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IFE: nº 45 - 23 de fevereiro de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Anfavea: aproximação entre indústria e governo é inevitável
2 Anfavea deseja suprir os parlamentares com informações
3 Nacionalização de VEs precisa de ajuda governamental
4 Como se preparar para investir em postos de recarga
5 EUA: impulso a VEs visa fortalecimento industrial
6 EUA: caracterização de política públicas para VEs
7 EUA: investimento em infraestrutura de recarga aumenta
8 UE: € 2,9 bi para projeto de inovação de bateria
9 UE precisa de mais estações de carregamento públicas até 2024

Inovação e Tecnologia
1 Empresas automotivas e de tecnologia precisam se adaptar aos VEs
2 Eletrobras e Hyperloop vão estudar transporte de altíssima velocidade no Brasil com energia limpa
3 Kia irá oferecer serviços de compartilhamento de VEs
4 Volkswagen: parceria com a Microsoft na direção automatizada
5 França: conversão de trens híbridos para trens 100% elétricos

Indústria Automobilística
1 Harvard: startups de VEs podem ser bolha econômica
2 Indústria automotiva está em um ponto de inflexão
3 Veículos tendem a utilizar mesma fonte energética

4 GM: caminhos para vender VEs no Brasil

5 Volvo e Enel X anunciam 250 eletropostos no Brasil

6 Tesla inicia operações em Israel

7 Tesla deve ampliar infraestrutura de recarga

8 Tesla produzirá 10.000 carregadores ultrarrápidos por ano
9 VE 'popular' da Tesla será feito na China
10 Kia: roteiro de transição para mobilidade elétrica
11 Shell anuncia investimento massivo em ME

Meio Ambiente
1 Escassez de níquel ameaça futuro do mercado de VEs europeu
2 Uso de combustíveis renováveis em alternativa a VEs
3 VEs ainda podem contribuir para mudanças climáticas
4 Energia solar é aposta para elétricos limpos de verdade

5 EUA: infraestrutura de recarga movida a energia solar
6 VW: projeto piloto para reciclagem de baterias
7 VW: menor consumo energético na reciclagem de baterias

Outros Artigos e Estudos
1 VEs viajam menos da metade da média da frota dos EUA


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Anfavea: aproximação entre indústria e governo é inevitável

A aproximação entre indústria e governo na questão da matriz energética das próximas gerações de veículos é inevitável. Na China e nos maiores mercados europeus, a forma como os veículos devem funcionar é definida pelos governos a partir, sobretudo, da necessidade de reduzir emissões. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, lembra os casos de países que já definiram prazos para encerrar a produção de veículos movidos a combustíveis fósseis. Há poucas semanas, no Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson sancionou uma lei que proíbe a venda de carros com motores a combustão a partir de 2030. Moraes afirma que no Brasil não temos uma visão de Estado sobre a questão e sugere uma discussão para que também não se perca um grande ativo do país, que é o etanol. (Valor Econômico – 05.02.2021)

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2 Anfavea deseja suprir os parlamentares com informações

Os dirigentes da indústria automobilística iniciaram discussões internas sobre o futuro da matriz energética para veículos no Brasil e chances de avançar na eletrificação. Agora, a Anfavea, a associação que representa o setor, pretende levar a discussão ao governo, com a expectativa de que, como já fizeram outros países, as autoridades definam quais formas de abastecer veículos o país vai estimular. Com a definição das lideranças no Congresso, a Anfavea quer aproveitar a agenda semanal que Arthur Lira, presidente da Câmara, prometeu divulgar para participar das discussões que interessem ao setor e suprir os parlamentares com informações. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, diz que o setor espera poder colaborar para melhorar a competitividade da indústria de transformação. Ele afirma ser um crime se cogitar a desindustrialização do país, como sugeriu Carlos von Doellinger, presidente do Ipea. (Valor Econômico – 05.02.2021)

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3 Nacionalização de VEs precisa de ajuda governamental

A GM anunciou na semana passada que pretende vender apenas VEs no Brasil até 2035. A melhor alternativa para oferecer um modelo eletrificado por um valor mais atraente seria montá-lo no país - ou trazê-lo do México e Argentina, para evitar os 35% de Imposto de Importação. E este é o maior problema da GM por aqui. O Brasil nunca fabricou um VE em série. A produção nacional também exigiria investimentos pesados nas fábricas de São José dos Campos (SP), Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (SP). A cadeia de fornecedores seria outro problema, já que a maioria dos componentes do trem de força dos elétricos é importada, incluindo a bateria de íon-lítio. Por conta dos valores envolvidos, a nacionalização dessas peças só seria possível em um trabalho conjunto com o governo, instituições de pesquisa e desenvolvimento, faculdades e empresas. (Valor Econômico – 05.02.2021)

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4 Como se preparar para investir em postos de recarga

O pesquisador sênior da Resources for the Future, Joshua Linn, propõe 3 maneiras de lidar com o investimento na infraestrutura para VEs para o caso americano: analisar como as pessoas dirigem e carregam seus VEs e usar essas informações para prever o que precisarão no futuro, atentando a evolução da tecnologia das baterias; presumir que a maior parte das recargas ocorrerá em casa ou no trabalho, precisando apenas de uma carga ocasional para longas distâncias; um terceiro caminho a seguir é continuar com abordagens experimentais, como programas piloto em menor escala observando quanto os motoristas usam estações de recarga e como a existência de estações de recarga afeta as vendas de VEs. Essa última abordagem é a mais indicada, pois como o cenário é de muitas incertezas, a abordagem permite evitar o uso indevido de recursos governamentais escassos. (Resources – 10.02.2021)

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5 EUA: impulso a VEs visa fortalecimento industrial

O desenho e motivações das iniciativas federais para impulsionar VEs nos EUA é feito em resposta a marcos regulatórios que têm favorecido o avanço de tecnologias limpas, em que os VEs são parte de um conjunto de opções capazes de satisfazer necessidades nacionais, como a diminuição da GEE e a segurança energética. Exemplos disso são os créditos fiscais e incentivos financeiros destinados a ampliar a capacidade produtiva do país nesse tipo de veículo. A lógica dos incentivos reflete duas características principais: fortalecimento industrial do país e o constante aprimoramento dessas políticas. A indústria é parte constitutiva das iniciativas implementadas em todas as categorias. (Probob-e – 2018)

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6 EUA: caracterização de política públicas para VEs

Na constante atualização de políticas para VEs nos EUA, observa-se três grandes âmbitos de P&D que tem se mantido expressivas: baterias avançadas, materiais leves e sistemas de transmissão elétrica. No âmbito produtivo, os incentivos federais foram moldados na forma de garantia para empréstimos, que mais tarde foram complementados com créditos. Para impulsionar o consumo de VEs, existe um crédito fiscal que pode chegar a US$ 7.500 e a vigência do incentivo baseia-se em uma eliminação progressiva após cada montadora atingir a venda de 200 mil veículos, contados a partir de janeiro de 2010. Na disseminação de infraestrutura de recarga, os esforços centraram-se, primeiramente, no financiamento de projetos demonstrativos para depois aplicá-los em escala nacional. (Probob-e – 2018)

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7 EUA: investimento em infraestrutura de recarga aumenta

A fim de acelerar o processo de eletrificação da mobilidade, políticos americanos anunciaram investimentos significativos em infraestrutura. Em 2020, NYC aprovou US $ 701 milhões para a construção de mais de 50.000 estações de recarga nos próximos 5 anos, enquanto a Califórnia dedicou US $ 437 milhões para construir 40.000 estações. O presidente Joe Biden propôs investir em 500.000 postos de recarga em todo o país, enquanto o Senado está considerando projetos de lei que investiriam pesadamente em postos de recarga. (Resources – 10.02.2021)

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8 UE: € 2,9 bi para projeto de inovação de bateria

A Comissão Europeia aprovou um segundo Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI) para apoiar a inovação na cadeia de valor das baterias. O projeto, denominado “European Battery Innovation” (EuBatIn) foi elaborado por doze Estados Membros, que fornecerão até € 2,9 bilhões em financiamento nos próximos anos. O financiamento público deverá desbloquear um adicional de € 9 bilhões em investimentos privados. O projeto complementa o primeiro IPCEI na cadeia de valor da bateria que a Comissão aprovou em dezembro de 2019 com € 3,2 bilhões em apoio público. O projeto abrangerá toda a cadeia de valor da bateria, desde a extração de matérias-primas, design e fabricação de células e embalagens de bateria, e finalmente a reciclagem e descarte em uma economia circular, com forte foco na sustentabilidade. (Green Car Congress – 07.02.2021)


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9 UE precisa de mais estações de carregamento públicas até 2024

A UE deve definir metas vinculativas para 1 milhão de pontos de carregamento públicos VEs até 2024, e 3 milhões até 2029, para dar aos consumidores a confiança para mudar para a nova tecnologia, disse a associação industrial ACEA. Em uma carta conjunta com grupos de consumidores e transporte sustentável, a ACEA disse a Bruxelas que as metas firmes também ajudariam as montadoras e operadoras de rede elétrica a planejarem com antecedência. Os fabricantes de automóveis estão lançando novos modelos de VE para atender às regras de emissões da UE e vários governos introduziram subsídios para VEs como parte de programas de recuperação econômica. No entanto, o lançamento de estações de carregamento públicas tem sido lento. A carta, também assinada pelo lobby do consumidor BEUC e pelo grupo Transport & Environment, instava a Comissão a criar normas comuns para as estações de recarga e uma meta para cerca de 1.000 estações de hidrogênio até 2029. (Automotive News Europe – 11.02.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Empresas automotivas e de tecnologia precisam se adaptar aos VEs

Neal E. Boudette, repórter automotivo do NYT, acredita que as empresas bem-sucedidas no setor automotivo e de tecnologia precisarão pensar como o outro lado. As montadoras precisam adaptar a mentalidade e a experiência das empresas de tecnologia e vice-versa. A maravilha da Tesla é que mudou completamente o conceito de um carro de um produto mecânico para um software. Em vez de um carro ser algo que foi feito uma vez e não mudou muito, Tesla o fez como um iPhone. O sistema de freios ou transmissão pode ser atualizado e adaptado depois que o carro estiver na estrada. As montadoras tradicionais demoraram a entender, mas podem acabar sendo concorrentes muito fortes desse novo modo. E eles são bons em algo que Tesla ainda não é: conduzir a orquestra de dezenas de milhares de peças e montá-las de acordo com os padrões exigentes a uma taxa de 100.000 ou 300.000 carros por ano. (The New York Times – 08.02.2021)

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2 Eletrobras e Hyperloop vão estudar transporte de altíssima velocidade no Brasil com energia limpa

A Eletrobras e a Hyperloop Transportation Technologies assinaram memorando de entendimentos para buscar projetos e soluções comuns para o desenvolvimento de transporte de altíssima velocidade no Brasil com a utilização de energia elétrica limpa e renovável. O sistema de transporte hyperloop, que será feito por cápsulas que viajam por tubos com passageiros ou cargas, poderá atingir 1.200 quilômetros por hora com conforto e segurança. As duas empresas vão unir esforços para a identificação de projetos conjuntos, oportunidades para captação de recursos para o desenvolvimento de ações nas linhas de estudo no âmbito da geração, transporte e armazenamento de energia elétrica renovável a ser aplicada nos projetos e sistemas de transporte da HyperloopTT de forma sustentável. (Broadcast Energia - 10.02.2021)

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3 Kia irá oferecer serviços de compartilhamento de VEs

A Kia atualizou seu 'Plano S', que consiste em três pilares principais para o futuro da marca: transição para VEs, negócios de veículos específicos (PBV) e vários serviços de mobilidade. A montadora está desenvolvendo várias soluções de mobilidade, de compartilhamento geral de carros, uso de carros, até serviços de compartilhamento de carros baseados em assinatura de empresa para governo e empresa para empresa. No segmento business-to-government e business-to-business, a Kia lançará um serviço que combina assinatura e compartilhamento de VEs. Sob este novo conceito de serviço de mobilidade, os veículos serão usados para negócios durante a semana e alugados por indivíduos nos finais de semana. (Inside EVs – 09.02.2021)

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4 Volkswagen: parceria com a Microsoft na direção automatizada

A empresa de software Car.Software Organization do Grupo Volkswagen irá colaborar com a Microsoft para construir uma plataforma de direção automatizada baseada em nuvem no Microsoft Azure e aproveitar seus recursos de computação e dados com o objetivo de fornecer experiências de direção automatizada (AD) confiáveis e seguras ainda mais rápidas e em uma escala global. Com a plataforma de direção automatizada em execução no Azure, a Car.Software Organization pretende aumentar a eficiência do desenvolvimento de sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) e funções AD para automóveis de passageiros nas marcas do Grupo Volkswagen. (Green Car Congress – 12.02.2021)

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5 França: conversão de trens híbridos para trens 100% elétricos

Para ajudar a França a cumprir suas metas de sustentabilidade, a Bombardier Transportation converterá seus trens híbridos AGC em trens 100% elétricos. Em janeiro de 2021, a Bombardier assinou um contrato para apresentar 5 trens AGC elétricos até 2023 em colaboração com 5 regiões francesas. A ideia é aproveitar os trens híbridos AGC e eletrificá-los totalmente. O alcance no modo bateria será de pelo menos 80 km (planejam aumentar essa autonomia) e permitirá que os trens executem os mesmos trajetos que os AGCs atuais (diesel). Quase 50% da frota ferroviária a diesel na França consiste em trens AGC. As baterias oferecem vantagens de economia devido aos custos de eletricidade mais baixos em comparação com trens movidos a diesel, podendo armazenar energia de frenagem e usá-la para a próxima aceleração, oferecendo grande economia de energia e potência de pico 15% maior. (Green Car Congress – 07.02.2021)

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Indústria Automobilística

1 Harvard: startups de VEs podem ser bolha econômica

Um artigo da Harvard International Review, revista trimestral publicada pelo Conselho de Relações Internacionais da Universidade de Harvard, faz um alerta para os negócios com VEs. A publicação cita o caso mais recente da Nikola Motors, startup acusada de fraude e que chegou a valer US$ 34 bilhões. A revista mostra que o sucesso meteórico das startups de VEs tem sido suportado pelos próprios governos. A Tesla é o maior exemplo nesse sentido. A marca pioneira na produção em massa de VEs de luxo obteve lucro pela primeira vez na sua história em 2020. Contudo, a mesma Tesla já recebeu US$ 3,1 bilhões em créditos fiscais. Em outras palavras, as avaliações das empresas “estão completamente exageradas”, com base em promessas. Outro caso lembrado pela publicação é o da startup Hyllion, uma fabricante de caminhões híbridos. As ações da empresa cresceram mais de 400% e depois seu valor de mercado caiu mais de 66%. (O Estado de São Paulo – 08.02.2021)

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2 Indústria automotiva está em um ponto de inflexão

Neal E. Boudette, repórter automotivo do NYT, afirma que o movimento em direção aos VEs pode desacelerar, especialmente se houver desaceleração econômica ou escassez de matérias-primas. Mas não acha que haja volta agora por causa das mudanças climáticas e da determinação dos governos em combatê-las. Para Boudette, estamos à beira de uma daquelas grandes transformações industriais em que mudamos de uma maneira antiga de fazer as coisas para uma completamente nova e tudo vai virar de cabeça para baixo. Ele afirma que a GM não teria dito que deixará de fabricar motores de combustão interna em 2035, a menos que seja muito sério. A Ford e a Volkswagen não se comprometeram com um prazo, mas estão gastando dezenas de bilhões de dólares para desenvolver VEs. O jornalista conclui que essas empresas estão convencidas de que haverá um ponto de inflexão que significará a morte dos carros convencionais. (The New York Times – 08.02.2021)

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3 Veículos tendem a utilizar mesma fonte energética

Com a evolução da tecnologia para que, cada vez mais, os veículos sejam montados sobre plataformas mundiais, seria mais fácil para a indústria automobilística mundial vender veículos que usassem o mesmo tipo de energia, ou semelhante, em todo o planeta. No caso do Brasil, que está entre os dez maiores produtores de veículos do mundo, adiciona-se a necessidade de fabricar carros que possam ser exportados. Nesse sentido, a Anfavea defende uma reflexão das autoridades sobre o tema. (Valor Econômico – 05.02.2021)

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4 GM: caminhos para vender VEs no Brasil

A GM do Brasil surpreendeu o mercado na semana passada ao anunciar o fim da produção de carros a combustão no Brasil até 2035. Essa política implica que a GM busque alternativas elétricas para modelos que vão do compacto Onix até o enorme Trailblazer, passando pelo esportivo Camaro. Ou, ainda, uma opção mais drástica: encerrar a produção de veículos no Brasil, seguindo o caminho da Ford. Mary Barra, CEO global da GM, afirmou que a empresa irá produzir VEs com preço abaixo de 30 mil dólares até os 100 mil dólares. Deixando a conversão de lado, isso significa que haverá produtos mais baratos que o Bolt, mas não muito: nos EUA o elétrico custa US$ 36 mil. Mesmo altamente nacionalizado, um hipotético Onix ou Spin elétricos seriam muito caros para serem lucrativos. Ao subir de preço, os modelos passariam a disputar mercado com modelos maiores e mais refinados. Assim, o caminho mais provável para a GM no Brasil seria abandonar o segmento abaixo dos R$ 100 mil e focar em nichos e faixas superiores dos SUVs. (Valor Econômico – 05.02.2021)

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5 Volvo e Enel X anunciam 250 eletropostos no Brasil

A Volvo Car Brasil anunciou que irá se unir a Enel X no projeto Ecovaga, visando a criação da primeira rede de recarga semi-pública para VEs no país, prevendo 250 eletropostos em estacionamentos localizados em shopping centers, aeroportos, hospitais, arenas, prédios comerciais e instituições de ensino nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Distrito Federal. Os equipamentos, a serem instalados até março deste ano, trazem a tecnologia do braço de soluções energéticos da Enel Brasil e fornecem um carregamento inteligente, abastecendo 80% da bateria do VE em aproximadamente 3 horas, além de proporcionar ao cliente a visualização dos pontos disponíveis em tempo real. As ecovagas contarão com a manutenção da rede real time, energia e gerenciamento por meio de tecnologia e software que permitem o nível de serviço e de funcionamento dos equipamentos. (Agência CanalEnergia – 11.02.2021)

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6 Tesla inicia operações em Israel

Cumprindo sua promessa de expansão para novos mercados globais, a Tesla lançou oficialmente seu site de vendas em Israel, com a previsão de entrega dos primeiros carros ainda em fevereiro e chamando a atenção para os preços mais baixos do que esperado para este mercado, principalmente no caso do Tesla Model 3. Embora o mercado local de VEs ainda seja reduzido na região (cerca de 1% do total), a imprensa relata que a Tesla chegou dando uma sacudida no mercado. A prova do sucesso é que os clientes da já congestionaram o configurador on-line da Tesla no começo desta semana. (Inside EVs – 05.02.2021)

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7 Tesla deve ampliar infraestrutura de recarga

Atualmente, existem mais de 730 estações Supercharger da Tesla na China, cobrindo mais de 300 cidades no país. No final do quarto trimestre, a Tesla instalou mais de 2.500 estações Supercharger, incluindo 383 instaladas no quarto trimestre. Com a nova fábrica de Superchargers em Xangai, deve ser possível adicionar pelo menos 1.500-2.000 carregadores a mais por ano (15.000-20.000 baias individuais). (Inside EVs – 07.02.2021)

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8 Tesla produzirá 10.000 carregadores ultrarrápidos por ano

Em menos de seis meses, a Tesla concluiu sua nova fábrica de Superchargers em Xangai. De acordo com o anúncio oficial, o local irá produzir os Superchargers V3 de terceira geração. A planta chinesa será capaz de produzir até cerca de 10.000 Superchargers anualmente, o que seria suficiente para cerca de 1.000 novas estações de recarga (assumindo 10 baias em média por estação e a potência elétrica). Como não vemos um impulso tão grande do resto da indústria automotiva, a infraestrutura de carregamento rápido da Tesla provavelmente permanecerá na vanguarda por um bom tempo ainda. A Tesla começou a instalar sua rede de Superchargers em 2012. (Inside EVs – 07.02.2021)

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9 VE 'popular' da Tesla será feito na China

O presidente da Tesla China, Tom Zhu, confirmou que o Tesla compacto e mais barato será construído na China e vendido em todo o mundo. Em termos de cronograma, Zhu também confirmou que a Tesla já está trabalhando na construção do centro dedicado de P&D que projetará o próximo carro compacto. Zhu explicou que a Tesla China tem como objetivo "projetar, desenvolver e produzir" seu próprio modelo Tesla original para vender em mercados de todo o mundo. O preço-alvo é US$ 25.000 (R$ 134.600), no entanto, é importante observar que os preços dos veículos da Tesla não são consistentes em todo o mundo e as conversões de moeda podem distorcer a realidade. (Inside EVs – 10.02.2021)

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10 Kia: roteiro de transição para mobilidade elétrica

A Kia anunciou, durante o Kia CEO Investor Day 2021, o roteiro para a sua transformação em uma empresa de soluções de eletrificação e mobilidade. O plano geral dos VEs a bateria prevê 11 carros totalmente elétricos no mercado até o final de 2026. Em 2030, veículos ecológicos, como VEs, HEVs e PHEVs representarão 40% de todas as vendas da Kia, com uma meta de vendas anual de 1,6 milhões de unidades. Como parte disso, a Kia pretende aumentar as vendas de VEs puros para 880.000 unidades em 2030 e se tornar um dos principais vendedores globais. Outro grande objetivo é aumentar a lucratividade, principalmente para carros elétricos. A empresa espera alcançar lucratividade no nível dos modelos a combustão existentes em 2025.

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11 Shell anuncia investimento massivo em ME

O R.D. Shell Group planificou como a empresa sobreviverá em um mundo com emissão zero e consciência climática. O plano tem como principal objetivo gerar valor ao acionista e atingir progressivamente emissões 0, e se apoia em cinco pilares principais que incluem o lançamento massivo de estações de carregamento de VEs. A Shell pretende investir cerca de US $ 5 bilhões a US $ 6 bilhões em novas energias. Foi anunciado o desenvolvimento de 500.000 locais de carregamento de VEs (de 60.000 hoje). A Shell afirma que o pico de emissões de carbono foi em 2018 (1,7 giga-toneladas/ano). (Tech Crunch – 11.02.2021)

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Meio Ambiente

1 Escassez de níquel ameaça futuro do mercado de VEs europeu

O Centro de pesquisa Europeu (JRC) divulgou um relatório da Roskill que analisa os requisitos de níquel da UE para baterias de VEs no contexto do mercado global até 2040. O relatório aponta que a demanda global por níquel no setor de VEs aumentará para 2,6 Mt em 2040, de apenas 92 kt em 2020. Nos países da UE, o relatório aponta que a demanda aumentará 543 kt, de 17 kt em 2020. Devido a essa previsão, o relatório concluiu que a disponibilidade de matéria prima adequada para o processamento e utilização dos derivados do níquel na UE pode ser a causa de um déficit estrutural pós-2027, devido a possível falta de produtos puros o suficiente para a extração dos compostos de níquel necessários para a fabricação de baterias de VEs. Os autores do relatório sugeriram que a abordagem de menor risco seria uma combinação de oferta da matéria doméstica com uma oferta estrangeira. (Green Car Congress – 06.02.2021)

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2 Uso de combustíveis renováveis em alternativa a VEs

A japonesa Mazda tornou-se a primeira montadora do mundo a aderir ao eFuel Alliance. Esta estrutura está envolvida na promoção de combustíveis renováveis, incluindo os biocombustíveis e os atuais combustíveis sintéticos, considerados por muitos como uma alternativa aos VEs. A Mazda destacou que planeja oferecer versões eletrificadas ou híbridas de todos os seus modelos até 2030. Mas, ao mesmo tempo, os japoneses expressaram a confiança de que os motores de combustão interna ainda continuarão a ser usados por muitos anos. Em essência, esta é a produção de combustível a partir de materiais vegetais. Quando queimado, é liberada a mesma quantidade de CO2 que é absorvida pelas plantas durante o crescimento. No entanto, a desvantagem desse combustível é a necessidade de uma grande quantidade de terras agrícolas. (Inside EVs – 05.02.2021)

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3 VEs ainda podem contribuir para mudanças climáticas

Por enquanto, não é totalmente verdadeira a afirmação de que carros equipados com baterias e motores elétricos são os melhores amigos do meio ambiente. Afinal, não basta zerar a emissão de poluentes se a fonte para abastecer o carro também não é limpa: na Alemanha, cerca de 35% da eletricidade ainda é produzida com a queima de combustíveis fósseis. É quase como trocar seis por meia dúzia. Diante disso, a Lightyear está desenvolvendo um veículo com painéis solares no seu exterior. Mas enquanto esse protótipo não é colocado à prova, soluções mais simples já vêm sendo aplicadas. No Brasil, a empresa Alsol inaugurou neste ano o primeiro sistema de recarga de VEs que tem origem exclusiva na energia solar. (Valor Econômico – 12.02.2021)

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4 Energia solar é aposta para elétricos limpos de verdade

Graças a novas tecnologias, a obtenção de energia solar captada por meio de placas fotovoltaicas está mais barata e eficiente. E pode até ser instalada em um veículo. É isso que propõe a empresa holandesa Lightyear, que está desenvolvendo um VE coberto de painéis solares por todo o teto e capô. São 5 m² de placas que captam a energia do sol e adicionam 12 km de autonomia por hora. A melhora na eficiência também terá reflexo na autonomia, tornando possível percorrer 725 km (de acordo com o ciclo WLTP) com apenas uma carga. O sedã, batizado de Lightyear One, será apresentado ainda neste ano e já pode ser encomendado por € 149 mil - mais de R$ 950 mil na conversão direta atual. (Valor Econômico – 12.02.2021)

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5 EUA: infraestrutura de recarga movida a energia solar

Electrify America, a maior rede pública de carregamento ultrarrápido dos EUA, adicionou 30 estações de carregamento de VEs movidos a energia solar no estado da Califórnia. Os carregadores autônomos, fora da rede, estão estrategicamente localizados, com o objetivo de fornecer maior acesso à recarga sustentável de VEs para motoristas em áreas rurais do estado, tanto para facilitar viagens regionais quanto para impulsionar a adoção de VEs em comunidades rurais. Com recarga gratuita, as novas unidades solares ajudam a combater duas das maiores barreiras para a adoção de VE nesses locais: acesso à recarga pública e acessibilidade. (Green Car Congress – 08.02.2021)

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6 VW: projeto piloto para reciclagem de baterias

A Volkswagen concentrou seus esforços na fábrica de Salzgitter, na Baixa Saxônia, onde as baterias que não podem mais ser usadas para outros fins (como armazenamento estacionário na segunda vida) podem ser recicladas. Um projeto piloto criado para tornar a indústria de mobilidade elétrica cada vez mais circular e sustentável. O local permitirá a recuperação industrializada de matérias-primas críticas como lítio, níquel, manganês e cobalto, mas também de materiais extremamente flexíveis como cobre e plástico. Numa primeira fase, vai reciclar até 3.600 sistemas de baterias por ano, um total de aproximadamente 1.600 toneladas. No longo prazo, a Volkswagen pretende atingir uma taxa de reciclagem de 90%. Adicionalmente, ser capaz de reciclar todos os componentes de uma bateria significa não apenas reduzir o impacto ambiental de toda a cadeia de abastecimento, mas também aumentar a margem de lucro. (Inside EVs – 06.02.2021)

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7 VW: menor consumo energético na reciclagem de baterias

Antes de ser reciclada, cada bateria será submetida a testes específicos para determinar se pode ter uma segunda vida primeiro. O processo de reciclagem inovador, ao contrário dos que existem atualmente, não exigirá altos-fornos com alto consumo de energia. O sistema de reciclagem será dividido em três fases: i) entrega do sistema de bateria; ii) moagem das peças individuais; e iii) separação de substâncias individuais. Além de alumínio, cobre e plástico, o processo de moagem irá produzir o precioso "pó preto" contendo lítio, níquel, manganês, cobalto e grafite. Começando com isso, "Os componentes essenciais das células de bateria antigas podem ser usados para produzir novo material catódico", explica Mark Möller, chefe da Unidade de Negócios de Desenvolvimento Técnico e Mobilidade Eletrônica. (Inside EVs – 06.02.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 VEs viajam menos da metade da média da frota dos EUA

Novos dados sugerem que os VEs podem não ser um substituto fácil no futuro para a frota movida a gasolina, já que atualmente viajam menos da metade da média da frota dos EUA. Equipes das Universidades de Chicago e da Califórnia descobriram que a chegada de um VE em uma casa aumenta o consumo de eletricidade da casa em 2,9 kWh por dia - menos da metade do valor assumido pelos reguladores estaduais. Ajustado para a parcela de recarga fora de casa, a eletricidade consumida se traduz em cerca de 5.300 milhas de VEs viajadas (eVMT) por ano - cerca de metade das estimativas usadas pelos reguladores e metade das milhas de veículos percorridas em carros movidos a gasolina. Pesquisas futuras devem procurar testar explicações potenciais para a aparente baixa utilização de VEs. Em primeiro lugar, os compradores de VEs podem não representar a população de proprietários de veículos mais ampla. Em segundo lugar, a utilidade marginal da eVMT pode ser menor do que a de viagens em veículos convencionais. Terceiro, os VEs podem ser complementos para veículos movidos a gasolina, em vez de substitutos para eles. (Green Car Congress – 09.02.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Lara Moscon, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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