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IFE: nº 47 - 10 de março de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
EUA: incentivos para produção e consumo de VEs
2 EUA: promoção de infraestrutura de recarga para VEs
3 EUA: políticas direcionadas para VEs e controle de emissões
4 Canadá: visão geral de incentivos à mobilidade elétrica
5 Canadá: políticas regionais de incentivo a VEs
6 Canadá: padrões de emissões para veículos
7 Índia: novos investimentos em eletrificação de transporte
8 EUA: incentivo à eletrificação de veículos pesados
9 Canadá: eficácia de políticas públicas na eletrificação de frotas
10 Modelo de parcerias pode acelerar a implementação de VEs

Inovação e Tecnologia
1 Tesla estuda mudar material utilizado em suas baterias
2 Yamaha e Honda: baterias removíveis para motos elétricas
3 Ambev: conversão de 102 caminhões a diesel em elétricos
4 VW: 'Kombi elétrica' ganhará versão autônoma
5 Eletrificação de frotas necessita de tecnologia mais avançada
6 Caminhão elétrico fará entrega da Telhanorte em SP

Indústria Automobilística
1 Artigo “C40 Recharge marca o início do fim do carro a combustão na Volvo”
2 Brasil está atrasado na corrida por popularizar os VEs
3 Renault: desenvolvimento em mobilidade elétrica no Brasil

4 Renault: lançamento de dois VEs no Brasil até 2022

5 Tesla Model 3 chega ao Brasil via serviço de assinatura

6 JAC pode ter fábrica de veículos elétricos em Goiás

7 VEs ainda não atingiram projeções feitas para 2020

8 Siemens: meta de eletrificar sua frota até 2030
9 VE de baixo custo vence Tesla na China
10 Tendências e barreiras da eletrificação de frotas comerciais

Meio Ambiente
1 VEs são ótima alternativa para diminuir impactos ambientais
2 Renault inaugura 1ª estação de recarga solar pública em Fernando de Noronha

Outros Artigos e Estudos
1 Texas: Crise Energética aumenta custo de recarga de VEs


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 EUA: incentivos para produção e consumo de VEs

Nos EUA, medidas de crédito ou isenção de impostos no âmbito nacional e estadual têm como objetivo incentivar a instalação ou aprimoramento de fábricas de VEs no país. Um exemplo dessa política é um programa criado em 2007 pela EISA, que concede crédito a montadoras e fabricantes de peças para investimentos que visem ampliar ou modernizar suas indústrias, com o objetivo de produzir um número mais expressivo de veículos leves e com maior desempenho em relação ao consumo de combustível. Pelo lado do consumo, o principal mecanismo de incentivo são os créditos fiscais, que começaram a ser aplicados a partir de 2005. Além desses, existem iniciativas que visam isentar veículos limpos dos requerimentos para transitar pelas faixas para veículos com maior lotação. (Promobe – Fevereiro de 2018)

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2 EUA: promoção de infraestrutura de recarga para VEs

As estruturas de carregamento de VEs e integração com redes elétricas nos EUA ganharam relevância em 2000. Os primeiros projetos demonstrativos, entretanto, foram criados em 2009, com destaque a parceria entre governo, empresas de serviço público, institutos de pesquisa e setor privado. O foco era a instalação e teste de pontos de carregamento, impactos na rede do uso desses pontos e comportamento dos usuários. Um exemplo é o EV Project, em que os participantes recebiam um carregador residencial gratuito. Houve a instalação de aproximadamente 14.000 pontos de carregamento nível 2 e 300 pontos de carregamento rápido, residenciais e públicos. Esse e outros projetos locais serviram de teste para programas maiores. (Promobe – Fevereiro de 2018)

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3 EUA: políticas direcionadas para VEs e controle de emissões

Direcionar suas políticas setorialmente é uma estratégia dos EUA para a promoção da indústria de VEs, com o objetivo de regulamentar os níveis de emissões de GEE pela frota nacional. A mais antiga dessas medidas foi proposta em 1975 e definiu limites mínimos médios de economia de combustíveis em veículos leves a serem atingidos pelas montadoras. Em suas últimas atualizações, a regulamentação abarca a autorização para que a EPA regule as emissões de GEE nesse âmbito e que montadoras possam comprar e vender créditos entre si, além de definir níveis máximos viáveis de emissão até 2030. Além deste, o programa Zero Emission Vehicle, de 1990, estabeleceu que 2% dos veículos leves a serem vendidos na Califórnia deveriam ser de emissão zero, com aumentos progressivos na porcentagem dessa participação, que deveria chegar a 10% em 2013, objetivo que não foi atingido. Nesse mesmo ano, foi então assinada outra medida que visa alcançar 3.3 milhões de veículos de zero emissão nas ruas até 2025. (Promobe – Fevereiro de 2018)

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4 Canadá: visão geral de incentivos à mobilidade elétrica

O Canadá estabeleceu metas de emissão zero para veículos de 100% das vendas de veículos novos até 2040. O governo nacional oferece um conjunto abrangente de medidas em apoio a essas metas, que vão desde a conscientização do consumidor, desenvolvimento e implantação de infraestrutura até incentivos de compra. É apoiado pela Alternative Fuel Infrastructure Deployment Initiative, que visa estabelecer uma rede “de costa a costa” de infraestrutura de carregamento rápido. Um orçamento adicional de 2019 de CAD 130 milhões (US $ 97 milhões) foi estabelecido para apoiar a implantação de ZEVs ao longo de cinco anos (abril de 2019 a março de 2024). (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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5 Canadá: políticas regionais de incentivo a VEs

As províncias do Canadá têm o direito de adotar políticas e incentivos além dos incentivos existentes em nível federal. Na vanguarda, British Columbia e Québec são as únicas províncias que atualmente oferecem incentivos financeiros para a compra de ZEVs. As vendas de ZEV nas duas províncias combinadas representaram quase 80% do mercado total de ZEVs canadenses em 2019. Em março de 2020, o governo de Québec aprovou um orçamento para 2020-21 que aloca fundos adicionais para apoiar a implantação de ZEVs. Québec é também a primeira província do Canadá a adotar um mandato de ZEV para fabricantes de automóveis: ela visa uma participação de vendas de 15,5% de ZEVs leves até 2025 para ajudar a impulsionar o mercado. British Columbia juntou-se a este grupo ao adotar uma meta de 100% ZEV em seu Zero Emissions Vehicle Act em maio de 2019. O governo provincial renovou recentemente o financiamento para o programa de ponto de venda de veículos de energia limpa, que oferece até CAD 3.000 (US $ 2.200) de desconto no preço de compra para carros BEV e FCEV, e CAD 1.500 (US $ 1.100) para PHEVs. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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6 Canadá: padrões de emissões para veículos

O governo canadense estabeleceu metas ambiciosas para a transformação do setor de transporte. As metas são atingir vendas ZEV de 10% até 2025, 30% até 2030 e 100% até 2040. Em comparação, as vendas de ZEVs em 2019 representaram 3,5% das vendas de carros novos. O Canadá introduziu um padrão de emissões de GEE para veículos leves. Historicamente, os padrões canadenses foram alinhados aos padrões de economia de combustível dos EUA devido a seus mercados de veículos integrados. O governo do Canadá passa ainda por uma avaliação do padrão de emissões de GEE. Serão levadas em consideração a recente regra sobre os padrões de economia de combustível dos EUA. Além disso, um novo financiamento de CAD 300 milhões (US $ 220 milhões) no orçamento de 2019 foi disponível para apoiar as ambições das metas do ZEV. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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7 Índia: novos investimentos em eletrificação de transporte

A Índia anunciou um projeto nacional de desenvolvimento energético com hidrogênio que terá início em 2021-2022. O hidrogênio por ser uma energia limpa pode ser um caminho para a descarbonização de vários setores, principalmente o setor de transporte. No ano passado, foi lançado um projeto piloto na cidade de Delhi que colocou em funcionamento alguns ônibus com a tecnologia do hidrogênio aplicada. Outros projetos de teste já estão sendo desenvolvidos e uma estrutura regulatória está sendo montada pelo Ministério de Transporte Rodoviário da Índia. O projeto de desenvolvimento indiano parece uma tentativa de viabilizar o uso do hidrogênio no transporte através do aumento da infraestrutura e do teste da tecnologia. (TheIndianEXPRESS – 22.02.2021)

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8 EUA: incentivo à eletrificação de veículos pesados

No próximo ano muitos modelos de veículos elétricos pesados entraram no mercado nos EUA. A pressão no país para a eletrificação dos veículos pesados está com caráter de urgência e muitos estados estão se comprometendo com a transição no setor. Metas de 30% das vendas de elétricos até 2030 já foram estipuladas. Cidades, fabricantes e organizações também estão lançando programas de apoio à infraestrutura de carregamento e produção de veículos, seguindo o clima do novo presidente eleito. Espera-se que somente na Califórnia sejam reduzidas as emissões em mais de 17 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono e 60.000 toneladas de óxidos de nitrogênio perigosos nos próximos 20 anos. (RMI – 13.01.2021)


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9 Canadá: eficácia de políticas públicas na eletrificação de frotas

Uma pesquisa ligada à eletrificação de veículos analisou dados no Canadá de mais de 1000 operadores de frotas veiculares e classificou em 4 grupos: entusiastas da tecnologia de VEs; céticos quanto à tecnologia; avessos à tecnologia e operadores de veículos a combustão somente. Os operadores focados em veículos a combustão estão extremamente preocupados com os custos operacionais ligados aos VEs, já os entusiastas entendem a necessidade da instalação de infraestrutura de carregamento e estão dispostos a participar. A pesquisa concluiu que políticas voltadas para o investimento em infraestrutura de carregamento pública, lançando campanhas para destacar a relação custo-benefício dos VEs, conscientizando sobre o plano de ação climática e encorajando investimentos em infraestrutura de carregamento no local podem acelerar a aquisição de VEs entre as frotas canadenses. (Science direct– 01.2021)

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10 Modelo de parcerias pode acelerar a implementação de VEs

Em julho de 2018, o Columbus Yellow Cab, empresa de frotas de táxi, recebeu um incentivo totalizando $30 000 para eletrificar parte da sua frota. Foram 10 veículos com motor de combustão interna que foram trocados por novos táxis elétricos. Os incentivos foram concedidos por meio de um programa da Smart Columbus através de descontos de $ 3.000 em 10 novos VEs. A empresa além de testar o uso de VEs em frotas de táxi, também desenvolveu infraestruturas de carregamento a energia solar, assim como parcerias para localização de carregadores e carregadores de veículos elétricos. (Smart Columbus– 10.02.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Tesla estuda mudar material utilizado em suas baterias

O CEO da Tesla, Elon Musk, indicou em seu Twitter que estuda mudar um material importante nas baterias de seus VEs com células de bateria a base de fosfato de ferro (LPF). A alteração seria do níquel para fosfato de ferro (LPF) e motivada por conta da alta nos preços do material no mercado. A Tesla utiliza as células de bateria com níquel ao invés de LPF porque elas possuem mais energia e maior densidade de potência. Porém, os preços do níquel têm subido exponencialmente no mercado mundial, só em 2021, a alta já foi de 16% e parte disso se deve à demanda por baterias para VEs. Durante a declaração de lucros da Tesla em julho de 2020, o CEO da Tesla pediu para que as mineradoras aumentassem a produção do material. (Olhar Digital – 27.02.2021)

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2 Yamaha e Honda: baterias removíveis para motos elétricas

A Yamaha divulga ter assinado uma Carta de Intenções com os fabricantes Honda, KTM e Piaggio para estabelecer um consórcio para padronizar mundialmente as baterias portáteis para motocicletas, scooters e VEs leves. Os membros fundadores do Consórcio acreditam que a disponibilidade de um sistema padronizado de bateria substituível promoveria o uso generalizado de VEs e contribuiria para uma gestão mais sustentável do ciclo de vida das baterias utilizados no setor de transporte, o que é uma afirmação bastante realista. Outras vantagens da padronização seriam ampliar a autonomia, encurtar o tempo de carregamento e reduzir os custos de VEs e infraestrutura. Com isto, os principais fabricantes tentarão minimizar as principais preocupações dos clientes em relação ao futuro da mobilidade elétrica. Em linhas gerais, o consórcio iniciará suas atividades em maio de 2021. (Inside EVs – 01.03.2021)

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3 Ambev: conversão de 102 caminhões a diesel em elétricos

A Ambev fez uma parceria com a Eletra, de São Bernardo do Campo, para converter veículos a diesel em elétricos. Numa primeira etapa, 102 caminhões com cinco a dez anos de uso vão passar pelo processo conhecido como retrofit. A alteração consiste em retirar todos os componentes agregados ao sistema de combustão e substituir pelo sistema elétrico. A diretora executiva da Eletra, Ieda Oliveira, informa que, após o retrofit, todas as peças retiradas são recicladas e viram matéria-prima. Ieda acrescenta que os custos com manutenção são reduzidos em cerca de 50% em relação ao veículo a diesel. Segundo o resultado dos testes, o caminhão elétrico emite 0,05kg de CO2 por viagem, ou quase zero de emissões poluentes. O consumo médio é de 1 kW/h por km, o que representa economia de mais de 70% em relação ao similar movido a combustível fóssil. (O Estado de São Paulo – 05.03.2021)

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4 VW: 'Kombi elétrica' ganhará versão autônoma

A divisão global de veículos comerciais da Volkswagen anunciou o início do desenvolvimento de uma variante autônoma do elétrico ID. Buzz, que será o primeiro modelo autônomo do Grupo. O ID. Buzz, versão elétrica da Kombi baseada na plataforma MEB, terá início de produção em série na fábrica alemã de Hanover em 2022. No entanto, ainda levará mais alguns anos antes de vermos uma versão autônoma - a meta é 2025. O ID. Buzz autônomo é oferecer serviços de carona e compartilhamento, veículos robo-táxis e vans, bem como aumentar a segurança nas estradas. (Inside EVs – 02.03.2021)

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5 Eletrificação de frotas necessita de tecnologia mais avançada

Até recentemente, a eletrificação da frota concentrava-se em veículos leves, mas as frotas comerciais compostas por veículos médios ou pesados também já estão sendo eletrificadas. Para planejar a eletrificação em frotas comerciais, é sugerido que os gestores de frota devem primeiramente investir em uma infraestrutura mais inteligente e eficiente, além de utilizar os mais avançados softwares capazes de suportar o tamanho da frota de VEs. É muito importante também que a transição para uma frota eletrificada seja suave, pois irão surgir dificuldades de organização e desafios regulatórios. (Hitachi – não consta)

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6 Caminhão elétrico fará entrega da Telhanorte em SP

A Telhanorte anunciou o início de entregas em domicílio com um caminhão elétrico urbano. Graças à parceria com a empresa de locação de veículos e gestão de frotas Osten Fleet, a rede de lojas de materiais de construção se inicia na mobilidade elétrica com apenas um veículo, que inicialmente irá atender uma unidade localizada na zona norte da capital paulista, fazendo as entregas de compras feitas pelos canais digitais. Essa decisão faz parte de um compromisso ambiental a nível global assumido pelo Saint-Gobain, o grupo francês que controla a Telhanorte no país desde 2000. A meta é reduzir globalmente as emissões de CO2 em 20% até 2025 e atingir o carbono neutro em 2050. O veículo utilizado é um caminhão elétrico Hitech-e Ecocargo, que tem capacidade para transportar até 800 kg, com autonomia de até 150 km com uma carga e tempo de carregamento de até 6 horas com corrente alternada. (Inside EVs – 26.02.2021)

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Indústria Automobilística

1 Artigo “C40 Recharge marca o início do fim do carro a combustão na Volvo”

Em artigo publicado no jornal Estado de São Paulo, Diogo de Oliveira, especialista em indústria automobilística, trata de analisar o caminho da volvo em direção à um futuro mais sustentável. Segundo o autor, o anúncio do primeiro veículo da marca evidencia diversas tecnologias novas. Ele conclui que o carro, o C40 Recharge, inaugura uma nova era para a Volvo. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.03.2021)

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2 Brasil está atrasado na corrida por popularizar os VEs

O Brasil tem muitos modelos híbridos e poucos modelos totalmente elétricos, o que pode ser explicado pelo alto preço desses veículos. Parte do elevado custo vem dos impostos, havendo de que isso mude com a reforma tributária. Os VEs mais baratos custam em torno de R$ 100 mil, enquanto um carro popular no país custa em torno de R$ 40 mil. Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), afirma que existe demanda por VEs, mas os nichos de mercado de maior atuação ainda pagam duas a três vezes mais impostos do que veículos a combustão. Para o especialista, o gap entre o país e o resto do mundo deve ficar ainda maior com a nova política ambiental proposta pelo presidente dos EUA, Joe Biden. Sem produção tecnológica própria, o Brasil fica dependente da inovação vinda das matrizes. O Rota 2030, programa de incentivo à P&D da área automotiva do governo federal, ainda anda em marcha lenta, avalia o Maluf. (O Globo – 26.02.2021)

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3 Renault: desenvolvimento em mobilidade elétrica no Brasil

A gigante Renault anunciou o investimento de R$ 1 bilhão no Brasil para se firmar como uma das grandes marcas competitivas no setor. A empresa também afirmou que investirá recursos para atrair mais os brasileiros para o mercado de VEs, visto que é um mercado que ocupa a fatia de apenas 0,03% no país. A Renault já comercializa VEs no país para o público desde 2018, tendo vendido cerca de 350 VEs no Brasil. Com esse grande investimento, a empresa planeja mais desenvolvimento em mobilidade elétrica e novos modelos de veículos com intuito de baixar preços e popularizar a tecnologia. (CNNBRASIL – 01.03.2021)

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4 Renault: lançamento de dois VEs no Brasil até 2022

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (1°), a Renault anuncia investimentos de R$ 1,1 bilhão no Complexo Ayrton Senna (PR), que serão aplicados na atualização da gama atual, com dois lançamentos de VEs. Líder na venda de veículos 100% elétricos no Brasil, a Renault comercializa no país os modelos Zoe, Twizy e Kangoo Z.E. Contando com diversas empresas parceiras e o início das vendas para pessoas físicas, a marca já possui mais de 300 VEs em circulação no país. Com relação aos lançamentos de VEs, haverá a estreia do novo Renault Zoe, que já está à venda na Europa e deve chegar ao Brasil ainda neste ano. Anunciado em meados de janeiro, o plano estratégico RENAULuTion representa uma mudança completa na estratégia da Renault. Além de preparar a marca francesa para a transição energética, também encampa o lançamento de sete VEs da marca até 2025. (Inside EVs – 01.03.2021)

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5 Tesla Model 3 chega ao Brasil via serviço de assinatura

Será possível contratar o serviço de assinatura de um Tesla no Brasil. O novo sistema de locação é oferecido pelo Osten Group, um grupo de concessionárias de veículos premium. De acordo com a gerente da Osten Fleet, Liandra Boschiero, o primeiro modelo disponível no País é o Model 3. O interessado pode escolher entre planos de 12 a 48 meses. Além disso, pode optar entre três faixas de teto de quilometragem mensal: 1.000 km, 2.000 km e 3.000 km. Para assinar um Model 3 por 12 meses, com franquia de 1.000 km, o interessado vai pagar R$ 18.700 de mensalidade. Se optar pelo plano de 24 meses, ao final da experiência o assinante terá pago R$ 420 mil. Já no plano de 48 meses, o valor total será de R$ 766 mil. O assinante também recebe o kit de carregamento do veículo e as empresas parceiras da Osten Fleet fazem a adaptação da rede elétrica do local indicado pelo cliente para a instalação do carregador. O assinante conseguirá, por meio de um aplicativo, saber onde fica o ponto mais próximo de carregamento compatível com o Tesla. (O Estado de São Paulo – 04.03.2021)

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6 JAC pode ter fábrica de veículos elétricos em Goiás

O gerente geral da JAC Motors em Brasília, Roberto Sandes, informou que a montadora deseja ter uma linha de montagem própria no País para produzir apenas VEs. O projeto, segundo a reportagem, pretende atender a alta demanda por VEs na região. Entretanto, esse “desejo por largar” os veículos a combustão surge não por objetivos ecológicos e sustentáveis, mas por causa do alto preço da gasolina no estado. Atualmente, o carro elétrico mais barato do Brasil custa o equivalente a um automóvel de luxo. Trata-se do JAC iEV20, que tem até 400 km de autonomia e custa R$ 149.900. Segundo o presidente da a Cooperativa de Transporte Individual Privado de Goiás (Coopgo), Marcelo Conrado, é necessário reduzir o custo de aquisição desses modelos para viabilizar o projeto. Segundo Conrado, com algumas adequações é possível baixar o preço final em quase R$ 70 mil. Ele afirma que, com os cálculos da cooperativa, o financiamento do VE no valor de R$ 109 mil, mais o custo de quilômetro rodado, fica em média R$ 2.500. (O Estado de São Paulo – 04.03.2021)

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7 VEs ainda não atingiram projeções feitas para 2020

O entusiasmo acerca de VEs ainda aparenta excessivo. Segundo o especialista Michael Lynch, alguns dados mostram que o mercado de VEs ainda segue com cautela. As vendas de VEs e híbridos das montadoras (com exceção da Tesla) não apresentam resultados tão positivos, caso da GM. Os VEs ainda não têm preços competitivos em relação aos veículos a combustão. Isso mostra que várias projeções feitas para 2020 não se tornaram realidade. O preço por distância percorrida ainda é muito mais alto em VEs do que na mobilidade à combustão devido ao alto preço de aquisição de VEs, além da falta de infraestrutura que limita longas viagens. Além disso, a possibilidade de queda no preço do petróleo também deve ser levada em conta e pode afetar as decisões dos consumidores. (Forbes – 05.03.2021)

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8 Siemens: meta de eletrificar sua frota até 2030

A Siemens passou fazer parte de uma ação liderada pelo Climate Group, cujas metas até 2030 abrangem obter uma frota composta por 100% de VEs (EV100). Em setembro de 2015, a Siemens se tornou uma das primeiras indústrias globais a anunciar a intenção de se tornar neutra em carbono em seus negócios operacionais até 2030. A meta intermediária para atingir esse objetivo foi cortar as emissões de CO2 pela metade até 2020, índice que foi ultrapassado em setembro do ano passado ao reduzir as emissões em 54%. Na operação brasileira, entretanto, esse índice é ainda maior, tendo atingido em 2020 uma redução de 84%. Além disso, no Brasil, a Siemens assumiu o compromisso de neutralizar as emissões até 2025, antecipando-se em cinco anos à meta estabelecida globalmente. No que se refere à frota local de veículos para a área de vendas e serviços, já havia a obrigatoriedade de fazer o abastecimento dos carros com etanol. Esse processo foi efetivado há dois anos e houve uma redução de 76% em sua pegada de carbono. (Canal Energia – 02.03.2021)

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9 VE de baixo custo vence Tesla na China

O Model 3 é o VE mais vendido no mundo atualmente, mas na China, um rival está vendendo quase duas vezes mais. É o chamado Hong Guang Mini EV, que está sendo produzido como parte de uma joint venture entre a GM e a empresa local Wuling, e que custa apenas US$ 4.500 (em torno de R$ 24.000). No mês passado, as vendas do Hong Guang Mini EV na China foram 100% maiores que as vendas do Tesla Model 3. O Mini EV usa uma bateria de 9,2 kWh oferecendo um alcance de 120 km. Segundo a BBC, o Mini EV está conquistando os chineses não apenas pelo preço convidativo, mas também pelo grande incentivo que o governo chinês oferece aos VEs. O Mini EV foi o segundo VE mais vendido no mundo no ano passado, à frente do Renault Zoe e do Tesla Model Y. (Exame – 25.02.2021)

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10 Tendências e barreiras da eletrificação de frotas comerciais

O programa de eletrificação Smart Columbus pretendia, em seu início, auxiliar empresas na compra de 450 VEs. Ao longo de 3 anos apenas 37 VEs foram comprados, mas o envolvimento do programa com diversas empresas fornecendo suporte, implantação de infraestrutura e planejamento permitiu identificar barreiras e tendências. Encontrar um modelo de VE que tenha fábrica local é muito importante para o caso de possíveis reparos. Outro ponto importante é a utilização de rastreamento para coletar dados sobre as viagens de VEs para planejar trajetos com máxima eficiência. Por fim, os veículos pesados estão entrando no mercado e as empresas poderão utilizar a experiência com veículos leves para realizar uma boa transição. (Smart Columbus– 10.02.2021)

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Meio Ambiente

1 VEs são ótima alternativa para diminuir impactos ambientais

Segundo um estudo publicado este ano pelo jornal The Guardian os veículos elétricos apresentam muito mais vantagens do que veículos a gasolina em relação a poluição. Enquanto um VE gastaria em seu tempo de vida cerca de 30 kg de matérias primas (para fabricação da bateria), durante o mesmo período um veículo à gasolina consumiria cerca de 17 mil litros de óleo. Embora a fabricação de VEs necessite a emissão de gases, depois que o veículo é terminado não há mais emissões. Além disso os VEs utilizam 58% menos energia para se locomover do que carros a gasolina. (Tecmundo – 03.03.2021)

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2 Renault inaugura 1ª estação de recarga solar pública em Fernando de Noronha

Em uma nova etapa do programa Noronha Carbono Zero, que proibirá completamente a entrada de veículos a combustão no arquipélago a partir de 2022, a Renault, parceira nesta iniciativa, anuncia a instalação da primeira estação de recarga solar pública para VEs. O 'ecoposto' pode atender até seis carros ao mesmo tempo e gera de energia 26 MWh por ano, o suficiente para cobrir o consumo elétrico de todos os veículos zero emissão da Renault que circulam na ilha. A marca chegou com os primeiros VEs no local em junho de 2019. Atualmente, a frota local é composta por 28 carros zero emissão. A recarga dos automóveis é feita através de placas fotovoltaicas instaladas em sua cobertura de 90 m². Além de carregar os veículos, as placas também geram energia elétrica para o abastecimento da população local. (Inside EVs – 03.03.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Texas: Crise Energética aumenta custo de recarga de VEs

Uma recente nevasca no Texas fez sua região norte entrar em colapso. A procura por combustível e energia fez com que os preços disparassem no estado como um todo. Por causa da falta de energia, o preço do megawatt hora no Texas subiu aproximadamente 17.900%, chegando aos US$ 9. Um aumento tão expressivo que, para alguns modelos de VEs, o valor para carregar o pacote de bateria de 100 kWh pode pesar na decisão de compra de um veículo. Por exemplo, um Tesla Model S roda 644 km com 100 kWh, porém necessita desembolsar US$ 900 no momento de carregar as baterias com energia reajustada. Isto é, no fim, o km rodado passa a custar US$ 1,4. Mesmo para um veículo considerado “mais barato”, a conta fica alta. O Nissan Leaf apresenta bateria de 40 kWh, o que lhe dar autonomia de 232 km. Contudo, o custo do km rodado chegaria em US$ 1,55. (O Estado de São Paulo – 01.03.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Lara Moscon, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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