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IFE: nº 31 - 07 de maio de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Financiamentos
1
Chile doará milhões para projetos de H2V acima de 10MW
2 SoCalGas e CEC: Projeto de financiamento para embarcações a hidrogênio
3 Plano de emprego americano inclui hidrogênio

Mercado
1 Rosatom, Air Liquide e Região de Sakhalin fazem parceria para hidrogênio de baixo carbono
2 Rússia e Alemanha em cooperarão no desenvolvimento do H2V
3 Espanha: Fusion Fuel e Elecnor irão desenvolver cadeia de H2V
4 A saída para a EDP será o hidrogênio verde
5 Engie inclui H2 para transformar o Chile em um país verde
6 Energia nuclear e hidrogênio podem cooperar entre si
7 Consórcio japonês demonstra cadeia de abastecimento de hidrogênio
8 BP, Iberdrola e Enegás para descarbonizar o setor industrial da Espanha
9 Smart Energy Council anuncia o primeiro projeto de Certificação de Carbono Zero

10 Rosatom e EDF fazem parceria para desenvolver H2V
11 Russia: Shchekinoazo e Topsoe para descarbonizar industrias com H2

12 AGCS lança boletim sobre os riscos operacionais em projetos de hidrogênio
13 Hidrogênio verde e seu potencial no Ceará

Mobilidade
1 Daimler Truck AG e Volvo lançam nova joint-venture centrada em células a combustível
2 Mercado global de aeronaves a hidrogênio pode atingir mais de US$ 174 bilhões em 2040
3 Frota de ônibus a hidrogênio Wrightbus atinge 100.000 milhas
4 Porsche aposta em motor que usa hidrogênio para produzir gasolina de baixa emissão

Eventos
1 Webinar GESEL “Construção do Programa Nacional de H2”

Artigos e Estudos
1 Hidrogênio limpo por US$ 1,50 / kg pode promover uma descarbonização significativa
2 IEA: Hidrogênio no noroeste da Europa, uma visão para 2030
3 Hidrogênio verde oferece energia e oportunidade de crescimento de tecnologia de processos a longo prazo
4 Artigo sobre os usos energéticos, políticas públicas e regulamentação do hidrogênio



 

 

Políticas Públicas e Financiamentos

1 Chile doará milhões para projetos de H2V acima de 10MW

O governo do Chile realizou uma chamada para empresas nacionais e internacionais oferecendo US $ 30 milhões para apoiar o desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde maiores que 10 MW antes do final de 2025. O apelo por meio da Corporação de Desenvolvimento Nacional Corfo faz parte da ambição do Chile de se tornar um líder global na produção e exportação de hidrogênio verde, que vem ganhando impulso desde seu lançamento em novembro do ano passado. A chamada é aberta a empresas nacionais e internacionais e apoiará um ou mais projetos para entrarem em operação antes do final de 2025. As inscrições devem ser feitas em setembro, com a Corfo disponível para consultas e esclarecimentos até julho. A Corfo relata ter recebido 18 manifestações de interesse em iniciativas que exigem investimentos superiores a US $ 12 bilhões. (Power International Engineering – 28.04.2021)

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2 SoCalGas e CEC: Projeto de financiamento para embarcações a hidrogênio

O Projeto Small Fast Harbor Craft, liderado pela Zero Emissions Industries (ZEI), irá testar uma embarcação marítima comercial modificada para incorporar um trem de força, movido a hidrogênio. O projeto possui um sistema de armazenamento de hidrogênio de última geração, sistema de energia alimentado por células a combustível de estilo automotivo, sistema de segurança, sistema de controle e automação, permitindo um trem de força com maior alcance, manutenção simples e sem emissões. Ele será financiado pela Comissão de Energia da Califórnia (CEC) e pela Southern California Gas Co (SoCalGas). A CEC concederá um financiamento de US$ 2 milhões através do anúncio de oportunidade GFO-20-604, Hydrogen Fuel Cell Demonstrations in Rail and Marine Applications at Ports (H2RAM). A SoCalGas fornecerá US$ 200 mil em financiamento para apoiar o projeto. (Green Car Congress – 28.04.2021)

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3 Plano de emprego americano inclui hidrogênio

As reduções de emissões em diferentes setores da economia não seguirão uma abordagem de tamanho único. O hidrogênio foi identificado como uma solução chave que reduz as emissões de carbono para setores onde a eletrificação e outras medidas não são suficientes. O Plano de Emprego Americano do presidente Biden inclui 15 projetos de hidrogênio com o objetivo de descarbonizar uma série de aplicações industriais em comunidades carentes e pode criar pelo menos 18.000 empregos em 2025. Esta é uma notícia muito boa para o clima e para a economia americana. A análise da Industrial Economics, Inc. sugere que apenas a produção de hidrogênio para esses 15 projetos poderia resultar em quase 5.000 empregos diretos, indiretos e induzidos em 2023 e cerca de 10.000 empregos permanentes na próxima década. Isso não inclui empregos associados ao uso do hidrogênio, mas apenas os empregos criados para fazê-lo. (Clean Air Task Force – 21.04.2021)

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Mercado

1 Rosatom, Air Liquide e Região de Sakhalin fazem parceria para hidrogênio de baixo carbono

A Rosatom, Air Liquide e o governo da região de Sakhalin, na Rússia, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para a realização de um estudo de viabilidade para a produção de hidrogênio de baixo carbono. O MoU é o primeiro passo para impulsionar o desenvolvimento da economia do hidrogênio na região, visando aplicações nos mercados doméstico e internacional. “Teremos o maior prazer em receber a Rosatom e a Air Liquide como potenciais investidores se decidirem implementar este projeto na ilha. O governo da região de Sakhalin está fazendo muito para melhorar o clima de negócios na região. Minimizamos as barreiras administrativas, reduzimos o tempo de emissão de alvarás de construção, registro de empresas, registro de objetos imobiliários ”, disse o governador da região e Sakhalin, Valery Limarenko. (New Europe - 29.04.2021)

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2 Rússia e Alemanha em cooperarão no desenvolvimento do H2V

A Alemanha precisará do gás natural da Rússia enquanto se move para uma energia mais limpa, mas também buscará cooperação em sua estratégia de hidrogênio, disse o Ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, em uma conferência russo-alemã. Altmaier disse que o gás é necessário, já que a Alemanha abandona a energia nuclear e a geração de energia usando carvão, mas que buscará aproveitar a parceria estabelecida para os combustíveis fósseis à medida que desenvolve hidrogênio de fontes renováveis como combustível alternativo. A cooperação entre os países trará benefícios para os dois, pois irão desenvolver em conjunto essas energias e utilizá-los, como uso final, no setor da mobilidade e no setor industrial, e quanto se trata de versatilidade e descarbonização, o hidrogênio verde é o vetor energético perfeito. (Reuters 29.04.2021)

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3 Espanha: Fusion Fuel e Elecnor irão desenvolver cadeia de H2V

Um novo acordo de colaboração foi alcançado entre Fusion Fuel Green e o Elecnor Group que visa o desenvolvimento de usinas de energia solar para hidrogênio na Espanha. As usinas usarão a tecnologia HEVO-SOLAR da Fusion Fuel e aproveitarão a ampla presença comercial da Elecnor, com experiência em engenharia, construção e desenvolvimento de projetos de infraestrutura de energia renovável. Além disso, o acordo visa apoiar o compromisso estratégico de longo prazo da Espanha em desenvolver uma extensa rede de reabastecimento de hidrogênio como parte de sua ambiciosa estratégia nacional de hidrogênio. (H2 View - 30.04.2021)

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4 A saída para a EDP será o hidrogênio verde

A EDP, dona da Usina Termelétrica Pecém I, movida a carvão mineral, gera o equivalente a 720 MW, está diante de um problema para cuja solução terá de fazer um robusto investimento. A exemplo de sua matriz lusitana, que – cumprindo compromisso oficial e público de descarbonizar suas unidades de geração de energia – já desativou sua termelétrica de Sines, no Sul de Portugal, também movida a carvão, a EDP brasileira está, igualmente, comprometida a descartar a utilização desse poluente combustível fóssil. Ciente da dificuldade que terá para, no curto prazo, trocar o carvão mineral por outro combustível, como o gás natural, abundante no Nordeste brasileiro, a EDP Brasil – segundo fonte que acompanha o assunto – começou um esforço junto ao Ministério de Minas Energia no sentido de obter a renovação de seu contrato de geração termelétrica, que se expirará no próximo ano de 2024. (Diário do Nordeste – 28.04.2021)

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5 Engie inclui H2 para transformar o Chile em um país verde

A Engie apresentou nessa manhã, no Palácio Presidencial do Chile, o plano de transformação abrangente de suas operações no país, que inclui o desenvolvimento de 2 GW de capacidade de energia renovável e o fim de suas atividades de geração de energia a carvão até 2025. Após uma reunião virtual entre Sebastian Pinera, Presidente do Chile, e Catherine Mcgregor, CEO da Engie, o grupo reafirmou seu compromisso de fechar seis unidades (0,8 GW) de produção de energia a partir do carvão e converterá cerca de 0,7 GW para gás ou biomassa até 2025. A Engie também anunciou o desenvolvimento de um portfólio de energia renovável de 2 GW, representando 1 GW adicional desde o último anúncio em 2019. Até o momento já está em construção 0,6 GW. Todo o plano envolve um investimento de 1,5 bilhão de euros até 2025 e permitirá a empresa uma redução das emissões de CO2 em 80%. (Fuel Cells Works– 28.04.2021)

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6 Energia nuclear e hidrogênio podem cooperar entre si

Não é sempre que você encontra dois produtos que, eticamente, estão em extremos opostos do espectro, mas se complementam de forma significativa. A renovação da reputação a qual a energia nuclear precisa, desde que foi introduzida no século passado, pode ser realizada com a introdução de tecnologias que utilizam subprodutos da energia nuclear para gerar fontes alternativas de combustível, como o hidrogênio. A T2M Global, parceira da Aberdeen International e proprietária de uma tecnologia inovadora de energia limpa Advanced Electrolyzer System (AES) para armazenamento de energia de hidrogênio, reconheceu o potencial inexplorado que a energia nuclear pode fornecer na redução das pegadas de carbono em todo o mundo. AES é a única tecnologia avançada de eletrolisador e capaz de produzir hidrogênio verde de alta pureza a custos altamente competitivos. (H2 View – 29.04.2021)

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7 Consórcio japonês demonstra cadeia de abastecimento de hidrogênio

No Japão, um consórcio formado pela Hitachi Ltd, Marubeni Corporation, Miyagi Consumer Cooperative Society e Tomiya City na província de Miyagi demonstrou uma cadeia de abastecimento de hidrogênio com baixo teor de carbono na cidade de Tomiya, província de Miyagi, Japão. Os projetos de demonstração consistiram na produção de hidrogênio, usando uma célula a combustível puro para geração de energia e uso em um Gerador Misto de Hidrogênio (HDMG). O projeto faz parte do Ministério do Meio Ambiente do Japão, 'Projeto de Demonstração da Tecnologia de Hidrogênio de Baixo Carbono' para o AF2017 em Cooperação com o Governo Local. O hidrogênio foi produzido por eletrólise usando energia solar, armazenado, e então entregue a usuários finais selecionados, incluindo residências, supermercados e um clube infantil por meio da rede de distribuição existente da Miyagi COOP. A demonstração durou mais de três anos, o que resultou na redução de 0.8 toneladas de emissões de CO2 por residência. (H2 Bulletin – 28.04.2021)

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8 BP, Iberdrola e Enegás para descarbonizar o setor industrial da Espanha

A BP, Iberdrola e Enagás chegaram a um acordo para estudar o desenvolvimento da primeira fase do maior projeto de produção de hidrogênio verde na Comunidade Valenciana, que seria desenvolvido na fábrica da BP em Castellon. O objetivo do contrato é avaliar a instalação de um eletrolisador com capacidade de 20 MW para a geração de hidrogênio verde, em terrenos da propriedade da BP no parque industrial El Serrallo. O eletrolisador funcionará com energia renovável produzida por uma usina fotovoltaica de 40 MW e a ideia seria substituir o hidrogênio cinza que a refinaria já usa em seus processos. Se a fase inicial der certo, o projeto avançará e assim será aumentado para 115 MW, se tornando o maior projeto de hidrogênio para uso final industrial na Espanha, reduzindo uma quantidade de até 24.000 toneladas de dióxido de carbono por ano. (Fuel Cells Works – 28.04.2021)

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9 Smart Energy Council anuncia o primeiro projeto de Certificação de Carbono Zero

O Smart Energy Council tem o prazer de anunciar que a estação de reabastecimento de hidrogênio ActewAGL em Canberra será o primeiro projeto a ser certificado no Esquema de Certificação de Carbono Zero, líder mundial. A estação de reabastecimento de hidrogênio da ActewAGL é um projeto de referência - a primeira estação pública de reabastecimento de hidrogênio da Austrália. A divisão de Hidrogênio da Australia, do Smart Energy Council, irá certificar a alegação de que a estação de reabastecimento é alimentada por energia 100% renovável e que está produzindo zero emissões de hidrogênio. Espera-se que a estação de reabastecimento de hidrogênio seja certificada até 30 de junho de 2021. (Smart Energy Council – 29.04.2021)

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10 Rosatom e EDF fazem parceria para desenvolver H2V

A russa Rosatom State Atomic Energy Corporation, líder em tecnologia global, e o Grupo EDF, líder mundial em soluções de energia de baixo carbono, assinaram um acordo de cooperação estratégica em março de 2021 para desenvolver hidrogênio verde na Rússia e na Europa. Em particular, o acordo entre a EDF e a Rosatom visa desenvolver iniciativas nos setores de mobilidade e descarbonização de complexos industriais, e antecipa cooperação em pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias de hidrogênio neutras em CO2 que ajudarão a combater o aquecimento global. A energia do hidrogênio é uma das prioridades de P&D da Rosatom. A indústria nuclear russa tem grande potencial tecnológico e científico no desenvolvimento da produção de hidrogênio. (EDF - 26.04.2021)

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11 Russia: Shchekinoazo e Topsoe para descarbonizar industrias com H2

A Haldor Topsoe e Shchekinoazot assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) com o objetivo de reduzir a pegada de carbono das fábricas existentes e futuras de Shchekinoazot na região de Tula, Rússia. O local visa estabelecer a produção de metanol verde e azul, amônia e hidrogênio usando a experiência e tecnologias da Topsoe em reforma, eletrólise, captura e utilização de carbono e síntese de amônia e metanol. Enquanto uma empresa é experiente em tecnologia, a outra é experiente e líder no próprio elemento, o hidrogênio, além do mais, trabalham juntas a 15 anos, por esses fatores, acredita-se que o projeto venha a ser um sucesso e a Rússia tenha uma parte do seu setor industrial descarbonizado. (Fuel Cells Works - 03.05.2021)

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12 AGCS lança boletim sobre os riscos operacionais em projetos de hidrogênio

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) lançou um boletim destacando os riscos operacionais em projetos de hidrogênio, incluindo riscos de incêndio e explosão, impacto de fragilização e exposição a interrupções de negócios. Segundo a publicação, o hidrogênio desempenhará um papel importante na transição energética para uma economia de baixo carbono, porém os riscos relacionados à produção, armazenamento e transporte representam um desafio a ser superado, assim como a adoção de novos padrões de segurança. Por conta disso, a AGCS acredita que haverá uma crescente demanda por cobertura de seguro para soluções de hidrogênio no futuro. (CanalEnergia – 30.04.2021)

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13 Hidrogênio verde e seu potencial no Ceará

O hidrogênio é a aposta do Ceará para o uso na geração de energia limpa. A nova tecnologia, de acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, poderá abastecer a indústria nacional e internacional, em substituição a combustíveis fósseis, reduzindo a emissão de poluentes no ar. Também conhecido como gás verde, o combustível é obtido através de transformações tecnológicas que fazem parte de um processo chamado eletrólise da água. O secretário adianta que a ideia é montar no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) uma planta de eletrólise que use como insumos as energias eólica e solar para produção do gás. “A reação da energia, vinda de uma fonte qualquer, com a água cria o gás ‘H2Z’, que pode ser utilizado em transportes de qualquer natureza, inclusive, públicos e veículos particulares. Também pode ser usado na indústria e em siderúrgicas, por exemplo, podendo substituir o carvão futuramente”, detalha Maia Júnior. (Márcia Travessoni – 30.04.2021)

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Mobilidade

1 Daimler Truck AG e Volvo lançam nova joint-venture centrada em células a combustível

Dois líderes da indústria de veículos comerciais - Daimler Truck AG e Volvo Group - traçaram oficialmente seu roteiro pioneiro para a nova joint venture de célula a combustível, como parte de um compromisso da indústria para acelerar o uso de células à base de hidrogênio para caminhões de longo curso e além. Com a ambição de se tornar um fabricante líder global em sistemas de célula a combustível, o cellcentric construirá uma das maiores fabricantes da Europa planejadas para produção de sistemas de célula a combustível em série, com operação planejada para começar em 2025. Para acelerar o lançamento de células a combustível à base de hidrogênio, os dois acionistas da cellcentric pedem uma estrutura política harmonizada na EU, para apoiar a tecnologia a se tornar uma solução comercial viável. A meta da Daimler Truck AG e do Grupo Volvo é começar com testes em clientes de caminhões com célula a combustível em cerca de três anos. (Daimler - 29.04.2021)

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2 Mercado global de aeronaves a hidrogênio pode atingir mais de US$ 174 bilhões em 2040

O mercado de aeronaves a hidrogênio está projetado para atingir cerca de US$ 174 bilhões até 2040, de acordo com Gediminas Ziemelis, presidente do conselho da Avia Solutions. O hidrogênio tem sido apontado como o futuro para o combustível de aviação por décadas. No entanto, com os altos custos de produção associados ao combustível, nunca foi plausível para uma integração generalizada. Com a taxa de expansão do mercado e da infraestrutura de hidrogênio, os custos de produção do hidrogênio estão diminuindo, tornando a integração na aviação mais viável economicamente. Por causa disso, espera-se que impulsione o crescimento do mercado global de aeronaves a hidrogênio ao longo dos anos para atingir o valor previsto de US$ 27 bilhões em 2030 e mais US$ 174 bilhões em 2040. (H2 View - 30.04.2021)

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3 Frota de ônibus a hidrogênio Wrightbus atinge 100.000 milhas

A First Aberdeen e a Câmara Municipal de Aberdeen estão comemorando esta semana depois que sua frota de ônibus a hidrogênio com emissões zero, Wrightbus, atingiu seu primeiro marco importante, completando 160.000 milhas de operação. Desde o lançamento no atendimento ao cliente em janeiro, a frota de 15 ônibus Wrightbus, fabricada no Reino Unido, já salvou 170.000 kg de CO2 de serem liberados na atmosfera- o equivalente a tirar 42 carros das estradas por um ano- marcando um significativo passo à frente na melhoria da qualidade do ar da cidade para seus residentes. (Fuel Cells Works - 02.05.2021)

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4 Porsche aposta em motor que usa hidrogênio para produzir gasolina de baixa emissão

O Porsche eFuel, que está em desenvolvimento, combina "hidrogênio verde" e converte em gasolina o metanol produzido. O combustível verde reduz as emissões de dióxido de carbono em 90% em comparação com a gasolina convencional, diz a montadora alemã. O eFuel da empresa, um tipo de eletrocombustível sintético, permitirá aos clientes dirigir carros de alto desempenho usando motores de combustão convencionais "sem emitir dióxido de carbono desnecessário", disse Michael Steiner, diretor da Porsche encarregado de pesquisa e desenvolvimento. A Porsche começará a produzir o combustível em uma base piloto em uma fábrica que está construindo no Chile com a Siemens Energy, empresa alemã que produz equipamentos de eletrólise de água, e outros parceiros. A planta recebeu um investimento inicial de 20 milhões de euros. Cerca de 130 mil litros serão produzidos no próximo ano, com planos de elevar a produção anual para 550 milhões de litros até 2026 - o suficiente para 1 milhão de veículos. (Valor Econômico – 03.05.2021)

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Eventos

1 Webinar GESEL “Construção do Programa Nacional de H2”

Acontece no próximo dia 07/05, o Webinar GESEL “Construção do Programa Nacional de H2”. O evento, que tem como objetivo sistematizar subsídios para a elaboração do Programa brasileiro de Hidrogênio, terá moderação do coordenador do GESEL, Prof. Nivalde de Castro. Os palestrantes já confirmados são Giovani Machado (Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE) e Vitor Santos (Professor da ISEG-Universidade de Lisboa). Inscrever-se: https://forms.gle/snva483zDPjfMQAx6. (GESEL-IE-UFRJ)

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Artigos e Estudos

1 Hidrogênio limpo por US$ 1,50 / kg pode promover uma descarbonização significativa

O hidrogênio produzido por US$ 1,50 / kg pode ser a opção de descarbonização mais competitiva para uma fração significativa da demanda global de energia. O que será necessário para chegar a esse custo do hidrogênio limpo produzido a partir da eletricidade renovável? Provavelmente exigirá melhorias monumentais em tecnologia se usarmos apenas o excedente de eletricidade renovável que seria reduzida de outra forma. E se quisermos ter grandes quantidades de hidrogênio renovável disponíveis a esse custo, precisaremos de geração de eletricidade renovável dedicada a um preço muito baixo, não apenas energia “excedente”. Eis o porquê: fundamentalmente, o hidrogênio renovável é uma extensão da eletricidade renovável, como a energia solar e eólica, e até que ambas sejam muito baratas e abundantes, o hidrogênio renovável também não será barato e abundante. (Clean Air Task Force – 27.04.2021)

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2 IEA: Hidrogênio no noroeste da Europa, uma visão para 2030

O estudo foi realizado pela Agência Internacional de Energia e o Programa Internacional de Energia Clingendael para explorar a situação do hidrogênio na região noroeste da Europa e como o setor poderia evoluir até 2030. Políticas nacionais e planos de projeto para o desenvolvimento de hidrogênio são reunidos explorar oportunidades de aproveitar todo o potencial do hidrogênio como vetor de energia limpa. Este artigo tem como objetivo promover uma discussão mais profunda sobre as formas de os países da região noroeste da Europa colaborarem e se beneficiarem do desenvolvimento de hidrogênio em seus países vizinhos, com vistas a acelerar a implantação nacional e o desenvolvimento de um mercado regional de hidrogênio. (IEA – abril de 2021)

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3 Hidrogênio verde oferece energia e oportunidade de crescimento de tecnologia de processos a longo prazo

O artigo publicado pela S&P Global Ratings analisa que a medida que a transição energética global se acelera, o crescente interesse por hidrogênio limpo significa perspectivas saudáveis para empresas que fornecem tecnologia para energia e indústrias de serviços públicos que trabalham para cumprir as metas de produção verde. No entanto, é improvável que isso tenha um impacto nos perfis de crédito das empresas de bens de capital antes de 2025-2030, quando a construção do primeiro lote de grandes projetos de hidrogênio - atualmente em fase de planejamento - poderá começar. As empresas que provavelmente se beneficiarão mais com o potencial de longo prazo incluem fabricantes de equipamentos de geração de energia renovável em escala industrial e grupos de engenharia que oferecem energia verde e soluções e serviços relacionados à tecnologia de eletrólise. (S&P Global Ratings – 22.04.2021)

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4 Artigo sobre os usos energéticos, políticas públicas e regulamentação do hidrogênio

Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Maurício Santos, Alexandre Leite e Pedro Schonberger, respectivamente, sócio e associados do Cescon Barrieu, analisam o uso energético, a regulação e as políticas públicas associadas ao hidrogênio no Brasil. Segundo os autores, “ainda é necessária no Brasil a introdução de novas regulações e incentivos para que o hidrogênio se torne competitivo e inserido na matriz energética nacional. Do ponto de vista técnico, fica claro que inúmeros usos podem viabilizar a exploração deste produto. Todavia, uma agenda específica voltada ao hidrogênio, tanto com regulação direcionada, como um desenho de mercado que facilite sua expansão é questão fundamental para que o Brasil se consolide como player líder no segmento”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.05.2021)

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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Elizário
Pesquisadores: Allyson Thomas e Kalyne Silva Brito 
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva