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IFE: nº 41 - 21 de janeiro de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Cinco etapas principais para o sucesso do ônibus elétrico
2 Impulso dos VEs na Noruega deve influenciar outros países
3 Oriente Médio pensa no futuro elétrico da mobilidade
4 Arábia Saudita terá fábrica de VEs
5 EUA: $ 27M para desenvolvimento de baterias de VE
6 BYD recebe pedidos de 1,4 mil ônibus elétricos para Colômbia

Inovação e Tecnologia
1 Artigo GESEL: “Transição energética e a eletrificação de frotas comerciais: Desafios e oportunidades”
2 Preço das baterias de VEs caiu 89% em 10 anos
3 Nvidia: no futuro, o software definirá os veículos
4 GM trabalha em nova bateria que reduz dependência por metais
5 Nem todos os plugues de carregamento são iguais
6 Xpeng: “Tesla chinesa” irá lançar carro voador

Indústria Automobilística
1 Eletrificação da frota ainda demorará para acontecer no Brasil
2 Brasil está atrasado na produção de carros
3 Ford: saída do Brasil mostra dificuldade em se adaptar ao cenário de VEs no País

4 Brasil: mercado de VEs começa a dar saltos de vendas

5 Brasil: razões para o crescimento exponencial de VEs

6 Porto Seguro Auto: inciativas em prol da mobilidade elétrica

7 Mercado Livre vai oferecer financiamento de VEs no Brasil

8 Vendas alemãs de VEs triplicam em 2020
9 Volkswagen: vendas de VEs triplicam em 2020
10 Porsche Taycan emplacou 20.000 unidades em 2020
11 Grupo Renault: venda de VEs mais que duplicaram
12 GM: US$ 27 bi para VEs e veículos autônomos até 2025
13 XPeng firma acordo para linhas de crédito de US $ 2 bi

14 China: Baidu se juntará à corrida por VEs

15 Hyundai e Apple negociam parceria em baterias para VEs

16 GM: nova divisão de utilitários comerciais elétricos

Meio Ambiente
1 VEs a hidrogênio aumentam a demanda por eletricidade renovável
2 Hidrocarbonetos sintéticos aumentam a demanda do transporte por eletricidade renovável
3 Eletrificação direta de VEs pode ser mais vantajosa
4 Startup usa energia solar em VEs para reduzir preços

Outros Artigos e Estudos
1 Escolha de adquirir um VE: relevância e intervenções baseadas em norma
2 A maioria dos consumidores não compra híbridos: a escolha racional é uma explicação suficiente?
3 Brasil: o perfil do comprador de VEs


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Cinco etapas principais para o sucesso do ônibus elétrico

O uso de soluções limpas de transporte em massa de emissão zero, como ônibus elétricos (ebus), é fundamental para o transporte sustentável e é uma solução amplamente adotada por várias autoridades. Embora essa mudança tenha desafios, nossa pesquisa identificou uma série de fatores comuns evidentes em esquemas de e-bus de sucesso. Foram pesquisados 13 estudos de caso de implementação de e-bus em toda a Europa. Com base na pesquisa e análise, os seguintes cinco critérios de sucesso emergiram: 1) A liderança política, que leva também ao compartilhamento de conhecimento, à colaboração e à construção de alianças necessárias para colocar os ebus na estrada; 2) O apoio financeiro é fundamental para o lançamento do e-bus, observando que a análise do TCO mostra cada vez mais que os e-bus podem ter custos de vida útil mais baixos do que veículos de combustível fóssil comparáveis. 3) Teste, monitoramento e avaliação para garantir que a tecnologia tenha um desempenho ideal durante sua vida útil e atinja os resultados desejados; 4) Aquisição proativa e inovadora para estabelecer as bases para uma implementação de e-bus de sucesso e com boa relação custo-benefício; e 5) Um projeto considerado e integrado de serviços de e-bus, que seja completo, prático e centrado no usuário. (Transport and Environment – 14.01.2021)

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2 Impulso dos VEs na Noruega deve influenciar outros países

A notícia de que a Noruega é o primeiro país do mundo em que os VEs já representam mais da metade dos novos emplacamentos em 12 meses é um marco histórico e deverá impactar os demais países europeus, inicialmente, bem como a indústria do petróleo e a preservação do meio ambiente. Os noruegueses não fizeram milagre algum. Simplesmente uma política fiscal vantajosa. É o que as autoridades deveriam fazer no Brasil, não somente em relação ao VE, mas também às energias alternativas. (O Estado de São Paulo – 11.01.2021)

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3 Oriente Médio pensa no futuro elétrico da mobilidade

Prevendo um futuro no qual o petróleo será coadjuvante, a Arábia Saudita já demonstrou interesse na Tesla. O Fundo de Investimento Público do País detinha 8,2 milhões de ações da empresa de Elon Musk. Contudo, no final de 2019, o órgão se desfez de 99,5% do investimento. Vale lembrar também que Israel avança nos estudos e na infraestrutura para VEs. Há pouco tempo, o país anunciou a primeira via pública capaz de recarregar veículos por indução. Basta passar sobre o asfalto imantado e o sistema fornece eletricidade às baterias sem uso de fios. (O Estado de São Paulo – 11.01.2021)

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4 Arábia Saudita terá fábrica de VEs

A maior fornecedora de petróleo no mundo busca soluções que vão na contramão de sua maior riqueza. A Arábia Saudita está em negociações com a montadora de carros elétricos Lucid Motors para instalar para instalar uma fábrica em seu território. Além disso, planos indicam que a produção da rival da Tesla ocorrerá em uma cidade inteligente que ainda não existe e será desenvolvida para ser um local de zero emissões. A fim de diversificar a economia do País e se tornar referência na produção de VEs no Oriente Médio, a Arábia Saudita fará um investimento de centenas de bilhões. A montagem da fábrica custará cerca de US$ 360 bilhões (R$ 1,9 trilhões) ao Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), cujo órgão possui mais de metade das ações da Lucid. (O Estado de São Paulo – 11.01.2021)

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5 EUA: $ 27M para desenvolvimento de baterias de VE

O Departamento de Energia dos EUA está concedendo um adicional de US $ 47 milhões em financiamento para sete projetos como parte do programa SCALEUP da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada - Energia (ARPA-E). Três dos projetos estão ampliando tecnologias avançadas de bateria para VEs e aviação e respondem por US $ 27 milhões da porção do valor adicional. A Sila Nanotechnologies quer reduzir significativamente (1) os custos do ânodo de Si; (2) melhorar a eficiência e reduzir o desperdício na produção; (3) reduzir riscos de engenharia e custos; e (4) reduzir os custos da bateria de VE. A equipe 24M desenvolverá e aumentará a escala de baterias, com o desenvolvimento de compostos armazenamento de energia de baixo custo, potência superior e densidade de energia aprimorada para aviação elétrica. Por fim, a IM buscará uma redução no custo de produção do pó de PE, componente para ser usado em baterias de estado sólido. (Green Car Cogress – 13.01.2021)

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6 BYD recebe pedidos de 1,4 mil ônibus elétricos para Colômbia

A BYD recebeu dois pedidos de ônibus elétricos para a Colômbia, que totaliza 1.408 unidades, num intervalo de aproximadamente 15 dias, e depois de entregar em meados de dezembro um lote de 470 veículos. Os ônibus elétricos à bateria serão operados em Bogotá. Segundo a BYD, a fabricante venceu uma licitação realizada em agosto passado pela Autoridade de Transporte Público da Cidade de Bogotá (Transmilenio) para compra de 1.295 unidades, que poderiam ser movidas a diesel, gás natual veicular (GNV) e tecnologias elétricas. A entrega das unidades deve ocorrer ao longo de 2021 e no primeiro semestre de 2022, para operação em 34 rotas de ônibus em cinco regiões da capital. (Brasil Energia - 14.01.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Artigo GESEL: “Transição energética e a eletrificação de frotas comerciais: Desafios e oportunidades”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro (coordenador geral do GESEL), Lucca Zamboni (pesquisador pleno do GESEL), Luiza Masseno (pesquisadora do GESEL) e Lara Moscon (pesquisadora júnior do GESEL) observam que a transição energética avança e, como o setor de transporte possuí um alto potencial de eletrificação e de descarbonização em função da sua participação na emissão de CO2, ele é considerado um vetor importante dessa transição. Adicionalmente, devido a relevância do transporte rodoviário no segmento, a construção de um ecossistema de mobilidade eficiente, sustentável e ecologicamente correto para as frotas comerciais ganha cada vez mais relevância no cenário internacional. Diante deste enquadramento, o artigo visa analisar os principais desafios e oportunidades da implementação de frotas comerciais de VEs. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.01.2021)

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2 Preço das baterias de VEs caiu 89% em 10 anos

A Bloomberg revelou que na última década o preço do pack de baterias de íons caiu 89%. Se há dez anos um pack dessas baterias custava cerca de 1110 dólares/kWh (cerca de 904 €/kWh) hoje esse valor fica-se pelos 137 dólares/kWh (cerca de 112 €/kWh). Com os construtores a apontarem para a marca dos 100 dólares/kWh (81 €/kWh) como aquela que permitirá alcançar a paridade de custos entre os VEs e veículos ICE, há indicadores que mostram que essa meta não deverá estar longe. Segundo um inquérito levado a cabo pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF) houve, pela primeira vez, baterias a serem comercializadas por 100 dólares/kWh para VEs chineses. De acordo com Logan Goldie-Scot, diretor da BNEF, estes dados indicam que dentro de quatro anos, as principais marcas deverão ser capazes de produzir e vender VEs pelo mesmo preço e com as mesmas margens dos modelos ICE. (Multi News – 07.01.2021)

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3 Nvidia: no futuro, o software definirá os veículos

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, deseja que a empresa reúna o "cérebro" dos sistemas de direção autônomos, e espera que a tecnologia desempenhe um papel fundamental na mudança para veículos autônomos. Ele prevê que será comum que um carro novo de uma marca de volume seja vendido a custo dentro de quatro anos, porque os lucros virão do software proprietário da montadora. Uma grande quantidade de experiência do usuário, capacidade e funcionalidade no carro virá do software. Isso começará no momento em que você se sentar, com a forma como o carro se dirige a você, se relaciona com você e lembra seus hábitos e preferências. Quando isso acontecer e o carro se tornar definido por software, será imperativo que a indústria automotiva se torne excelente em software. (Automotive News Europe – 12.01.2021)

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4 GM trabalha em nova bateria que reduz dependência por metais

Segundo Mary Barra, CEO da GM, a montadora está trabalhando em uma bateria de alta energia de última geração, que reduzirá a dependência de cobalto e níquel, enquanto reduz os custos em 60%, na comparação com as baterias atuais. Ela diz estimar que essas baterias de metal de lítio fornecerão maior eficiência, fornecendo um alcance de 300km a 400km com uma única carga. (O Estado de São Paulo – 12.01.2021)

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5 Nem todos os plugues de carregamento são iguais

Embora a Society of Automotive Engineers tenha estabelecido padrões para plugues de força automotivos, nem todos estão de acordo. Os carregadores rápidos DC não Tesla empregam plugues do tipo SAE CCS. Se um carro não tiver o circuito integrado e o plugue de alimentação para acomodá-los, ele não pode se beneficiar dos tempos de carregamento mais rápidos dos carregadores CC rápidos. Além disso, as empresas japonesas empregaram uma especificação alternativa de carregamento rápido, chamada CHADEMO. O Nissan Leaf apresenta uma porta de carregamento CHADEMO, portanto, não podem se conectar a carregadores rápidos SAE DC sem um adaptador. E da mesma forma, o resto da frota de VE com capacidade de carregamento rápido CCS DC não pode carregar nas estações de carregamento CHADEMO dos concessionários Nissan. Finalmente, o Tesla usa um conector de plugue proprietário compartilhado por nenhum outro carro, apenas com adaptadores. (Pop Science – 08.01.2021)

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6 Xpeng: “Tesla chinesa” irá lançar carro voador

Em setembro de 2020, no Salão de Pequim, a startup de veículos elétricos mostrou o primeiro de uma série de carros voadores que estão em desenvolvimento. No entanto, os test-drives começarão somente no final deste ano. À princípio, nas previsões mais otimistas, as vendas começarão em 2022 em território chinês. Assim como o protótipo voador da Hyundai Elevate o modelo da Xpeng em nada lembra um carro. A unidade é composta por oito hélices e uma estrutura em forma de cápsula, na qual consegue transportar até duas pessoas. O veículo consegue voar a até 25 metros do solo e pode estacionar verticalmente. Além disso, ele vem equipado com piloto automático. (Razão Automóvel – 07.01.2021)

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Indústria Automobilística

1 Eletrificação da frota ainda demorará para acontecer no Brasil

O Brasil ainda deverá conviver pelas próximas décadas com a gasolina como protagonista. É isso o que indica uma projeção de tendências para a indústria produzida pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), que também pesquisou como as diferentes fontes de energia para os veículos deverão se desenvolver nos próximos anos. De acordo com o estudo dos especialistas da AEA, a gasolina é um “combustível de transição”, que ainda não chegou ao seu pico de consumo no país, o que só deverá acontecer daqui a 20 anos, em 2040. Tendência global, a eletrificação também terá participação importante nos veículos em circulação no Brasil, mas sua difusão ainda depende de investimentos na infraestrutura e incentivos para a produção e comercialização. (Valor Econômico – 08.01.2021)

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2 Brasil está atrasado na produção de carros

André Trigueiro, jornalista especializado em jornalismo ambiental, destaca o que está em jogo no século 21, quando se trata de setor automotivo. Trigueiro fala do pecado que o Brasil cometeu ao não reconhecer a hora e a vez do carro elétrico e do carro híbrido. Ele afirma que o carro com motor a combustão vai virar peça de museu e o Brasil vai ficando para trás. Conclui, assim, que o país precisa descobrir quais são tendências e capacitar mão de obra para isso. (O Globo – 12.01.2021)

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3 Ford: saída do Brasil mostra dificuldade em se adaptar ao cenário de VEs no País

Os analistas dizem que a indústria automobilística vem tentando se reinventar no mundo todo, e uma das alternativas é focar nos veículos totalmente elétricos e híbridos. A corrida para chegar a produtos viáveis nos mercados globais está deixando para trás empresas e países que entraram tarde, ou ainda nem participam dessa disputa, avalia Cássio Pagliarini, da Bright Consulting. Esse processo exige elevados investimentos e, no caso da Ford, tudo indica que a matriz não quis ter esse gasto no Brasil. O movimento anunciado ontem é algo similar ao que ocorreu recentemente com a Mercedes-Benz, que em dezembro fechou sua fábrica de automóveis em Iracemápolis (SP). (O Estado de São Paulo – 12.01.2021)

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4 Brasil: mercado de VEs começa a dar saltos de vendas

Como a frota de modelos eletrificados ainda é pequena, natural que os recordes de emplacamentos se repitam ano após ano. Dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) registram um salto de 800 emplacamentos de VEs em 2013 para 12 mil em 2019. De janeiro a agosto de 2020, já são mais de 11 mil. No entanto, a previsão antes da pandemia causada pelo novo coronavírus era de 27 mil emplacamentos. O grande salto se deu em 2019, quando o setor se multiplicou de 4 mil para 12 mil unidades vendidas. O principal responsável foi o Toyota Corolla híbrido, único do tipo produzido na América Latina. (Forbes – 16.01.2021)

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5 Brasil: razões para o crescimento exponencial de VEs

Gerold Pillekamp, gerente sênior de gerenciamento de produto da Audi do Brasil, diz que as razões para o crescimento das vendas de VEs são, por um lado, devido busca por parte de consumidores por inovações tecnológicas e sustentáveis, de outro, por um esforço global pela redução de emissão de poluentes, inclusive com alguns países adotando metas agressivas neste sentido. Segundo Pillekamp, com base neste contexto, as empresas estão desenvolvendo diversas ações no campo da sustentabilidade. Tal atuação hoje não é apenas no produto final, mas sim em toda a cadeia, desde a matéria-prima e produção até as concessionárias e um grande investimento de projetos de recarga para VEs. O executivo contou que a fábrica do Audi e-tron, em Bruxelas (Bélgica), por exemplo, já é 100% neutra em carbono. No Brasil, ele diz que a Audi está atuando em geração de energia solar para parte das operações. (Forbes – 16.01.2021)

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6 Porto Seguro Auto: inciativas em prol da mobilidade elétrica

O Porto Seguro Auto, seguradora de automóveis, foi o grande vencedor na categoria Seguradoras do Prêmio Caoa Chery Mobilidade Estadão 2020, anunciado em dezembro. A companhia colocou em operação o primeiro guincho elétrico do Brasil – mais quatro chegarão ainda no início de 2021, proporcionando redução de emissões em comparação aos veículos convencionais. É mais um passo numa sequência de iniciativas em prol da sustentabilidade que a Porto Seguro vem adotando. Em 2017, a empresa adotou 15 VEs, em SP, para a prestação de serviços como socorro mecânico, recarga de bateria e troca de pneus. No ano seguinte, chegaram 30 bikes elétricas para esse mesmo tipo de atendimento em SP e no RJ. O diretor do Porto Socorro, Marcelo Sebastião, diz que o projeto é continuar expandindo a frota de elétricos. (O Estado de São Paulo – 14.01.2021)

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7 Mercado Livre vai oferecer financiamento de VEs no Brasil

Recentemente o Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, anunciou que vai oferecer financiamento de VEs no Brasil. Essa novidade tem como foco os entregadores registrados na empresa. Não faz muitos dias que a empresa anunciou na Argentina, onde fica a sede, que conseguiu fazer uma captação de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,29 bilhões), onde quase metade desse valor, US$ 400 milhões (R$ 2.117 bilhão), que tem como foco as práticas socioambientais. Até o momento, aqui no Brasil, existem 50 vans elétricas em todo país, mas ainda são de propriedade direta da empresa. A iniciativa de financiamento chega para complementar algo que já vem sendo feito no México, onde são financiados veículos da Renault e Mercedes. Além de contribuir para reduzir as emissões de carbono, o objetivo é fazer com que os gastos gerais com veículos sejam reduzidos a médio prazo. (Tudo Celular – 16.01.2021)

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8 Vendas alemãs de VEs triplicam em 2020

As vendas de veículos totalmente elétricos na Alemanha triplicaram para 194.163 unidades em 2020, disse a autoridade de veículos motorizados KBA, citando o apelo de uma oferta de produtos mais diversificada e de tecnologia mais confiável. Os VEs com propulsão elétrica total ou parcial alcançaram uma participação de mercado de 22% no quarto trimestre de 2020, sinalizando que o governo alemão está a caminho de atingir sua meta de ter 7 milhões a 10 milhões de VEs registrados nas estradas alemãs até 2030. Os veículos totalmente elétricos representaram 1,2% de todos os carros de passageiros registrados na Alemanha no final de 2020, ante 0,5% um ano antes, disse a KBA. A marca VW liderou os registros de carros totalmente elétricos com 20,2% de participação nas vendas desses modelos, à frente da Renault com 18,1%, Smart com 11,6% e Tesla com 11,1%. (Automotive News Europe – 07.01.2021)

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9 Volkswagen: vendas de VEs triplicam em 2020

O impulso da Volkswagen para a mobilidade elétrica certamente parece ter sido bem-sucedido em 2020, com a marca entregando quase três vezes mais veículos exclusivamente elétricos do que no ano anterior. A VW entregou quase 134.000 veículos totalmente elétricos e 212.000 VEs total (incluindo híbridos e híbridos plug-in). Isso é um aumento de 197% e 158%, respectivamente. A marca já havia prometido que está no caminho certo para ultrapassar a marca de produção de um milhão de VEs até 2023, dois anos antes do declarado anteriormente. O diretor de operações da VW, Ralf Brandstätter, disse: '2020 foi um ponto de virada para a Volkswagen e marcou um avanço na mobilidade elétrica. (Car Magazine – 12.01.2021)

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10 Porsche Taycan emplacou 20.000 unidades em 2020

Sucesso de público e de crítica, o Taycan foi um dos principais responsáveis por ajudar a Porsche a passar pelo ano de crise sem danos significativos. Em resumo, entre todos os modelos Porsche vendidos no mundo, 7,4% são totalmente elétricos, o que era realmente algo impensável há pouco tempo. A Porsche vendeu 272.162 carros globalmente. Desse total, o novato Taycan foi o responsável por 20.015 unidades. De acordo com os dados coletados, no quarto trimestre de 2020, as vendas do Porsche Taycan chegaram a 9.071 unidades, correspondendo a 11,3% do volume total da marca. E tudo isso é só o começo, pois muito em breve o Taycan terá a companhia do Taycan Cross Turismo e, posteriormente (em 2022), a linha de VEs da Porsche contará também com o mais 'acessível' Macan elétrico. A meta é que 89% dos carros da marca sejam 100% elétricos ou híbridos plug-in até 2028. (Inside EVs – 13.01.2021)

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11 Grupo Renault: venda de VEs mais que duplicaram

Em 2020 o Grupo Renault viu as vendas caírem 21,3%. Em contrapartida, a marca vendeu na Europa 115 888 unidades de veículos totalmente elétricos, um aumento de 101,4% face a 2019. Ao mesmo tempo, viu o Zoe tornar-se no líder de vendas entre os elétricos na Europa, com 100 657 unidades vendidas (+114%) e a Kangoo Z.E. liderar as vendas entre os comerciais elétricos. Já no que diz respeito aos modelos híbridos e híbridos plug-in, a gama E-Tech da Renault contabilizou 30 mil unidades vendidas. Graças ao sucesso dos seus modelos eletrificados, o Grupo Renault conseguiu alcançar as metas de emissões médias de CO2 estabelecidas para 2020. (Razão Autmóvel – 13.01.2021)

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12 GM: US$ 27 bi para VEs e veículos autônomos até 2025

Mary Barra, CEO da GM, disse que a montadora calcula investir US$ 27 bilhões em VEs e soluções para veículos autônomos até 2025, incluindo 30 novos modelos lançados nos próximos cinco anos. Ela afirma que a visão da GM para o futuro é um mundo com zero acidentes, zero emissões e zero congestionamento. A chave para desbloquear essa visão é a eletrificação, que pode ajudar a reduzir as emissões, e a conectividade entre os veículos e a infraestrutura de transporte. (O Estado de São Paulo – 12.01.2021)

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13 XPeng firma acordo para linhas de crédito de US $ 2 bi

A empresa de EV sediada na China XPeng assinou um acordo de cooperação estratégica com os principais bancos domésticos que garantirá uma linha de crédito de US $ 1,98 bilhões. Sob os termos do acordo, cinco bancos comerciais domésticos fornecerão linhas de crédito para apoiar as operações de negócios da empresa e expansão de seus capacidade de fabricação, vendas e serviço. A Xpeng entregou um total de 27.041 veículos em 2020 com uma base de clientes em rápido crescimento que atingiu mais de 40.000. Em dezembro de 2020, a empresa entregou o primeiro lote de 100 SUVs inteligentes para clientes na Noruega, representando um marco para seus negócios internacionais. (O Estado de São Paulo – 12.01.2021)

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14 China: Baidu se juntará à corrida por VEs

O grupo de tecnologia chinês Baidu, mais conhecido por seu mecanismo de busca na internet, está prestes a entrar tarde na disputada corrida de VEs da China. O Zhejiang Geely Holding Group, o maior grupo automotivo privado da China, atuará como um parceiro estratégico. A mudança posiciona o Baidu como o mais recente desafiante chinês da Tesla. O Baidu traz algumas vantagens para a corrida. A empresa tem sido líder no desenvolvimento de tecnologias de direção autônoma na China e opera a maior frota autônoma do país, que inclui robotáxis disponíveis para uso público em Pequim e outras cidades. (Valor Econômico – 11.01.2021)

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15 Hyundai e Apple negociam parceria em baterias para VEs

A Hyundai Motor confirmou que está em negociações com a Apple para desenvolver baterias de VEs. O potencial acordo pode oferecer um indicador de que os planos para os tão esperados VEs da Apple estão avançando. A gigante da tecnologia dos EUA vem trabalhando há anos em seu próprio projeto de VE com carros sem motorista e de alta tecnologia. Uma reportagem anterior da agência Reuters disse que a Apple está fazendo esforços para antecipar a chegada de seu VE ao mercado para 2024. (Valor Econômico – 08.01.2021)

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16 GM: nova divisão de utilitários comerciais elétricos

A GM anunciou que seu primeiro carro elétrico, o Bolt, ganhará duas versões, das quais serão apresentadas no dia 22 de fevereiro. O modelo inaugura a nova fase da GM, com enfoque para automóveis de zero emissão. Além disso, a montadora expandiu sua guinada de elétricos para as vans. O EV600 será o primeiro veículo da nova divisão de utilitários comerciais elétricos, a BrightDrop. Equipado com a bateria Ultium, o modelo terá autonomia de até 400 km com carga total e terá capacidade de carga de até 16,9 metros cúbicos. (O Estado de São Paulo – 12.01.2021)

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Meio Ambiente

1 VEs a hidrogênio aumentam a demanda por eletricidade renovável

O estudo delineou dois cenários de demanda energética para diferentes modos de transporte. Um cenário de caso base contando com a eletrificação direta de todos os transportes sempre que possível e um cenário com uma maior dependência de hidrogênio. Assume-se que pelo menos 80% de todos os carros, vans e caminhões com menos de 16 toneladas serão VEs a bateria. Para a UE27, o cenário base mostra que a descarbonização do transporte exigirá 2.414 TWh de eletricidade renovável em 2050. O cenário de 'hidrogênio superior' exigiria cerca de 15% a mais de eletricidade renovável ou um total de 2.797 TWh. Dado o número limitado de veículos com célula de combustível atualmente no mercado, este cenário assume uma participação relativamente pequena de hidrogênio - 10% para carros, vans e caminhões, mas uma participação maior de 50% para ônibus e caminhões pesados. Um papel maior para os veículos com células de combustível do que o assumido neste cenário aumentaria a eletricidade renovável bem além dos 15%. (Transport and Environment – 07.12.2020)

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2 Hidrocarbonetos sintéticos aumentam a demanda do transporte por eletricidade renovável

O estudo analisou cenários de demanda por energia para diferentes modos de transporte. Um cenário de caso base contando com a eletrificação direta de todos os transportes sempre que possível e um cenário com mais hidrocarbonetos sintéticos, assumindo que pelo menos 80% de todos os carros, vans e caminhões com menos de 16 toneladas serão VEs a bateria. O cenário de ‘hidrocarbonetos sintéticos mais elevados’ - usando apenas hidrocarbonetos sintéticos no transporte e uma pequena parcela no transporte rodoviário - exigiria 40% mais eletricidade renovável que o primeiro cenário, ou um total de 3.598 TWh. (Transport and Environment – 07.12.2020)

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3 Eletrificação direta de VEs pode ser mais vantajosa

Variações relativamente pequenas no uso de hidrogênio e hidrocarbonetos sintéticos podem somar grandes diferenças em termos de energia renovável que terá de ser produzida na Europa. Se 100% dos automóveis de passageiros fossem elétricos a bateria, carregá-los exigiria 417 TWh em 2050 (apenas 15% em comparação com a atual demanda total de eletricidade). Permitir apenas 10% de hidrogênio mais 10% de hidrocarbonetos sintéticos nos carros aumentaria a demanda para 598 TWh ou uma diferença de 36%. Se todos os caminhões com mais de 16 toneladas fossem elétricos a bateria, a demanda por eletricidade renovável seria de 347 TWh em 2050. Operar metade desses caminhões com células de combustível aumentaria a demanda de eletricidade renovável para 506 TWh ou uma diferença de 37%. Priorizar a eletrificação direta em relação aos 'eletrocombustíveis' no transporte rodoviário tem o benefício adicional de que o carregamento inteligente de automóveis de passageiros como 'baterias sobre rodas' ajudará a reduzir altas participações de energia eólica e solar nas redes europeias até 2030, potencialmente reduzindo a eletricidade renovável adicional necessária para carregá-los em quase 10%. (Transport and Environment – 07.12.2020)

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4 Startup usa energia solar em VEs para reduzir preços

A Startup alemã Sono Motors disse terça-feira que irá licenciar sua tecnologia de energia solar nos VEs para outras empresas. A EasyMile, que fornece ônibus elétricos autônomos para governos, universidades e outras empresas, será a primeira a integrar os painéis de energia solar da empresa em seus veículos. O carro elétrico Sion da Startup Sono Motors tem todo seu exterior composto por centenas de células de energia solar que foram integradas em polímero em vez de vidro. Isso torna os VEs mais leves, robustos, baratos e eficientes do que qualquer outra tecnologia disponível atualmente nos mercados, de acordo com Arun Ramakrishnan, gerente sênior de integração solar da Sono Motors. Essas células solares convertem a luz do sol em energia, que é armazenada na bateria do veículo. Elas funcionam se um veículo estiver dirigindo ou estacionado e podem somar cerca de 21,7 milhas de autonomia por dia no carro, disse a empresa, observando que essas estatísticas são baseadas no tempo médio em Munique. (Click Petróleo e Gás – 15.01.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Escolha de adquirir um VE: relevância e intervenções baseadas em norma

Um estudo relatou os resultados de um experimento de pesquisa online administrado a entrevistados de Tirol do Sul, Itália, uma região identificada como um mercado potencial de VE, mas que ainda não conseguiu atingir uma parcela significativa do mercado de VEs. Foi testado o efeito de duas estratégias informadas sobre o comportamento nas preferências de VE: uma intervenção baseada em normas e uma intervenção de relevância. Os resultados mostram que tornar as economias de custos futuras evidentes aumenta significativamente a probabilidade de escolher VEs. No entanto, o efeito é limitado a indivíduos que apresentam preferências por grandes veículos e por valorizar benefícios futuros, e altos valores na medida de autoidentidade pró-meio ambiente. Além disso, os resultados mostram que as escolhas de VE não são afetadas pela norma descritiva embutida na intervenção baseada em norma. (Scopus – Setembro de 2019)

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2 A maioria dos consumidores não compra híbridos: a escolha racional é uma explicação suficiente?

Embora a regulamentação federal para economia de combustível de veículos seja frequentemente vista como uma política ambiental, mais de 70% dos benefícios estimados dos padrões federais de 2017-2025 são economias nos gastos do consumidor com gasolina. Economistas da escolha racional questionam a contagem desses benefícios, uma vez que estudos mostram que a eficiência do combustível de um carro se reflete em seu preço de venda e revenda. Contribuímos para este debate explorando porque a maioria dos consumidores nos EUA não compra uma inovação comprovada de economia de combustível: o veículo elétrico híbrido (HEV). Um banco de dados de 110 pares de veículos é montado, onde um consumidor pode escolher uma versão híbrida ou a gasolina de praticamente o mesmo veículo. Poucos escolhem o HEV. Um modelo de custo total de propriedade é usado para estimar os períodos de retorno para os prêmios de preço associados à escolha de HEV. Na maioria dos casos, uma explicação de escolha racional é suficiente para entender o desinteresse do consumidor pelo HEV. No entanto, em uma minoria significativa de casos, uma explicação de escolha racional não é imediatamente aparente, mesmo quando atributos não pecuniários (por exemplo, desempenho e espaço de carga) são considerados. (Scopus – Março de 2019)

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3 Brasil: o perfil do comprador de VEs

Gerold Pillekamp, gerente sênior de gerenciamento de produto da Audi do Brasil, traçou um perfil de quem procura VEs. Para ele, o comprador é uma pessoa que gosta de tecnologia e, assim que uma novidade chega ao mercado, quer ser um dos primeiros a adotar. Além disso, é um cliente que pensa intensamente na questão da sustentabilidade. Henrique Miranda, gerente de conectividade e responsável pela BMWi no Brasil, acrescenta dois fatores: ele diz que o cliente brasileiro é muito diferente do americano e do europeu, pois está entre os mais voltados para tecnologia. Ele afirma que tudo o que surge de novidade os brasileiros querem experimentar, conhecer, o que faz naturalmente que eletrificados entrem na sua lista de prioridades. João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Cars do Brasil, enxerga que o consumidor do mercado premium tem demandado mais do que as marcas têm oferecido, mas, no mercado de massa, essa cultura ainda precisa ser criada, o que faria as montadoras reagirem a essa procura. (Forbes – 16.01.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisadores: Lara Moscon, Luiza Masseno, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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