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IFE: nº 5.277 - 18 de junho de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: temor de apagão puxa vendas de geradores
2 GESEL: necessidade de térmicas no país deve garantir sucesso de leilão de energia em junho
3 MP da Eletrobras passa no Senado com mais térmicas e veto inviável
4 Senado aprova pressupostos constitucionais da MP da Eletrobras
5 Senado rejeita destaque que retira jabutis da MP da Eletrobras
6 Senado amplia recursos que serão destinados para atenuar tarifas de energia
7 Deputado relator da MP da Eletrobras diz que texto aprovado no Senado deve ser mantido
8 Custo da MP da Eletrobras aos consumidores sobe para R$ 84 bi
9 Ministro diz que capitalização da Eletrobras trará modernização ao setor
10 Presidente da Abiape critica distorção no planejamento do setor na MP da Eletrobras
11 Presidente da Abiape afirma que MP da Eletrobras desperta cenário de preocupações
12 Presidente da Abragel afirma que PCHs serão beneficiadas pela MP da Eletrobras
13 MP da Eletrobras é extremamente negativa para pequenos consumidores, diz Idec
14 Credit Suisse: mudança no projeto da Eletrobras é ampla e deve causar prejuízos
15 Crise do setor elétrico é diferente de 2001 e exige ações urgentes, diz ex-Aneel
16 Aneel divulga novo Painel de Segurança de Barragens
17 Aneel esclarece ao IDEC que parque térmico está atendendo aos pedidos para gerar
18 Desoneração tarifária e investimentos são destaques da Aneel em evento do UBS
19 Aneel nega pedido da Abrace sobre valor residual das transmissoras com contratos prorrogados
20 Governo do RS muda data do leilão da CEEE-T para julho
21 Entrevista com Elena Landau sobre a MP da Eletrobras

Empresas
1 Crise hídrica atinge ações de distribuidoras
2 Taesa participará de todos os leilões de transmissão
3 Neoenergia inicia obras de novo projeto de transmissão na Bahia
4 Cemig facilita doações por meio da fatura de energia
5 Eneva e GV Angels fazem aporte de R$ 1 mi em startup de geração distribuída
6 VINCI Energies atuará no mercado de tecnologia da informação no Brasil
7 Mário Menel é reeleito presidente do Fase

Leilões
1 Leilão traz expectativa para recuperação energética de resíduos

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 CCEE: PLD médio para 17/06 cai 0,5% no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul
2 ONS: armazenamento de energia no SIN é de 40,7%
3 Reservatórios do NE operam com 60,9% da capacidade

4 ONS: todas as térmicas vão operar no ano que vem

5 Abrace apresenta ao governo proposta de programa de redução de demanda

6 Para analistas, risco maior está em horários de pico do consumo

7 Hora é de “fechar as torneiras” das hidrelétricas, diz Jerson Kelman em debate sobre crise

Mobilidade Elétrica
1 Entenda por que 90% dos donos de carros elétricos geram energia em casa
2 Fisker acredita que os carros elétricos serão mais atraentes do que os carros ICE em 2025
3 BMW testa carro com propulsão por célula de combustível de hidrogênio
4 Problemas das baterias dos carros elétricos

Inovação
1 Siemens Energy busca desenvolver produção de hidrogênio verde na América Latina
2 Chile: empresas pretendem construir usina de H2V para produzir amônia verde
3 CEFC faz investimento em hidrogênio verde em divisão da Universidade de Wollongong
4 GM e Liebherr desenvolverão sistemas baseado em células a combustível para aeronaves

5 Europa ganhará um dos maiores sistemas de armazenamento de energia, tecnologia com potencial no Brasil
6 Solarwatt apresenta seu Battery flex, "o BMW das baterias"
7 Soltec lança o novo rastreador SFOne

Meio Ambiente
1 MP da Eletrobras agora atropela Ibama e Funai para construir 'linhão' de energia
2 Desmatamento na Amazônia e mudança climática agravam crise hídrica, dizem especialistas
3 Diálogo sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade - O Caminho para Zero Emissões e Desmatamento
4 Orçamento em P&D de energia dos países-membros da AIE atingiu US$ 22,5 bi em 2020

Energias Renováveis
1 Brasil investiu US$ 8,7 bi em renováveis em 2020
2 Banco do Brasil vai lançar 19 licitações para energia renovável até fim do ano
3 SENAI inaugura Instituto de Inovação em Energias Renováveis
4 Neoenergia publicou protocolo para pautar investimentos sustentáveis

5 Maio registra 14,3 GW de projetos solares com Despacho de Requerimento de Outorga
6 Biomassa poderia injetar 1,8 mil GWh em energia adicional em 2021
7 Claro inaugura usina no mercado de GD do Brasil movida a biogás
8 Aneel registra DRO para 1,4 GW nas fontes solar e eólica

9 Wood Mackenzie vê risco de inflação nos custos de operação e manutenção de eólicas

10 Aneel autoriza operação comercial e em teste de CGH e parques eólicos

11 Plataforma Change.org lança abaixo-assinado contra construção do complexo eólico Canudos
12 Boticário atinge marca de 100% de energia renovável em fábricas
13 BEI aprova EUR 1,4 bi em financiamento para energias renováveis na Europa e África
14 Iberdrola assina MoU com GS Energy para impulsionar energias renováveis na Ásia

15 Pesquisa: O mercado atual de energias renováveis recém-construídas perderá a meta de zero líquido

Gás e Termelétricas
1 Governo avalia ampliar uso de térmicas a gás e carvão
2 Cogen diz que usinas de biomassa podem adicionar 1,8 mil GWh de energia no brasil ainda este ano
3 EPE publica Nota Técnica sobre Comercialização e Formação de Preços de Gás Natural
4 Governo de SP lança programa para auxiliar compra de gás GLP por famílias carentes
5 Santa Catarina terá nova política para o carvão
6 Âmbar Energia adquire térmica Uruguaiana da Saesa

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Abertura do mercado livre no texto da MP da Eletrobras é positiva, diz Fiesp
2 BTG Pactual promoverá dois leilões de energia no Mercado Livre
3 Desempenho da Copel Mercado Livre em abril coloca a empresa no topo em volume de energia comercializado
4 Trifase Comercializadora recebe autorização para atuar como agente na CCEE

Economia Brasileira
1 Índice de miséria dispara e é o maior em nove anos
2 Equipe econômica vê exagero em cálculos para espaço no teto de gastos em 2022

3 Após um ano de pandemia, varejo movido a crédito reage
4 Mercado vê Selic de até 7,5% em 2021
5 FGV: arrecadação cresceu 68,5% em maio
6 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 WARTH, Anne. “Entrevista com Elena Landau: MP da Eletrobras mostra que governo perdeu controle do setor elétrico”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: temor de apagão puxa vendas de geradores

O temor de apagões fez disparar a procura no mercado por grupos geradores, equipamentos movidos a diesel ou a gás que entram como “backup” de fornecimento de energia em empresas e condomínios residenciais. Segundo fabricantes, a demanda já mostrava tendência de alta, associada às necessidades de reforço das operações em setores que não pararam durante a pandemia, como hospitais, indústria alimentícia e data centers. Mas a busca pelos geradores se intensificou recentemente, num movimento semelhante ao assistido na crise energética de 2001. Porém, o uso desse tipo de equipamento é limitado e serve principalmente como uma medida defensiva, ressalta Nivalde de Castro, professor e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. “Os geradores são para pequenas e médias empresas usarem em emergências ou então nos horários de ‘ponta’, durante pouco tempo. Além disso, é uma energia cara, já que são movidos a diesel.” Para especialistas, os grupos geradores são um recurso importante para o sistema elétrico, mas que acaba sendo desconsiderado. “Temos no Brasil uma capacidade instalada muito grande desses geradores, que só são usados poucas horas por dia. Acabamos não contando com esse recurso”, afirma Roberto Brandão, professor e pesquisador sênior do Gesel-UFRJ. Na visão de Brandão, o país poderia estudar a implementação de um sinal de preço para ajudar o consumidor a decidir sobre o acionamento desses equipamentos, a fim de reduzir seu consumo aparente. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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2 GESEL: necessidade de térmicas no país deve garantir sucesso de leilão de energia em junho

Depois de um leilão de energia elétrica fraco em 2019, e da suspensão dos leilões de 2020, é grande a expectativa de investidores com os leilões previstos para este ano, avaliam agentes do setor. O primeiro leilão, programado para 25 de junho será um teste para o apetite do setor, em meio a uma crise hídrica e no contexto de uma nova Lei do Gás no País. Já os três leilões seguintes, para oferta de energia nova, deverão ser mais fracos. O coordenador da área de Geração e Mercados do Grupo de Estudos de Energia Elétrica (Gesel), da UFRJ, Roberto Brandão, prevê sucesso no primeiro leilão, de energia existente, mas avalia que os leilões de novos projetos serão mais fracos, pela competição cada vez maior do mercado livre e a sobrecontratação das distribuidoras. “Hoje está havendo uma corrida dos empreendedores mais sérios para tentar viabilizar projetos já autorizados na Aneel com contratos no mercado livre, e isso tende a roubar energia do mercado regulado, e por isso os leilões de energia nova serão pequenos”, avaliou Brandão. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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3 MP da Eletrobras passa no Senado com mais térmicas e veto inviável

O plenário virtual do Senado aprovou ontem (17) a MP que autoriza a privatização da Eletrobras por diferença mínima: 42 votos a favor e 37 contra. Para garantir sua aprovação, o relator Marcos Rogério (DEM-RO) teve que fazer uma série de alterações de última hora e ampliar ainda mais os “jabutis” incluídos no texto. A principal mudança foi aumentar e reorganizar o montante de energia que será contratado em usinas termelétricas movidas a gás, para 8 mil MW. O polêmico dispositivo que trata do assunto ficou tão longo que já vem sendo chamado de artigo “à la Saramago”: são 652 palavras e 3.197 caracteres sem um único ponto no meio do caminho. O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que estuda entrar no STF com uma ação para contestar a constitucionalidade do texto. “Colocaram num único parágrafo o que deveria estar em várias alíneas. Evidentemente tem esse objetivo de evitar que alguns dispositivos possam ser vetados.” (Valor Econômico – 18.06.2021)

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4 Senado aprova pressupostos constitucionais da MP da Eletrobras

O Senado aprovou, por 44 votos a 35, os pressupostos constitucionais da Medida Provisória da Eletrobras. Os pressupostos constitucionais são os de princípios de relevância e urgência, adequação financeira e orçamentária, e juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa. Essa etapa da votação ainda não é a aprovação da Medida Provisória da Eletrobras, mas pode dar indícios do placar da votação do relatório. O parecer será votado em instantes. Em seguida, serão apreciados os destaques, que podem modificar o teor final da proposta. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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5 Senado rejeita destaque que retira jabutis da MP da Eletrobras

O Senado rejeitou, por 41 votos a 35, o destaque apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que retirava a maioria dos jabutis - emendas estranhas ao texto original. Mais cedo, havia uma articulação entre os senadores para votar a favor desse texto, mas o governo passou as últimas horas em conversas com os parlamentares para buscar apoio ao texto do relator, Marcos Rogério (DEM-TO), que não apenas mantém as emendas da Câmara como inclui outras do Senado. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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6 Senado amplia recursos que serão destinados para atenuar tarifas de energia

O relator da Medida Provisória da privatização da Eletrobras no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), afirmou que os recursos a serem repassados para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em uma tentativa de atenuar as tarifas pagas pelos consumidores, foram ampliados. Até então, seriam destinados R$ 25 bilhões. Pela nova redação, o montante somará R$ 35 bilhões. A alteração foi proposta por meio de uma emenda pelo líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM). O ex-ministro de Minas e Energia foi um dos defensores do parecer apresentado por Marcos Rogério, que foi aprovado pelos senadores nesta quinta-feira, 17, com alterações. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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7 Deputado relator da MP da Eletrobras diz que texto aprovado no Senado deve ser mantido

O relator da Medida Provisória da privatização da Eletrobras na Câmara, Elmar Nascimento (DEM-BA), afirmou que os deputados devem manter o texto aprovado hoje, 17, pelo Senado. O parecer amplia a quantidade de trechos estranhos ao teor do texto original enviado pelo Executivo em fevereiro. "Foi tudo acordado", disse o deputado sobre o parecer construído pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO). A previsão é que a Câmara vote a matéria na próxima segunda-feira, 21. A MP foi aprovada no Senado com placar apertado. Associações do setor calculam que, da forma como foi aprovado o texto, o custo total da operação para os consumidores será de R$ 84 bilhões, considerando impostos e recursos para programas regionais. Segundo as entidades, os custos devem onerar os consumidores "por décadas". (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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8 Custo da MP da Eletrobras aos consumidores sobe para R$ 84 bi

O grupo de entidades empresariais União pela Energia calcula em R$ 84 bilhões o custo total para o consumidor das alterações promovidas pelo Congresso Nacional na Medida Provisória de privatização da Eletrobras. O projeto de conversão da MP saiu da Câmara dos Deputados em maio com despesas adicionais de R$ 41 bilhões e teve um acréscimo de R$ 15 bilhões após a inclusão de novas emendas pelo Senado na votação desta quinta-feira, 17 de junho. O valor final considera ainda R$ 18 bilhões em impostos incidentes sobre essas despesas, além dos mais de R$ 10 bilhões em políticas públicas regionais, direcionadas à revitalização de bacias e ao programa de redução estrutural de custos de geração de energia na Amazônia Legal. Em nota divulgada após a aprovação do texto no Senado, o União pela Energia lamentou a perda de oportunidade para aprovação da proposta original do governo, que tinha o apoio da indústria e de associações do setor elétrico. “Infelizmente, os chamados jabutis da MP da Eletrobras prosperaram, se reproduziram e vão onerar os consumidores por décadas.” (CanalEnergia – 17.06.2021)


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9 Ministro diz que capitalização da Eletrobras trará modernização ao setor

A capitalização da Eletrobras não tem a ver com a crise hídrica, mas com a modernização do setor elétrico, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Em relação ao relatório final da MP 1031, ele afirmou que ainda não teve acesso ao documento. “A capitalização é necessária para que os consumidores tenham os melhores serviços e tarifas na conta de luz. Isso é essencial ser analisado pelo Senado. A capitalização vai permitir que as tarifas não subam em 2022, e que os consumidores tenham o melhor serviço”, diz o ministro. No entanto, o ministro fez questão de deixar claro que a instalação de térmicas em regiões que não têm infraestrutura serão implementadas como parte do planejamento dos leilões de energia. “Se não tiver condições elas não serão concluídas. Não muda nada no planejamento, os preços-tetos serão referenciados de 2019”. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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10 Presidente da Abiape critica distorção no planejamento do setor na MP da Eletrobras

O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel, disse que o texto da Medida Provisória 1031/2021 é uma sinalização negativa para o setor elétrico, uma vez que institui a interferência do Congresso no planejamento técnico do setor. “Temos uma empresa (EPE) com técnicos e inteligência para fazer o planejamento e que foi passada por uma ação do Congresso”, disse Menel. Ele também mencionou a necessidade de mudanças nas legislações que visam modernizar o setor elétrico. Menel criticou a instituição de reservas de mercado para as Pequenas Centrais Hidrelétricas e a contratação de térmicas. “É uma sinalização ruim, com reserva de mercado, e coisas que aparentemente estavam superadas na modernização do setor elétrico. Agora é identificar como minimizar danos no curto e no longo prazo”, disse ele. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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11 Presidente da Abiape afirma que MP da Eletrobras desperta cenário de preocupações

O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia, Mário Menel, resumiu a impressão negativa com o texto final da MP, ao afirmar que ela representa uma sinalização muito ruim para o setor e uma interferência do Legislativo no papel da EPE. “Nós ficamos com uma empresa que tem técnicos, tem inteligência para fazer um planejamento baseado em parâmetros técnicos, e ela foi ‘bypassada’ por uma determinação do Congresso Nacional, sem base em estudos técnicos”, destacou o executivo. A entidade destaca a necessidade de construção de gasodutos e longas linhas de transmissão, além de oferecer energia mais cara, pela imposição de localização do empreendimento, como os principais pontos negativos da MP. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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12 Presidente da Abragel afirma que PCHs serão beneficiadas pela MP da Eletrobras

O presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), Charles Lenzi, disse que a aprovação da Medida Provisória (MP) 1031/2021 é positiva para o setor, uma vez que prevê a contratação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Segundo Lenzi, a votação do Senado reforça o entendimento da importância do setor dentro do contexto de expansão de energia limpa e renovável do País. "As PCHs ainda têm muito a contribuir em vista de suas características técnicas relevantes pro Sistema Interligado Nacional (SIN)". A MP foi aprovada na quinta-feira (17) no Senado por 42 votos a favor e 37 contrários, e viabiliza o prosseguimento da privatização da estatal. Antes a MP já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados, no dia 19 de maio de 2021, por 313 votos a favor, 166 contra e 5 abstenções, e agora volta para ser apreciada novamente na Câmara. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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13 MP da Eletrobras é extremamente negativa para pequenos consumidores, diz Idec

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) considera a MP 1031, que trata da privatização da Eletrobras, extremamente negativa para os pequenos consumidores de energia. Em nota, o Idec criticou a reserva de mercado para a contratação de térmicas e PCHs, e sinalizou que vê com preocupação a necessidade de construção de novos gasodutos e linhas de transmissão para escoamento da energia. A entidade ressaltou ainda que a seleção de fontes independentemente com eventuais vantagens que possam agregar deve ser feitas com base em critérios técnicos, conforme o planejamento do setor elétrico. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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14 Credit Suisse: mudança no projeto da Eletrobras é ampla e deve causar prejuízos

A nova versão do projeto de privatização da Eletrobras, apresentada ontem pelo relator do texto Marcos Rogério (DEM-RO) inclui uma série de novos requisitos que parecem acomodar interesses variados. A mudança pode aumentar a probabilidade de aprovação, mas é ampla, enquanto o prazo para aprovação da medida é curto, avalia o Credit Suisse. Apesar da grande quantidade de alterações, os analistas consideram que as mudanças devem ser sutis. Ainda assim, veem possíveis prejuízos para o governo federal. "A mudança inclui uma menor taxa de concessão, portanto, uma oferta secundária maior deve ser adicionada ao follow on para garantir que o Estado perca o controle da companhia. Isso implica interferência no planejamento e regulação, com efeitos colaterais negativos para o setor", cometam Carneiro e Nagano. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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15 Crise do setor elétrico é diferente de 2001 e exige ações urgentes, diz ex-Aneel

A crise do setor elétrico causada pelo baixo volume de chuvas e a queda nos reservatórios das hidrelétricas em 2021 tem um contexto diferente do racionamento que ocorreu em 2001, mas demanda ações “urgentes, rápidas e responsáveis”, segundo o ex-diretor da Aneel e ex-presidente da ANA, Jerson Kelman. “Estamos ainda em tempo de tomar medidas para evitar que, mesmo com uma situação hidrelétrica desfavorável, não tenhamos uma crise. O risco que temos em 2021, principalmente, é não ter potência em um momento de pico de demanda. Em 2001 era necessário diminuir o consumo. Hoje, é possível remanejar a demanda no pico”, disse Kelman durante seminário virtual promovido pela agência epbr em parceria com o Instituto Escolhas. Também presente à discussão, o ex-diretor do ONS, Luzi Eduardo Barata, defendeu a criação da Câmara de Regras Operacionais Excepcionais para Usinas Hidrelétricas (CARE), órgão proposto pelo governo para lidar com a crise. “Como o assunto extrapola o setor de energia, as soluções não podem ser tomadas exclusivamente por esse setor”, disse. (Valor Econômico – 17.06.2021)

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16 Aneel divulga novo Painel de Segurança de Barragens

A Aneel publicou o novo painel de classificação e de informações sobre a situação da segurança de barragens do setor elétrico brasileiro. A ferramenta detalha informações relacionadas a classificação de risco, planos de segurança e municípios afetados. O novo painel incorpora as informações consolidadas das campanhas anuais de fiscalização realizadas pela Agência, geridas pela plataforma FSBWeb, instrumento desenvolvido para monitoramento das barragens de empreendimentos hidrelétricos em atendimento às determinações estabelecidas pela Política Nacional de Segurança de Barragens, Lei 12.334/2010. (Aneel – 17.06.2021)

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17 Aneel esclarece ao IDEC que parque térmico está atendendo aos pedidos para gerar

A Aneel esclareceu na quarta-feira (16/6), em reunião com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), que o parque de usinas termelétricas do SIN está atendendo toda a demanda por energia que está sendo apontada pelo ONS. Durante a conversa, a Agência explicou que, neste ano de 2021, com a maior crise hídrica da história, não houve qualquer evento em que a necessidade do despacho termelétrico pelo ONS não tenha sido atendida. Por exemplo, nos últimos dias as termelétricas convencionais responderam por mais de 25% da produção de energia elétrica no Brasil, contribuindo significativamente para estocar água nos reservatórios das nossas hidrelétricas e passar por esse momento de crise hídrica. “Podemos dizer que o consumidor não está pagando por termelétricas que não funcionam, salvo o caso de cinco usinas que possuem decisões judiciais para eximi-las de atender, na integralidade, os despachos do ONS”, disse o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. (Aneel – 17.06.2021)

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18 Desoneração tarifária e investimentos são destaques da Aneel em evento do UBS

A agenda da Aneel de desoneração tarifária e os investimentos no Setor Elétrico foram alguns dos destaques da apresentação do diretor-geral da Aneel, André Pepitone, a analistas do mercado financeiro reunidos no UBS Virtual Utilities Day. Aos 81 participantes do encontro virtual, Pepitone destacou a redução de subsídios como fator que trouxe economia significativa na CDE, um dos encargos da tarifa. Entre os itens da agenda de conquistas do setor, citou a abertura do mercado livre; implantação do preço-horário para cálculo dos custos de operação; esforços para a redução tarifária; a suspensão de cortes no fornecimento de energia aos consumidores residenciais e de baixa renda e aplicação da conta COVID durante a pandemia. (Aneel – 17.06.2021)

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19 Aneel nega pedido da Abrace sobre valor residual das transmissoras com contratos prorrogados

A Aneel negou o efeito suspensivo apresentado Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), referente à homologação das revisões periódicas da RAP dos contratos de concessão das transmissoras que foram prorrogados. No recurso, a entidade pleiteava que a agência considerasse o valor residual referente à diferença entre o valor pago às transmissoras e o devido entre os ciclos tarifários 2017-2018 a 2019-2020. Na decisão, a Aneel afirmou que não houve erro nos valores e que não se visualiza qualquer vício formal no procedimento que resultou na homologação. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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20 Governo do RS muda data do leilão da CEEE-T para julho

O leilão da CEEE Transmissão, até então marcado para o dia 29 de junho deste ano, foi prorrogado para 16 de julho, com a entrega das propostas devendo acontecer até o dia 12 de julho, partindo do valor inicial de R$ 1,6 bilhão. A medida que altera o cronograma do processo de privatização da transmissora gaúcha foi publicado pelo governo estadual no Diário Oficial da última quarta-feira, 16 de junho. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, o Aviso de Alteração do Edital nº 1/2021 foi solicitado por interessados em adquirir a companhia, para melhor avaliar os aspectos do negócio após a conclusão da cisão com o segmento de geração, que anteriormente formavam a CEEE-GT. Para o secretário da Sema, Luiz Henrique Viana, a mudança faz parte dos trâmites normais e proporcionará mais tempo de análise aos investidores em potencial, aumentando as chances de concretização e sucesso da desestatização. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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21 Entrevista com Elena Landau sobre a MP da Eletrobras

A economista Elena Landau afirma em entrevista à Anne Warth que a aprovação da Medida Provisória que permite a privatização da Eletrobras, repleta de 'jabutis', mostra que o governo perdeu o controle do setor elétrico. Para Landau, que coordenou o programa de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a MP mostra que as relações entre os poderes atingiram um nível baixo, e vão piorar. “Perderam completamente o controle do setor elétrico. E vão perder o controle das reformas administrativa e tributária”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 18.06.2021)

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Empresas

1 Crise hídrica atinge ações de distribuidoras

Desde o alerta da crise hídrica feito pelo governo, em 28 de maio, as empresas do segmento foram as que mais se desvalorizaram na Bolsa, com destaque para Ampla (-5,83%) e Light (-4,59%). A Ampla (atual Enel) afirmou que os papéis não têm liquidez. Já a Light não se posicionou. Além delas, outras 11 distribuidoras perderam valor. Em sentido oposto, usinas térmicas que têm sobras de energia para vender no mercado à vista podem até fazer caixa com a crise. Também podem ganhar as que produzem gás, usado como combustível, e que com isso, consigam otimizar custos enquanto o valor da energia sobe, como a Eneva. Suas ações ordinárias subiram 18,1% desde 17 de dezembro, acima do Índice de Energia Elétrica (IEE) da B3, que avançou 2%. Desde 28 de maio, a alta foi de 1,5%, novamente acima do IEE (+0,4%). No médio prazo, sairão fortalecidas as geradoras que utilizam fontes renováveis que não dependem de água, sobretudo as eólicas. E não é apenas pela disponibilidade de "matéria-prima": com a estiagem, ganhou força a defesa do meio ambiente e da urgência da transição energética, com a oferta de soluções mais 'limpas', como as das energias eólica e solar. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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2 Taesa participará de todos os leilões de transmissão

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) participará de todos os leilões de transmissão do governo como sempre aconteceu, mas sua efetividade depende do retorno dos projetos, afirmou o gerente de Relações com Investidores da companhia, Cristiano Grangeiro, durante uma live da Genial Investimentos. Indagado sobre a venda de ações da companhia pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), marcada para julho, Grangeiro disse que não pode comentar sobre o tema. O executivo afirmou que a crise hídrica é motivo de preocupação para todos, mas que o setor de transmissão não é diretamente afetado. "Não existe um impacto direto no setor de transmissão. Nossa prestação de serviço é manter as linhas operando para transmitir energia. Estamos preocupados e apoiando no que for preciso para o setor". (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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3 Neoenergia inicia obras de novo projeto de transmissão na Bahia

A Neoenergia iniciou a mobilização para a construção do projeto de transmissão Rio Formoso, na Bahia. O empreendimento faz parte do lote 9 do leilão 002/2019 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A companhia obteve a licença de instalação da linha, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) da Bahia. O projeto prevê a construção da subestação Rio Formoso II; a implantação de um novo pátio na subestação Rio das Éguas; e a construção de 105 quilômetros de linha de transmissão em 230kV, circuito duplo, para a interligação das subestações. A companhia espera realizar este mês os trabalhos de terraplanagem nas duas subestações e as fundações das torres da linha de transmissão. (Valor Econômico – 17.06.2021)

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4 Cemig facilita doações por meio da fatura de energia

A Cemig está oferecendo mais comodidade e segurança no processo de autorização de doações por meio das faturas de energia elétrica, no intuito de facilitar a vida dos clientes que têm interesse em ajudar entidades filantrópicas de Minas Gerais diante desse momento de crise. A companhia destacou que além de ser um processo mais fácil e rápido, os interessados em apoiar alguma instituição terão a segurança da legitimidade do procedimento, já que a opção será feita por meio do Portal corporativo da Cemig. Atualmente são cerca de 200 instituições cadastradas, sem fins lucrativos, que desenvolvem atividades de combate ao câncer, bem como casas de repouso de idosos, creches, entre outros. Todas as informações estão disponíveis no site da Cemig. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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5 Eneva e GV Angels fazem aporte de R$ 1 mi em startup de geração distribuída

A Eneva Ventures, braço da Eneva, e a GV Angels fizeram um aporte total de R$ 1 milhão como investidores anjo na startup de geração distribuída (GD) Sunne, que tem a proposta de levar energia renovável para pequenas e médias empresas. A Sunne começou a operar em 2018, no Ceará, e utiliza o modelo de energia compartilhada para conectar usinas de geração por meio de fontes renováveis aos consumidores. Desta maneira, a startup fecha contratos com produtores de energia e repassa os créditos aos clientes que podem abatê-los na conta de luz da distribuidora de energia elétrica. Segundo a Eneva, o investimento aconteceu porque a empresa acredita que o modelo de negócios da Sunne ganhará cada vez mais espaço no mercado. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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6 VINCI Energies atuará no mercado de tecnologia da informação no Brasil

A VINCI Energies informou que atuará no mercado de tecnologia da informação (TI) no Brasil por meio de sua subsidiária Axians. Para isso, a empresa adquiriu recentemente a integradora de tecnologia Planus, que oferecerá serviços como segurança digital, gestão de dados, dente outros. Segundo a companhia, a estratégia da empresa será dobrar o tamanho da Axians no País até 2025, em relação ao faturamento de R$ 125 milhões registrado pela Planus em 2020. A VINCI Energies já atua no Brasil nos segmentos de eficiência energética, big data para implementar novas tecnologias, focada em transição energética e transformação digital. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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7 Mário Menel é reeleito presidente do Fase

O Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase) reelegeu Mário Menel nesta quinta-feira (17/06) à presidência da entidade. O executivo, que também preside a Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), exercerá o novo mandato na presidência da entidade até junho de 2022. O Fase conta com duas cadeiras na vice-presidência, para as quais foram eleitos Flavio Neiva, presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) e Reginaldo Medeiros, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel). Os dois executivos também terão mandato até junho do próximo ano. O Fase foi criado em 2013 e é composto por 26 associações do setor elétrico, a fim de centralizar diálogo e interlocução com o governo em agendas comuns. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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Leilões

1 Leilão traz expectativa para recuperação energética de resíduos

O segmento de recuperação energética de resíduos, que engloba os projetos de geração termelétrica a partir do lixo, tem grandes expectativas para o leilão de contratação de projetos que vai ser realizado pela Aneel em setembro. Isso ocorre porque, pela primeira vez, um leilão de contratação de projetos novos de energia vai ter um produto fixo para usinas de recuperação de resíduos, com ofertas de lances separados das demais fontes. Os acordos serão na modalidade de disponibilidade e terão duração de 20 anos. Ao todo, estão cadastradas para concorrer 12 usinas de recuperação energética de resíduos, com capacidade instalada total de 315 megawatts (MW), distribuídas nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Recuperação Energética de Resíduos, Yuri Schmitke, a expectativa é que pelo menos três projetos sejam contratados. O novo marco regulatório do saneamento, sancionado em 2020, abre caminho para novos contratos de concessão para o tratamento dos resíduos e prevê a possibilidade de o custo da gestão do lixo ser incluído às tarifas de tratamento de água e esgotamento sanitário. No caso do Brasil, as estimativas da Abren são de que até 3% da demanda nacional de eletricidade pode ser atendida por meio de projetos de recuperação de resíduos. Para Schmitke, o acesso a financiamentos é um dos principais obstáculos para o desenvolvimento de projetos de recuperação energética do lixo. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 CCEE: PLD médio para 17/06 cai 0,5% no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul

O valor médio do PLD caiu 0,5% hoje em relação a ontem nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, para R$ 287,75/MWh, de acordo com a CCEE. No Nordeste, a redução foi de 1,5% para R$ 284,75/MWh hoje em relação a ontem, enquanto no Norte a redução foi de 0,7%, para R$ 287,24/MWh. A máxima do dia ficou em R$ 307,74/MWh no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, para a energia vendida às 18h. No Nordeste, a energia mais cara ficou em R$ 294,70/MWh, às 17h, e no Norte em R$ 298,84/MWh, às 18h. Já a mínima foi de R$ 269,98/MWh em todos os submercados para a faixa das 03h. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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2 ONS: armazenamento de energia no SIN é de 40,7%

O SIN registrou no fim da última quarta-feira (16/06) armazenamento de 40,7% de sua capacidade máxima, de acordo com o Informativo Preliminar Diário de Operação, divulgado nesta quinta (17/06). O volume identificado corresponde a uma redução de 0,1 ponto percentual em comparação com o dia anterior. No mês, a variação de energia acumulada é de -1,5%. O submercado Sudeste/Centro-Oeste registrou nível de 30,4%, uma queda de 0,1 ponto percentual frente ao dia anterior. No mês, o armazenamento acumulou baixa de 1,7%. No Nordeste, o IPDO apontou armazenamento de 60,9%, redução de 0,1 ponto percentual ante a véspera. O acumulado do mês registra variação negativa de 2,5%. O Norte registrou armazenamento de 84,0%, o equivalente a uma diminuição de 0,2 ponto percentual em comparação com o dia anterior. Em paralelo, o acumulado do mês é de -0,5 ponto percentual na região. Por fim, o subsistema Sul apresentou nível de 60,6% de armazenamento e não registrou variação em relação a quantidade verificada pelo ONS no dia anterior. A energia acumulada percentual dos reservatórios no subsistema variou 3,1% no acumulado do mês. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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3 Reservatórios do NE operam com 60,9% da capacidade

Operando com 60,9% de sua capacidade de armazenamento, os reservatórios do Nordeste tiveram a diminuição de 0,1 ponto percentual na última quarta-feira (16/06), se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. A energia retida é de 31.449 MW mês e ENA de 1.766 MW med, valor que corresponde a 39% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 60,04%. Já na região Norte a redução foi de 0,2 p.p e os reservatórios trabalham com 84% da capacidade. A energia armazenada marca 12.742 MW mês e ENA de 7.480 MW med, equivalente a 69% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 99,23%. No submercado do Sudeste/Centro-Oeste tiveram recuo de 0,1 p.p, e a capacidade está em 30,4%. A energia armazenada mostra 61.876 MW mês e a ENA é de 22.687 MW med, valor que corresponde a 68% da MLT. Furnas admite 33,45% e a usina de Nova Ponte marca 15,57%. Os reservatórios da Região Sul mais uma vez se mantiveram estáveis e operam com 60,6%. A energia armazenada é de 12.054 MW mês e a energia natural afluente marca 3.874 MW med, correspondendo a 39% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 71,09% e 53,29% respectivamente. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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4 ONS: todas as térmicas vão operar no ano que vem

Todo o parque de geração termelétrica do país, que dispõe de 20 mil MW de potência, deverá ser mantido em operação no próximo período chuvoso - oficialmente de novembro até abril - para afastar o risco de racionamento de energia em 2022, ano de eleição presidencial. A estratégia foi definida pelo ONS, conforme informou o diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi. A decisão do operador, que precisará ser referendada pelo governo, parte da premissa de que as chuvas podem não chegar no tempo e na intensidade esperada. Além disso, a recuperação do nível dos reservatórios das usinas deve demorar num primeiro momento, devido às condições de solo "muito seco" deixado pela atual crise hídrica. Esta decisão, que deve ser mantida em 2022, levou ao acionamento da bandeira vermelha, patamar 2, nas contas de luz, com cobrança adicional de R$ 6,24 para cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos. Como a despesa com as térmicas aumentou além do previsto, os valores da bandeira tarifária precisarão subir ainda mais para não pressionar o caixa das distribuidoras. Além de livrar o governo do desgaste político com blecautes e racionamento em 2022, o acionamento das térmicas pode ainda evitar que o setor atrapalhe a retomada da atividade econômica. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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5 Abrace apresenta ao governo proposta de programa de redução de demanda

A Abrace desenhou uma proposta de redução voluntária de demanda por eletricidade, como contribuição à mitigação dos efeitos da crise hídrica. A proposta, segundo a associação, “simples, de fácil entendimento e operacionalização”, seria automática, sem necessidade de novos contratos, para todos os consumidores registrados na CCEE. De acordo com a proposta, todas as quintas-feiras, antes do início da semana operativa seguinte, o consumidor interessado em participar do programa informa à CCEE a quantidade de energia em MWh que deseja reduzir em cada um dos dias seguintes. A remuneração, automática, seria feita apenas para reduções de consumo superiores a 5% nos dias úteis, entre 12:00 horas e 18:00 horas, período em que são verificados recordes de demanda. A comparação para a redução do consumo será feita a partir de uma linha de base que será calculada para cada um dos dias úteis, entre 12:00 horas e 18:00 horas. Para isso, será utilizada a média do histórico de medições nesta faixa horária, entre os meses de maio e junho deste ano. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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6 Para analistas, risco maior está em horários de pico do consumo

A crise do setor elétrico causada pelo baixo volume de chuvas e a queda nos reservatórios das hidrelétricas este ano tem um contexto diferente do racionamento que ocorreu em 2001, mas pede medidas rápidas para evitar riscos maiores, apontam especialistas. Segundo o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman, a situação demanda ações “urgentes, rápidas e responsáveis”. A visão é similar à do ex-presidente da EPE Mauricio Tolmasquim. Em evento on-line promovido pela Coppe/UFRJ ontem à tarde, ele apontou que o risco da atual crise hídrica para o setor elétrico é a possibilidade de blecautes em horários de pico do consumo. Para Tolmasquim, o risco não vem apenas das dificuldades de geração nas hidrelétricas, mas também do intenso uso das redes de transmissão para o intercâmbio de energia entre as regiões. O déficit de precipitação nas regiões central e no sul do país hoje é maior do que os registrados durante o período do racionamento de 2001, de acordo com o Inpe. A situação vinha sendo prevista nos últimos meses pelo órgão, que também acredita que o volume de chuvas até agosto vai seguir insuficiente para recuperar os níveis dos reservatórios. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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7 Hora é de “fechar as torneiras” das hidrelétricas, diz Jerson Kelman em debate sobre crise

A demora em tomar decisões é o que mais aproxima a crise energética de 2001 da crise hídrica atual, avaliaram agentes do setor nesta quinta-feira (18/06), entre eles Jerson Kelman, primeiro presidente da ANA, em pleno apagão, e posteriormente diretor geral da Aneel. Para ele, o momento é de “fechar as torneiras” de algumas hidrelétricas, “e rápido”, como Porto Primavera (SP/MS) e Jupiá (SP/MS). Ele também criticou a criação de um comitê para gerar a crise que não envolva todos os órgãos ligados ao tema, como ANA e Ibama. “Se a ANA não fizer parte está errado, se o Ibama não fizer parte está errado”, disse Kelman durante debate promovido pela agência EPBR e o Instituto Escolhas. “Em 2001, quando tivemos a situação conjuntural mais difícil do que tem hoje, não fiquei melindrado com o Comitê de Gestão de Crise comandado pelo Pedro Parente, que tinha autoridade de articular ações com vários outros ministérios”, explicou Kelman, sobre um possível comitê de crise que estaria sendo criado sem a participação dos dois órgãos. Presente no evento, o ex-presidente do ONS, Luiz Barata, destacou que a disputa entre os vários grupos pelo uso da água só pode ser solucionado se houver consenso, e a discussão deve passar por todos os usuários. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Entenda por que 90% dos donos de carros elétricos geram energia em casa

Conforme a frota de veículos elétricos cresce no Brasil, aumenta também a procura por métodos para alimentar esses automóveis de forma limpa e econômica. Até porque o custo da eletricidade vem subindo. Em 2021, a projeção de aumento é de 13% e a possibilidade de um racionamento de energia é crescente. A solução para escapar dessa conta é produzir energia em casa, a partir de painéis fotovoltáicos. Possuir um carro elétrico acaba virando um incentivo direto para essa adoção. Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), mais de 90% dos proprietários de veículos elétricos que residem em casas instalaram painéis solares fotovoltaicos nas suas residências. (Automotive Business – 16.06.2021)

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2 Fisker acredita que os carros elétricos serão mais atraentes do que os carros ICE em 2025

A co-fundadora da Fisker e esposa do CEO da empresa, Geeta Gupta-Fisker, que é a CFO desta desenvolvedora americana de veículos elétricos, compartilhou suas idéias em uma teleconferência na Barron’s. Para a maioria dos compradores, ela está convencida de que os carros elétricos se tornarão mais atraentes do que os carros tradicionais com motores de combustão interna em 2025. Para isso, é necessário aumentar o volume de produção de componentes específicos para veículos elétricos por todos os meios. Na produção de veículos elétricos, a usina elétrica constitui a maior parte do custo e deve ser reduzida literalmente “por todo o mundo”. No final do próximo ano, a Fisker começará a receber os primeiros veículos elétricos Ocean de produção da Magna. Até o final de 2023, a Foxconn deverá ter dominado a produção do segundo carro elétrico da marca com o nome funcional PEAR, que será oferecido no varejo a um preço inferior a US $ 30.000. A própria empresa tem a oportunidade de se concentrar no desenvolvimento de hardware e software, interface de usuário e interação com o cliente. É no design e na experiência do cliente que a competição entre os fabricantes de VEs se desenvolverá, de acordo com o CFO da Fisker. (Avalanche Notícias – 17.06.2021)

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3 BMW testa carro com propulsão por célula de combustível de hidrogênio

Um sistema de propulsão alimentado por célula de combustível de hidrogênio começou a ser testado pelo grupo BMW. Os veículos usados nos testes estão próximos ao estágio final de desenvolvimento, sendo unidades em pré-produção. Os protótipos BMW i Hydrogen NEXT não têm qualquer emissão de CO2. Para avaliar o veículo, a montadora observa condições cotidianas das ruas e estradas europeias, para simular possibilidades que os motorista pode enfrentar ao usar um dos produtos finais da marca. Também serão examinados o comportamento na vida real dos chassis de cada modelo, sistemas de tecnologia e eletrônica embarcada. Totalmente elétrico, o BMW i Hydrogen NEXT usa o hidrogênio como combustível primário. Ele é convertido em energia elétrica dentro de uma célula de combustível. A tecnologia usada tem potencial de longo prazo para complementar os motores de combustão interna, sistemas híbridos plug-in e veículos elétricos a bateria. O grupo BMW acredita que o veículo pode se tornar uma alternativa atraente aos veículos elétricos a bateria, principalmente para os motoristas que não têm acesso à infraestrutura de carregamento. O tanque do veículo pode ser abastecido em um tempo de três a quatro minutos, com centenas de quilômetros de autonomia em diversas condições climáticas, promete a montada bávara. Frank Weber, membro da diretoria da BMW AG afirma que a tecnologia é uma opção atraente para trens de força sustentáveis, principalmente em carros maiores. (Olhar Digital – 17.06.2021)

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4 Problemas das baterias dos carros elétricos

O coração dos carros elétricos é a bateria, que apresenta dois problemas ainda sem solução: o da obtenção sustentável de minerais estratégicos para sua produção e o da reciclagem das baterias descartadas. Com as perspectivas de expansão da adoção dos veículos elétricos, a demanda por esses materiais crescerá substancialmente. Além do aumento dos preços, especialistas temem o avanço da mineração ilegal. Apostar na reciclagem das baterias pode ajudar a reduzir a mineração desenfreada e evitar que as baterias não acabem descartadas em aterros sanitários, de onde contaminariam o meio ambiente. No entanto, a indústria de reciclagem não tem evoluído com a mesma rapidez dos investimentos na produção das baterias. “O desafio é criar um sistema que dê conta da sofisticação dessas baterias. Elas possuem componentes mais valiosos do que as convencionais, de chumbo-ácido, usadas nos veículos a combustão”, observa Jorge Tenório, professor do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP. Boa parte dos projetos emergentes ainda apresentam baixa recuperação dos metais e o consumo de energia, além de alto, pode emitir gases poluentes. A reciclagem também esbarra em opções estratégicas da indústria. Ainda há baixa padronização das baterias, devido a competição entre as montadoras para alcançar a dianteira dessa indústria. A logística destinada a coletar e transportar as baterias usadas de forma segura é outro problema em busca de solução. Pelas suas composições, os atuais pontos de coleta de eletroeletrônicos ou de pilhas portáteis não poderão ser utilizados para recebê-las. Além disso, ainda não existe no Brasil uma indústria que faça a reciclagem de baterias de lítio. Assim, o material tem de ser exportado para outros países. Uma ideia seria confiar às montadoras a logística reversa dessas baterias, como ocorre na Europa, que já estendeu essa responsabilidade aos produtores. Mas confiar essa tarefa às montadoras, que não têm isso em seu core business, além de ineficaz, pode inibir a criação de outras tecnologias. (O Estado de São Paulo – 17.06.2021)

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Inovação

1 Siemens Energy busca desenvolver produção de hidrogênio verde na América Latina

Enquanto na Europa a quantidade de recursos é insuficiente para conseguir produzir o hidrogênio verde (H2V) em larga escala e assim suprir todo o consumo industrial, a América Latina contém uma abundância de recursos naturais para produzir o hidrogênio verde em um nível mais que suficiente do que o consumo industrial. Nesse sentido, visando o potencial da região, a Siemens Energy está migrando seu foco de H2V da Europa para a América Latina. A Siemens Energy já analisa aplicar projetos em países como o Chile e a Colômbia, devido aos potenciais de produção renovável dos dois países, enquanto no Brasil, a empresa já está atuando sobretudo na aplicação do hidrogênio em processos industriais, como no setor químico. Dando um foco maior na relação da empresa com o Brasil, ela já contém diversos projetos instalados no país, sendo o seu principal o projeto em parceria com a Braskem que prevê a instalação de uma unidade de cogeração movida a gás residual de processo com alto teor de hidrogênio. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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2 Chile: empresas pretendem construir usina de H2V para produzir amônia verde

Com o intuito de desenvolver fertilizantes e produtos agrícolas com pegada de carbono nula para o consumo chileno, a Trammo, uma empresa líder internacional de merchandising, e a AustriaEnergy, Grupo que tem se concentrado no desenvolvimento, construção, operação e gestão de usinas de energia renovável, realizaram um acordo que visa desenvolver uma usina de hidrogênio verde (H2V) em Magallanes, Chile. A usina será alimentada por um parque eólico de 2GW, e com tamanha quantidade de energia que será fornecida, as empresas esperam conseguir produzir um milhão de toneladas de amônia verde a partir do H2V. A parceria já realizou a primeira etapa no desenvolvimento deste projeto e planeja começar a operar e produzir amônia verde no Chile nos próximos cinco anos. (H2 View – 18.06.2021)

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3 CEFC faz investimento em hidrogênio verde em divisão da Universidade de Wollongong

Uma empresa criada na Universidade de Wollongong para comercializar a tecnologia australiana de eletrolisador de hidrogênio fechou com sucesso uma rodada de investimentos de US $ 5 milhões, incluindo uma contribuição de US $ 750.000 da Clean Energy Finance Corporation - o primeiro investimento do banco verde em tecnologia relacionada ao hidrogênio. O eletrolisador é baseado na tecnologia australiana desenvolvida por uma equipe do Centro de Excelência para Ciência de Eletromateriais (ACES) da ARC, liderada pelo especialista em catálise química e caracterização, Professor Gerry Swiegers. A Hysata disse que a tecnologia do eletrolisador foi comprovada em escala de laboratório e que a empresa - que será baseada no Instituto Australiano de Materiais Inovadores da UOW - agora está focada no desenvolvimento e comercialização de um sistema em escala real. (Renew Economy – 17.06.2021)

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4 GM e Liebherr desenvolverão sistemas baseado em células a combustível para aeronaves

A General Motors e a Liebherr-Aerospace firmaram uma parceria para desenvolver um sistema demonstrador de geração de energia baseado em células a combustível de hidrogênio para aeronaves. As empresas vão explorar as possibilidades de desenvolver um sistema integrado, customizado para o desempenho e requisitos econômicos de aeronaves comerciais. A mudança do sistema convencional para um sistema um sistema de geração de energia elétrica utilizando tecnologias de hidrogênio, exigirá grandes modificações nos sistemas a bordo da aeronave que podem resultar num desempenho melhor e mais eficiente das aeronaves. As aeronaves serão um teste para a força da tecnologia de células a combustível HYDROTEC da GM. A construção e os testes do protótipo serão realizados em um laboratório especializado de testes de integração de sistemas múltiplos na Liebherr-Aerospace em Toulouse, França. (Green Car Congress – 18.06.2021).

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5 Europa ganhará um dos maiores sistemas de armazenamento de energia, tecnologia com potencial no Brasil

A central nuclear de Olkiluoto, na Finlândia, ganhará um dos maiores sistemas de armazenamento de energia de bateria da Europa. O projeto terá 90 MWe de capacidade e atuará como uma fonte de energia de backup de início rápido para garantir a estabilidade da rede de energia do país em caso de desligamento não planejado da terceira unidade de Olkiluoto (OL3). É um tipo de tecnologia que, no longo prazo, pode ter uso ampliado no Brasil. Esse tipo de solução consta no planejamento energético do país como uma alternativa de fornecimento de energia para locais isolados. O empreendimento será construído após a assinatura de um contrato entre a Teollisuuden Voima Oyj (TVO), operadora da planta, e a Hitachi ABB Power Grids. No caso do Brasil, segundo o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, uma perspectiva para a aplicação das tecnologias de armazenamento é o seu uso combinado com fontes renováveis de geração variável e não controlável no setor rural e em regiões remotas, que incluem comunidades isoladas não interligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), ilhas e regiões de difícil acesso. O PNE aponta também que esses sistemas podem ser utilizados de backup em caso de desconexão da rede principal, garantindo autonomia e independência dessas regiões. (Petronotícias – 17.06.2021)

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6 Solarwatt apresenta seu Battery flex, "o BMW das baterias"

O Battery flex é um sistema de armazenamento que estabelece novos padrões de qualidade, tecnologia e design. O sistema de armazenamento é modular em design e flexível em termos de capacidade, que pode variar de 4,8 kWh a 240 kWh. Desta forma, a unidade de armazenamento pode ser perfeitamente adaptada ao sistema fotovoltaico existente, o que mantém os custos baixos e também conserva recursos. Além disso, a bateria pode ser conectada a circuitos de corrente contínua (DC) e corrente alternada (AC), tornando-a adequada para adaptação em qualquer sistema existente. Com um sistema de armazenamento em bateria, a energia solar autogerada pode ser usada quando necessário, aumentando a taxa de autoconsumo em até 80% e reduzindo os custos de energia e as emissões de CO2. (Energías Renovables - 17.06.2021)

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7 Soltec lança o novo rastreador SFOne

A Soltec anunciou hoje o lançamento do SFOne, um novo rastreador solar com configuração 1P de duas fileiras, com o qual consolida um portfólio de produtos flexíveis e versáteis. Além disso, inclui a tecnologia Dy-Wind, que apresenta a metodologia mais avançada para o projeto de estruturas de rastreamento resistentes ao vento, e a otimização do sistema Diffuse Booster para condições de pouca luz. A empresa aposta neste novo produto de forma a responder a todas as exigências dos seus clientes e adaptar-se a todo o tipo de projectos num mercado global. O SFOne, que estará disponível em todos os mercados onde a empresa atua, proporciona maior facilidade de instalação o que agiliza o processo de construção da usina, à semelhança do SF7que a empresa já possui no mercado, reduzindo em 75% o tempo investido em seu desenvolvimento. (Energías Renovables - 17.06.2021)

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Meio Ambiente

1 MP da Eletrobras agora atropela Ibama e Funai para construir 'linhão' de energia

Novas mudanças feitas pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) na MP 1.031, medida provisória que autoriza a privatização da Eletrobras, atropelam o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) no licenciamento ambiental da linha de transmissão de energia Manaus-Boa Vista. O empreendimento foi leiloado em 2011 e sua previsão era de entrar em funcionamento em 2015, mas até hoje as obras não começaram. A polêmica gira em torno da passagem do "linhão" pelas terras do povo indígena Waimiri-Atroari, devastado pela construção da rodovia BR-174, na ditadura militar. Em busca de votos para aprovar a MP da Eletrobras, Marcos Rogério acatou emenda apresentada pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR). A redação da emenda modificada estabelece que, "uma vez concluído o Plano Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI), traduzido na língua originária e apresentado aos indígenas, fica a União autorizada a iniciar as obras" da linha de transmissão. Na prática, haveria dispensa da aprovação pela Funai e pelo Ibama, responsáveis pela análise do licenciamento ambiental. (Valor Econômico – 17.06.2021)

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2 Desmatamento na Amazônia e mudança climática agravam crise hídrica, dizem especialistas

O La Niña é apenas um dos motivos da crise hídrica no país, isso porque o fenômeno afeta a distribuição de chuvas. Em geral, costuma provocar estiagem no Centro-Sul, justamente onde se encontram os principais reservatórios para a geração de energia. Renata Libonati, professora do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) afirma que vê na crise hídrica, os reflexos do desmatamento da Amazônia. É que a região, lembra a professora, exerce papel importante em fluxos de umidade que leva chuvas para Centro-Oeste e Sudeste. Esses processos ocorrem por meio dos chamados rios voadores da Amazônia. Renata Libonati, sinaliza que a floresta gera umidade que é carregada por ventos até a Cordilheira dos Andes. Especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) também concordam com a visão da professora. Com a perspectiva de menores chuvas, a operação do setor elétrico terá que mudar, as chamadas energias renováveis intermitentes, como eólica e solar, têm que ganhar mais espaço, substituindo o papel hoje feito pelas hidrelétricas. O ex-presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) Luiz Eduardo Barata, diz que com a expansão das energias renováveis, os reservatórios das hidrelétricas tendem a voltar a encher —a última vez em que terminaram o período de chuvas acima dos 80% foi em 2011. (Folha de São Paulo – 17.06.2021)

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3 Diálogo sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade - O Caminho para Zero Emissões e Desmatamento

Acontece no dia 24 de junho, das 9h às 13h (horário de Brasília), no contexto da Parceria Estratégica União Europeia-Brasil o Diálogo sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade. O encontro tem como objetivo fortalecer as relações políticas entre a União Europeia , seus Estados Membros e o Brasil, de forma que seja possível alcançar as autoridades e a sociedade civil brasileira, com foco nas temáticas de Mudanças Climáticas e Biodiversidade. Inscreva-se aqui. (Diálogos União Europeia - Brasil – junho de 2021)

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4 Orçamento em P&D de energia dos países-membros da AIE atingiu US$ 22,5 bi em 2020

Gastos públicos em P&D de energia de baixo carbono aumentaram significativamente, representando 96% dos orçamentos totais Os orçamentos públicos dos países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) para pesquisa, desenvolvimento e demonstração de energia (PD&D) aumentaram 3% em 2020 para um valor estimado de US $ 22,5 bilhões. Este foi o quarto aumento anual consecutivo após quatro anos de declínio. O nível de 2020 foi 40% superior ao de 2008, embora ainda seja inferior ao pico de 2009. Os Estados Unidos e o Japão foram os que mais gastaram em P&D de energia entre os países membros, seguidos pela França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Coréia, Itália e Noruega. O Brasil não é membro, mas é associado da AIE e o levantamento incluiu pela primeira vez dados do país. Os gastos públicos em P&D de tecnologias de energia de baixo carbono aumentaram significativamente, chegando a US$ 21,7 bilhões, representando 96% dos orçamentos totais. Os gastos com tecnologias de energia sem baixo teor de carbono têm diminuído constantemente desde 2013, chegando a US $ 837 milhões. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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Energias Renováveis

1 Brasil investiu US$ 8,7 bi em renováveis em 2020

Pelo sétimo ano consecutivo, os investimentos em capacidade de energia renovável cresceram no Brasil, segundo o relatório Renewables Global Status Report 2020, da REN21, divulgado nesta quarta-feira (16/06). Do total investido em 2020 globalmente em renováveis (excluindo grandes hidrelétricas), cerca de US$ 303,5 bilhões, o Brasil respondeu por 2,9%, ou US$ 8,7 bilhões. Isso representou, para o relatório, um aumento de 23% nos investimentos brasileiros sobre 2019 (US$ 7,1 bilhões), bem acima do percentual global de 2% de acréscimo sobre o investido no ano anterior ao do período pesquisado. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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2 Banco do Brasil vai lançar 19 licitações para energia renovável até fim do ano

O Banco do Brasil (BB) vai lançar ainda este ano 19 licitações para projetos de geração distribuída de energia renovável a partir das fontes solar, eólica, biomassa e biogás. A contratação tem investimentos estimados em R$ 687 milhões e é parte da estratégia do banco para abater 100% de suas emissões de gases de efeito estufa oriundas do consumo de energia até 2024, a partir da geração renovável ou da compra de certificados. O objetivo do banco é que, após o início da operação das suas usinas de geração distribuída, seja dispensada a necessidade de compras de I-Recs de terceiros, já que as unidades de geração renovável próprias vão emitir certificados que podem compensar as emissões de energia que não puderem ser substituídas por renováveis. Para as 19 novas licitações, a expectativa é que outras fontes também sejam contratadas. Segundo o diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do BB, Éder Menezes, a expectativa é que a geração a biomassa tenha alta competitividade, principalmente no Sul e Sudeste, já que a fonte exige terrenos menores do que a solar e, portanto, pode ter custos associados menores nessas regiões. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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3 SENAI inaugura Instituto de Inovação em Energias Renováveis

Foi inaugurado no Rio Grande do Norte, na última terça- feira, 15 de junho, Dia Mundial do Vento, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). Como impulso ao fortalecimento da indústria e à competitividade do Brasil, a unidade vai trazer soluções que prometem catapultar a sustentabilidade do país, com redução de custos, mais eficiência e geração de energias limpas. O ISI-ER faz parte de uma rede formada por 26 Institutos de Inovação implantados pelo SENAI no Brasil para atender a diferentes demandas da indústria. É a maior rede de institutos privados do país para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) do setor, com a unidade em Natal, no Rio Grande do Norte, como principal referência para pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em energia eólica e solar.Um dos destaques do ISI-ER é o Túnel de Vento, primeiro laboratório do Brasil projetado para atender a demanda da indústria eólica. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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4 Neoenergia publicou protocolo para pautar investimentos sustentáveis

A Neoenergia desenvolveu um protocolo de financiamento verde – Green Finance Framework – com o objetivo de ratificar o compromisso com a sustentabilidade de suas atividades, colocando-a como protagonista no setor para o desenvolvimento e incentivo à emissão de títulos verdes no mercado, contemplando o portfólio de geração limpa, transmissão e distribuição. O documento visa estabelecer compromissos para a gestão sustentável dos negócios, assegurando maior transparência aos investidores quanto à alocação e destinação de recursos captados através de instrumentos de financiamento verdes, como os green bonds (títulos verdes) ou créditos verdes. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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5 Maio registra 14,3 GW de projetos solares com Despacho de Requerimento de Outorga

A Greener verificou no mês de maio um total de 14,3 GW de novos Despachos de Requerimento de Outorga (DRO) emitidos e 2,6 GW de novas outorgas. A consultoria monitora os empreendimentos fotovoltaicos do Brasil mensalmente num tipo de mapeamento que possibilita a análise de informações das usinas solares de Geração Centralizada, desde as usinas com despacho de requerimento de outorga (DRO) até as usinas que já estão em operação. O levantamento considera todos os empreendimentos fotovoltaicos que realizaram o pedido de requerimento de outorga e que obtiveram a emitida pela Aneel. Maio foi o mês com maior número de DRO’s desde janeiro de 2020, quando o levantamento começou a ser feito, sendo que Minas Gerais, Bahia e Piauí lideram o ranking de estados com mais projetos. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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6 Biomassa poderia injetar 1,8 mil GWh em energia adicional em 2021

Um levantamento feito pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) e a União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica) mostrou que as usinas de cogeração a biomassa têm capacidade de gerar uma produção adicional de energia a curto prazo de 1,8 mil GWh além dos contratos vigentes nos mercados regulado e livre. O estudo mostrou também que em 2022, este número pode chegar a 3,5 mil GWh. A Cogen e a Unica prepararam agora um estudo sobre como o setor de biomassa pode contribuir para elevar a oferta energética e mitigar as dificuldades do país com a falta de chuvas, que reduz a capacidade de geração hidrelétrica. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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7 Claro inaugura usina no mercado de GD do Brasil movida a biogás

A Claro iniciou a operação da usina de Geração Distribuída movida a biogás, que foi construída e operada pela RZK Energia, empresa do Grupo Rezek. A nova usina tem autorização para gerar até 4,65 MWm de energia, que irão abastecer 2.991 unidades da Claro, entre torres de telefonia, datacenters e outras estruturas operacionais da companhia. A usina, que está localizada em Nova Iguaçu (RJ), é considerada compacta (700 metros quadrados) e com baixa emissão de ruído. A central geradora é formada por um conjunto de quatro motores, que são interligados ao aterro municipal da cidade por meio de dutos. O biogás que move a usina é obtido por meio do gás metano (CH4) e do dióxido de carbono (CO2) liberados pelo lixo orgânico em decomposição no aterro sanitário. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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8 Aneel registra DRO para 1,4 GW nas fontes solar e eólica

A Aneel registrou o Requerimento de Outorga (DRO) de 409 megawatts (MW) para as usinas Electra 1 a 9, da Shell Brasil, que serão implantadas no município de Corinto, em Minas Gerais. Outros 400 MW são das usinas Firminópolis I a VIII, que serão construídas pela Enercom Energia Renovável em Turvânia, em Goiás. Para o mesmo Estado, a agência também registrou DRO para 275 MW das usinas Trindade I a VI, que serão implantadas pela Lucent Renewables na cidade de Campestre. Também foi registrado pedido de outorga para 45 MW da usina Primavera, da Citlux Empreendimentos, fica em Corinto, Minas Gerais. já para a fonte eólica eólica, a Aneel registrou DRO para as seis usinas da Voltalia Energia, que serão construídas em Ourolândia, na Bahia, e somam 276 MW. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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9 Wood Mackenzie vê risco de inflação nos custos de operação e manutenção de eólicas

Após o forte crescimento do setor eólico onshore, especialmente no Brasil, e a consequente baixa nos custos de geração, o setor agora se depara com um possível risco de inflação nos custos de operação e manutenção, segundo uma análise da Wood Mackenzie. Essa possível escalada de custos operacionais pode ser amplamente dividida em custos de mão de obra, equipamentos e peças sobressalentes. Todos os três segmentos enfrentam o risco de escalada de custos no curto prazo, devido a uma combinação de equipamentos e demanda de técnicos disparados, aumentos de preços de matérias-primas e crescimento real de salários, além de falhas de equipamento relacionadas ao tempo de vida útil. De acordo com a consultoria, para se manterem competitivos em termos de custos, os desenvolvedores precisam exigir custos operacionais por megawatt (MW) cada vez mais baratos em novos equipamentos. (CanalEnergia – 17.06.2021)

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10 Aneel autoriza operação comercial e em teste de CGH e parques eólicos

A Aneel autorizou o início da operação comercial de uma turbina da central geradora hidrelétrica (CGH) Igrejinha, de 2,425 MW, localizada nos municípios de Boa Vista do Cadeado e Joia, no Rio Grande do Sul, de propriedade da Boa Vista do Cadeado. Além disso, a agência autorizou a operação em teste de uma unidade geradora de 5,1 MW da usina eólica Serra da Babilônia, no qual a SDB Eco é dona, instalada em Morro do Chapéu, na Bahia. A Ventos de Santa Alice recebeu autorização para operação em teste de uma turbina de 4,2 MW do parque Ventos de Santa Martina 10, localizado em Ruy Barbosa, no Rio Grande do Norte. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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11 Plataforma Change.org lança abaixo-assinado contra construção do complexo eólico Canudos

Uma petição online foi lançada na plataforma Change.org contra a construção do complexo eólico Canudos, localizado na Bahia, de propriedade da francesa Voltalia. Segundo o documento, a iniciativa pode colocar em risco a sobrevivência da arara-azul-de-lar, uma espécie considerada em extinção. O documento questiona ainda a não apresentação de um licenciamento ambiental completo para que as obras fossem autorizadas. A campanha pelas araras azuis foi incluída em um movimento contra os maus-tratos aos animais, lançado no ano passado pela Change.org. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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12 Boticário atinge marca de 100% de energia renovável em fábricas

O Grupo Boticário anunciou que atingiu a marca de 100% de uso de energia renovável em suas fábricas, o que representa aquisição da ordem de 3.000 MWh/mês. A energia usada pelo grupo é composta por fontes variadas: solar, eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O Boticário também investiu em inovação para melhorar a eficiência nos processos, com o uso, por exemplo, de uma tecnologia na produção de cremes e loções hidratantes que garantiu a diminuição de 70% do consumo de energia elétrica, 15% do custo de transformação e 10% do custo de matérias-primas. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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13 BEI aprova EUR 1,4 bi em financiamento para energias renováveis na Europa e África

O Banco Europeu de Investimento (BEI) aprovou EUR 1,4 bilhão (US $ 1,67 bilhão) em financiamento para energia renovável, anunciou o credor de EUR na quinta-feira. Os fundos apoiarão a implantação de energia solar em grande escala em toda a Espanha, projetos de energia renovável em pequena escala na Alemanha, investimento em energia limpa e eficiência energética por empresas na Áustria e energia geotérmica na África Oriental. (Renewables Now - 18.06.2021)

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14 Iberdrola assina MoU com GS Energy para impulsionar energias renováveis na Ásia

A concessionária de eletricidade espanhola Iberdrola SA (BME: IBE) e o grupo multienergético sul-coreano GS Energy assinaram um memorando de entendimento (MoU) para cooperar no desenvolvimento de energias renováveis na Coréia do Sul e em outras regiões da Ásia. O acordo visa criar uma plataforma por meio da qual os parceiros buscarão e desenvolverão projetos, incluindo parques eólicos solares, onshore e offshore, disse a Iberdrola nesta quinta-feira. (Renewables Now - 17.06.2021)

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15 Pesquisa: O mercado atual de energias renováveis recém-construídas perderá a meta de zero líquido

O mercado atual e as opções disponíveis para energias renováveis recém-construídas são inadequados para manter o Reino Unido no caminho de sua meta líquida de zero. De acordo com o Cenário de Energia do Futuro da Rede Nacional (FES), o Reino Unido precisa de aproximadamente 87 - 113 GW (dependente do cenário) de capacidade de energias renováveis até 2030 e 197 - 231 GW até 2050. Essa é uma taxa anual de aumento de aproximadamente 5 GW. No entanto, a pesquisa da Cornwall Insight mostra uma taxa de crescimento do contrato de compra de energia corporativa sem subsídio (CPPA) e do contrato de compra de energia elétrica (PPA) de aproximadamente 1,5 GW desde janeiro de 2020 (um período de 18 meses), muito tímido dos aproximadamente 5 GW taxa anual de aumento, mas observando que o esquema de Contratos por Diferença (CfD) está definido para trazer para a frente aproximadamente 9 - 10 GW das Rodadas de Alocação 2 e 3 espalhadas por quatro anos de entrega na década de 2020. (Energy Global - 18.06.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Governo avalia ampliar uso de térmicas a gás e carvão

A crise hídrica pode levar o governo a fazer mudanças permanentes no uso das diferentes fontes de geração disponíveis na matriz energética do Brasil. Uma ideia em pauta é tornar mais frequente o acionamento das usinas térmicas a gás e carvão, a fim de evitar o esvaziamento de reservatórios das hidrelétricas em períodos de seca prolongada como o atual. Para seus defensores, o modelo proposto, com maior participação de combustíveis fósseis em detrimento de fontes renováveis, tem como vantagem trazer mais segurança energética e estabilidade para o uso da água dos reservatórios para outras atividades econômicas. Por outro lado, é mais poluente e acarretará uma conta de luz mais alta para empresas e consumidores residenciais. Essa guinada, se de fato ocorrer, vai na contramão da meta anunciada por Bolsonaro na Cúpula do Clima de neutralizar a emissões de carbono em 2050. O custo médio da energia hidrelétrica no Brasil está em torno de R$ 200 por megawatt-hora (MWh), em comparação a R$ 400 a R$ 500/MWh das térmicas a gás e a R$ 500/MWh e R$ 1.000/MWh das térmicas a combustível. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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2 Cogen diz que usinas de biomassa podem adicionar 1,8 mil GWh de energia no brasil ainda este ano

De acordo com a Associação da Indústria de Cogeração de Energia, o setor pode adicionar até 1,8 mil GWh de energia ainda em 2021, a partir de julho. A entidade afirma também que esse volume pode chegar a 3,5 mil GWh em 2022 e que essa quantidade adicional vai além dos contratos vigentes nos mercados regulado e livre. Os dados fazem parte de um novo estudo feito pela Cogen em parceria com a União da Indústria da Cana de Açúcar. “A complementariedade às hidrelétricas é justamente uma das características da cogeração movida a bagaço da cana. A produção das usinas ocorre justamente no chamado período seco das hidrelétricas, entre abril e novembro”, disse o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte. Duarte explicou que é justamente nesses meses, quando as hidrelétricas não conseguem armazenar água, que as usinas a biomassa atingem seu pico de produção. Durante a produção da pesquisa, foram realizadas sondagens com algumas das principais usinas de cana-de-açúcar, que responderam se teriam condições de ampliar a oferta no atual cenário de escassez de energia hídrica. (Petronotícias – 18.06.2021)

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3 EPE publica Nota Técnica sobre Comercialização e Formação de Preços de Gás Natural

Considerando a aprovação da Nova Lei do Gás e sua regulamentação, pode-se afirmar que o mercado de gás natural brasileiro passa por uma transição de modelo regulatório que busca aperfeiçoar as estruturas do setor. A comercialização de gás natural é avaliada como assunto fundamental na transição para um novo desenho do mercado deste combustível, com diversidade de agentes tanto na oferta quanto na demanda quanto a contratação a longo e a curto prazos. Esta Nota Técnica tem como objetivo apresentar os aspectos básicos de contratação de gás natural no mundo, o processo de formação e o desenvolvimento dos principais mercados mundiais, e as diferentes formas de precificação utilizadas na comercialização de gás natural, com menção aos principais hubs de gás estabelecidos e os que se encontram em desenvolvimento. Clique aqui e confira. (EPE – 17.06.2021)

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4 Governo de SP lança programa para auxiliar compra de gás GLP por famílias carentes

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (17/06) o lançamento do programa Vale Gás, que prevê a transferência de renda para a compra de botijão de gás de cozinha (GLP 13kg) a mais de 100 mil famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. Segundo o governo do Estado, cerca de 500 mil pessoas serão beneficiadas, a partir de 20 de julho. O auxílio será distribuído em três parcelas bimestrais de R$ 100,00, a serem pagas até dezembro deste ano. O programa será gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, recebendo mais de R$ 31 milhões em investimento e alcançando 82 municípios paulistas. Terão acesso ao benefício as famílias inscritas no CadÚnico, com renda mensal per capita de até R$ 178,00 e que não recebem o Bolsa Família. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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5 Santa Catarina terá nova política para o carvão

O governo de Santa Catarina anunciou que vai encaminhar ainda este mês projeto de lei à Assembleia Legislativa para criar uma nova política estadual do carvão. A iniciativa foi definida em audiência pública realizada na última segunda-feira (14/06) pela Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia da Alesc, que discutiu a continuidade dos trabalhos do complexo termelétrico Jorge Lacerda (857 MW), na cidade de Capivari de Baixo. Na audiência pública, também ficou acordado que o Fórum Parlamentar Catarinense vai agendar uma reunião no Ministério da Economia para negociar redução ou eliminação da cobrança do PIS e Cofins, que não eram cobrados anteriormente das usinas carboníferas. O diretor-presidente da Engie, Eduardo Sattamini, disse que desde 2017 a companhia adota estratégias de negócio no Brasil que incluem descarbonizar seu portfólio, a fim de reduzir emissões e investir em fontes renováveis. Ele confirmou que a Engie assinou com a Fram Capital um acordo de exclusividade para a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, e que as negociações devem avançar, apesar da preocupação com o passivo ambiental, que deve ser resolvido com a nova política estadual do carvão e com a questão do PIS/Cofins. Já o representante da Fram Capital, Nicolas Gutierrez Londono, confirmou o interesse na compra da usina, mas ressalvou a preocupação com os ‘fantasmas’ da questão tributária. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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6 Âmbar Energia adquire térmica Uruguaiana da Saesa

A Âmbar Energia adquiriu a termelétrica Uruguaiana, da argentina Saesa, informou o braço de energia da J&F, dona de marcas como JBS e Seara. Os valores do negócio não foram divulgados. De acordo com a Âmbar, equipes já estão trabalhando para que a térmica a gás natural entre em operação o mais rapidamente possível. A termelétrica é parte de um plano de investimentos da companhia, que vai investir R$ 150 milhões nos próximos 12 meses na construção de micro e miniusinas solares fotovoltaicas, na modalidade de geração distribuída, para atender demandas já contratadas por clientes da companhia. (Brasil Energia – 17.06.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Abertura do mercado livre no texto da MP da Eletrobras é positiva, diz Fiesp

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considera importante a abertura do mercado livre de energia e a destinação de recursos financeiros de Itaipu para abater encargos tarifários, que constam no relatório do senador Marcos Rogério (DEM-RO), relator da medida provisória (MP) 1031, que trata da privatização da Eletrobras. Em nota, a entidade afirmou que as iniciativas são positivas para os consumidores de energia residenciais, comerciais e industriais. Para a Fiesp, a única forma de minimizar os impactos tarifários da privatização das usinas da Eletrobras é a rápida abertura do mercado livre. Os recursos de Itaipu, por sua vez, vão permitir que os consumidores abatam 100% das dívidas contraídas para construção da usina até 2023. "A partir deste momento, é justo que colham os benefícios econômicos desta gigante binacional, que gerará recursos bilionários para a redução das tarifas de energia", diz a Fiesp. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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2 BTG Pactual promoverá dois leilões de energia no Mercado Livre

O BTG Pactual realizará dois leilões para compra, venda ou swap de energia no ACL. O primeiro certame acontecerá no dia 24 de junho e será elegível para compradores e vendedores de fontes convencional e incentivada. A energia pode ser proveniente de qualquer submercado, para ser entregue em diversos intervalos de suprimentos entre 2021 e 2022, com possibilidade de swap calendário, conforme detalhado no edital. O leilão também vai ofertar o produto lastro em igual intervalo de tempo, entre 2021 e 2022. O prazo para adesão dos participantes é até dia 21 de junho. Já o segundo leilão será no dia 15 de julho e poderão participar compradores e vendedores de fonte convencional. O certame vai oferecer dois segmentos de produtos. São eles: (i) energia proveniente de qualquer submercado, com suprimento horário e/ou swap horário, para ser entregue em semanas e/ou meses ao longo de 2021; e o (ii) swap de perfil horário para consumidor e gerador. O prazo para adesão dos participantes será até dia 09 de julho. Os editais dos leilões, anexos e demais informações estão disponíveis no site da BTG Pactual. Esclarecimentos adicionais podem ser solicitados por meio do e-mail: OL-Leilao-BTG-Energia@btgpactual.com (CanalEnergia – 17.06.2021)

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3 Desempenho da Copel Mercado Livre em abril coloca a empresa no topo em volume de energia comercializado

A Copel Mercado Livre se tornou a maior comercializadora de energia do Brasil em volume de energia comercializado. A empresa vendeu 2.547 MW médios em abril, o maior volume dentre as empresas do setor. A conquista foi alcançada em apenas cinco anos. No período, a subsidiária da Copel multiplicou o número de clientes: eram 23 no final do primeiro ano e agora são 1.764. Somente nos últimos quatro anos, a empresa teve um crescimento médio de 171%. “Nosso principal destaque foi a mudança cultural que implementamos, permitindo criar um novo negócio na Copel, superar o medo do novo, conquistar bons resultados financeiros e encantar nossos clientes”, afirmou o diretor-geral da companhia, Franklin Miguel. Além disso, a empresa Já dispõe de todas as autorizações para comércio exterior, comercialização e carregamento da molécula, no setor de gás: “Alguns de nossos clientes de energia elétrica também são grandes clientes de gás natural. A convergência desses dois mercados deve ocorrer em breve”, acrescentou Franklin. (Petronotícias – 17.06.2021)

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4 Trifase Comercializadora recebe autorização para atuar como agente na CCEE

A Superintendência de concessões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Trifase Comercializadora de Energia a atuar como agente, no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). Com isso, a Trifase poderá comprar energia por meio de contratos bilaterais no mercado livre, podendo revender esta energia aos consumidores livres ou a outros comercializadores, além de poder revender aos distribuidores, neste caso apenas nos leilões do mercado regulado. (Broadcast Energia – 17.06.2021)

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Economia Brasileira

1 Índice de miséria dispara e é o maior em nove anos

O índice de miséria no Brasil atingiu em maio o maior nível desde 2012, pico da série estimada pelo economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Segundo ele, essa taxa ficou no mês passado em 23,4 pontos percentuais, pico histórico que, em seus cálculos, deve ser novamente superado neste mês, chegando a 23,7 pontos. No fim do ano passado, esse indicador estava em 18,4 pontos e, em maio de 2020, 14,8 pontos. A partir de julho, contudo, Vale vê uma trajetória de melhora, mas encerrando o ano ainda acima de 20%, nível ainda bastante elevado, historicamente. Segundo ele, apesar da inflação alta, o principal fator para o índice de miséria recorde é o desemprego. Essa situação, explica o economista, ajuda a entender a queda de popularidade recente de Jair Bolsonaro. “Devemos chegar no pico histórico ainda com a piora da taxa de desemprego neste primeiro semestre. E o interessante é que mesmo caindo ainda vai estar próximo do pico histórico anterior da época da [ex-presidente] Dilma [Rousseff]”, disse. “Vale dizer que mesmo para 2022 esse número ainda vai ser elevado.” (Valor Econômico – 18.06.2021)

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2 Equipe econômica vê exagero em cálculos para espaço no teto de gastos em 2022

A área econômica do governo aponta que há alguns exageros na leitura do espaço que haverá para aumento de gastos no próximo ano. Nas contas da equipe do ministro Paulo Guedes, quando se subtrai o crescimento das despesas obrigatórias esperado para o próximo ano do aumento que o limite total de despesas terá para 2022 por conta da recente alta da inflação, o excedente para gastos extras é de R$ 25 bilhões. Em alguns cenários, pode chegar a R$ 30 bilhões. Na última quarta-feira, a Instituição Fiscal Independente (IFI) projetou o espaço adicional de despesas em R$ 47 bilhões. Recentemente, o banco Barclays mostrou um número ainda maior, R$ 79 bilhões, para o governo poder alocar livremente em algumas rubricas. Uma fonte explica que, na Previdência, o crescimento vegetativo está em 2% (já desacelerou com os impactos iniciais da reforma, estava em 2,5%). A esse índice se soma a elevação do INPC que corrige os benefícios, perto de 6%, e ainda os R$ 2 que faltaram de correção neste ano. (Valor Econômico – 17.06.2021)

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3 Após um ano de pandemia, varejo movido a crédito reage

As vendas do varejo nos segmentos mais dependentes do crédito reagiram em abril e registraram, no acumulado em 12 meses, crescimento de 2,9%, a primeira taxa positiva por essa comparação desde março do ano passado, segundo cálculos da XP Investimentos. A recuperação veio após o pior momento desde a crise, em fevereiro, quando o setor atingiu retração de 7,9% em 12 meses, queda que abrandou para 5,1% no mês seguinte. Na comparação mensal, houve salto de 17,7% entre março e abril, com ajuste sazonal, bem acima do desempenho do varejo movido à renda, que subiu 0,5%. O movimento foi puxado pela reabertura maior da economia, a despeito das contaminações e óbitos por covid-19 ainda em nível elevado, e a continuidade da expansão do crédito para as pessoas físicas. Pela métrica calculada pelo IBGE, divulgada na semana passada, o varejo restrito subiu 1,8% de março a abril, a maior taxa para o mês desde 2000, enquanto o conceito ampliado (que inclui veículos e material de construção) registrou alta de 3,8%. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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4 Mercado vê Selic de até 7,5% em 2021

O tom mais combativo adotado pelo BC na decisão do Copom deflagrou uma série de revisões de cenário dos agentes do mercado para a trajetória esperada para a taxa básica de juros. Com o apontamento de que pretende levar a Selic para o nível considerado neutro no atual ciclo de alta de juros, houve forte migração das expectativas dos agentes para a taxa em 6,5% no fim do ano, que passou a ser a mediana das projeções. “O BC se ajustou ao que se mostrou ser realidade: a inflação está mais pressionada, o processo de vacinação deve acelerar e, assim, a demanda reprimida deve começar a se soltar. Assim, o setor de serviços pode começar a se recuperar”, afirma a economista-chefe da Azimut Brasil, Helena Veronese, que elevou sua projeção para a Selic no fim do ano de 5,5% para 6,5%. A economista aponta, ainda, o repasse dos preços no atacado para o consumidor. “A inflação não é mais algo temporário. O BC só ajustou o discurso ao que já estava no cenário. É preciso agir para que isso não respingue em 2022”, diz. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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5 FGV: arrecadação cresceu 68,5% em maio

A arrecadação de tributos federais chegou a R$ 140,965 bilhões em maio, segundo prévia calculada pelo pesquisador do Núcleo de Economia do Setor Público do Ibre da FGV, Matheus Rosa Ribeiro. É uma alta real de 68,5% na comparação com maio de 2020. Os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do governo federal. O resultado oficial será divulgado pela Receita Federal após o dia 20. Em abril, a prévia da FGV indicou R$ 156,263 bilhões, muito próximos dos R$ 156,822 bilhões divulgados pelo governo. A comparação do resultado de maio de 2021 com maio 2020 não dá a real dimensão do crescimento da arrecadação. Significa que as bases não são iguais e a de 2020 é menor. Por isso, Ribeiro confrontou o resultado do mês passado com os de maio de 2019. Nesse caso, ainda aparece um crescimento real, de 13%. (Valor Econômico – 18.06.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 17 sendo negociado a R$5,0226 com variação de -0,64% em relação ao início do dia. Hoje (18) começou sendo negociado a R$5,0074 com variação de -0,30% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 11h17 o valor de R$5,0509 variando +0,87% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 17.06.2021 e 18.06.2021)

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Biblioteca Virtual

1 WARTH, Anne. “Entrevista com Elena Landau: MP da Eletrobras mostra que governo perdeu controle do setor elétrico”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Brenda Corcino, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito, Luana Oliveira, Monique Coimbra, Vinícius José e Walas Júnior

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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