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IFE: nº 55 - 04 de maio de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Brasil: participação do Estado no mercado de VEs
2 Brasil: novos modelos de negócio e iniciativas a favor da ME
3 IEA: Governos tem papel essencial na expansão da adoção dos VEs
4 IEA: volume de investimentos governamentais com VEs em 2020
5 Europa: incentivos e regulações a favor da ME
6 EUA: Governo Biden planeja mega investimentos em ME
7 EUA: lançamento do projeto West Coast Clean Transit Corridor Iniciative

Inovação e Tecnologia
1 Ford: novo centro de pesquisa de baterias para VEs
2 Cellcentric pretende se tornar líder em células de combustível
3 Nova York: Revel vai oferecer serviço de carona com VEs
4 Porsche eFuel reduz emissões de carbono em 90%
5 Volkswagen: desenvolvimento de chips para veículos autônomos
6 Lightyear: compromisso com a produção em massa de VE solar

Indústria Automobilística
1 IEA: Venda de VEs no mundo atinge 3 milhões de unidades em 2020
2 GM estabelece parceria para criação de pontos de recarga de VEs
3 Daimler e GE inauguram estações de recarga para caminhões elétricos

4 Volkswagen: mega investimentos em descarbonização até 2025

5 Volkswagen constrói 3ª fábrica de VEs na China

6 Fiat anuncia parceria com a DHL

7 Ford: planos de investimentos até 2025

8 Renault abandona diesel e prioriza motores elétricos
9 Lotus só vai fabricar VEs a partir de 2028

Meio Ambiente
1 Nestlé investe na eletrificação de suas frotas no Brasil
2 EUA: instalação geotermal produzirá lítio “verde”
3 Importância da reciclagem de baterias de VEs
4 Pirelli aposta em pneus verdes com o avanço dos VEs

Outros Artigos e Estudos
1 IEA: Gastos com VEs cresceu 50% em 2020
2 Mercado financeiro e o otimismo com a eletrificação
3 ABVE: Preocupação com futuros caminhos para a ME no Brasil


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Brasil: participação do Estado no mercado de VEs

Os países são responsáveis por definir suas políticas de transporte e meio ambiente, que são primordiais para estabelecer o ritmo de crescimento dos VEs. No Brasil, já existem boas iniciativas, como a redução do IPI para VEs, o programa de P&D da Aneel e decretos estaduais e municipais que estabelecem alíquotas diferenciadas de IPVA para VEs. É necessário um esforço concentrado a fim de ampliar esses benefícios de forma coordenada. Isso pode englobar diversas iniciativas, como campanhas de conscientização da população ou acesso exclusivo de VEs em regiões mais adensadas da cidade, além do estímulo ao transporte coletivo elétrico. O primordial é entender para onde o País pretende ir. O planejamento tem papel fundamental nesse processo. (Mobilidade Estadão – 13.04.2021)

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2 Brasil: novos modelos de negócio e iniciativas a favor da ME

A ME vai demandar novos modelos de negócios, com empresas costurando articulações e parcerias para mitigar riscos e compartilhar investimentos. Modelos de negócios mais tradicionais, com investimento de uma única organização, são mais frágeis no caso da ME, que demanda por investimentos maiores de aquisição. Ações de incentivo à ME no Brasil podem encarar dificuldades devido aos efeitos do COVID na economia. Além disso, a depreciação do real frente ao dólar aumentou o preço de aquisição dos VEs importados. Porém, especialistas apontam oportunidades remodelando o setor de transporte público, como o projeto ZEBRA, que prevê investimento de US$ 1 bi em metrópoles da A. Latina. Outra oportunidade são os investimentos realizados pela Aneel, totalizando mais de R$ 463 milhões em investimentos na área. Contudo, especialistas apontam que a transição da mobilidade brasileira será mais lenta e irá combinar muito mais modais híbridos como o etanol por exemplo. (Automotive Business – 16.03.2021)

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3 IEA: Governos tem papel essencial na expansão da adoção dos VEs

De acordo com Faith Birol, diretor executivo da IEA, os VEs possuem um papel indispensável para que seja possível alcançar as emissões líquidas zero mundialmente. Apesar da tendência de vendas dos VEs, atualmente, ser encorajadora, as metas climáticas e energéticas exigem uma transição do mercado ainda mais rápida. Segundo o diretor da IEA, os governos têm um papel fundamental em acelerar esse processo. “Os governos devem realizar um essencial trabalho de base, nesse momento, para acelerar a adoção de VEs, investindo na fabricação de baterias e no desenvolvimento amplo e resiliente de uma infraestrutura de recarga, através dos pacotes de recuperação econômica”, disse Faith Birol. Dentro da tendência atual, se projeta que o mundo terá 145 milhões de VEs em 2030. Porém, esse número pode chegar a 230 milhões, caso os governos acelerem os esforços para alcançarem as metas climáticas e energéticas. (IEA – 29.04.2021)

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4 IEA: volume de investimentos governamentais com VEs em 2020

Governos, ao redor do mundo, gastaram US$ 14 bi em incentivos diretos para compra ou deduções tributárias na aquisição de VEs, em 2020. Esse valor representou um aumento de 25%, em relação ao ano interior. Todo o aumento de gastos foi registrado na Europa, onde muitos países responderam a recessão econômica, provocada pela pandemia, com incentivos que impulsionaram a venda de VEs. Apesar do aumento, a parcela do gasto governamental, em relação ao gasto total com VEs, apresentou queda, contabilizando 10%. Em 2015, essa parcela era de 20%. (IEA – 29.04.2021)

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5 Europa: incentivos e regulações a favor da ME

A Europa segue investindo no segmento de ME e pretende ter em 2030, 30 milhões de unidades elétricas em seu território. Os incentivos para atingir essa marca são econômico-fiscais, regulatórios, de infraestrutura de recarga e planejamento urbano. Portugal, por exemplo, estabeleceu em 2010 a legislação e regulação das atividades de ME no país, bem como regulamentou os incentivos à utilização de VEs e procedeu ao estabelecimento de uma rede piloto de âmbito nacional. A Alemanha, definiu um programa de governo para a ME, além de uma legislação específica para esse fim. Já a Noruega foi o primeiro país do mundo a superar 50% de VEs vendidos. Conseguiram isso graças a estímulos como acesso a faixas exclusivas de ônibus, isenção de taxas de estacionamento, pedágios e de impostos para aquisição de VEs, além de financiamento para investimentos em estações de recarga. Algumas dessas práticas podem ser adotadas no Brasil para estimular a ME e trazer benefícios ambientais. (Mobilidade.Estadão – 13.04.2021)

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6 EUA: Governo Biden planeja mega investimentos em ME

A Casa Branca divulgou recentemente, detalhes do plano do presidente Biden para acelerar a adoção de VEs, incluindo novos financiamentos e parcerias de pesquisa e fornecendo orientação sobre como os programas federais existentes podem ser usados pelos estados para instalar infraestrutura de carregamento. O planejamento de Biden inclui US $ 174 bilhões para investimentos em VEs, incluindo carregadores e incentivos para a compra de veículos. Especialistas em políticas públicas dizem que muitos destes gastos propostos precisarão ser autorizados pelos legisladores. Apesar disso, foram destacados mais de uma dúzia de programas com $ 41,9 bilhões em subsídios federais disponíveis agora e que podem ser aplicados à construção de infraestrutura de VEs. (Utility Dive – 27.04.2021)

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7 EUA: lançamento do projeto West Coast Clean Transit Corridor Iniciative

Projeto West Coast Clean Transit Corridor Initiative, vai promover 2 mil km de corredor ‘verde’ nos EUA. O projeto visa a criação de um corredor para veículos “limpos”. Nesse sentido, nove concessionárias de energia e duas agências do governo se uniram. Será criada uma rota para caminhões elétricos que abrange três Estados da costa oeste dos EUA, Califórnia, Oregon e Washington. Para conhecer mais sobre o projeto, clique aqui. (O Estado de São Paulo - 29.04.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Ford: novo centro de pesquisa de baterias para VEs

A Ford irá iniciar a construção de um novo centro de pesquisas para o desenvolvimento de baterias para carros elétricos. O anúncio é mais um dos esforços para acelerar a transição para a mobilidade elétrica dentro da empresa. Localizado em Allen Park, Michigan, o chamado Ion Park é fruto de um investimento de US$ 185 milhões e 150 profissionais envolvidos para iniciar as atividades em 2022 em uma construção que ocupará 18.500 metros quadrados. O laboratório de pesquisa contará com equipamentos em escala piloto para projeto e fabricação de eletrodos, células e matrizes e usará tecnologia de ponta para testar novas técnicas de fabricação que permitirão à Ford dimensionar rapidamente projetos de células de bateria inovadores com materiais novos integrando verticalmente células de bateria e baterias. A Ford, que inicialmente apostava em fornecedores externos para as baterias de seus próximos VEs, agora decidiu por verticalizar o processo em direção ao desenvolvimento interno das células, a exemplo do que já fazem a Volkswagen e a Tesla. (Inside EVs – 28.04.2021)

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2 Cellcentric pretende se tornar líder em células de combustível

Após criarem uma joint venture para o desenvolvimento de sistemas de células de combustível, denominada Cellcentric, os grupos Daimler e Volvo anunciaram os objetivos da nova empresa, que pretende se tornar líder global na produção e desenvolvimento de células de combustível. A ideia é que a Cellcentric contribua na tarefa de cumprir as metas traçadas até 2050, de tornar as operações de transporte de carga sustentáveis e fazer com que a Europa alcance a neutralidade em carbono, como parte do Acordo Verde Europeu. Para isso, a nova empresa vai desenvolver, produzir e comercializar sistemas de célula de combustível para caminhões que rodam longas distâncias e outras aplicações. Segundo os executivos da Daimler Truck e do grupo Volvo, as operações de transporte no futuro próximo serão realizadas por caminhões totalmente elétricos e com células de combustível baseados em hidrogênio, com as baterias alimentando os veículos em trajetos mais curtos e com cargas mais leves, enquanto as células alimentadas por hidrogênio vão se encarregar de mover caminhões com cargas mais pesadas e por maiores distâncias. (Automotive Business – 30.04.2021)

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3 Nova York: Revel vai oferecer serviço de carona com VEs

A Revel vai começar a prestar serviço de transporte em Nova York. O modelo é igual ao da Uber, porém com uma frota de veículos elétricos Tesla. A estratégia é justamente se posicionar como uma alternativa para o usuário que já está acostumado ao serviço oferecido por empresas como a Uber, mas vê valor em um serviço que reduz as emissões. Os executivos da startup afirmam que embora a experiência seja mais premium, o valor das corridas será semelhante às outras opções disponíveis no mercado, já que consegue reduzir os custos envolvidos na alta rotatividade de motoristas e os riscos de responsabilidade envolvidos no modelo tradicional de prestação de serviços usados pelos concorrentes. A startup vai começar a testar o seu modelo por Nova York, onde 50 Tesla Model Y estarão nas ruas da Big Apple a partir de maio. Inicialmente, eles vão atender apenas uma região de Manhattan. Mas o objetivo é expandir a atuação para toda a cidade em um ano. A startup quer acrescentar outros modelos elétricos à frota nos próximos meses. “Nossa missão sempre foi eletrificar as cidades”, diz Frank Reig, cofundador e CEO da Revel ao site Business Insider. “Se você pensar que a companhia está tentando criar um ecossistema totalmente elétrico, as viagens compartilhadas são um passo natural nesse processo.” A empresa já captou pouco mais de US$ 31 milhões. A entrada no setor das caronas compartilhadas não é a única novidade anunciada pela empresa. Ela vai inaugurar centros de recarga rápida de veículos elétricos, chamados de Superhubs. Em fevereiro, a Revel também lançou um serviço de aluguel de bicicletas elétricas por US$ 99 mensais. (Neo Feed – 28.04.2021)

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4 Porsche eFuel reduz emissões de carbono em 90%

O Porsche eFuel, que está em desenvolvimento, combina "hidrogênio verde" gerado por energia renovável com dióxido de carbono capturado da atmosfera. O metanol produzido no processo é convertido em gasolina. O gás reduz as emissões de dióxido de carbono em 90% em comparação com a gasolina convencional, diz a montadora alemã. O eFuel da empresa, um tipo de eletrocombustível sintético, permitirá aos clientes dirigir carros de alto desempenho usando motores de combustão convencionais "sem emitir dióxido de carbono desnecessário", disse Michael Steiner, diretor da Porsche encarregado de pesquisa e desenvolvimento. A Porsche começará a produzir o combustível em uma base piloto em uma fábrica que está construindo no Chile com a Siemens Energy, empresa alemã que produz equipamentos de eletrólise de água, e outros parceiros. A planta recebeu um investimento inicial de 20 milhões de euros. Cerca de 130 mil litros serão produzidos no próximo ano, com planos de elevar a produção anual para 550 milhões de litros até 2026 - o suficiente para 1 milhão de veículos. O combustível será oferecido a quem comprou o esportivo Porsche 911, entre outros clientes. O gás poderia ser vendido diretamente nas concessionárias. A Porsche espera que a produção de eFuel custará US$ 10 por litro em 2022. O valor pode cair para cerca de US$ 2 por litro quando a produção em massa começar em 2026 ou 2027, disse Steiner, tornando o combustível competitivo em relação às alternativas. Um problema envolve a perda de energia. O processo de fabricação envolve a produção de hidrogênio e, em seguida, sua transformação em combustível, o que significa que os carros provavelmente terão um sexto da eficiência energética dos veículos elétricos convencionais. (Valor Econômico – 03.05.2021)

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5 Volkswagen: desenvolvimento de chips para veículos autônomos

A Volkswagen planeja desenhar e desenvolver chips de alta potência para veículos autônomos, junto a um software requerido. A VW não planejava a construção de semicondutores, mas queria adquirir patentes se possível. Segundo a VW o elétrico ID Buzz será o primeiro VE da montadora, que poderá dirigir de maneira autônoma. Uma versão altamente automatizada está sendo testada nas rodovias da Alemanha, nesse ano, como parte de um plano para o lançamento dos veículos autônomos para usos de compartilhamento de viagens e carona em 2025. (Automotive News Europe – 30.04.2021)

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6 Lightyear: compromisso com a produção em massa de VE solar

A startup neerlandesa Lightyear, prometeu acelerar o projeto do primeiro carro solar a ponto de se comprometer com o desafio de iniciar a produção em série entre 2024 e 2025. Durante uma entrevista, o CEO da Lightyear, Lex Hoefsloot, confirmou não apenas o plano para a produção em massa do Lightyear One, como ainda anunciou um projeto para desenvolver uma família inteira de carros solares nos próximos anos. E acrescentou que o objetivo da empresa é ir muito além de ser uma bandeira de tecnologia e sim construir carros que possam ser utilizados no dia a dia. Para manter o peso total em níveis aceitáveis, a Lightyear irá utilizar uma bateria não muito grande, de 60 kWh, o que segundo a empresa, aliado aos 1.300 quilos do sedã elétrico, permitirá uma autonomia de 710 km pelo padrão europeu WLTP. Destaque ainda para a contribuição de seus painéis fotovoltaicos, que possibilitarão recuperar cerca de 60 km de autonomia por dia. (Inside EVs – 01.05.2021)

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Indústria Automobilística

1 IEA: Venda de VEs no mundo atinge 3 milhões de unidades em 2020

A venda de carros elétricos no mundo em 2020 atingiu a marca de 3 milhões de veículos, um crescimento de 41%, de acordo com o relatório Global EV Outlook 2021 publicado pela IEA. Esse total representa uma participação de 4,6% das vendas globais de automóveis. Agora são cerca de 10 milhões de carros elétricos rodando pelas estradas do mundo. Pela primeira vez, a Europa ultrapassou a China e se tornou o maior mercado de veículos elétricos do planeta. (Canal Energia – 29.04.2021)

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2 GM estabelece parceria para criação de pontos de recarga de VEs

A General Motors anunciou parcerias com grandes redes de recarga de veículos elétricos para oferecer aos clientes acesso a quase 60 mil pontos de recarregamento de baterias nos Estados Unidos e Canadá. A GM disse que assinou acordos com sete empresas incluindo Blink Charging, ChargePoint e EV Connect. A montadora também lançou a plataforma "Ultium Charge 360", que integra redes de recarga, aplicativos veiculares da companhia e outros serviços para simplificar a experiência de recarregamento de baterias de seus veículos. A GM pretende investir 27 bilhões de dólares em veículos elétricos e tecnologia de direção autônoma até 2025 e para lançar 30 novos veículos elétricos até o fim de 2025. A empresa pretende parar de vender veículos a gasolina e diesel até 2035. (UOL – 28.04.2021)

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3 Daimler e GE inauguram estações de recarga para caminhões elétricos

A Daimler Trucks e a General Electric inauguraram uma estação de carregamento de caminhões elétricos. A chamada Ilha Elétrica fica em Portland, no Estado de Oregon, EUA. Com oito estações, também vai atender ônibus, veículos leves de carga e automóveis. Segundo as empresas, o espaço é de uso público. Assim, vai ajudar a acelerar a implantação da infraestrutura para veículos elétricos, sobretudo os comerciais. Além disso, a estação é flexível, poderá receber tecnologias que venham a ser desenvolvidas. Também tem capacidade de até 5 MWh, o equivalente ao consumo de 7.500 casas populares. A estação fica perto da sede da Daimler Trucks North America (DTNA). “Pela primeira vez, entregamos o caminhão e todo o ecossistema em torno dele”, diz o engenheiro-chefe da DTNA, Nate Hill. Segundo ele, os caminhões foram testados com vários tipos de carregadores. “Estamos ajudando a moldar o futuro do transporte de carga livre de carbono”, afirma o CEO da DTNA, John O’Leary. Isso é fruto da colaboração com grandes parceiros, como a Portland General Electric”. (O Estado de São Paulo – 29.04.2021)

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4 Volkswagen: mega investimentos em descarbonização até 2025

A Volkswagen apresentou detalhes dos seus planos para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Um deles é a nova meta de reduzir em 40% as emissões de CO2 por veículo na Europa até 2030, o que representa cerca de 17 toneladas de dióxido de carbono a menos por veículo. Para isso, a empresa investirá nos próximos cinco anos 14 bilhões de euros em projetos de descarbonização, que incluem um amplo pacote de medidas para acelerar a produção sustentável e o uso de VEs. Para alavancar e consolidar a eletrificação neutra no segmento automobilístico, a companhia vem fechando contratos com usinas solares e eólicas ainda em construção na Europa. Segundo a empresa, veículos carregados com energia renovável podem reduzir pela metade suas emissões de CO2. a montadora alemã vem adotando práticas para descarbonizar sua produção e cadeia de fornecedores. Na Europa, todas as fábricas já utilizam eletricidade de fontes renováveis e a empresa prevê que a partir de 2030 todas as unidades de fabricação do mundo, exceto na China, passem a operar inteiramente com eletricidade verde. A partir de agora, a companhia se compromete a tornar as emissões de CO2 um critério fundamental na concessão de contratos aos fornecedores. Paralelamente, a empresa está trabalhando para a reciclagem sistemática de baterias, que permitirá no futuro um reaproveitamento de 90% das matérias-primas. (Epbr – 29.04.2021)

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5 Volkswagen constrói 3ª fábrica de VEs na China

A Volkswagen anunciou o início da construção de uma nova fábrica de VEs na China. A marca alemã irá erguer uma nova unidade de produção da joint venture Volkswagen Anhui, que envolve a Volkswagen (75% de participação) e a JAC Motors. Prova da força do Grupo Volkswagen na China, está será a terceira fábrica destinada para VEs. A construção da fábrica da Volkswagen Anhui será concluída em meados de 2022 e iniciará a produção de carros elétricos no segundo semestre de 2023. Quando estiver operando a pleno vapor, será capaz de produzir até 350.000 veículos elétricos a bateria por ano. O Grupo Volkswagen China planeja entregar até 1,5 milhão de unidades dos chamados NEVs - New Energy Vehicles - por ano até 2025. A nova unidade adotará uma série de medidas de economia de energia, incluindo o uso de piso aquecido a vapor na área de escritórios e a seleção de equipamentos de produção de baixo consumo de energia, para ajudar o grupo a atingir a meta de redução das emissões gerais de carbono. Além disso, o projeto também prevê a construção de um parque de fornecedores de baterias e peças no entorno da fábrica. (Inside EVs – 01.05.2021)

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6 Fiat anuncia parceria com a DHL

Por meio do lançamento do E-Ducato, a Fiat anunciou uma parceria com a DHL, que comprará as 100 primeiras unidades do furgão elétrico. A DHL Express já opera na Europa cerca de 500 vans elétricas e de 14.000 não eletrificadas. Até 2030, a empresa pretende expandir sua frota total para 20.000 veículos e utilizar mais de 14.000 elétricos (a maior parte da frota). E a peça-chave desse objetivo é o lançamento do Fiat E-Ducato, considerando o enorme potencial de vendas do furgão elétrico. (Inside EVs – 26.04.2021)

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7 Ford: planos de investimentos até 2025

Recentemente, a Ford anunciou seu compromisso de investir US$ 22 bilhões até 2025 para o desenvolvimento e produção de veículos eletrificados conectados. Nos Estados Unidos, o Ford Mustang Mach-E já se mostrou um sucesso de vendas. Logo mais, o Ford Transit totalmente elétrico deve começar a ser vendido até o final deste ano e a picape elétrica Ford F-150 chegará ao mercado em meados de 2022. (Inside EVs – 28.04.2021)

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8 Renault abandona diesel e prioriza motores elétricos

A Renault anunciou que não irá mais desenvolver novos motores a diesel. A montadora está abandonando o motor a diesel e canalizando os recursos de P&D para criar novos motores elétricos, de acordo com seu plano estratégico Renaulution, rumo à mobilidade elétrica. Esse caminho também foi seguido por outras fabricantes, como a Lexus, Mitsubishi, Nissan e Volvo. (Inside EVs – 28.04.2021)

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9 Lotus só vai fabricar VEs a partir de 2028

A fabricante britânica de carros esportivos Lotus afirmou que vai investir mais de 2,8 bilhões de libras (3,2 bilhões de euros) em novas tecnologias e na expansão maciça da produção dos seus modelos de carros esportivos. A montadora prevê que até 2028 vai vender apenas veículos elétricos, segundo a “Reuters”. Os planos de investimento incluem uma nova fábrica da Lotus na cidade chinesa de Wuhan. A Lotus confirmou ainda que seu primeiro carro esportivo elétrico será lançado em 2028, mas alerta que tudo dependerá da redução do peso do veículo. As baterias dos VEs são pesadas e as montadoras premium, como a McLaren, estão lutando para descobrir como reduzir o peso de um veículo sem perder o desempenho dos carros. A Lotus também disse que o Evija, o seu primeiro “hipercarro” elétrico puro, entrará em produção ainda este ano. O Evija terá uma produção limitada de 130 carros e será vendido por dois milhões de libras cada (2,3 milhões de euros). (Jornal Econômico – 27.04.2021)

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Meio Ambiente

1 Nestlé investe na eletrificação de suas frotas no Brasil

A Nestlé anunciou nesta segunda-feira (26) que fará uma série de investimentos para mudar sua operação logística no Brasil. Um dos primeiros passos da multinacional nessa longa jornada será uma nova frota com 100 carros elétricos até o final de 2022. No total, a Nestlé fará um investimento de aproximadamente R$ 15 milhões nessa iniciativa, que segundo a multinacional terá uma estimativa de reduzir cerca de 5,7 mil toneladas de CO2 por ano, já que os carros elétricos não emitem nenhum tipo de gás. A multinacional espera que, neste primeiro momento, cerca de 10% da sua frota seja composta pelos carros elétricos, mas o plano é chegar em 2050 com toda sua frota formada pelos elétricos, alcançando zero em emissões de poluentes. (Click Petróleo e Gás – 27.04.2021)

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2 EUA: instalação geotermal produzirá lítio “verde”

Diante da alta na demanda por VEs, surge a preocupação com a escassez dos principais minerais necessários para a sua produção. O governo Biden pediu o aumento da produção doméstica destes minerais, incluindo o lítio que é usado em baterias de VEs. A alguns quilômetros da costa do Mar Salton da Califórnia está sendo construída uma instalação geotérmica que tem potencial para gerar energia para 1,1 mi de residências e, quando estiver totalmente operacional, será capaz de extrair lítio do solo. De acordo com especialistas, o lítio geotérmico é ambientalmente benigno e produz poucas emissões de carbono. Este processo está em total contraste com outros tipos de extração de lítio em todo o mundo, onde os danos ecológicos são grandes. Porém, provavelmente essa nova produção não revolucionará a cadeia de abastecimento global de lítio. Os EUA obtêm a maior parte de seu lítio da China e não é provável que isso mude em breve. (Wyoming Public Media – 18.04.2021)

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3 Importância da reciclagem de baterias de VEs

Em 2030, a UE espera que haja 30 milhões de VEs em funcionamento. É uma taxa de crescimento muito alta para um produto novo. Embora os VEs não tenham emissões de dióxido de carbono durante seu funcionamento, especialistas estão preocupados com o destino das baterias após o término de seu uso. As baterias de VEs são maiores e mais pesadas e são compostas por várias centenas de células individuais de íon de lítio, que precisam ser desmontadas e contêm materiais perigosos que precisam ser desmontados corretamente. Aumentar a reciclabilidade das baterias é, provavelmente, o caminho mais sustentável, pois alguns recursos necessários para a produção das baterias são escassos. Na Europa por exemplo, os produtores de baterias dependem muito de materiais importados e reciclar baterias com um processo automatizado, pode ser rentável e uma saída para a escassez de matéria prima. (BBC – 27.04.2021)

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4 Pirelli aposta em pneus verdes com o avanço dos VEs

Com o avanço dos carros elétricos e híbridos plug-in no mercado surgem novas demandas para melhorar o consumo e a eficiência desses veículos e um item fundamental são os pneus, que cada vez mais recebem a atenção dos fabricantes. É o caso da Pirelli, que há 10 anos lançava sua linha de pneus verdes por aqui, atualmente chamada de Eco-Safety Performance. Hoje, a empresa já registra a marca de 44 milhões de pneus dessa linha vendidos no Brasil. Se diferenciando dos pneus convencionais em sua concepção, estrutura e banda de rodagem, os pneus verdes cumprem seu papel ambiental ao fazer o carro consumir menos combustível e, consequentemente, poluir menos (no caso dos híbridos plug-in). No caso dos elétricos a vantagem fica por conta do menor consumo de energia, o que favorece o aumento da autonomia. Considerando a demanda global cada vez maior por pneus ecológicos, a Pirelli vai ampliar a produção dos pneus Eco & Safety Performance nos próximos anos. Em 2020, 58% dos pneus eram desse tipo e para 2025 a estimativa é de que eles respondam por 66% das vendas totais. A Pirelli ainda lançou recentemente linha de pneus 'Elect', exclusivamente para veículos elétricos. (Inside EVs – 26.04.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 IEA: Gastos com VEs cresceu 50% em 2020

Em 2020, os consumidores gastaram US$ 120 bi na compra de VEs, um crescimento de 50%, em relação a 2019. O crescimento do preço das vendas registrado foi de 6%, refletindo a maior participação da Europa, onde os preços são maiores do que na Ásia. (IEA – 29.04.2021)

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2 Mercado financeiro e o otimismo com a eletrificação

Além dos potenciais benefícios ecológicos da eletrificação, o mercado financeiro vê com otimismo o movimento do setor automotivo em direção à tecnologia. Prova disso é a própria Tesla, cujo valor de mercado gira em torno de US$ 50 bilhões. O montante torna a empresa a fabricante de veículos mais valiosa do mundo apesar de seu baixo volume de produção. A Volkswagen também viu suas ações dispararem 800% este ano, após o anúncio de sua estratégia global para expandir a produção de VEs, postos de recarga e baterias 50% mais baratas. A GM fez o preço das ações da empresa saltarem com o anúncio que a montadora planeja eliminar gradualmente os carros a gasolina e diesel até 2035. Atualmente, 7,2 milhões de VEs estão em circulação no mundo, o que representa 1% da frota global. Segundo analistas do setor, as montadoras estão investindo fortemente para tornar VEs mais acessíveis e expandir o mercado. (Automotive Business – 13.04.2021)

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3 ABVE: Preocupação com futuros caminhos para a ME no Brasil

Em entrevista, o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD, Adalberto Maluf, disse estar pessimista em relação à política industrial do Brasil para carros elétricos. Maluf afirma que o Brasil está perdendo exportação para Colômbia, Chile e América do Sul como um todo porque esses países estão importando VEs de melhor tecnologia ao passo que o Brasil se fechou num parque produtivo obsoleto. Ele destacou que o Brasil precisa de uma política industrial e de metas de eficiência energética. Maluf defende uma política para veículos pesados, já que boa parte ainda é movida a diesel. O executivo diz que o Brasil perdeu a liderança em vários mercados na exportação de ônibus, mas nos últimos anos vem perdendo competitividade. Segundo ele, o Rota 2030 criou um modelo em que as metas só entrarão em vigor a partir de 2027 até 2030 e isso impõe um risco à sobrevivência do parque produtivo brasileiro na medida com que todos esses grandes países do mundo já colocaram metas de eficiência energética e prazos finais para venda de veículos pesados, como caminhões de ônibus de baixa emissão. (Inside EVs – 30.04.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Vinicius José da Costa e Pedro Barbosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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