l

IFE: nº 5.431 - 15 de fevereiro de 2022
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: “Sandboxes Tarifários: Um Incentivo à Digitalização do Setor Elétrico Brasileiro”
2 Pesquisa GESEL: Energia e Mudanças Climáticas
3 Aneel promove tomada de subsídios sobre Base de Remuneração Regulatória das distribuidoras
4 EPE publica Relatório de Planejamento para Atendimento aos Sistemas Isolados

Transição Energética
1 EUA: Louisville pretende formar concessionária de energia elétrica para cumprir metas climáticas
2 Exército dos EUA publica primeira estratégia climática

3 NuScale e KGHM concordam em implantar SMRs na Polônia
4 Nova Escócia: A maior aquisição de energia renovável da província
5 Dominion Energy amplia compromissos com a neutralidade em GEE
6 Começa a contagem regressiva para a publicação do marco relatório do IPPC
7 ESB aumentará seu portifólio de energias renováveis para 5 GW
8 National Grid obtém opção de estabilidade de rede de energias renováveis
9 Duke expande a meta de neutralidade líquida na emissão de carbono para incluir emissões indiretas
10 Domínio para expandir as metas de neutralidade líquida na emissão de carbono para as emissões de Escopo 2 e Escopo 3
11 CPUC aprova planos de longo prazo para atender às metas climáticas

Empresas
1 Privatização da Eletrobras é julgada pelo TCU nesta terça
2 Eletrobras adere a métricas do capitalismo de stakeholders
3 Energisa conclui compra de transmissora no MT
4 Engie Brasil tem recuo de 11,8% no lucro ajustado de 2021
5 Copel investe R$ 75 mi na região metropolitana de Curitiba
6 Neoenergia apoia projeto para recuperação da Caatinga

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Reservatórios do Norte crescem de 0,9 p.p e operam com 93,3% da capacidade
2 Abrapch: Geração hídrica pode crescer 30% nos próximos três anos
3 ACA: pobreza energética tem dimensão explícita de gênero e impactos na saúde física e mental

Mobilidade Elétrica
1 CIC energiGUNE: Espanha acelera na indústria de VEs
2 Ford considera produzir VEs na Índia para exportação
3 Juniper Research: Estudo aponta forte crescimento nos gastos com carregamento de VEs e projeções futuras
4 NIO: Nova bateria para 1.000 km de alcance

Inovação
1 Módulos bifaciais Hi-MO 5 da LONGi à prova de neve

Energias Renováveis
1 TJ-MT suspende cobrança de ICMS sobre GD solar no estado
2 Greener: Demanda por módulos fotovoltaicos no Brasil ultrapassa 9,7 GW em 2021
3 Eólica recebe autorização de 11 MWW
4 Galp fala em expandir presença em renováveis no Brasil

5 Engie mantém foco em projetos renováveis para mercado livre e quer crescer em transmissão
6 Raízen fecha acordo com Smart Fit para gerar e comercializar energia renovável
7 Mercury Renew quer 1,6 GW até 2023
8 Incentivo à instalação de biodigestores para geração de energia no MS

9 Boralex sai da biomassa para focar em energia eólica e solar

10 Iberdrola aumenta produção e capacidade de energias renováveis em 2021

11 Suécia: Demarcação de 3 áreas para energia eólica offshore

Gás e Termelétricas
1 Termelétrica recebe autorização comercial em RR

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Abraceel: ACL pode atingir até 40% dos consumidores que ainda não migraram

Biblioteca Virtual
1 ZAMBONI, Lucca; CÂMARA, Lorrane; AMÂNCIO, Mateus. “Sandboxes Tarifários: Um Incentivo à Digitalização do Setor Elétrico Brasileiro”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: “Sandboxes Tarifários: Um Incentivo à Digitalização do Setor Elétrico Brasileiro”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Lucca Zamboni (pesquisador do GESEL-UFRJ), Lorrane Câmara (pesquisadora do GESEL-UFRJ) e Mateus Amâncio (pesquisador Associado do GESEL-UFRJ) tratam da importância da digitalização dentro da área tarifaria do setor elétrico, por exemplo, através de medidores inteligentes. Segundo os autores, “a tarifa na baixa tensão é monômia e volumétrica, o que não incentiva uma resposta ao preço do lado do consumidor. Porém, uma tarifa de baixa tensão dinâmica, com sinais de preço, pode servir de incentivo para descolar o consumo do horário de ponta, trazendo benefícios para o setor e promovendo a modicidade tarifária. Paralelamente, a iniciativa da Aneel pode incitar o avanço da digitalização do segmento de distribuição, favorecendo, também por esta via, a modernização do Setor Elétrico Brasileiro.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.02.2022)

<topo>

2 Pesquisa GESEL: Energia e Mudanças Climáticas

O GESEL, no âmbito do projeto P&D de Tecnologias Exponenciais, está realizando uma pesquisa comportamental para identificar a visão do consumidor sobre o impacto que o consumo de energia pode ter frente às mudanças climáticas. Todos podem contribuir com a pesquisa respondendo ao questionário, que leva menos de 1min. Para responder o formulário, clique: https://forms.gle/aBa5JcWQLM1mk8Ej9. (GESEL–IE –UFRJ – 15.02.2022)

<topo>

3 Aneel promove tomada de subsídios sobre Base de Remuneração Regulatória das distribuidoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conclui no dia 21 de fevereiro a primeira etapa da Tomada de Subsídios 002/2022, que trata da revisão do Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret), relativa à Base de Remuneração Regulatória (BRR) das distribuidoras de energia elétrica. A tomada de subsídios, por intercâmbio documental, propõe a revisão das componentes de custo que formam a Base de Remuneração e questiona quais fatores devem ser revisados na metodologia de cálculo. A Base de Remuneração consiste no montante de investimentos realizados pelas distribuidoras na prestação dos serviços e que será coberto pelas tarifas cobradas dos consumidores. O relatório de Análise de Impacto Regulatório preparado pela equipe técnica da Aneel traz, em três das quatro alternativas, a sugestão de revisar a metodologia de valoração das componentes de custos dos ativos que compõe a Base de Remuneração. As opções variam quanto às demais ações a serem tomadas: revisar a atualização do Banco Referenciais de Preço (BRP); ampliar o BPR para fins de valoração regulatória do equipamento principal; ou estabelecer plano de transição para metodologias comparativas que avaliem o gasto eficiente total (custos operacionais + custos de capital). (Aneel – 14.02.2022)

<topo>

4 EPE publica Relatório de Planejamento para Atendimento aos Sistemas Isolados

A EPE publica relatório com a análise do planejamento dos Sistemas Isolados, apresentado pelas distribuidoras em 2021, conforme estabelecido na Portaria MME n. 67/2018. O relatório apresenta dados das 251 localidades que fazem parte dos Sistemas Isolados, a previsão de interligação desses sistemas ao SIN, a expectativa de crescimento do mercado consumidor dessas localidades, bem como as necessidades futuras de atendimento até 2026. Para ter acesso ao relatório completo, clique  aqui. (EPE – 14.02.2022)

<topo>

 

 

Transição Energética

1 EUA: Louisville pretende formar concessionária de energia elétrica para cumprir metas climáticas

Em Louisville, no Kentucky (EUA), os líderes estão explorando se a cidade poderia formar uma nova concessionária municipal para levar eletricidade aos prédios da cidade em uma tentativa de cumprir suas metas climáticas. A cidade tem uma meta de 100% de energia limpa para abastecer prédios governamentais até 2030 e alcançar toda a comunidade até 2040. As autoridades municipais estão preocupadas que a Louisville Gas and Electric Co. (LG&E), a atual prestadora de serviços, dependa muito de combustíveis fósseis geração de combustível para apoiar esse objetivo, disse Allison Smith, diretora assistente do Escritório de Planejamento Avançado e Sustentabilidade de Louisville. Após consultar o Laboratório Nacional de Energia Renovável, Louisville emitiu um pedido de propostas buscando um estudo de viabilidade sobre como a cidade poderia fornecer energia a prédios municipais ou um pequeno subconjunto desses prédios sem LG&E. Smith disse que as opções podem incluir a cidade construindo sua própria infraestrutura para se conectar a um sistema de transmissão interestadual ou expandir a geração renovável na cidade. (Utility Dive – 14.02.2022)

<topo>

2 Exército dos EUA publica primeira estratégia climática

O Exército dos EUA publicou sua primeira Estratégia Climática como parte dos esforços para ajudar a acelerar a luta contra as mudanças climáticas. Comentando sobre o desenvolvimento, a Secretária do Exército, Christine Wormuth, disse: “A hora de abordar as mudanças climáticas é agora. Os efeitos das mudanças climáticas afetaram as cadeias de suprimentos, danificaram nossa infraestrutura e aumentaram os riscos para os soldados do Exército e suas famílias devido a desastres naturais e condições climáticas extremas”. O Exército dos EUA diz que a estratégia ajudará a garantir o fornecimento resiliente de energia e água em suas 130 instalações em todo o mundo. A estratégia também deve ajudar o Exército dos EUA a reduzir seus custos de energia com até US$ 740 milhões sendo gastos em energia por ano. Em suma, a eletricidade comprada pelo Exército dos EUA adicionou 4,1 milhões de toneladas de gases de efeito estufa em 2020 e, como tal, a nova estratégia permitirá que o Exército desempenhe um papel fundamental na descarbonização da energia e na sustentabilidade do meio ambiente, segundo um comunicado. (Smart Energy – 14.02.2022)

<topo>

3 NuScale e KGHM concordam em implantar SMRs na Polônia

A NuScale Power e a produtora polonesa de cobre e prata KGHM Polska Miedz SA assinaram um acordo definitivo para iniciar os trabalhos de implantação de uma primeira usina de energia de pequeno reator modular (SMR) NuScale VOYGR na Polônia já em 2029. A primeira tarefa do acordo - assinado em Washington, DC - identificará e avaliará os locais potenciais do projeto e desenvolverá marcos de planejamento do projeto e estimativas de custo. Essas atividades apoiam a KGHM, pois avalia as usinas NuScale VOYGR como uma solução de reaproveitamento de carvão para usinas de energia existentes, bem como oportunidades para implantar usinas VOYGR para fornecer energia segura, livre de carbono e confiável para suas operações e para apoiar outros usuários de energia industrial poloneses. O novo acordo segue a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) em setembro de 2021 pela NuScale Power, KGHM e consultoria de consultoria de engenharia de negócios PBE para explorar conjuntamente a implantação da tecnologia SMR da NuScale como uma solução de repotenciação ou reaproveitamento para usinas de energia a carvão existentes e eletricidade e calor para os processos industriais da KGHM na Polônia. (World Nuclear News – 14.02.2022)

<topo>

4 Nova Escócia: A maior aquisição de energia renovável da província

O administrador independente de compras da província, CustomerFirst Renewables, está avançando com uma solicitação de propostas para projetos de energia eólica e solar que fornecerão 10% da eletricidade da província. Esses projetos gerarão 350 megawatts de energia renovável de baixo custo e reduzirão as emissões de gases de efeito estufa da Nova Escócia em mais de um milhão de toneladas por ano. A energia eólica e solar são fontes de energia elétrica de baixo custo no Canadá, tornando esta RFP o caminho mais econômico para reduzir uma quantidade significativa de gases de efeito estufa. A RFP é um processo competitivo, justo e transparente para oferecer o melhor valor aos contribuintes. Incentiva os proponentes a demonstrarem seu compromisso de se envolver com o público - inclusive com as comunidades Mi'kmaq, usando a cadeia de suprimentos da Nova Escócia e trabalhando com comunidades sub-representadas no setor de energia. (EE Online – 14.02.2022)

<topo>

5 Dominion Energy amplia compromissos com a neutralidade em GEE

A Dominion Energy, uma das principais empresas de energia limpa do país, anunciou na sexta-feira (11/02) que está ampliando seus esforços para limitar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). A empresa disse que se basearia nos planos para atingir emissões líquidas zero de carbono e metano das operações de geração de energia e gás natural até 2050, trabalhando para atingir zero líquido para emissões fora das operações diretas da empresa, incluindo emissões geradas a jusante e a montante da empresa. “Esses compromissos são um próximo passo natural, com base em nossos programas líderes do setor para reduzir as emissões de carbono e metano em nossas próprias operações. Estamos agora formalizando nossos esforços para ajudar clientes e fornecedores a se descarbonizarem como parte de nosso trabalho para construir uma empresa limpa e sustentável. Definir metas ajuda a impulsionar a inovação e o foco de que precisamos para ter sucesso. Já estamos progredindo nessas metas vitais e continuaremos a fazê-lo nos próximos meses e anos”, disse Robert M. Blue, presidente e CEO da Dominion Energy. (Daily Energy Insider – 14.02.2022)

<topo>

6 Começa a contagem regressiva para a publicação do marco relatório do IPPC

Começa a sessão virtual das Nações Unidas para aprovar o último relatório científico climático do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas. Este relatório descreverá os graves impactos das mudanças climáticas na natureza e nas sociedades e como a adaptação pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade e gerenciar os riscos climáticos. O novo relatório sobre mudanças climáticas que será apresentado em 28 de fevereiro, após sua aprovação nas sessões virtuais da ONU que começam hoje, é o ponto e seguido pelas negociações realizadas durante a Cúpula do Clima da ONU (CoP26) em glasgow no final de 2021 e onde os líderes mundiais não conseguiram fechar algumas lacunas significativas ao lidar com a crise climática. De acordo com o líder global da organização de conservação WWF para o IPCC, Stephen Cornelius, “espera-se que o próximo relatório climático do IPCC exponha os impactos devastadores sobre as pessoas e a natureza das ações tardias e a fraca implementação das promessas climáticas dos países”. Cornelius recorda neste sentido os vários exemplos que têm vindo a acontecer a este respeito durante o ano de 2021, "eventos extremos cada vez mais frequentes - assinala o ativista -, desde ondas de calor a inundações e incêndios florestais", todos eles apenas amostras do que acontecerá em um mundo com temperaturas globais mais altas. (Energías Renovables – 14.02.2022)

<topo>

7 ESB aumentará seu portifólio de energias renováveis para 5 GW

O ESB anunciou planos para aumentar seu portfólio de geração renovável de quase 1 GW para 5 GW. A empresa irlandesa também pretende reduzir a intensidade de carbono de sua geração de energia em dois terços até 2030. A ESB Networks e a NIE Networks, com Eirgrid e SONI e todos os desenvolvedores de energias renováveis, já estão trabalhando para duplicar a geração renovável conectada às redes de transmissão e distribuição de eletricidade. Eles pretendem crescer coletivamente de 6,2 GW hoje para mais de 15 GW, já que a Irlanda e a Irlanda do Norte têm como meta 80% da eletricidade proveniente de fontes renováveis até 2030. A ação do ESB faz parte de um esforço transformador para atingir o valor líquido zero até 2040 e implementar a infraestrutura e os serviços para permitir que os clientes façam o mesmo. De acordo com o plano, a ESB continuará a investir na manutenção da resiliência da eletricidade, que descreve como um fator importante e desafiador na transição. Também financiará serviços do sistema, que serão necessários para ajudar os operadores do sistema a lidar com altos volumes de energias renováveis. (Renews Biz – 14.02.2022)


<topo>

8 National Grid obtém opção de estabilidade de rede de energias renováveis

Pela primeira vez, o National Grid ESO poderá adquirir serviços de estabilidade de rede de geradores renováveis. A partir de hoje, os geradores eólicos, de ondas e solares poderão oferecer o tipo de serviços de estabilidade que tradicionalmente são fornecidos por geradores convencionais. A medida é vista como crucial para descarbonizar o sistema de energia e permitir o zero líquido, de acordo com o National Grid ESO. Foi facilitado por uma modificação de "mudança de jogo" no GB Grid Code - o livro de regras que define a especificação para tudo o que se conecta à rede. Essa mudança no Código de Rede define uma especificação para "formação de rede" ou capacidade de máquina síncrona virtual que permitirá que geradores renováveis em toda a Grã-Bretanha e interconectores concorram para fornecer serviços de estabilidade ao lado de operadoras de geração síncrona. A equipe de mercados do National Grid ESO, Tony Johnson, que liderou o projeto, disse: “ Este é um momento de avanço, uma peça-chave no quebra-cabeça da transição energética, que garantirá que possamos operar uma rede totalmente descarbonizada e cumprir nossos compromissos com a neutralidade em emissões dos gases do efeito estufa. (Renews Biz – 14.02.2022)

<topo>

9 Duke expande a meta de neutralidade líquida na emissão de carbono para incluir emissões indiretas

A Duke Energy incluirá as emissões de carbono a montante da energia que compra, bem como as emissões a jusante dos clientes, em sua meta de zero carbono líquido para 2050, de acordo com um anúncio feito na quarta-feira. A empresa já reduziu as emissões de carbono em 44% em relação aos níveis de 2005 e atualmente está a caminho de eliminar totalmente o carvão de sua frota de geração até 2035. A empresa planeja implantar 6.000 MW de novas energias eólica e solar até 2025 e 14.000 MW até 2030, Lynn Good, disse o presidente e CEO da Duke Energy durante uma teleconferência de resultados na quinta-feira. O anúncio, que segue compromissos semelhantes de outras principais concessionárias dos EUA para eliminar uma gama mais ampla de emissões, "demonstra uma mudança na ambição da indústria", disse Daniel Stewart, gerente de programa de energia do grupo de defesa de acionistas As You Sow, em comunicado. (Utility Dive – 14.02.2022)

<topo>

10 Domínio para expandir as metas de neutralidade líquida na emissão de carbono para as emissões de Escopo 2 e Escopo 3

A Dominion Energy expandirá suas metas líquidas de emissão zero de carbono para incluir emissões a jusante e emissões relacionadas a materiais a montante de fornecedores, anunciou a empresa na sexta-feira em sua última teleconferência de resultados trimestrais. A meta de descarbonizar as emissões do Escopo 2 – aquelas relacionadas à eletricidade que a Dominion produz, mas não gera – e as emissões do Escopo 3 – geradas a jusante pelos clientes e a montante pelos fornecedores – segue o compromisso existente da Dominion para emissões líquidas zero até 2050. A Dominion também detalhou um investimento de US$ 37 bilhões plano de gastos de capital de crescimento até 2026, com pelo menos 85% dos investimentos focados na descarbonização de sua rede existente. A Dominion também anunciou na sexta-feira que venderia a Hope Gas Inc. , a concessionária de gás natural da Virgínia Ocidental da empresa, para a Ullico Inc. por US$ 690 milhões. (Utility Dive – 14.02.2022)

<topo>

11 CPUC aprova planos de longo prazo para atender às metas climáticas

A decisão adota uma meta de planejamento de GEE do setor elétrico de 35 milhões de toneladas métricas (MMT) 2032. A Comissão de Utilidades Públicas da Califórnia (CPUC) aprovou planos para garantir investimentos de longo prazo em recursos de eletricidade suficientes, incluindo transmissão, para o fornecimento seguro e confiável de eletricidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). A CPUC, de acordo com o Projeto de Lei 350 do Senado (De León, 2015), desenvolveu um processo de planejamento de recursos integrados (IRP) para garantir que o setor elétrico da Califórnia cumpra suas metas de redução de GEE, mantendo a confiabilidade com os menores custos possíveis. A decisão adota uma meta de planejamento de GEE do setor elétrico de 35 milhões de toneladas (MMT) 2032, que é mais rigorosa do que a meta de GEE de 46 MMT que foi adotada anteriormente, e equivale a 73% de recursos Renewables Portfolio Standard (RPS) e 86% GHG- recursos gratuitos até 2032. (T&D World – 14.02.2022)

<topo>

 

 

Empresas

1 Privatização da Eletrobras é julgada pelo TCU nesta terça

Pressionado pelo governo, o Tribunal de Contas da União (TCU) volta a julgar nesta terça-feira, 15, o processo que analisa a primeira parte da privatização da Eletrobras, travada na Corte de Contas desde dezembro de 2021. Uma decisão sobre o tema é crucial para dar andamento ao processo e realizar a emissão de novas ações até maio. O entendimento é que o aval do órgão fiscalizador dará mais segurança jurídica para a diluição do controle acionário. Em sessão extraordinária que será realizada às 16h, o ministro Vital do Rêgo devolverá seu voto-vista. Em dezembro, o ministro Aroldo Cedraz, relator do processo, apontou uma série de inconsistências no processo de privatização da estatal com enfoque na geração e distribuição de energia. Rêgo tende a dar um voto mais duro e questionar os valores da outorga pela mudança nos contratos das usinas hidrelétricas da estatal. Durante a privatização, a empresa poderá alterar o regime de exploração da energia de suas usinas, de um modelo que só considera custos de operação e manutenção para um de preços livres. (O Estado de São Paulo – 15.02.2022)

<topo>

2 Eletrobras adere a métricas do capitalismo de stakeholders

A Eletrobras aderiu à iniciativa Métricas do Capitalismo dos Stakeholders, liderada pelo Fórum Econômico Mundial, que tem o objetivo de amplificar a voz do setor corporativo para criar uma solução global para relatórios ESG. A companhia recebeu o convite do fórum em dezembro de 2021, pela sua participação nas esferas de discussão empresarial e a adesão está sendo efetivada durante este mês, após aprovação da Diretoria Executiva da Eletrobras. Segundo o diretor de Gestão Corporativa e Sustentabilidade da Eletrobras, Luiz Augusto Figueira, as empresas que buscam alinhar seus objetivos às prioridades de longo prazo da sociedade, como articulados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, são mais propensas a criar valor sustentável de longo prazo, enquanto dirigem resultados positivos para os negócios, a economia, a sociedade e o planeta, sendo uma importante definição de capitalismo dos stakeholders. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

3 Energisa conclui compra de transmissora no MT

A Energisa divulgou em comunicado ao mercado na última sexta-feira, 11 de fevereiro, que concluiu a aquisição de 100% do capital social total e votante da Geogroup Paranaíta Transmissora de Energia SPE. A Energisa Transmissão pagou R$ 102.086.114,96 pela compra. A operação havia sido anunciada em dezembro do ano passado e em janeiro desse ano o Conselho Administrativo de Defesa Econômica autorizou a compra. A SPE Paranaíta possui uma subestação de 500/138 kV, 150 MVA e fica na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará. O empreendimento faz conexão com a Energisa Mato Grosso e tem uma Receita Anual Permitida de R$ 10,9 milhões. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

4 Engie Brasil tem recuo de 11,8% no lucro ajustado de 2021

A Engie Brasil Energia reportou lucro líquido ajustado de R$ 2,369 bilhões no ano passado, 11,8% menor que o obtido em 2020. No quarto trimestre, o resultado ficou em R$ 808 milhões, queda de 26,2% sobre igual período anterior. Sem ajustes, o lucro líquido da empresa ficou em R$ 78 milhões no trimestre, 92,4% a menos, e em R$ 1,565 bilhão no ano, 44% menor. O lucro foi afetado pelo reconhecimento de efeitos não recorrentes, líquidos de imposto de renda e contribuição social com impacto negativo de R$ 915 milhões. Além disso, as despesas financeiras cresceram R$ 1,1 bilhão no ano. A receita operacional líquida da Engie chegou a R$ 12,541 bilhões em 2021, com alta de 2,3%. Já no último trimestre do ano passado, a receita líquida alcançou R$ 2,769 bilhões, 26,5% menor que no ano anterior. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

5 Copel investe R$ 75 mi na região metropolitana de Curitiba

A Copel (PR) vai concluir importantes obras na rede de transmissão de energia da Região Metropolitana de Curitiba este ano. O investimento nos projetos em andamento ultrapassa R$ 75 milhões. Segundo a empresa, estão sendo instalados mais de 150 equipamentos novos em cinco subestações: Bateias, Uberaba, CIC, Campo do Assobio e Distrito Industrial de São José dos Pinhais. Além disso, continuam os trabalhos de troca de cabos e reforma de torres para aumentar a capacidade de três importantes linhas de transmissão de energia que atravessam a capital. As atividades acontecem simultaneamente em instalações localizadas em Curitiba, Colombo, Campo Largo e São José dos Pinhais e contam com mais de 120 trabalhadores em campo. Pelo cronograma da Copel, as obras serão finalizadas a partir de abril de 2022. As linhas e subestações que estão passando pelas obras de reforço e modernização operam em alta tensão e fazem a conexão entre o Sistema Interligado Nacional e a rede de distribuição que entrega energia aos consumidores da região de Curitiba. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

6 Neoenergia apoia projeto para recuperação da Caatinga

A Neoenergia está apoiando um projeto para restauração de parte da caatinga, único bioma totalmente brasileiro e marcado por um histórico de degradação. Em parceria com a Associação Caatinga e professores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi realizado o plantio de duas mil mudas na Floresta Nacional de Açu (RN). Segundo a companhia, a ação foi executada com novas técnicas que podem aumentar a sobrevivência das espécies transplantadas, como o desenvolvimento de grandes raízes, a utilização de plantas herbáceas para cobertura de solo e a inoculação de fungos. O projeto integra o BrazilDry, um experimento iniciado em 2016 na UFRN. Além disso, faz parte de uma rede internacional, a TreeDiv, voltada a testar como a diversidade e a composição de espécies podem regular o funcionamento dos ecossistemas. A pesquisa brasileira levou ao desenvolvimento de uma técnica de plantio com 1 metro de comprimento de raiz, o que aumentou em 75% a sobrevivência dos transplantes. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

 

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Reservatórios do Norte crescem de 0,9 p.p e operam com 93,3% da capacidade

De acordo com o boletim do ONS, a Região Norte apontou um crescimento de 0,9 ponto percentual nos níveis de seus reservatórios, no último domingo, 13 de fevereiro. O subsistema está operando com 93,3% da capacidade. A energia armazenada mostra 14.284 MW mês e a ENA aparece com 28.258 MW med, o mesmo que 125% da MLT. O subsistema do NE apresentou aumento de 0,6 p.p e opera com 77% da sua capacidade. A energia armazenada indica 39.797 MW mês e a energia natural afluente computa 23.111 MW med, correspondendo a 184% da MLT. Já o subsistema SE/CO cresceu 0,8 p.p e conta com 51,2%. A energia armazenada mostra 104.743 MW mês e a ENA aparece com 89.168 MW med, o mesmo que 111% da MLT. A Região Sul contou teve recuo de 0,2 p.p e está operando com 33,8% da capacidade. A energia armazenada marca 6.646 MW mês e ENA é de 2.068 MW med, equivalente a 45% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

2 Abrapch: Geração hídrica pode crescer 30% nos próximos três anos

Um levantamento Abrapch mostra que o mercado de geração hídrica no País pode crescer 30% nos próximos três anos sobre a capacidade atual, saindo de 6.256 MW (5.440 MW de pequenas centrais hidrelétricas PCHs e 816 MW de centrais geradoras hidrelétricas CGHs), para 8.132 MW. A entidade afirmou que essa projeção equivale a 1.877 MW de novas usinas, investimento de mais de R$ 15 bilhões. Além disso, o Brasil tem potencial para construir 213 novas CGHs, com capacidade de gerar 846 MW, e 1.048 PCHs, com capacidade de 13.750 MW de geração de energia. Atualmente, estão em construção no País cerca de 30 PCHs e cinco CGHs, com investimentos de R$ 3,2 bilhões e R$ 116,9 milhões, respectivamente. (Broadcast Energia – 15.01.2022)

<topo>

3 ACA: pobreza energética tem dimensão explícita de gênero e impactos na saúde física e mental

A Associação de Ciências Ambientais (ACA) é autora de quatro relatórios sobre Pobreza Energética na Espanha, sendo o primeiro publicado em 2012. A ACA foi pioneira no país em dar visibilidade a este problema e anuncia que vai realizar diferentes ações em todo o país nos próximos dias, devido à celebração da Semana Europeia da Pobreza Energética, entre os dias 17 a 23 de Fevereiro. "A pobreza energética aparece - explica a Associação - quando uma casa não consegue atingir o consumo mínimo de energia para satisfazer as necessidades básicas da casa e poder ter uma participação efetiva na sociedade". É uma privação material - acrescentam - que, além disso, "tem uma dimensão de gênero explícita e demonstrou impactos adversos na saúde física e mental". Os dados mais recentes da Estratégia Nacional contra a Pobreza Energética (dezembro de 2021) revelam que em 2020 o percentual da população sem temperatura adequada em suas moradias aumentou (10,9%), além de atrasos no pagamento de contas residenciais (9,6%), em relação ao ano anterior. Estes números dificultam o objetivo definido na Estratégia para 2025 e estão associados ao impacto da crise sanitária provocada pela Covid19. (Energías Renovables - 14.02.2022)

<topo>

 

 

Mobilidade Elétrica

1 CIC energiGUNE: Espanha acelera na indústria de VEs

O centro de pesquisa basco para armazenamento de energia CIC energiGUNE analisa o progresso e a situação do mapa das gigafábricas europeias. A União Europeia é uma das regiões do mundo que mais investe na indústria de fabricação de baterias. Por sua vez, as grandes montadoras são as que propuseram algumas das principais novidades em termos de projetos e investimentos. A Espanha foi um dos países que apresentou o maior número de novidades nos últimos meses. Por exemplo, a Volkswagen anunciou sua intenção de estabelecer uma de suas seis gigafábricas na Espanha; e o projeto Basquevolt, o único projeto atualmente em desenvolvimento na Europa focado na futura geração de baterias de estado sólido. (Energías Renovables - 15.02.2022)

<topo>

2 Ford considera produzir VEs na Índia para exportação

Poucos meses após anunciar o encerramento da produção de veículos na Índia, a Ford divulgou que considera retomar a manufatura no país asiático com a produção de veículos elétricos. Além disso, a montadora norte-americana também estuda a possibilidade de vender apenas carros elétricos no país. A Ford tem investido bilhões para transformar sua estrutura produtiva para a eletrificação, tudo isso dentro do seu plano de reestruturação global. Trata-se da maior mudança estratégica na história da montadora norte-americana, focada cada vez mais nos carros elétricos. Nesse cenário, a Índia poderia voltar ao jogo dentro de uma nova estratégia, aproveitando suas duas fábricas desativadas para produzir veículos elétricos com vistas, sobretudo, ao mercado externo. No entanto, nada é oficial, e segundo a matéria da Reuters, o assunto está nos bastidores da marca, podendo ser 'amadurecido' com o tempo. (Inside EVs – 14.02.2022)

<topo>

3 Juniper Research: Estudo aponta forte crescimento nos gastos com carregamento de VEs e projeções futuras

Estudo da Juniper Research descobriu que os gastos com carregamento de veículos elétricos em casa excederão US$ 16 bilhões globalmente em 2026. Em 2021, este mesmo gasto foi de US$ 3,4 bilhões. Esse rápido crescimento superior a 390% em cinco anos está sendo impulsionado pelo menor custo e conveniência do carregamento doméstico de VEs, em vez de usar redes públicas de carregamento caras e frequentemente inconvenientes. A falta de acesso ao carregamento em casa para os residentes urbanos é um problema importante, mas dado que os veículos são atualmente de alto custo, a probabilidade é de que os usuários tenham acesso a estacionamento na rua. A pesquisa recomendou que os fornecedores de carregamento doméstico e os fabricantes automotivos formem parcerias para tornar o carregamento doméstico central para futuras transições. A nova pesquisa, EV Charging: Key Opportunities, Challenges & Market Forecasts 2021-2026, descobriu que até 2026, mais de 21 milhões de residências em todo o mundo carregarão os veículos usando uma caixa de parede doméstica, contra apenas 2 milhões em 2021. Isso reflete que, enquanto as redes públicas de carregamento estão crescendo rapidamente em termos de acesso, as wallboxes domésticas terão um crescimento muito forte nos próximos 5 anos. A pesquisa descobriu que a receita global de hardware de wallboxes de carregamento doméstico atingirá US$ 5,5 bilhões em 2026, partindo de apenas US$ 1,8 bilhão em 2021. (iPNews – 14.02.2022)

<topo>

4 NIO: Nova bateria para 1.000 km de alcance

Uma das maiores novidades anunciadas pela startup chinesa NIO quando apresentou o NIO ET7 foi representada pela inovadora bateria de 150 kWh que teria garantido ao sedã elétrico chinês - de acordo com as promessas do fabricante - um alcance de mais de 1.000 km. Rumores sobre quem faria as células se seguiram nos meses seguintes e entre os nomes mais cotados estava o da WeLion. Agora, entre os projetos anunciados pelas autoridades de Pequim há também o de uma fábrica para baterias recém-desenvolvidas, incluindo acumuladores de estado sólido, típicos da WeLion. De acordo com o Cnevpost, as obras desta nova fábrica devem começar em breve. Quem confirmou que eles estão acelerando o ritmo para entrar rapidamente no mercado foi o CEO da NIO, William Li, que disse durante uma teleconferência em novembro passado que a bateria de 150 kWh poderia estar disponível já no quarto trimestre de 2022. Mas a empresa ainda não anunciou oficialmente quem será o fornecedor. Há muitas indicações de que realmente trata-se da WeLion. Do ponto de vista técnico, a bateria de 150 kWh não estará exatamente no estado sólido. Para ver esse tipo de acumulador você terá que esperar pelo menos até 2025. A mega bateria da NIO, que tem uma densidade de 360 Wh/kg, terá, em vez disso, um eletrólito "híbrido" ou semissólido que muda o estado e solidifica in situ (no nível molecular). A bateria também tem um cátodo com um teor de níquel muito alto e um ânodo feito de material composto que também adota silício e carbono. (Inside EVs – 14.02.2022)

<topo>

 

 

Inovação

1 Módulos bifaciais Hi-MO 5 da LONGi à prova de neve

O módulo bifacial Hi-MO 5 da LONGi ( 2,6 m2 ) passou nos testes de carga de neve não homogênea realizados pelo China General Certification Center (CGC), que simula uma instalação onde a parte traseira do módulo está no ar. Os resultados mostraram que, para cinco módulos Hi-MO 5, a carga crítica de neve (no ponto de falha) atingiu ou ultrapassou 6.400 Pa, com a carga máxima atingindo 7.400 Pa. a carga de neve do Hi-MO 5 foi de 4.341 Pa, embora, para módulos de 3,1 m2 testados ao mesmo tempo, a carga média crítica de neve foi de 4.600 Pa, 3.066 Pa se o fator de segurança. Após testes em túnel de vento, granizo e carga dinâmica máxima, a alta confiabilidade dos módulos LONGi em termos de tamanho e projeto estrutural foi novamente verificada. (Energías Renovables - 15.02.2022)

<topo>

 

 

Energias Renováveis

1 TJ-MT suspende cobrança de ICMS sobre GD solar no estado

Por unanimidade, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso suspendeu a cobrança do ICMS sobre a energia solar no estado após julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo Partido Verde. A decisão foi proferida em sessão realizada no último dia 10 de fevereiro e é válida para todos os usuários de Mato Grosso. Na ADI, o PV questiona a constitucionalidade dos artigos 2º, inciso I, §1º, III, e § 4º e 3º, incisos I e XII, e § 8º, I e II da Lei Estadual 7.098/98, que trata do regime tributário que é aplicado ao ICMS a fim de excluir a incidência do imposto sobre o excedente de eletricidade compensado prevista na Resolução Normativa Aneel 482. A relatora do processo, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, entendeu a cobrança como inconstitucional já que o consumo de energia produzida no âmbito do Sistema de Compensação de Energia Elétrica não tem objetivo de comercialização e sim para autoconsumo. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

2 Greener: Demanda por módulos fotovoltaicos no Brasil ultrapassa 9,7 GW em 2021

A demanda por módulos fotovoltaicos no mercado brasileiro para atender a geração solar (GD + GC) ultrapassou os 9,7 GW em 2021, uma alta de 100% em relação ao ano anterior, de acordo com a consultoria Greener. O número alcançado representa participação de 5,6% da demanda mundial de módulos fotovoltaicos em 2021, que foi de 172,6 GW. Em relação ao financiamento, a demanda solar continua avançando, apoiando 57% das vendas efetuadas. No ano passado, os preços dos sistemas fotovoltaicos tiveram uma elevação média de 8%, apesar da alta dos custos dos equipamentos. "A expressiva entrada de novos players e alta competitividade foram fatores que atenuaram a elevação dos preços ao consumidor final", diz a consultoria. Para a Greener, apesar da alta dos preços, a elevação das tarifas de energia em 2021 e as mudanças nas regras de GD contribuíram para o interesse do consumidor final. (Broadcast Energia – 15.02.2022)

<topo>

3 Eólica recebe autorização de 11 MWW

A Aneel autorizou para início da operação comercial, a partir de 12 de fevereiro, unidades geradoras da EOL Ventos da Bahia XXIII, que totalizam 11 MW de capacidade instalada. O empreendimento está localizado no município de Souto Soares, no estado da Bahia. O Despacho foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 14 de fevereiro. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

4 Galp fala em expandir presença em renováveis no Brasil

O CEO da Galp, Andy Brown, afirmou em entrevista em Lisboa que a empresa busca oportunidades no Brasil, para expandir sua presença em fontes de geração renováveis. Em outubro do ano passado, a petrolífera portuguesa anunciou a aquisição de dois projetos solar fotovoltaicos na Bahia e no Rio Grande do Norte, que somam em torno de 600 MW de capacidade instalada. O executivo destacou que a Galp quer uma posição também no mercado de gás no país, mas procura diversificar o portfólio com a aposta em renováveis, em um mercado que Brown considera rico em oportunidades e atrativo a investimentos. Ele destacou ainda a capacidade do país na produção de hidrogênio. A empresa está há duas décadas no Brasil, e na ultima década, lembrou o executivo, investiu cerca de US$5 bilhões na exploração e produção de petróleo, aumentando significativamente sua participação nesse mercado, em parceria com a Petrobras. Andy Brown participou nesta segunda-feira, 14 de fevereiro, de reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que também teve um encontro com o CEO da EDP, Miguel Stiwell de Andrade. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

5 Engie mantém foco em projetos renováveis para mercado livre e quer crescer em transmissão

A iminente saída da Engie Brasil Energia da geração de energia a base fóssil não deve alterar a estratégia de crescimento da companhia, focada em desenvolvimento de projetos próprios de geração e eventuais oportunidades em leilões de transmissão. De acordo com o presidente da companhia, Eduardo Sattamini, com a esperada venda da termelétrica a carvão Pampa Sul, prevista para ser concluída até o final deste ano, a Engie seguirá seu ritmo de construção de novos empreendimentos eólicos e solares voltados para o mercado livre. Atualmente, a companhia está construindo o Conjunto Eólico Santo Agostinho, de 434 MW de capacidade instalada, no Rio Grande do Norte. A entrada em operação dos primeiros parques do complexo está prevista para este ano. Ao mesmo tempo, avança na construção de um pipeline de novos empreendimentos a desenvolver, como o Assú Sol, de 750 MW, também no Rio Grande do Norte, adquirido em 2021, e outros projetos de expansão de ativos existentes, perfazendo cerca de 2,5 GW de capacidade no Pipeline. (Broadcast Energia – 15.02.2022)

<topo>

6 Raízen fecha acordo com Smart Fit para gerar e comercializar energia renovável

A empresa de energia e combustíveis Raízen e a rede de academias Smart Fit fecharam um acordo para gerar e comercializar energia renovável para 150 unidades da empresa. O valor do contrato não foi revelado. O acordo prevê duas formas de trabalhar com a energia renovável. A primeira é a geração distribuída de energia, quando a energia elétrica é gerada no mesmo local de consumo. Nesse modelo, serão contempladas 85 unidades da rede localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, somando uma redução anual estimada de R$ 1,5 milhão com energia elétrica, além da redução de cerca de 370 toneladas de CO2/ano. A segunda forma de trabalhar com a energia renovável é por meio da venda da energia gerada para outras unidades da Smart Fit localizadas no Sudeste e no Nordeste do País. O acordo prevê a comercialização de energia para outras 65 unidades da Smart Fit nessas regiões. Com isso, a estimativa das empresas é que sejam comercializados cerda de 49 gigawatts-hora (GWh) entre 2022 e 2024, período de vigência do contrato, totalizando uma economia de mais de R$ 5,2 milhões. (O Estado de São Paulo – 14.02.2022)

<topo>

7 Mercury Renew quer 1,6 GW até 2023

Após a entrada em operação comercial da UFV Bon Nome (PE – 130 MWp), a Mercury Renew se prepara para manter o ritmo de expansão em 2022. Ainda este ano está prevista a inauguração da UFV Castilho (SP – 270 MWp) e em 2023 será a vez de Hélio Valgas ( MG – 670 MWp). Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO da geradora, Pedro Fiuza, revelou que a meta da empresa é fazer 1,6 GW até o fim do ano que vem e que apesar da predominância solar, a fonte eólica não está descartada. A animação do executivo vem de quem está construindo Castilho, a maior usina solar do estado de São Paulo e já tem o aprendizado adquirido em Bon Nome e Brígida, já implantadas. Fiuza relembra que 2021 foi um ano atípico para todos ainda por conta da pandemia, que acabou impactando tanto no canteiro, com a necessidade de reforço dos cuidados, quanto no ambiente externo, por conta da produção de painéis fotovoltaicos chineses. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

8 Incentivo à instalação de biodigestores para geração de energia no MS

A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) do Mato Grosso do Sul quer incentivar no Estado a instalação de biodigestores na produção de suínos para a geração de energia, por meio da transformação de dejetos. De acordo com a pasta, as granjas cadastradas produzem 6,5 bilhões de litros de dejetos de suínos, que se fossem convertidos em gás metano seriam capazes de produzir 70,8 milhões de kW por ano de energia elétrica. Do total de 250 granjas cadastradas no subprograma Leitão Vida, 110 têm biodigestores que evitam a liberação do gás metano produzido pelos animais na natureza. Segundo a Semagro, 29 propriedades já transformam este biogás em energia, gerando mais de 12,3 milhões de kWh por ano. (Broadcast Energia – 15.02.2022)

<topo>

9 Boralex sai da biomassa para focar em energia eólica e solar

A Boralex, empresa canadense, vendeu o último ativo de geração de energia de biomassa remanescente em seu portfólio. A usina Senneterre de 34,5 MW foi comprada pela Resolu Forest Products Canada, uma empresa sediada em Abitibi-Témiscamingue que fornece subprodutos para a usina há dois anos. Conforme estabelecido em seu Plano Estratégico atualizado de 2025, a Boralex busca acelerar seu crescimento nos setores eólico, solar e de armazenamento, otimizando suas instalações hidrelétricas. O presidente e executivo-chefe da Boralex, Patrick Decostre, disse que a missão principal da Boralex é promover a energia renovável, e a venda desta usina promove os esforços descritos no Plano Estratégico. (Renews - 14.02.2022)

<topo>

10 Iberdrola aumenta produção e capacidade de energias renováveis em 2021

A companhia elétrica espanhola Iberdrola SA produziu 73,7 GWh de energia a partir de suas energias renováveis em todo o mundo em 2021, um aumento de 8,7% em relação ao ano anterior, informou a empresa no relatório preliminar de energia. Durante o quarto trimestre, a produção de energias renováveis aumentou 3,9% para 18.581 GWh. A capacidade instalada de energia renovável também aumentou, 9,2% no ano, atingindo um total mundial de 38.035 MW no final de dezembro. Esse número também inclui a capacidade de grandes hidrelétricas e outras fontes renováveis. (Renewables Now – 15.02.2022)

<topo>

11 Suécia: Demarcação de 3 áreas para energia eólica offshore

A Suécia apresentou planos na terça-feira para construir usinas eólicas offshore que gerarão de 20 a 30 TWh por ano, com o objetivo de atingir 120 TWh em um estágio posterior. As áreas estão localizadas nas águas leste e oeste da Suécia. “Dessa forma, garantimos o fornecimento de eletricidade, permitimos a transição energética e garantimos bons preços de eletricidade a longo prazo”, disse o ministro da Energia, Khashayar Farmanbar. Atualmente, a Suécia consome cerca de 140 TWh por ano, e o consumo de energia deve aumentar consideravelmente nos próximos anos, à medida que as indústrias e o setor de transporte do país estão eliminando gradualmente os combustíveis fósseis, disse o governo. (REVE – 15.02.2022)

<topo>

 

 

Gás e Termelétricas

1 Termelétrica recebe autorização comercial em RR

A Aneel liberou hoje (15) o início da operação comercial da primeira unidade geradora (48,6 MW) da usina termelétrica (UTE) Jaguatirica II, localizada no Município de Boa Vista, Estado de Roraima. A previsão é que todas as três unidades geradoras da usina entrem em operação comercial até meados de maio de 2022. Com capacidade instalada de 140,8 MW, a UTE Jaguatirica II, movida à gás natural extraído do campo de Azulão, no estado do Amazonas, é o primeiro empreendimento do leilão dos Sistemas Isolados n° 01/2019 a entrar em operação comercial e será a maior usina do estado de Roraima. A UTE é capaz de atender mais de 80% do consumo daquele Estado e marca o início da efetiva mudança da matriz elétrica de Roraima, a partir da substituição da geração diesel, mais cara e poluente. (Aneel – 14.02.2022)

<topo>

 

 

Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Abraceel: ACL pode atingir até 40% dos consumidores que ainda não migraram

De acordo com o presidente da Abraceel, Rodrigo Ferreira, em webinar promovido pela Cogen e pela Unica, no último dia 10 de fevereiro, o mercado livre tem o potencial de atingir 40% dos consumidores que ainda não migraram do mercado cativo. Todavia, esta parcela pode chegar a 46% se incluir o chamado Grupo A, atendido pelo mercado cativo, e a abertura poderia ocorrer em um prazo de até 24 meses. Segundo Ferreira, incluir o Grupo A significa a parcela de micro e pequenos empresários que foram responsáveis por 71% dos empregos durante a pandemia. O presidente executivo da Abraceel disse ainda que o fato de os pequenos negócios ainda estarem obrigados a consumir energia no mercado cativo deixa estes empreendedores expostos ao aumento de 21% na tarifa de energia previsto para esse ano. Para ele, abrir o mercado livre para esse Grupo A seria vital, já que o que eles economizariam na energia paga poderia ser revertido em investimentos. De acordo com o executivo, este cálculo ainda não leva em conta os consumidores de baixa tensão, incluindo os consumidores residenciais A Abraceel propôs uma nova portaria: permitir a abertura para todos os clientes de alta tensão a partir de janeiro de 2024 e toda a baixa tensão a partir de janeiro de 2026. (CanalEnergia – 14.02.2022)

<topo>

 

 

Biblioteca Virtual

1 ZAMBONI, Lucca; CÂMARA, Lorrane; AMÂNCIO, Mateus. “Sandboxes Tarifários: Um Incentivo à Digitalização do Setor Elétrico Brasileiro”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastro do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ