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IFE: nº 87 - 13 de junho de 2022
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética e ESG
1
Brasil deve ser mais protagonista nas discussões globais sobre investimentos verdes
2 Sudeste Asiático 'deve acelerar energias renováveis'
3 Plataforma digital da Enlit Europe oferece novas perspectivas para a transição energética
4 Financiamento Estruturado para Transição Energética
5 ONU: Plano visa impulsionar o uso de energias renováveis
6 Como as cidades dos EUA quebraram recordes de energia limpa em 2021?
7 A transição energética em um mundo pós-guerra
8 Chile: Como o interesse por gás natural retarda a transição energética?
9 EUA: NAESB, DOE e laboratórios nacionais trabalharão em definições de recursos distribuídos
10 Capacidade de energia limpa atinge 200 GW

Geração Distribuída
1 Huawei/HDT/Faro: Acordos para comercialização de soluções de GD
2 ICLEI/Absolar: Parceria visa apoiar governos locais no uso de energia solar
3 Banco do Brasil: Linha de crédito para energia renovável soma R$ 300 mi
4 Pivot Energy planeja portfólio solar comunitário de 41 MW no Colorado
5 A Common Energy levanta capital para expandir seu software solar
6 EUA têm potencial para 1.400 GW de energia eólica distribuída
7 Implantação de usina solar flutuante para piscinas não utilizadas
8 Governo da Espanha lança programa para impulsionar instalações de painéis solares para autoconsumo

Armazenamento de Energia
1 Previsão do mercado de baterias para 2030
2 Startup australiana desenvolve armazenamento por gravidade em poço de mina
3 Projetos de armazenamento e energia solar da Califórnia são duramente atingidos pela investigação do Departamento de Comércio

4 FERC visa priorizar regulamentos para projetos de armazenamento híbridos

5 A indústria de baterias de íon de lítio aumenta o foco na reciclagem

6 Vistra inicia operação do maior projeto de bateria do Texas

Veículos Elétricos
1 China: Bateria para VEs possui carregamento ultrarrápido
2 Volvo Trucks: Primeira fábrica de baterias ficará pronta ainda em 2022
3 Maior usina de reciclagem de baterias da Europa entra em operação
4 Evolução elétrica é inevitável para frotas de resíduos e reciclagem

5 Uber aumenta incentivos para veículos elétricos
6 Os mototáxis da África estão se tornando elétricos
7 ChargeLab expandirá a plataforma de gerenciamento de carregadores de veículos elétricos
8 Vendas exponenciais de veículos elétricos destacam escassez crítica de minerais

Gestão e Resposta da Demanda
1 A resposta direcionada à demanda reduz a volatilidade dos preços da rede elétrica
2 EUA: Programa de Resposta da Demanda e Preços Variáveis no Tempo
3 O piloto da tarifa time-of-use da Xcel Energy mostra apenas um pequeno impacto na demanda de pico
4 Dados sobre o consumo de eletricidade das fábricas sul-coreanas e a participação na resposta da demanda

5 BESS: solução para gerenciar energia no horário de ponta e backup
6 FortisBC adota sistema Virtual Peaker DERMS

Eficiência Energética
1 Distrito de Columbia modernizará postes de iluminação pública
2 Novos padrões de eficiência residencial do DOE decepciona os defensores da conservação
3 O programa de eficiência do DOE economiza US$ 15 bilhões em energia

Microrredes e VPP
1 EUA: Novo projeto de microrredes residencial em conjunto habitacional na Flórida
2 Honeywell adiciona funcionalidade de VPPs ao sistema de controle de REDs

Tecnologias e Soluções Digitais
1 Como a inovação da IA está permitindo a transição energética
2 Soluções digitais avançadas da Gridspertise para uma rede inteligente e resiliente

Segurança Cibernética
1 Executivos de energia esperam mais ciberataques, porém ação defensiva está atrasada
2 Projeção de 1,3 bilhões de medidores de eletricidade influenciará gastos de segurança cibernética de concessionárias


 

 

Transição Energética e ESG

1 Brasil deve ser mais protagonista nas discussões globais sobre investimentos verdes

O presidente do conselho de administração do Santander, Sergio Rial, afirmou que há uma hipocrisia ética dos mercados de capitais sobre investimentos verdes, já que muitos investidores defendem a importância do tema, mas não aceitam receber um retorno menor em instrumentos sustentáveis. Rial comentou que o Brasil precisa adotar um protagonismo maior nas discussões globais, ou corre o risco de repetir o que houve com as commodities agrícolas, onde, apesar de ser o maior produtor mundial, não conseguiu construir um mercado para isso e via as principais bolsas desses produtos ganharem corpo em Chicago (EUA). “O Brasil corre um grande risco de esse mercado de carbono não ficar aqui, mas na China.” Durante o evento Mercado Global de Carbono. Rial também afirmou que a dependência da matriz energética gera vulnerabilidades. Segundo ele, assim como a Alemanha é dependente do petróleo e gás russo, o Brasil depende da importação de combustível refinado. (Valor Econômico – 18.05.2022)

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2 Sudeste Asiático 'deve acelerar energias renováveis'

O Panorama Energético do Sudeste Asiático 2022 da Agência Internacional de Energia destacou que a dependência do sudeste asiático (ASEAN) de combustíveis fósseis para atender à crescente demanda por energia está provando ser uma “vulnerabilidade significativa” na atual crise energética. O cumprimento das metas de segurança energética e emissões exigirá que os países da região façam “grandes esforços para melhorar a eficiência energética, acelerar a geração de energia renovável e mudar para combustíveis de baixas emissões”, afirmou a perspectiva. De acordo com o Panorama Energético do Sudeste Asiático 2022, a transição energética acelerada dos países da ASEAN não apenas reduziria as emissões e as importações de combustíveis fósseis, mas também aceleraria o acesso universal à eletricidade e à energia limpa para cocção, além de proporcionar maiores oportunidades de negócios nos países emergentes. (Renews Biz – 17.05.2022)

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3 Plataforma digital da Enlit Europe oferece novas perspectivas para a transição energética

A Enlit Europe apresentou a Enlit.World – a nova plataforma que oferece relatos exclusivos de pessoas, projetos e tecnologias que impulsionam a transição energética. Resultado de uma consulta contínua com o setor, a plataforma conecta pessoas, projetos, empresas e insights, abrangendo toda a cadeia de valor da transição energética. “Não importa quais sejam nossas funções individuais na transição energética, nosso propósito nos conecta: fornecer energia limpa, segura e acessível para todos”, disse o editor-chefe Kelvin Ross. A Enlit.World tem características únicas, tais como o Energy Sector Directory (ESD) e EU Project Zone. O ESD é uma plataforma para companhias inserirem informações sobre quais serviços e produtos fornecem e o EU Project Zone é hub de projetos para acelerar a transição energética, em colaboração com a Comissão Europeia. (Smart Energia – 17.05.2022)

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4 Financiamento Estruturado para Transição Energética

O financiamento estruturado – muitas vezes chamado de financiamento de projetos ou financiamento de recursos limitados – é um meio comum de desenvolver grandes ativos de capital intensivo, como usinas de energia e oleodutos. O financiamento de projetos isola o risco no nível do projeto e oferece suporte para empréstimos com contratos de longo prazo que fornecem receita estável e previsível. Quando anexado a uma usina termelétrica a carvão ou outro ativo fóssil, os mesmos contratos de longo prazo que dão aos credores a garantia de pagamento da dívida também isolam a instalação das forças de mercado que, de outra forma, justificariam sua substituição por alternativas de energia limpa. Essa circunstância representa uma barreira para mitigar a poluição por carbono de forma econômica. (RMI – 18.05.2022)

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5 ONU: Plano visa impulsionar o uso de energias renováveis

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, lançou hoje um plano de cinco pontos para disseminar o uso de energias renováveis. O objetivo da iniciativa é reestabelecer a atenção global sobre as mudanças climáticas, uma vez que no último ano a concentração de gases do efeito estufa, o aumento da temperatura e a acidificação dos oceanos, assim como a elevação do nível do mar atingiram níveis recordes, segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Guterres propôs cinco ações críticas para impulsionar a transição à energia renovável, dentre elas que as tecnologias de energias renováveis sejam tratadas como bens públicos globais essenciais e disponíveis gratuitamente; garantir, ampliar e diversificar o fornecimento de componentes críticos e matérias-primas para tecnologias de energia renovável; os governos devem construir estruturas e reformar as burocracias para nivelar o campo de atuação das energias renováveis, entre outras. (Valor Econômico – 18.05.2022)

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6 Como as cidades dos EUA quebraram recordes de energia limpa em 2021?

As cidades, condados e governos tribais dos Estados Unidos (EUA) atingiram mais um recorde em 2021 relacionado ao desenvolvimento de energia renovável no país. Segundo dados do Local Government Renewables Action Tracker, uma ferramenta interativa da web que apresenta uma compilação das transações de eletricidade renovável, as cidades dos EUA compraram 4.370 MW de energia limpa em 2021, o suficiente para abastecer mais de 940 mil residências no país anualmente. Três tendências abrangentes de 2021 foram avaliadas com base em alguns dos negócios mais notáveis no território norte-americano, são elas: (i) o crescimento das energias renováveis onsite, com os compradores municipais de primeira viagem sendo os principais impulsionadores desse mercado; (ii) as energias renováveis estão abrindo caminho em território desconhecido por meio de parcerias; e (iii) a expansão do interesse em Brownfield Solar, ou seja, o uso de qualquer terra nos Estados Unidos que está abandonada, ociosa ou subutilizada para o desenvolvimento de energia solar. (RMI – 18.05.2022)

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7 A transição energética em um mundo pós-guerra

A guerra russa na Ucrânia terá graves implicações na forma e no ritmo da transição energética, não apenas na Europa, mas em todo o mundo. Já é possível observar mudanças no triângulo da política energética, que geralmente visa equilibrar a segurança do abastecimento, acessibilidade e sustentabilidade. Por enquanto, parece que a segurança do abastecimento assumiu a prioridade nº 1. Não se deve, no entanto, cometer o erro de perder de vista os outros dois objetivos. Em vez disso, precisa-se garantir que a energia não se torne uma questão divisória nas sociedades. Isso se aplica às nações industrializadas e à comunidade global, na qual 800 milhões de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade. Além disso, deve-se também ter muito cuidado para que as metas climáticas não sejam vítimas da guerra. (World Economic Forum – 22.05.2022)

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8 Chile: Como o interesse por gás natural retarda a transição energética?

O Chile se destaca como líder global em mudanças climáticas, quase 22% da eletricidade do país é gerada por parques solares e eólicos, colocando-o muito à frente da média global, 10%, e dos Estados Unidos, com 13%. No entanto, mesmo tendo as fazendas solares se espalhado por todo o país, as importações de gás natural conseguiram deixar de lado a geração de eletricidade limpa graças a um bom acordo conquistado pelo governo. Marcelo Mena, ex-ministro do Meio Ambiente do Chile, testemunhou esse desperdício de energia limpa antes de assumir o comando do novo Global Methane Hub, uma organização sem fins lucrativos que visa reduzir as emissões globais de metano. (Renewable Energy World – 25.05.2022)


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9 EUA: NAESB, DOE e laboratórios nacionais trabalharão em definições de recursos distribuídos

O Conselho de Padrões de Energia da América do Norte (NAESB) anunciou que trabalhará em conjunto com o Departamento de Energia dos EUA (DOE) e dois de seus laboratórios nacionais para “harmonizar a terminologia e as definições de serviço de rede”. A iniciativa tem como objetivo acelerar a integração de recursos energéticos distribuídos (REDs) em mercados organizados. O trabalho será incorporado ao desenvolvimento de padrões já em andamento para apoiar os esforços da Federal Energy Regulatory Commission (FERC) para remover as barreiras ao armazenamento e à participação de recursos distribuídos nos mercados atacadistas de energia. A NAESB disse que os novos padrões suportarão comunicações mais eficientes entre os participantes do mercado, incluindo geradores, operadores de sistemas de distribuição e agregadores de REDs, facilitando sua participação. (Utility Dive – 20.05.2022)

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10 Capacidade de energia limpa atinge 200 GW

De acordo com o Relatório Anual de Mercado de Energia Limpa de 2021 da American Clean Power Association (ACP), os Estados Unidos instalaram 28,5 GW de fontes de energia renovável no ano passado, elevando a capacidade total de energia limpa dos EUA para mais de 200 GW. Apesar disso, atrasos e obstáculos deixam em dúvida se o país conseguirá atingir a meta de uma rede com zero emissões até 2035. Ao todo, 594 projetos de energia verde entraram em operação em 2021 e a energia limpa agora pode sustentar mais de 56 milhões de residências. No entanto, a ACP afirmou que manter mesmo o enorme volume de projetos do ano passado levaria os EUA a apenas 35% do que seria necessário para uma rede neutra em emissões até 2035. (Daily Energy Insider – 18.05.2022)

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Geração Distribuída

1 Huawei/HDT/Faro: Acordos para comercialização de soluções de GD

A Huawei Digital Power e a HDT Energy em conjunto com a Faro Energy assinaram dois memorandos de entendimento, em Munique, na Alemanha, para a comercialização de soluções inteligentes de geração distribuída no mercado brasileiro, que incluem os inversores da Huawei para garantir a segurança dos sistemas e inteligência artificial para aumentar o rendimento energético e a capacidade de armazenamento de energia. Somados, os acordos preveem 1 GW de energia limpa livre de emissões de carbono, dos quais 500MW serão de projetos de usinas de geração distribuída, e 500MW para os mercados residencial, comercial e industrial. (CanalEnergia – 16.05.2022)

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2 ICLEI/Absolar: Parceria visa apoiar governos locais no uso de energia solar

A Absolar e a ICLEI América do Sul firmaram parceria e divulgaram a Chamada para Patrocínio do Programa de Transição Energética nas Cidades: Edificações Públicas Solares. O principal objetivo do programa é viabilizar a transição energética nas cidades a partir do uso da tecnologia fotovoltaica. A Chamada para Patrocínio integra a primeira fase do programa e está aberta às empresas interessadas até 12 de junho. Além disso, disponibiliza dois valores de cotas: R$ 60 mil ou R$ 20 mil. Em contrapartida, os patrocinadores terão suas marcas divulgadas junto às ações de promoção do Programa de Transição Energética nas Cidades: Edificações Públicas Solares, podendo integrar outras iniciativas de sustentabilidade das organizações parceiras, além de contribuírem com a geração de energia renovável e atingimento de metas ESG. Após o término do prazo da Chamada para Patrocinadores, será aberto o Edital para a escolha das cidades contempladas no Programa. (CanalEnergia – 16.05.2022)

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3 Banco do Brasil: Linha de crédito para energia renovável soma R$ 300 mi

O Banco do Brasil desembolsou R$ 300 milhões na linha de Crédito de Energia Renovável entre maio do ano passado e maio deste ano. O banco ampliou o prazo máximo da linha, de 60 para 96 meses, e passará a contemplar a aquisição de imóveis localizados fora de áreas urbanas, como chácaras e sítios. Segundo o banco, já são cerca de 11 mil projetos residenciais contemplados. Com as mudanças, a instituição afirma que as prestações ficarão menores, o que vai permitir a substituição do valor da conta de energia pela prestação do financiamento. O BB afirma que a ampliação de prazo faz parte das ações de incentivo a eficiência energética. Pessoas físicas podem financiar até 100% dos sistemas fotovoltaicos para geração de energia solar em residências, com valores de R$ 5 mil a R$ 100 mil. (Broadcast Energia – 18.05.2022)

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4 Pivot Energy planeja portfólio solar comunitário de 41 MW no Colorado

A Pivot Energy, fornecedora estadunidense de energia solar, foi selecionada pela Xcel Energy, holding americana de serviços públicos, para desenvolver um portfólio solar comunitário de 41 MW no Colorado, um dos maiores nos EUA. O projeto irá atender exclusivamente residências com renda qualificada abaixo de um limite estabelecido. Ao oferecer assinaturas solares comunitárias acessíveis, a Pivot poderá atender grupos que historicamente foram deixados de fora da transição energética e que enfrentam muitos dos impactos climáticos mais adversos. O desenvolvimento de um portfólio desse tamanho é possível no Colorado devido ao cenário regulatório de energia renovável do estado, projetado para abordar questões de equidade energética enquanto atende à demanda pública por uma transição energética. (Renewable Energy World – 25.05.2022)

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5 A Common Energy levanta capital para expandir seu software solar

A Common Energy, empresa comunitária de software solar, disse que levantou US$ 16,5 milhões para escalar sua plataforma de software solar comunitário. A plataforma de Software-as-a-Service (SaaS) baseada em nuvem da empresa conecta desenvolvedores solares comunitários a assinantes. O assessor da Common Energy disse em comunicado que “a energia solar comunitária desempenha um papel valioso na estratégia nacional de energia dos Estados Unidos porque promove a implantação de energia limpa de uma maneira que permite que muitas famílias apoiem a energia solar enquanto reduzem os custos de energia”. A Common Energy atualmente opera em nove estados nos EUA e administra 300 MW de capacidade solar comunitária. O governo Biden planeja que 5 milhões de residências sejam alimentadas por esses projetos até 2025, representando um aumento de 700% em relação à capacidade de 2021. (Renewable Energy World – 23.05.2022)

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6 EUA têm potencial para 1.400 GW de energia eólica distribuída

Atualmente, os EUA têm o potencial de fornecer de forma lucrativa cerca de 1.400 GW de capacidade de energia eólica distribuída, de acordo com uma nova análise do National Renewable Energy Laboratory (NREL). Os pesquisadores do NREL analisaram o papel que a energia eólica distribuída poderia desempenhar para atingir a meta dos EUA de 100% de eletricidade limpa até 2035, e determinaram que há potencial suficiente para fornecer mais da metade do atual consumo de eletricidade do país. Conforme analisado pelo laboratório, serão necessários três fatores para ajudar a desbloquear o potencial eólico distribuído: melhorias no financiamento e desempenho para reduzir o custo da energia eólica, restrições de localização mais flexíveis para possibilitar a implementação de projetos em vários locais e uma renovação de crédito fiscal de investimento e net metering. (Renewable Energy World – 20.05.2022)

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7 Implantação de usina solar flutuante para piscinas não utilizadas

A unidade japonesa da especialista francesa em sistemas fotovoltaicos flutuante, Ciel & Terre, implantou uma usina solar flutuante na piscina de uma escola na ilha japonesa de Kyushu. O projeto é o primeiro deste tipo, mas será repetido em outros municípios japoneses, já que em algumas escolas as piscinas ao ar livre estão deterioradas e não são mais usadas. O desenvolvedor local ELM diz que o projeto pode ser estendido para mais de 6 mil instalações em todo o país. De acordo com a Ciel & Terre Japan o desafio para essas pequenas instalações fotovoltaicas será minimizar os custos do sistema e do transporte dos equipamentos ao local de instalação, mas acrescentam que “a vantagem de instalar painéis solares flutuantes em uma piscina é que podemos reutilizar as instalações das piscinas existentes, como as cercas ao redor da piscina e o vestiário para a área de armazenamento. Também não há necessidade de escavar o terreno devido ao concreto ao lado da piscina”. (PV Magazine – 04.05.2022)

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8 Governo da Espanha lança programa para impulsionar instalações de painéis solares para autoconsumo

O novo programa de incentivos que foi proposto para os trabalhadores autônomos faz parte do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência (PRTR). Além disso, está incluído no Real Decreto 447/2021 e no Real Decreto 1124/2021, que aprovou a concessão de 660 milhões de euros, podendo ser expandido até 1,320 bilhões de euros, em auxílios às instalações de autoconsumo, armazenamento e ar-condicionado com energias renováveis. O programa subsidia diversas áreas do projeto, e o auxílio varia consoante ao beneficiário e o tipo de instalação. Com estes incentivos, a União Fotovoltaica Espanhola espera alcançar o objetivo do Roteiro de Autoconsumo do Governo, que estabelece uma estimativa de penetração entre 9 GW e 14 GW para 2030, além da criação de mais de 25 mil empregos, o crescimento do PIB e a redução das emissões de CO2 em mais de um milhão de toneladas por ano. (Energias Renovables – 19.05.2022)

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Armazenamento de Energia

1 Previsão do mercado de baterias para 2030

O mercado de baterias é fundamental para o futuro energético global e está crescendo a um ritmo sem precedentes. As previsões realizadas pela T&D World mostram os benefícios potenciais que esses sistemas oferecem, como o aumento do uso de energia renovável, economia nas contas de clientes, regulação da frequência da rede, reserva giratória e energia de backup distribuída. Também é exposto que o crescimento na indústria de baterias é uma função do preço, ou seja, à medida que a escala de produção aumenta, os preços caem. Fatores como fornecimento de material e estratégias de carga e descarga terão influência no crescimento do mercado. Globalmente, em 2021, a rede tinha 30 GWh de armazenamento em bateria instalado. Espera-se que esse número seja de 400 GWh até 2030 e a capacidade de fabricação de íons de lítio permaneça acima da demanda global com um aumento de 510 GWh fabricados hoje para mais de 3.100 GWh até 2030. (T&D Word – 23.05.2022)

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2 Startup australiana desenvolve armazenamento por gravidade em poço de mina

A Green Gravity é uma startup que propõe usar a infraestrutura de antigos poços de minas para armazenamento de energia gravitacional. A startup garantiu US$ 990 mil em sua primeira rodada formal de captação de recursos e está propondo levantar e liberar pesos ultrapesados em poços de minas, em uma releitura de como a gravidade pode ser usada para armazenar energia renovável. A empresa não busca fazer um grande projeto, mas vários projetos pequenos – um modelo que reduz riscos e oferece maior flexibilidade de financiamento. O que leva a outra faceta importante da proposta, a Austrália está repleta de poços de minas. A empresa descobriu ao menos 3 GWh de capacidade potencial de armazenamento dos 175 locais que avaliou e considerou adequados. E afirma existir muitos possíveis GWh em disputa no resto do mundo que a Austrália deveria estar analisando. (PV Magazine – 25.05.2022)

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3 Projetos de armazenamento e energia solar da Califórnia são duramente atingidos pela investigação do Departamento de Comércio

A Califórnia pode ver cerca de 7.500 MW de projetos solares atrasados ou potencialmente cancelados, bem como a capacidade de armazenamento anexada a eles. Isto é resultado de uma petição apresentada pela Auxin Solar, montadora de painéis solares, e a investigação antidumping de evasão de células solares do Departamento de Comércio dos EUA. A investigação pode levar um ano para ser resolvida e seus impactos já são graves na indústria. O desenvolvimento de projetos de armazenamento também está sendo interrompido por bloqueios relacionados ao COVID-19 na China, onde grande parte da fabricação de equipamentos do setor é realizada. Além disso os projetos de armazenamento estão sendo atingidos pela disparada dos preços do lítio e os efeitos da Lei Uyghur Forced Labor Prevention, que proíbe a importação de quaisquer bens e mercadorias fabricados total ou parcialmente na região autônoma Uyghur, China. (Utility Dive – 23.05.2022)

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4 FERC visa priorizar regulamentos para projetos de armazenamento híbridos

O presidente da Federal Energy Regulatory Commission (FERC), Richard Glick, fará com que a agência analise a participação do armazenamento de energia nos mercados atacadistas por meio de projetos híbridos com energia eólica e solar. Ele observou que, embora a FERC exija que os operadores de rede facilitem a participação do armazenamento nos mercados atacadistas, o esforço não aborda o papel do armazenamento associado com outra geração. Já há processos abertos na FERC que são tangenciais ao papel do armazenamento de energia, incluindo a exigência de planos de organizações regionais de transmissão, para lidar com a crescente variabilidade de energia à medida que mais recursos intermitentes são conectados à rede. Glick também destacou que as regras vigentes não consideraram o desenvolvimento de armazenamento solar e eólico e que é necessário descobrir quais são as barreiras existentes e como derrubá-las. (Utility Dive – 18.05.2022)

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5 A indústria de baterias de íon de lítio aumenta o foco na reciclagem

Eventos geopolíticos recentes e o crescente mercado de VE estão impactando o fornecimento de minerais críticos usados na fabricação de baterias de íons de lítio e contribuindo para o aumento dos preços das commodities. No início deste mês, o DOE anunciou US$ 3,1 bilhões em financiamento da lei de infraestrutura para instalações novas e atualizadas de reciclagem de baterias. Os preços do lítio dispararam 280% no ano passado e subiram mais 130% nos primeiros quatro meses deste ano. Especialistas dizem que a oferta de lítio não é baixa, mas os processos de extração e refinamento são lentos e caros. A reciclagem de baterias de íons de lítio está se expandindo rapidamente. Mas a demanda é tão alta para essas commodities que a reciclagem por si só não é suficiente. Essa escassez está levando projetos de pesquisa a desenvolver novas baterias e processos de reciclagem. Alguns usam elementos mais sustentáveis ou prontamente disponíveis e técnicas menos onerosas para o meio ambiente. (Utility Dive – 17.05.2022)

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6 Vistra inicia operação do maior projeto de bateria do Texas

A concessionária americana Vistra implementou um sistema de armazenamento de energia por bateria (BESS) de 260 MWh no Texas, o maior do estado. O BESS, está localizado na Usina Elétrica DeCordova movida a gás natural, armazenará o excesso de eletricidade da rede, principalmente durante a noite quando a produção de energia eólica é maior, e liberará a energia nas horas de pico da demanda. O presidente e diretor financeiro da Vistra, comentou que o emparelhamento do sistema de armazenamento e a usina a gás natural DeCordova, se mostram “essencialmente um grande sistema de bateria com geração despachável e confiável, levando à continuidade da operação e resiliência da rede”. A Vistra tem como objetivo trazer seu portfólio zero carbono para quase 3.300 MW em operação até este verão e mais de 7.300 MW até 2026. (Energy Storage News – 24.05.2022)

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Veículos Elétricos

1 China: Bateria para VEs possui carregamento ultrarrápido

Assim como a falta de infraestrutura e o preço alto, o tempo para a recarga das baterias é um dos entraves para ampliar a difusão dos carros elétricos. Mas está realidade pode mudar, com a nova tecnologia de armazenamento desenvolvida por pesquisadores chineses. De acordo com a tese, elaborada pela equipe de cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China (em Hefei), a nova bateria leva entre cinco e seis minutos para recarregar 60%. Para chegar aos 80%, seria necessário um pouco mais de 11 minuto. Atualmente, mesmo os carregamentos mais rápidos giram em torno de 20 a 30 minutos para obter 80% de recarga. Para obter este resultado, os pesquisadores liderados pelo professor Yao Hongbin reordenou as partículas de íons de lítio da bateria distribuindo-as de maneira mais uniforme. A configuração das partículas - por ordem de tamanho e com redução de lacunas - não afetou o armazenamento de energia. (O Estado de São Paulo – 15.05.2022)

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2 Volvo Trucks: Primeira fábrica de baterias ficará pronta ainda em 2022

A montadora sueca Volvo Trucks anunciou planos para abrir sua primeira fábrica de montagem de baterias no terceiro trimestre deste ano. A instalação, que será localizada em Ghent, Bélgica, fornecerá baterias prontas para serem instaladas nos caminhões elétricos pesados da montadora. Na nova fábrica, as células e módulos da Samsung SDI serão montados em baterias feitas sob medida para a linha elétrica pesada da Volvo Trucks. De acordo com a Volvo Trucks, as baterias são projetadas para que possam ser remanufaturadas, reformadas e reutilizadas, além disso, a fábrica é alimentada por energia 100% renovável. Este ano, a fabricante de caminhões iniciará a produção de três veículos pesados totalmente elétricos na Europa e oferecerá um total de seis modelos de caminhões elétricos em todo o mundo, cobrindo desde a distribuição urbana e o manuseio de lixo até as obras regionais de transporte e construção. (Iside EVs – 17.05.2022)

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3 Maior usina de reciclagem de baterias da Europa entra em operação

A Hydrovolt, joint venture de reciclagem de baterias entre a Northvolt (empresa de armazenamento de energia) e a Hydro (uma empresa de alumínio), iniciou oficialmente as operações comerciais de reciclagem em sua fábrica localizada em Fredrikstad, Noruega. De acordo com o comunicado de imprensa, a fábrica da Hydrovolt é atualmente a maior usina de reciclagem de baterias de veículos elétricos da Europa, com capacidade anual de 12 mil toneladas de baterias, o equivalente a 25 mil baterias de carros elétricos. Espera-se que seja suficiente para reciclar todos os dispositivos do mercado norueguês de baterias de fim de vida. É claro que a Europa como um todo terá que construir muito mais e até mais plantas de reciclagem. (Inside EVs – 22.05.2022)

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4 Evolução elétrica é inevitável para frotas de resíduos e reciclagem

Ao longo de uma variedade de sessões de conferência e entrevistas, os muitos fornecedores ou usuários finais que participaram da WasteExpo 2022, maior feira de resíduos e reciclagem da América do Norte, debateram a expansão da tendência de eletrificação do setor de transporte. Segundo os participantes, o impulso sobre os valores e preocupações ambientais, sociais e de governança, maior conscientização e exposição à tecnologia e um aumento acentuado nos preços do diesel são alguns dos fatores que mudam rapidamente a narrativa sobre a viabilidade da eletricidade. Durante o evento em Las Vegas, destacaram-se vários modelos e carregadores de veículo elétrico (VE) no salão de exposições (e no estacionamento) e incluiu painéis focados na mobilidade elétrica. Ao mesmo tempo, algumas outras sessões destinadas a se concentrar em uma variedade de opções de combustível mais verdes, ou segurança do trabalhador, acabaram estimulando perguntas e longas conversas sobre as implicações de avançar para a eletrificação generalizada. (Utility Dive – 17.05.2022)

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5 Uber aumenta incentivos para veículos elétricos

A Uber, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano, planeja incentivar a adoção mais ampla de veículos elétricos (VEs) pelos motoristas da companhia, uma das novas iniciativas anunciadas para viagens, entregas autônomas e eventos. Deste modo, os passageiros poderão solicitar um veículo elétrico premium, como um Tesla ou Polestar, em Los Angeles, San Francisco e San Diego por meio de seu novo recurso Uber Comfort Electric. A Uber também adicionou um “EV Hub” e um mapa de carregamento de VE ao seu aplicativo. O EV Hub fornece informações sobre seus incentivos para os motoristas que mudam para VEs, enquanto o mapa de carregamento mostra a localização do carregador de VE mais próximo. (Utility Dive – 17.05.2022)

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6 Os mototáxis da África estão se tornando elétricos

O uso de mototáxis na África Oriental é bastante comum. Só em Ruanda, mais da metade dos veículos nas estradas são “mototáxis”, uma parte indispensável do sistema de transporte, mas que polui o ar e contribui para as mudanças climáticas. Para os próprios motoristas, ou 'motars', essas motocicletas não são baratas de dirigir - elas normalmente gastam mais de US$ 11 por dia em custos de combustível e aluguel de veículos, e levam para casa apenas cerca de US$ 1,60. Mas mudanças mais limpas e econômicas estão chegando. A revolução dos veículos elétricos está ganhando força em Ruanda, onde as primeiras motos elétricas da África feitas pela startup Ampersand podem ajudar a reduzir as emissões. As motos elétricas, que usam energia da rede, produzem 75% menos emissões de gases de efeito estufa (GEE) no ciclo de vida do que motos a gasolina, já as que utilizam renováveis produzem 98% a menos de GEE. (World Economic Forum – 10.05.2022)

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7 ChargeLab expandirá a plataforma de gerenciamento de carregadores de veículos elétricos

A ChargeLab, uma empresa que desenvolve um sistema operacional para carregamento de veículos elétricos (VE), anunciou um financiamento de US$ 15 milhões da Série A para expandir seu software, que aproveita a arquitetura API-first para uma plataforma modular e escalável. A rodada de financiamento foi liderada pela King River Capital, com participação da ABB E-Mobility e outros investidores, incluindo Construct Capital, Root Ventures, Highline Beta, Third Sphere e Maple VC. Com o objetivo de otimizar os equipamentos de carregamento de veículos elétricos, a empresa destaca a capacidade do software de rodar na ponta e na nuvem. Assim, visa capacitar as frotas e permitir que operadores e concessionárias implantem um grande número de carregadores de VE e os gerenciem como uma rede inteligente. (Smart Energy – 20.05.2022)

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8 Vendas exponenciais de veículos elétricos destacam escassez crítica de minerais

Em um novo relatório, a Agência Internacional de Energia (IEA) destaca como o apoio a políticas e uma enxurrada de novos modelos sustentam as vendas de VEs nos principais mercados. No entanto, são necessários maiores esforços para antecipar os gargalos da cadeia de suprimentos e impulsionar a produção mineral crítica. De acordo com o relatório Global EV Outlook 2022, garantir o crescimento futuro exigirá maiores esforços para diversificar a fabricação de baterias e suprimentos minerais essenciais, que é necessário para reduzir os riscos de gargalos e aumentos de preços. Esses esforços são necessários devido ao aumento extremo nas vendas de veículos elétricos (VE) encontrados pela IEA. (Smart Energy – 24.05.2022)

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Gestão e Resposta da Demanda

1 A resposta direcionada à demanda reduz a volatilidade dos preços da rede elétrica

A fim de reduzir a carga de energia em toda a rede do Texas, os estudos tradicionais de resposta da demanda concentram-se na redução da carga de energia em centros de alta população. No entanto, uma pesquisa direcionada por Le Xie, professor da Texas A&M University, mostra que focar em alguns locais estratégicos fora dessas áreas de alta população é muito mais econômico e pode ter um maior impacto na volatilidade dos preços da rede. Um algoritmo de machine learning é utilizado para selecionar estrategicamente os locais de resposta da demanda com base em um modelo sintético do estado. De acordo com Xie está sendo adotada uma abordagem agnóstica da tecnologia, analisando o design atual do mercado e as consequências desse design. (Science Daily – 23.03.2022)

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2 EUA: Programa de Resposta da Demanda e Preços Variáveis no Tempo

O Programa Federal de Gerenciamento de Energia desenvolveu perfis de Resposta da Demanda (RD) e programas de Preços Variáveis no Tempo (TVP) em todos os Estados Unidos. A RD é uma diminuição voluntária, e remunerada, de curto prazo no consumo de energia elétrica por clientes que geralmente é desencadeada pela confiabilidade da rede comprometida ou altos preços do mercado atacadista. O TVP em que os preços da eletricidade variam em diferentes momentos do dia também é difundido nos mercados de eletricidade. Os programas reconhecem que a disponibilidade de eletricidade e os custos de produção estão quase sempre mudando, e é por esses meios que os fornecedores podem incentivar o gerenciamento de carga para minimizar parte dessa mudança. Os clientes podem se beneficiar muito das opções de RD e TVP, principalmente se tiverem a capacidade de modular suas cargas. (Energy.Gov – maio de 2022)

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3 O piloto da tarifa time-of-use da Xcel Energy mostra apenas um pequeno impacto na demanda de pico

A concessionária de Minnesota, Xcel Energy, lançou um programa piloto de “preço flexível” de time-of-use residencial em novembro de 2020 em dois bairros de Twin Cities, com diferentes características socioeconômicas. Porém, um relatório em seu primeiro ano sugere que o programa teve um impacto modesto no pico de demanda e não está economizando muito dinheiro para os participantes. Em vez de uma taxa fixa, o grupo piloto paga mais pela energia durante as tardes e manhãs, mas recebe um grande desconto durante a noite. Os clientes reduziram o consumo durante o horário de pico em 1,5% no geral e em mais de 2% na hora de maior demanda do dia, resultados decepcionantes quando comparados com programas semelhantes. O piloto da empresa faz parte de uma iniciativa de modernização da rede estimulada por uma lei estadual que exige que concessionárias proponham melhorias em seus sistemas elétricos. (Energy News Network – 24.05.2022)

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4 Dados sobre o consumo de eletricidade das fábricas sul-coreanas e a participação na resposta da demanda

Para resolver o estresse no sistema, resultante do uso generalizado de fontes renováveis e do desequilíbrio entre oferta e demanda, os operadores do sistema elétrico devem compreender melhor o conceito de flexibilidade de carga e resposta da demanda (RD). O artigo “Datasets on South Korean manufacturing factories’ electricity consumption and demand response participation” descreve a divulgação de dados de consumo de energia elétrica de algumas fábricas localizadas na Coreia do Sul que participam do mercado de RD. Os dados compreendem os detalhes de uso total de energia das fábricas, adquiridos usando medições avançadas. Contêm também detalhes sobre os tipos de fabricação, datas de participação em RD, capacidades de redução obrigatórias e de resposta das fábricas. Esses conjuntos de dados podem ser usados de forma valiosa para contribuir para o funcionamento de sistemas e mercados de energia. (Nature – 24.05.2022)

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5 BESS: solução para gerenciar energia no horário de ponta e backup

Os postos tarifários obrigam hoje negócios de médio e grande porte a utilizarem meios alternativos à rede durante o horário, no qual a energia é mais cara. Para ser uma melhor opção a meios como geradores a diesel, a PHB Solar trouxe em 2019 uma solução denominada BESS (Battery Energy Storage System), que é de maneira simplificada, um contêiner recheado de baterias e de eletrônica que permite o acoplamento na rede elétrica do sistema fotovoltaico e do gerador a diesel. Dentro das aplicações possíveis do BESS, temos a operação como backup, o energy time-shift, para carregar as baterias durante o dia, através da fonte solar fotovoltaica e despachar energia durante os horários de pico, peak shaving e o autoconsumo local, podendo trabalhar totalmente off-grid, configuração que traz a possibilidade de alimentação de locais completamente remotos sem renunciar à sustentabilidade. (Canal Solar – 25.05.2022)

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6 FortisBC adota sistema Virtual Peaker DERMS

A Virtual Peaker, uma empresa SaaS baseada em nuvem e desenvolvedora de plataformas de recursos energéticos distribuídos (REDs), está implantando seu primeiro programa piloto de resposta da demanda no Canadá com a FortisBC, uma concessionária de eletricidade e gás natural. O sistema de gerenciamento DERMS ajudará o FortisBC a gerenciar seus REDs, incluindo energia solar distribuída, armazenamento de baterias residenciais e veículos elétricos. O Programa Piloto FortisBC Peak Saver aproveita a plataforma de software da Virtual Peaker para controlar remotamente dispositivos inteligentes residenciais que ajudam a reduzir o uso de energia, economizar dinheiro, diminuir as emissões de gases de efeito estufa e apoiar as metas de ação climática da província. (T&D Word – 19.05.2022)

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Eficiência Energética

1 Distrito de Columbia modernizará postes de iluminação pública

A cidade norte-americana Columbia firmou uma parceria público-privada de longo prazo, que busca modernizar mais de 75 mil postes de iluminação pública em todo o distrito, com um grupo conhecido como o consórcio Plenary Infrastructure DC (PIDC). Caso o projeto seja bem-sucedido, será o maior projeto de modernização de iluminação pública urbana nos Estados Unidos, totalizando US$ 309 milhões em esforços para converter as luzes das ruas da cidade em LEDs. As novas lâmpadas não só seriam mais eficientes em termos energéticos do que suas contrapartes mais antigas, como incandescentes e sódio de alta pressão, mas também ofereceriam recursos de monitoramento e controle remotos. Ao todo, eles reduziriam o uso de energia em mais de 50% em relação aos níveis atuais, eliminariam 38 mil toneladas de emissões de gases de efeito estufa anualmente e ao mesmo tempo ampliaram a cobertura Wi-Fi. (Daily Energy Insider – 23.05.2022)

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2 Novos padrões de eficiência residencial do DOE decepciona os defensores da conservação

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE/EUA) adotou novos padrões de eficiência energética para residências pré-fabricadas, também conhecidas como casas móveis. Os novos padrões estabeleceram diferentes requisitos de conservação para estruturas de seção única e múltipla para equilibrar a viabilidade dos custos iniciais com a economia de custos a longo prazo. O DOE estima que as regras, incluindo novos requisitos de isolamento e vedação, podem economizar até US$ 450 anualmente em contas de serviços públicos. Cerca de 17 milhões de americanos vivem em casas fabricadas, que são construídas off-site, em oposição às tradicionais casas stick-built. As novas regras do DOE foram criticadas por defensores da eficiência, que argumentam que o padrão escalonado é muito frouxo, e fabricantes domésticos, que dizem que isso aumentará os custos. (Utility Dive – 20.05.2022)

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3 O programa de eficiência do DOE economiza US$ 15 bilhões em energia

Um programa de eficiência energética e redução de gases de efeito estufa do DOE/EUA economizou para organizações parceiras mais de US$ 15 bilhões em custos de energia. A Better Buildings Initiative é uma parceria público-privada com mais de 900 empresas, governos estaduais e locais, concessionárias, autoridades habitacionais e outras organizações, que buscam metas de redução do consumo de energia, resíduos, água e/ou emissão de gases de efeito estufa e compartilham suas soluções. Segundo o DOE, as economias representam 155 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono, ou aproximadamente a quantidade de gases de efeito estufa emitidos por 20 milhões de residências em um ano, disse o DOE. (Renewable Energy World – 19.05.2022)

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Microrredes e VPP

1 EUA: Novo projeto de microrredes residencial em conjunto habitacional na Flórida

Uma nova microrrede com operação próxima a Tampa, Flórida, no conjunto habitacional Southshore Bay, está sendo desenvolvida. O projeto atende a 37 residências, o que é incomum, pois as microrredes são normalmente instaladas para empresas, instituições ou serviços governamentais. Embora as microrredes domésticas ou de bairro estejam começando a surgir, elas permanecem raras. O projeto foi desenvolvido pela Emera Technologies usando o que chama de BlockEnergy, a iniciativa transforma cada casa em uma nanorrede com sua própria tecnologia solar, baterias e controle. As residências são então conectadas por meio de um sistema de rede a cabo, o que permite o compartilhamento de seus recursos de energia. Se os painéis solares das residências forem insuficientes em determinado momento, haverá um sistema reserva, um parque central de energia movido a energia solar e gás natural. (Microgrid Knowledge – 23.05.2022)

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2 Honeywell adiciona funcionalidade de VPPs ao sistema de controle de REDs

A Honeywell, empresa especialista em automação, apresentou sua nova funcionalidade para usinas de energia virtual (VPP), Experion Energy Control System, que permite aos usuários despachar uma rede de recursos energéticos distribuídos (REDs), como unidades geradoras eólicas, sistemas de armazenamento e parques solares por meio de um processo de controle centralizado. Ao centralizar o processo de despacho, os usuários podem otimizar suas operações e criar capacidade suficiente para participar de uma variedade de mercados de energia que de outra forma seriam inacessíveis. Usando esse recurso, os proprietários de REDs podem liberar energia, capacidade e obter receita de seus ativos de energia, minimizando custos. A solução permite que os clientes monitorem, prevejam e coordenem para gerenciar e melhorar o uso de ativos de energia em resposta às condições de mercado. (TD World – 25.05.2022)

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Tecnologias e Soluções Digitais

1 Como a inovação da IA está permitindo a transição energética

A inteligência artificial (IA) tem diversas aplicações no setor energético, desde a integração das energias renováveis até o fornecimento de resiliência para rede. Embora a IA não seja nova, as modernas tecnologias de tecnologia da informação (TI) com técnicas avançadas de machine learning estão revolucionando o conceito, trazendo recursos analíticos para conjuntos de dados potencialmente grandes e múltiplos para modelagem e gerenciamento em um cenário próximo em tempo real. Em um exemplo sobre a implementação de recursos de energia renovável, a NVIDIA trabalhou com a startup britânica Zenotech para modelar a produção de energia de grandes parques eólicos offshore, levando em consideração os complexos fluxos de vento. A IA também pode ser utilizada para identificar anomalias em dados, que são usados para aplicações de cibersegurança e monitoramento de ativos. (Smart Energy – 20.05.2022)

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2 Soluções digitais avançadas da Gridspertise para uma rede inteligente e resiliente

A importância da resiliência na rede elétrica dos EUA está sendo ressaltada pela necessidade de resistência a eventos climáticos severos causados pelas mudanças climáticas. Além disso, as concessionárias estão trabalhando para gerenciar o crescimento exponencial da geração distribuída e o aumento da demanda de energia associada à eletrificação do transporte e outros usos. A crescente complexidade do gerenciamento de fluxos de energia aumentou a necessidade de uma infraestrutura elétrica mais robusta, resiliente e confiável. A Gridspertise, subsidiária do Grupo Enel, maior operadora privada de redes de distribuição do mundo, irá apresentar este ano na Distributech, principal evento anual de transmissão e distribuição, seu ecossistema de soluções de rede, com foco em três áreas de aplicabilidade: previsão e prevenção, automação e resiliência da rede, bem como resposta rápida e restauração. (TD World – 23.05.2022)

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Segurança Cibernética

1 Executivos de energia esperam mais ciberataques, porém ação defensiva está atrasada

O Cyber Priority, relatório recente de pesquisa da DNV de 2022, conclui que 67% dos profissionais de energia dizem que os recentes ataques cibernéticos no setor levaram suas organizações a fazer grandes mudanças em suas estratégias e sistemas de segurança. Além disso, cerca de 60% dos entrevistados de nível sênior reconhecem que sua organização está, mais do que nunca, vulnerável a um ataque. Cerca de 44% dos entrevistados de nível sênior acreditam que precisam fazer melhorias urgentes nos próximos anos para evitar um ataque sério aos seus negócios, e 35% dos profissionais de energia dizem que sua empresa precisaria ser impactada por um incidente grave antes de investir em defesa. Além desses pontos, questões da cadeia de suprimentos e de treinamento também vêm se mostrado um problema relevante. Segundo a pesquisa, os investimentos em defesa estão mais concentrados na questão dos dados e pouco em máquinas e, menos de 57% dos entrevistados afirmam receber treinamento eficaz. (T&D World – 25.05.2022)

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2 Projeção de 1,3 bilhões de medidores de eletricidade influenciará gastos de segurança cibernética de concessionárias

A mudança para a Infraestrutura de Medição Avançada (AMI) está se tornando um fator essencial para medidores de eletricidade conectados, que devem atingir uma base instalada de 1,3 bilhão até 2027. Esse crescimento está levando concessionárias e fornecedores de energia a revisitar suas agendas de segurança digital e operações de gerenciamento de dispositivos, de acordo com um novo relatório da empresa global de inteligência tecnológica, ABI Research. O relatório, IoT Security Services in Electricity Utilities application analysis, coloca a digitalização das redes elétricas tradicionais e a modernização da infraestrutura energética entre as principais preocupações das operadoras e governos no mundo. A introdução de regulamentos governamentais sobre implantação, gerenciamento e supervisão em AMI foi considerada pelo relatório como um dos preditores mais importantes em serviços de segurança para medidores de eletricidade, forçando as operadoras de serviços públicos a revisitar suas estratégias. (Smart Energy – 19.05.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Lorrane Câmara e Luiza Masseno
Pesquisadores:
Cristina Rosa, Matheus Balmas e Pedro Barbosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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