Belo Monte foi obrigada a adotar uma nova medida para acabar, de vez, com a mortandade das espécies causada pelas operações da usina. Em caráter de urgência, a concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica, vai instalar painéis nas bocas de cada turbina, uma grade que deverá impedir que os peixes entrem nas máquinas ou que sejam triturados pelas hélices, quando estas são acionadas. No compromisso firmado com o Ibama, que no ano passado multou a empresa em R$ 35 milhões por causar a morte de 16 toneladas de peixes, a Norte Energia assumiu o compromisso de instalar malhas com intervalos de 2,5 centímetros, para impedir que as espécies cheguem aos rotores. As informações foram confirmadas pela concessionária, que confirmou o adiamento de testes com água de sua nova turbina, por conta da atuação do Ibama. Questionada sobre o prazo de 20 de março que chegou a dar para conclusão dessas instalações, a empresa declarou apenas que "as providências relativas à instalação do dispositivo para evadir cardumes de peixes das zonas próximas ao tubo de sucção da unidade geradora serão reportadas proximamente ao órgão ambiental". (O Estado de São Paulo – 26.03.2018)

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Energias Renováveis

1 Comitê RenovaBio realizará consultas públicas sobre metas

O Comitê RenovaBio fará consultas públicas para receber contribuições para a definição das metas anuais, que serão remetidas ao CNPE, após prévia aprovação pelo MME. Ao CNPE, após receber as recomendações, caberá o papel aprovas os limites. A primeira reunião do colegiado está marcada para próximo dia 2/4 e o início da consulta pública, no próximo dia 20/4, conforme cronograma previsto para os trabalhos deste ano. O objetivo do governo é ter definido até o próximo dia 15/6, o prazo para a definição das metas. O grupo será composto por representantes de sete ministérios: MME – que ficará como coordenador; Meio Ambiente; Agricultura; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; Fazenda; Planejamento; e Casa Civil. Cada um deles deverá indicar seus representantes em até 15 dias. A ANP não terá assento na composição, mas participará das reuniões como convidados permanentes. Os encontros serão realizados pelo menos quatro vezes por ano. Além da definição das metas, o comitê pode propor a criação de grupos de trabalho para realizar tarefas específicas de monitoramento do abastecimento e do desenvolvimento da produção do mercado de biocombustíveis. Outra atribuição será a de acompanhar a evolução da capacidade de produção de biocombustíveis e ainda monitorar a oferta, demanda e preços dos Créditos de Descarbonização (CBios), emitidos de acordo com os volumes comercializados. (Agência Brasil Energia – 26.03.2018)

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2 Fundos vão financiar uso de energia solar com R$ 3,2 bi

Às vésperas do prazo de desincompatilização dos ministros e do início da campanha eleitoral, o governo lançará na próxima semana a iniciativa mais abrangente até hoje para difundir a microgeração de energia solar no país. Quase R$ 3,2 bi estarão disponíveis para financiar a instalação de placas fotovoltaicas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os recursos proveem dos fundos constitucionais, têm juros muito abaixo das taxas de mercado e prazos mais longos de pagamento. A ideia é incentivar a geração própria em residências e estabelecimentos comerciais. Uma reunião dos conselhos deliberativos das agências regionais de financiamento - Sudam, Sudene e Sudeco - está agendada para o dia 4 de abril a fim de aprovar essa nova fonte de crédito. O anúncio deve ser feito pelo presidente Michel Temer. As linhas serão oferecidas pelas instituições públicas que atuam como operadores financeiros dos fundos constitucionais. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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3 Nordex inaugura em abril fábrica de torres no PI

No próximo dia 06/04 o Grupo Nordex vai inaugurar no município de Lagoa do Barro, no Piauí, uma fábrica de torres dentro do complexo eólico Lagoa do Barro, da Atlantic Energias Renováveis. É a primeira unidade industrial de grandes componentes eólicos do estado, que despontou como novas fronteira eólica em leilões mais recentes. Uma logística com 300 carretas serviu de transporte para toda a estrutura da fábrica a partir de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul. Localizada dentro do complexo para otimizar investimentos, mitigar riscos durante as obras e reduzir o período de produção, a fábrica será montada em uma área de sete hectares. Até a finalização do complexo, em construção, serão produzidas ali 1.500 peças que sustentarão dos 65 aerogeradores fornecidos pela fabricante, que têm 3 MW de capacidade individual, rotor de 125 metros de diâmetro e pás de 61,2 metros. São aproximadamente 300 colaboradores que participam direta e indiretamente da fabricação de torres de concreto e aerogeradores para os 8 parques do complexo eólico. “Nosso investimento no Piauí colabora para o desenvolvimento socioeconômico de uma região que tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil”, destaca David Lobo, Diretor Comercial do Grupo Nordex. (Agência Brasil Energia – 26.03.2018)

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4 Maior parque eólico do Sul com 200 MW será inaugurado no Paraná em 2019

O município de Palmas, região Sudoeste do Paraná, deve ser contemplado com a segunda usina eólica instalada em seu território. Trata-se do Complexo de Geração Eólica Palmas II com potência total projetada de 200 MW. O complexo será a maior usina de energia eólica do Sul do Brasil, se estendendo sobre uma superfície de 16 mil ha. O projeto se insere integralmente no município de Palmas em áreas com incidência de ventos favoráveis, com velocidade média anual em torno de 7 m/s a 100 m de altura, o equivalente a 25 km/h. De iniciativa privada, a investidora do empreendimento é a empresa Enerbios Consultoria em Energias Renováveis e Meio Ambiente, que tem sede em Curitiba. Os projetos de engenharia ficaram a cargo da sócia Enercons e os estudos energéticos são de autoria da Innovent, empresa alemã associada ao projeto. O investimento previsto para o empreendimento é de R$ 1,2 bi. Fonte: Gazeta do Povo. (Ambiente Energia – 27.03.2018)

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Gás e Termelétricas

1 ABiogás e Abrelpe anunciam parceria para projetos na área de biogás e resíduos urbanos

A ABiogás e a Abrelpe anunciaram nesta segunda-feira, 26 de março, uma importante parceria para estudos e monitoramento do potencial energético existente nos resíduos. A intenção é subsidiar órgãos governamentais, empresas públicas e privadas, terceiro setor e especialistas sobre o tema. Futuramente as duas entidades também pretendem promover análises sobre o potencial energético na área de resíduos. A união chega em um momento importante em que o debate sobre a gestão correta do lixo e a crescente demanda por energias renováveis é mais intensa e necessária no país. Vale destacar que ambas associações pautam parte de suas ações em atividades de pesquisa, estudos e monitoramento dos respectivos setores, como a Proposta de Programa Nacional do Biogás e do Biometano (PNBB), feito pela ABiogás, e o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado anualmente pela Abrelpe. Segundo os dados da ABiogás, o potencial de biogás no setor de resíduos urbanos é de quase 4 bilhões de m³ por ano, o que representa mais de 10 mil MW de energia que deixa de ser aproveitada. Existem no Brasil cerca de 2 mil aterros, mas apenas 19 geram energia elétrica a partir do biogás, segundo dados Aneel. Além disso, após a regulamentação do uso e venda do biometano de saneamento pela ANP através da Resolução 687/2017, o energético gerado nos aterros pode ser substituir o diesel usado pelos caminhões na coleta, reduzindo o impacto do transporte e destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Segundo a Abrelpe, os brasileiros produzem 219 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos todos os anos, o que reapresenta mais de 1 quilo por pessoa. Sem um tratamento ou destino correto, torna-se um grande problema para as cidades. (Agência Canal Energia – 26.03.2018)

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2 Petrobras eleva o preço do GLP empresarial em 4,7% a partir da terça-feira

A Petrobras vai elevar o preço do GLP industrial e comercial, para embalagens acima de 13 quilos, vendidos às distribuidoras, em 4,7 por cento a partir de terça-feira, informou a empresa em seu site. Segundo a empresa, a política de preços para o GLP de uso industrial e comercial tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. (Reuters – 26.03.2018)

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3 Olga Simbalista, da Aben: o panorama da energia nuclear em 2018

A energia nuclear passou, recentemente, por uma série de desafios provocados pelos baixos preços do gás natural, subsídios às fontes renováveis e ao baixo crescimento da demanda em algumas regiões. Porém, especialistas em questões energéticas e ambientais dizem ser impossível, para economias de grande porte, dispor de uma fonte confiável e com baixa emissão de carbono, sem contar com a participação da energia nuclear. Existem, atualmente, mais de 50 plantas em construção e cerca de 150 planejadas. Além disso, 14 novas unidades devem entrar em operação, sendo duas, o AP1000 da Westinghouse e o EPR da Framatome da denominada nova geração de reatores nucleares, bem como o primeiro APR1400 dos Emirados Árabes, fornecidos e construídos pela sul-coreana Kepco, dentro do prazo e do orçamento, sinalizando que esta fonte pode ser construída economicamente em prazos previsíveis. No Oriente Médio, 3,6 GW deverão entrar em operação este ano e 14,1 GW até 2028, devido a políticas de garantir segurança energética e de reduzir o uso intensivo de combustíveis fósseis, uma vez que estes, hoje, são responsáveis por 97% da produção de eletricidade na região. (Agência Brasil Energia – 26.03.2018)

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4 Reestruturações de grandes conglomerados são fator de impulso à energia nuclear

Importante fator de impulso à energia nuclear são as reestruturações de grandes conglomerados, como a absorção da Areva pela Framatome, na França, com a maior empresa operadora de reatores nucleares do mundo, a Eletricité de France. Essa nova estrutura é um dos fatores que permitiu à EdF e sua homóloga indiana Nuclear Power Corporation of India assinar um acordo estratégico para a construção da “maior central nuclear do mundo”, composta de seis reatores EPR de 1600 MW, totalizando 9,6 GW, durante recente visita oficial do Presidente da França, Emmanuel Macron, a Nova Deli. Com relação ao Brasil, o futuro da energia nuclear, a curto prazo, passa pela retomada da construção de Angra 3. Em 20/03/2018, o tema foi objeto de reunião no MME, comandada pelo Ministro Fernando Coelho, para equacionar o endividamento da Eletronuclear junto ao BNDES e CEF, relativos a esta usina e que já estão sendo amortizados, sem que ela gere receita, primeiro passo para a retomada. (Agência Brasil Energia – 26.03.2018)

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Grandes Consumidores

1 Cade aprova venda de centrais hidrelétricas da Gerdau para mineradora Kinross

A superintendência geral do Cade aprovou, sem restrições, a venda de duas centrais hidrelétricas da Gerdau para a mineradora canadense Kinross Gold. No mês passado, a siderúrgica brasileira informou o acordo para venda, por R$ 835 mi, dos complexos hidrelétricos de Caçu e Barra dos Coqueiros, em Goiás. As usinas foram inauguradas em 2010 e têm capacidade instalada total de 155 MW. Em seu parecer, o Cade informou que após a conclusão da operação, a capacidade de geração de energia elétrica da Kinross subirá para 211,3 MW, ante os atuais 56,3 MW. “Apesar dessa elevação, a participação da Kinross não alcançará 1% da capacidade de geração nacional”, diz o documento, acrescentado que, portanto, a operação não resulta em sobreposição horizontal significativa. (Reuters – 26.03.2018)

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Economia Brasileira

1 Projeções apontam que a arrecadação de fevereiro contém o déficit primário

Após o bom resultado da arrecadação em fevereiro, o governo central deve ter déficit primário menor que o do ano passado, segundo economistas. A média de 15 estimativas colhidas pelo Valor Data é de um saldo negativo entre receitas e despesas de R$ 22,2 bi no mês passado, ante déficit de R$ 27 bi no mesmo período em 2017, número atualizado pela inflação. Em janeiro deste ano, houve superávit de R$ 31 bi. Conforme o Valor adiantou na semana passada, o governo já previa resultado negativo no período por causa da forte transferência de recursos para os Estados e municípios, que ocorreu em função da repartição da receita do IR recolhido em janeiro. As estimativas para o primário de fevereiro, que o Tesouro divulga hoje, às 14h30, vão de déficits de R$ 31 bi a R$ 8,5 bi. Em 12 meses, a projeção é que o resultado negativo chegue a R$ 110,2 bi, ante meta de R$ 159 bi para o ano. Na quarta-feira, o BC divulga os dados do setor público consolidado, com contas de Estados e municípios. A expectativa de 14 economistas é de déficit de R$ 18,4 bi no mês e R$ 95,4 bi em 12 meses, equivalente a 1,4% do PIB. Se realizada a projeção, desde os 12 meses encerrados em fevereiro do ano passado (-2,34%), a relação do déficit do setor público consolidado com o PIB terá caído quase 1 ponto percentual. No lado da receita, a arrecadação de fevereiro teve forte alta real de 10,7% sobre o mesmo período do ano passado. Sem eventos extraordinários, como o Refis, o aumento ainda é expressivo, de 7%. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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2 País precisa de mais R$ 250 bi por ano para infraestrutura

O país precisa recuperar terreno tanto na direção do desenvolvimento tecnológico quanto na expansão dos investimentos, que caíram de uma taxa de cerca de 21% do PIB, em 2013, para 15,5%, no fim de 2017. Para o economista e ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, será necessário acrescentar 7 pontos percentuais do PIB em investimento para atender às necessidades do país hoje. Só na infraestrutura, ele estima que será preciso investir mais 3,5% do PIB. Isso porque, no ano passado, foi algo como 1,5% do produto e o nível ideal, para se alcançar o crescimento sustentado, seria 5% do PIB. Nesse cenário, ele analisa, haverá espaço - e necessidade - tanto para o apoio do BNDES quanto de um mercado de capitais, bem maior do que se vê hoje, para dar conta do financiamento dos projetos. Embora com alguma ponderação, Coutinho defende o BNDES de críticas recorrentes, como as que são feitas ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI): "Houve um período curto em que as taxas de alguns programas pontuais talvez tenham ficado baixas demais, mas isso não impediu que, em seu conjunto, o efeito do PSI tenha sido positivo". (Valor Econômico – 27.03.2018)

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3 Balança comercial acumula saldo de US$ 5,1 bilhões no mês

A balança comercial brasileira registrou novo superávit na quarta semana de março, de US$ 1,505 bi (exportações de US$ 4,580 bi e importações de US$ 3,075 bi), de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). No acumulado do mês até o dia 23, as exportações somam US$ 16,295 bi e as importações, US$ 11,144 bi, totalizando saldo positivo de US$ 5,151 bi. No ano, as exportações acumulam US$ 50,576 bi e as importações, US$ 37,753 bi. O superávit chega a US$ 12,823 bi. A média diária das exportações, na 4ª semana de março, foi de US$ 916,1 bi, valor 6,2% menor que o registrado no acumulado do mês até a terceira semana (US$ 976,2 mi). A média diária das importações na quarta semana do mês (US$ 615 mi) foi 8,5% menor que a verificada até a terceira semana do mês (US$ 672,5 mi). (Valor Econômico – 27.03.2018)

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4 FGV: Confiança do comércio tem maior nível desde abril de 2014

A confiança do comércio registrou a sétima alta consecutiva e o maior nível desde abril de 2014, conforme levantamento da FGV. O índice que mede esse sentimento avançou 1,3 ponto em março, para 96,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice também subiu pelo sétimo mês consecutivo (0,6 ponto). A alta indicador em março ocorreu em sete dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada, principalmente, pela melhora no Índice de Expectativas (Iecom), que aumentou 1,8 ponto, para 100,2 pontos, voltando à zona de otimismo após dois meses em queda. Já o Índice de Situação Atual (Isacom) chegou a 93,5 pontos, ao avançar 0,7 ponto no mês, melhor resultado desde junho de 2014 (96,5 pontos). “O primeiro trimestre de 2018 fecha com forte avanço dos indicadores da situação atual em relação ao trimestre anterior, reforçando o quadro de recuperação das vendas que vinha se desenhando desde o ano passado”, diz Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, em comentário no relatório. “No mesmo período, houve calibragem das expectativas, que se mantêm relativamente estáveis depois de forte alta no fim de 2017, sugerindo cautela por parte dos empresários a despeito das melhoras já ocorridas.” A pesquisa coletou informações de 1.189 empresas entre os dias 1º e 23 deste mês. A próxima edição será divulgada em 25 de abril. (Valor Econômico – 27.03.2018)

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5 IPC-Fipe desacelera queda na terceira prévia de março

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de São Paulo, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), caiu 0,12% na terceira medição de março, seguindo baixa de 0,23% na apuração anterior. Das sete classes de despesas avaliadas, quatro ficaram no terreno negativo na passagem da segunda para a terceira medição de março: Habitação (-0,20% para -0,04%), Alimentação (-0,32% para -0,17%), Despesas Pessoais (-0,87% para -0,80%) e Educação (zero para -0,01%). Subiram mais Saúde (0,38% para 0,51%), Transportes (0,02% para 0,04%), Vestuário (0,05% para 0,17%). (Valor Econômico – 27.03.2018)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 26 sendo negociado a R$3,3040, com variação de +0,18% em relação ao início do dia. Hoje (27) começou sendo negociado a R$3,3118 - com variação de +0,24% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de alta, sendo negociado às 10h30 no valor de R$3,3199, variando +0,24% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 26.03.2018 e 27.03.2018)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: João Pedro Santos, Kennedy Gomes, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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