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IFE: nº 42 - 26 de janeiro de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Biden: ações climáticas imediatas podem ter foco em VEs
2 ABVE: necessidade de incentivos aos VEs
3 VW defende incentivos para VEs no Brasil
4 Políticas públicas para VEs globalmente refletem nas empresas
5 UE: participação de ônibus elétrico no mercado
6 UE: ônibus elétricos devem ser incluídos nos planos de recuperação
7 UE: políticas para a eletrificação do transporte público
8 Noruega: maior quantidade de VEs por habitante

Inovação e Tecnologia
1 Brasil: atraso tecnológico pode ter levado à saída da Ford
2 Startup brasileira produz caminhões elétricos
3 EDP: soluções destinadas ao proprietário de VE
4 Renault: nova divisão vai facilitar a transição energética
5 Carregamento de VEs em movimento ganha força
6 Microsoft faz aporte em carro robótico da GM
7 Sony: VE com PlayStation 5 integrado e comandos por gestos

Indústria Automobilística
1 Mundo empenhou US$ 139 bi em VEs e infraestrutura
2 VEs podem custar menos que veículos comuns em poucos anos
3 Preço de VEs representa principal barreira para consumidores

4 Brasil: vendas de VEs batem recorde

5 Brasil: acentuada curva de crescimento de VEs

6 Saída da Ford: consequência de um processo amplo

7 Saída da Ford: Brasil fora do mapa da reestruturação do setor

8 Brasil: pressão do mercado para impulso nos VEs
9 ABRAVEI: VEs irão expandir significativamente
10 Brasil: indústria automobilística deve encolher nos próximos anos
11 ABVE: instalação de eletropostos é prioridade
12 EDP: cada vez mais relevância na infraestrutura de recarga
13 Eletrovia da Copel dobra número de recargas em 2020

14 Brasil: DHL amplia frota de VEs comerciais

15 Ambev faz parceria com a FNM para a compra de mil caminhões elétricos

16 Caminhão elétrico JAC será testado por clientes em SP

17 Reino Unido deve acelerar eletrificação de veículos

18 Grécia: pouca participação no mercado de VEs
19 BMW: meta de dobrar vendas de VEs este ano
20 Grupo VW: VEs desaceleram queda nas vendas de 2020 065

21 Tesla começa a vender Model Y na China
22 Califórnia: vendas da Tesla saltam 63% no 4° tri

Meio Ambiente
1 Etanol pode ser fonte de energia para recarga de VEs
2 Caminhão elétrico com painéis solares
3 Renault: VEs para compartilhamento 95% reciclável
4 Caminhão elétrico da FNM evita emissão de 126 mil kg de CO2

5 Caminhão elétrico JAC custa menos e reduz emissão de GEE

Outros Artigos e Estudos
1 Principais vantagens de um VE
2 Postos de gasolina sobreviverão por muitos anos


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Biden: ações climáticas imediatas podem ter foco em VEs

Ao tomar posse, o presidente Joe Biden deve cumprir a promessa de reingressar os EUA ao Acordo de Paris como um de seus primeiros atos. Em resposta ao site de notícias Vox, Jamal Brown, assessor de imprensa da campanha de Biden, listou alguns outros pontos imediatos de ação climática de Biden. Uma dessas medidas será exigir limites ambiciosos para a emissão de metano nas novas operações de petróleo e gás. O sistema de compras federais, que gasta US$ 500 bilhões ao ano, irá adquirir apenas veículos que usem energias limpas assim como garantir que edifícios e instalações do governo dos EUA sejam mais eficientes em termos climáticos. Os transportes, a fonte de emissão de GEE com crescimento mais rápido nos EUA, serão alvo da implementação da Lei do Ar Limpo e haverá estímulo para que os novos carros pequenos e médios sejam elétricos. (Valor Econômico – 20.01.2021)

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2 ABVE: necessidade de incentivos aos VEs

A ABVE defende a equiparação do IPI dos VEs à alíquota da maioria dos veículos comuns. Um carro flex 1.0 a combustão paga 7% de IPI e um VE, que é mais eficiente e não poluente, tem de pagar 13%, 18% ou até mais. Pedro Bentancourt, vice-presidente de Veículos Leves da ABVE e diretor de relações governamentais da Nissan do Brasil, afirma que o ideal seria zerar o IPI dos VEs; “no mínimo, nossos produtos deveriam pagar a mesma alíquota básica já paga pela maioria do mercado. Não é só uma questão de eficiência energética, é também de saúde pública”. A ABVE defende ainda a redução de IPVA, programas de instalação de eletropostos nas estradas e incentivos à eletrificação das frotas públicas e de prestadores de serviços de compartilhamento. (Associação Brasileira do Veículo Elétrico – 15.01.2021)

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3 VW defende incentivos para VEs no Brasil

O presidente da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, defendeu programas de transição para a eletrificação dos veículos com incentivos na compra de modelos elétricos. “O que se vê na Europa, nos Estados Unidos, são [políticas] que no período inicial incentivam o consumidor, não as empresas. Esses incentivos não duram a vida toda. Um, dois, três, quatro anos, o que seja”. Carros elétricos estão no planejamento de lançamentos da Volks no Brasil para os próximos cinco anos. Mas Di Si não revelou detalhes. Mundialmente, o grupo Volks anunciou o investimento de € 73 bilhões nos próximos cinco anos para o lançamento, ao longo de dez anos, de 70 modelos totalmente elétricos e 60 híbridos. (Valor Econômico – 22.01.2021)

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4 Políticas públicas para VEs globalmente refletem nas empresas

Em novembro, o Reino Unido antecipou de 2035 para 2030 a proibição de carros novos movidos a gasolina ou a diesel. Dois meses antes, a Califórnia já tinha publicado a mesma restrição valendo a partir de 2035. O Japão deve firmar sua data limite para 2030. E a China, o país mais poluente do mundo, deve ter uma regra assim para 2035. Isso vem se refletindo nas empresas automotivas, claro. Na sexta-feira, o valor de mercado da Tesla era de incríveis US$ 783 bilhões. Isso é mais do que o valor somado da Toyota, da VW, da GM, da Ford e da Fiat Chrysler, empresas centenárias, que vendem muitíssimo mais veículos, mas quase tudo ainda movido a combustíveis fósseis. Segundo a consultoria Boston Consulting Group, as vendas globais de VEs (incluindo híbridos) passarão dos atuais 10% para 51% em uma década. Isso se as restrições aos combustíveis fósseis e os incentivos à eletrificação se mantiverem, e prevendo o crescimento nas vendas e a queda nos preços dos modelos. (O Estado de São Paulo – 18.01.2021)

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5 UE: participação de ônibus elétrico no mercado

A Dinamarca lidera quando se trata de colocar ônibus urbanos de emissão zero nas ruas da Europa, com 78% dos veículos novos sendo elétricos, de acordo com os dados mais recentes da Federação Europeia de Transporte e Meio Ambiente. Em Luxemburgo e na Holanda, cerca de 2/3 dos novos ônibus emitiram emissões zero. Na Suécia, Noruega e Finlândia, respectivamente 26%, 24% e 23% dos ônibus urbanos registrados em 2019 eram de emissão zero (elétricos ou hidrogênio). Itália, Polônia, Alemanha, Reino Unido, Espanha e França, que compram 70% dos ônibus urbanos vendidos na Europa, ficam para trás. Em 2019, menos de 10% dos ônibus urbanos recém-registrados eram de emissão zero. (Green Car Congress – 17.01.2021)

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6 UE: ônibus elétricos devem ser incluídos nos planos de recuperação

A Federação Europeia de Transporte e Meio Ambiente (T&E) disse que países da UE que não possuem uma frota pública eletrificada agora têm uma chance de recuperar o atraso, incluindo ônibus livres de emissões nos planos de recuperação da Covid que eles devem apresentar à Comissão Europeia até o final de abril. A T&E disse que o fundo de recuperação COVID de 750 bilhões de euros da UE é uma maneira clara de financiar a implantação do ônibus elétrico. Isso será essencial para os países muito atrasados nessa tecnologia: Áustria e Irlanda não registraram nenhum ônibus urbano com emissão zero em 2019, enquanto na Suíça e na Grécia menos de 4% dos novos ônibus eram livres de emissões. (Green Car Congress – 17.01.2021)

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7 UE: políticas para a eletrificação do transporte público

A Alemanha está financiando 80% do custo mais alto de compra de ônibus elétricos. A Polônia anunciou que, em cidades com população de 100.000 ou mais, todos os transportes públicos serão totalmente elétricos até 2030, e alocou € 290 milhões para apoiar este objetivo. O governo holandês especificou em 2016 que todos os ônibus recém-adquiridos devem ter emissão zero a partir de 2025 e, a partir de 2030, todos os ônibus em uso devem ter emissão zero. E como parte do processo de contratação pública, os contratos de ônibus devem ser concedidos apenas a operadores que atendam ou excedam essas metas. (Green Car Congress – 17.01.2021)

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8 Noruega: maior quantidade de VEs por habitante

Após uma análise da quantidade de VEs e da população, a Noruega foi o país com a maior quantidade de longe, com 18,9 pessoas por carro elétrico. Esse número impressionante é devido aos incentivos e benefícios proporcionados pelo governo, incluindo reduções de impostos e descontos na compra. Aqueles que possuem VEs na Noruega pagam no mínimo 50% a menos em estacionamentos e pedágios. O top 5 de países com mais VEs por pessoa tem em 1° Noruega (18,9 pessoas por VE), 2° EUA (46,8 pessoas por VE), 3° Islândia (72,6 pessoas por VE), 4° Suécia (76,7 pessoas por VE) e 5° Holanda (141,4 pessoas por VE). (Car Wow – 21.01.2021)


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Inovação e Tecnologia

1 Brasil: atraso tecnológico pode ter levado à saída da Ford

Além da conjuntura atual, a Ford tem motivos particulares para sair do Brasil. Um deles é se concentrar em SUVs, veículos que oferecem uma melhor margem de lucro, mas que infelizmente vendem proporcionalmente pouco no Brasil. A outra coisa é seu direcionamento para veículos elétricos. Só que o Brasil ainda patina vergonhosamente nessa tecnologia, enquanto outros países já têm metas aprovadas para eliminação de motores a combustão em veículos novos daqui a alguns anos. O governo precisa fazer da sua parte para diminuir esse abismo tecnológico que temos com os países desenvolvidos. Caso contrário, isso e todos os outros problemas desse mercado podem mandar embora outras Fords nos próximos anos. (O Estado de São Paulo – 18.01.2021)

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2 Startup brasileira produz caminhões elétricos

Hugo Zattera, presidente da Agrale (empresa brasileira que produz motores a diesel, tratores, caminhões leves, chassis para ônibus e utilitários) ressalta que, em 2019, quando firmou parceria com a FNM, uniu a experiência da produção de caminhões da empresa com a tecnologia de tração elétrica de ponta da FNM. Os veículos da FNM serão equipados com motores de alta performance importados da americana Danfoss Editron e baterias modulares da Octillion Power Systems, com sede na Califórnia. Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, que encomendou caminhões elétricos da empresa, afirma ser “motivo de orgulho ver o projeto de uma startup brasileira se concretizar”. Segundo ele, é uma inovação que surgiu no Brasil, com muitas colaborações e parcerias e que resultou em um veículo com tecnologias de ponta que também poderá ser exportado para outros países e outras empresas interessadas. (O Estado de São Paulo – 21.01.2021)

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3 EDP: soluções destinadas ao proprietário de VE

Nuno Pinto, head de Mobilidade Elétrica e Negócios B2C da EDP no Brasil, diz que a empresa sabe que a mobilidade elétrica ganhará cada vez mais relevância no Brasil. Por isso, busca proporcionar a jornada mais completa a quem já é proprietário de VE ou está pensando em ser. Guiada por esse objetivo, a empresa lançou em dezembro o aplicativo, EDP EV.Charge, que facilita a localização de eletropostos públicos, informa sobre a disponibilidade dos equipamentos, permite desbloqueá-los para o carregamento e envia notificações sobre o andamento do abastecimento. Outra opção para os proprietários de VEs é a aquisição de carregadores comercializados pela EDP Smart. Para possíveis proprietários, através o portal na internet da EDP Smart é possível, por exemplo, estimar o potencial de economia com abastecimento pelos VEs e conhecer as soluções de carregamento disponíveis no Brasil. (O Estado de São Paulo – 20.01.2021)

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4 Renault: nova divisão vai facilitar a transição energética

Nessa semana, entre outras novidades, a Renault apresentou a nova divisão de serviços de mobilidade chamada de Mobilize. Mobilize é uma marca voltada para diversos temas. Principalmente para frotas corporativas e para empresas que gerenciam plataformas de mobilidade com serviços como car sharing, rotas com motorista, serviços de courier e transporte sob demanda. Junto com os carros, também fornecerá software de gestão desenvolvido na nova divisão de TI da Renault, chamada Software Republic. Além disso, também investirá no desenvolvimento de soluções inteligentes de carregamento e armazenamento de energia com o duplo propósito de facilitar a transição energética e otimizar os recursos disponíveis. (Inside EVs – 16.01.2021)

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5 Carregamento de VEs em movimento ganha força

O carregamento de VEs enquanto estão em movimento está sendo testado por empresas automotivas e de infraestrutura. O processo, conhecido como carregamento dinâmico, envolve sistemas, colocados sob as estradas/ruas, que transmitem eletricidade via wireless para receptores colocados embaixo dos veículos para captar essa eletricidade. A montadora Renault iniciou alguns testes junto a Electricité de France SA aplicando a tecnologia em algumas ruas de Paris. A tecnologia, no entanto, levanta alguns questionamentos importantes. A viabilidade, no âmbito financeiro, é um ponto questionável devido ao alto custo de aplicação. Porém, se utilizado em larga escala, a tecnologia faria os preços de VEs cairem, visto que o carregamento dinâmico permitiria a montagem de VEs com baterias de tamanho reduzido. Os defensores do uso dessa tecnologia afirmam que o caminho de aplicação é dividir os custos entre o público e o privado e com produção em escala. (Car Wow – 19.01.2021)

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6 Microsoft faz aporte em carro robótico da GM

A Microsoft investiu na Cruise, a divisão de automóveis autônomos da General Motors, em uma rodada de financiamento no valor de US$ 2 bilhões que atribui à empresa de carros autodirigidos uma avaliação de US$ 30 bilhões. O investimento na Cruise é a primeira grande investida da Microsoft na área de carros robóticos. Satya Nadella, o executivo-chefe da Microsoft, disse que tanto a Cruise quanto a GM usarão a plataforma de computação em nuvem Azure, da Microsoft. Mary Barra, a executiva-chefe da GM, disse que a empresa “vai auferir ainda mais benefícios com a computação em nuvem, quando lançarmos mundialmente 30 novos veículos elétricos, até 2025, e criarmos novas divisões e serviços para impulsionar o crescimento”. (Valor Econômico – 20.01.2021)

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7 Sony: VE com PlayStation 5 integrado e comandos por gestos

O carro da Sony será elétrico e autônomo, terá recursos de reconhecimento facial e de gestos, além de uma tela widescreen com o PlayStation 5 integrado - essa interface ocorrerá a partir de uma plataforma em nuvem, o que será possível por conta da rede de telefonia de quinta geração (5G) - em outras palavras, as aplicações rodarão com alto desempenho e sem risco de lentidão. A companhia japonesa não detalhou a forma como os seus games estarão disponíveis, mas é provável que apenas os donos do console contarão com esse recurso. A Sony afirma também que aumentou o número de sensores para direção autônoma de 33 para 40. O sedã poderá se conectar ao 5G, os dados serão sincronizados em tempo real e o software será atualizado pela rede. (Valor Econômico – 22.01.2021)

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Indústria Automobilística

1 Mundo empenhou US$ 139 bi em VEs e infraestrutura

O mundo empenhou US$ 501,3 bilhões em recursos para descarbonização em 2020, aponta um levantamento feito pela BloombergNEF (BNEF). A análise mostra que empresas, governos e famílias gastaram US$ 139 bilhões em VEs e infraestrutura de carregamento associada, um aumento de 28% e um novo recorde. De acordo com o chefe de análise da BNEF, Albert Cheung, o transporte elétrico está tendo grandes fluxos de entrada, mas precisa ver mais aumentos nos gastos à medida que os custos caem. Em termos de divisão geográfica, a Europa foi responsável pela maior fatia do investimento global, com US$ 166,2 bilhões, uma alta de 67%. Segundo a BNEF, esse resultado foi impulsionado, dentre outras, por um ano recorde de vendas de VEs. (Agência CanalEnergia – 19.01.2021)

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2 VEs podem custar menos que veículos comuns em poucos anos

As vendas de elétricos aumentaram 43% em 2020 e um crescimento ainda mais rápido é antecipado com a queda contínua nos preços das baterias. Uma análise da Bloomberg prevê que os custos da bateria de íon-lítio cairão na medida em que os carros elétricos irão igualar o preço dos carros a gasolina e diesel em 2023, enquanto um estudo da McKinsey prevê este momento daqui a 5 anos em diversas regiões do mundo. O ponto de inflexão já foi passado na Noruega, onde os elétricos são mais baratos, graças aos incentivos fiscais, e a participação de mercado subiu para 54% em 2020. (The Guardian – 22.01.2021)

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3 Preço de VEs representa principal barreira para consumidores

Uma pesquisa recente da RAC Media Center com 3.000 motoristas do Reino Unido mostra a importância dos preços, com 78% dos motoristas dizendo que os elétricos ainda são muito caros em comparação com veículos semelhantes a combustão. Entretanto, graças a um aumento na produção e cortes nos custos de material, James Frith, chefe de armazenamento de energia da Bloomberg, comenta que a queda nos preços das baterias na última década, saindo de U$30.000 para U$4.100, foi dramática é muito mais rápida do que o previsto. (The Guardian – 22.01.2021)

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4 Brasil: vendas de VEs batem recorde

As vendas de VEs no Brasil bateram novo recorde em 2020, com aumento de 66,5% nos emplacamentos em relação a 2019. O mercado pulou de 11.858 unidades em 2019 para 19.745 em 2020. Só em dezembro foram 1.949 veículos vendidos. Pela primeira vez também o mercado de eletrificados chegou a 1% do mercado total de veículos no Brasil. Os números referem-se à soma de automóveis e comerciais leves elétricos híbridos (HEV ou PHEV) e elétricos a bateria (BEV).Com esse resultado, a frota total de VEs em circulação no país já chega a 42.269 unidades. Em contraste, segundo a Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores), o total de emplacamentos de automóveis e comerciais leves caiu 26.6% em 2020, na comparação com 2019 (1.950.889 contra 2.658.692). (Associação Brasileira do Veículo Elétrico – 15.01.2021)

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5 Brasil: acentuada curva de crescimento de VEs

Os números apontam para uma acentuada curva de crescimento dos veículos elétricos e híbridos no Brasil nos últimos anos. As 19.745 unidades de VEs vendidas em 2020 representam crescimento de 66,5% sobre 2019 (11.858), de 397% sobre 2018 (3.970), 499% sobre 2017 (3.296) e 1.709% sobre 2016 (1.091). Os eletrificados de 2020 (19.745) chegaram a 1% do total de automóveis e comerciais leves emplacados no período (1.950.889, segundo a Fenabrave). (Associação Brasileira do Veículo Elétrico – 15.01.2021)

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6 Saída da Ford: consequência de um processo amplo

A saída da FORD não é um evento, mas um processo que já estava em movimento a algum tempo. Um dos vetores destacados é o fato de o setor automotivo está sendo redesenhado no mundo todo. De um lado, uma pressão cada vez maior por veículos movidos por combustíveis limpos e renováveis, como os VEs. De outro, uma sociedade que cada dia mais enxerga os veículos como um serviço. Com todo esse cenário no mundo e no Brasil, a empresa não ficaria parada. Assim, a empresa está se movendo em direção a produção de VEs e de energia limpa, ao mesmo tempo que adequa sua produção a nova demanda existente e enxuga o número de modelos, fábricas, operações. Também nos EUA e na Europa a empresa fechou fábricas e encerrou a circulação de alguns modelos, sobretudo os populares. (O Estado de São Paulo – 15.01.2021)

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7 Saída da Ford: Brasil fora do mapa da reestruturação do setor

A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil despertou forte reação no país. A Ford justificou a decisão pela necessidade de cortar custos. Indústrias se queixam da elevada carga tributária brasileira e analistas falam dos desafios que o setor automobilístico enfrenta em um mundo que demanda cada vez mais máquinas eficientes e de energia limpa. A realidade tem um pouco de cada um desses elementos. A reestruturação da produção automobilística global e as dificuldades da Ford em lidar com ela têm um papel central em sua decisão. A indefinição da, ou falta de, política brasileira para o setor - embarcar no VE, ou em um híbrido com fonte limpa, como o álcool - joga também um papel importante. O país está ficando fora do mapa das transformações produtivas que marcarão o futuro desse mercado. A proteção às montadoras e os subsídios claramente deixaram de produzir resultados relevantes - o modelo se esgotou. (Valor Econômico – 15.01.2021)

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8 Brasil: pressão do mercado para impulso nos VEs

As matrizes das montadoras instaladas no Brasil estão migrando para o carro elétrico. Como trabalham com modelos mundiais, fará cada vez menos sentido manter modelos e tecnologias defasadas que não combinem com as dos seus principais mercados. O brasileiro já tem a sua disposição VEs das montadoras Audi, BMW, BYD, Chery, Chevrolet, JAC, Jaguar, Mercedes, Nissan, Porsche, Renault e Tesla. O mais barato é o pequeno hatch JAC iEV20, que custa R$ 140 mil. Os modelos mais caros passam de meio milhão de reais. Ou seja, o preço é uma fortíssima barreira de popularização dos VEs. No mercado internacional, o equilíbrio entre os preços de VEs e equivalentes a combustão deve ser atingido em até dez anos. Por isso, incentivos para o comprador também seriam bem-vindos e justificados pelos ganhos ambientais dos VEs. Na China, por exemplo, quem compra um VE recebe um incentivo do governo que pode chegar a US$ 10 mil para abater no valor do veículo. (O Estado de São Paulo – 18.01.2021)

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9 ABRAVEI: VEs irão expandir significativamente

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), Rodrigo de Almeida, afirmou que os custos de produção de veículos elétricos estão caindo, enquanto a infraestrutura de recarga está se expandindo. Por isso, ele aposta que nesta década que veremos uma grande expansão dos elétricos. (O Estado de São Paulo – 20.01.2021)

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10 Brasil: indústria automobilística deve encolher nos próximos anos

A indústria automobilística brasileira tem problemas específicos, para além dos entraves da indústria como um todo, que vêm do modelo adotado desde sua origem, com pouca especialização. Esse perfil dificulta o ganho de escala, essencial nesse setor, e provoca preços elevados e falta de competitividade. A análise é do economista Samuel Pessôa, pesquisador associado do Ibre/FGV e sócio diretor do Julius Baer Family Office. Ele alerta que essa situação se torna ainda mais intensa neste momento, de transformação da indústria automobilística em todo o mundo. Ele acredita que a indústria automobilística brasileira deve encolher nos próximos anos, em uma proporção maior do que a esperada para o movimento no mundo todo, em função da revolução do carro elétrico. A única alternativa para escapar dessa tendência seria seguir com aumento das tarifas de importação, mas isso não faz sentido, diz, e é preciso reconhecer que a estratégia para o setor deu errado. (Valor Econômico – 15.01.2021)

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11 ABVE: instalação de eletropostos é prioridade

A ampliação do número de eletropostos nas estradas é uma das prioridades da ABVE em 2021. Hoje, o Brasil tem em torno de 350 pontos de recarga em rodovias e locais públicos, como shoppings e postos de combustível, segundo o aplicativo da Tupinambá Energia, startup focada em infraestrutura para VEs. Em novembro, a associação preparou a Carta da ABVE pela Eletromobilidade, que propõe um conjunto de medidas de apoio ao transporte sustentável nas cidades. A Carta foi enviada aos principais candidatos a prefeito de 14 capitais brasileiras, antes das últimas eleições. Entre os que apoiaram o documento estão os prefeitos reeleitos de São Paulo, Bruno Covas, e de Curitiba, Rafael Greca, e o senador Jean Paul Prates, ex-candidato a prefeito de Natal (RN). (Associação Brasileira do Veículo Elétrico – 15.01.2021)

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12 EDP: cada vez mais relevância na infraestrutura de recarga

A EDP se consolida cada vez mais como protagonista do desenvolvimento do setor de mobilidade elétrica no País. Um marco desse processo ocorreu em 2018, quando a empresa inaugurou um corredor de abastecimento de VEs entre Rio e São Paulo, em parceria com a BMW e a Ipiranga. Instaladas ao longo de 430 km da Rodovia Presidente Dutra, as estações de recarga viabilizam a viagem de motoristas com VEs entre as duas capitais mais populosas do Brasil. Com 50 pontos de carregamento públicos ativos no País, a EDP projeta triplicar esse número até o final de 2022. Outras iniciativas de expansão da infraestrutura de abastecimento e do uso de VEs no País envolvem uma série de parcerias estabelecidas recentemente com organizações relevantes do ecossistema de mobilidade no Brasil, como a Rede Graal, a locadora Unidas e as montadoras JAC, Volkswagen, Audi e Porsche. (O Estado de São Paulo – 20.01.2021)

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13 Eletrovia da Copel dobra número de recargas em 2020

A eletrovia da Copel quase dobrou o número de recargas de veículos elétricos, de 330 em 2019 para 600 em 2020. A maior parte das recargas está concentrada na estação de Curitiba, localizada no polo da Copel da BR-277, no Mossunguê, com 230 abastecimentos em 2019 e 370 em 2020. O consumo de energia elétrica aumentou em cerca de 6,5 vezes no ano passado em relação a 2019, totalizando 19 mil kWh. “Isso se deve ao fato de que o total de energia entregue individualmente cresceu, por conta da presença de veículos puramente elétricos com maior capacidade de bateria”, analisou o engenheiro eletricista da Copel, Zeno Nadal, responsável pelo projeto da eletrovia. A média de recargas fica na faixa de 20 kWh, o que dá uma autonomia média ao veículo de 200 km, a um custo estimado de R$ 17. As recargas não são cobradas do usuário, já que a eletrovia é um projeto de pesquisa e desenvolvimento e os custos são subsidiados com recursos do projeto. (Brasil Energia - 21.01.2021)

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14 Brasil: DHL amplia frota de VEs comerciais

A DHL, uma das líderes globais em logística, adquiriu recentemente mais 5 VEs Renault Kangoo Z.E.., ampliando sua frota no Brasil para 25 veículos totalmente elétricos. Com mais esta negociação, a Renault chega ao patamar de mais de 350 veículos comerciais com propulsão 100% elétrica circulando nas ruas brasileiras. Enquanto isso, a DHL Supply Chain planeja triplicar sua frota totalmente elétrica nos próximos anos.O Kangoo Z.E. possui autonomia de 200 km e capacidade de carga de 670 kg. Para recarga, a DHL dispõe de pontos especiais em Louveira (SP) e em Duque de Caxias (RJ). Os VEs são destinados a entregas urbanas, de pequenos volumes e baixa concentração, sendo utilizados especialmente em caixaria com destino a shoppings, lojas de rua e farmácias. (Inside EVs – 20.01.2021)

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15 Ambev faz parceria com a FNM para a compra de mil caminhões elétricos

A Ambev fechou mais uma parceria para a compra de mil vans e caminhões elétricos, desta vez com a Fábrica Nacional de Mobilidade (FNM). As empresas não divulgaram dados de investimento. A fabricante de bebidas já tinha um acordo de intenção de compra de 1,6 mil caminhões elétricos da Volkswagen Caminhões e Ônibus. Os dois projetos estabelecem o fim de 2023 como prazo de entrega de todos os veículos, ano em que a Ambev pretende ter a maior parte da frota de distribuição (hoje de 5,3 mil veículos) movida a energia limpa. Segundo a companhia, esta é mais uma iniciativa para reduzir em 25% a emissão de CO2 em toda sua cadeia em cinco anos, compromisso assumido em 2018. (O Estado de São Paulo – 21.01.2021)

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16 Caminhão elétrico JAC será testado por clientes em SP

A JAC Motors Brasil anunciou a entrega para duas empresas das primeiras unidades do caminhão elétrico da marca, o iEV1200T, com PBT de 7,5 toneladas. Os modelos serão avaliados em operações urbanas. A PepsiCo, empresa de produtos alimentícios, recebeu dez unidades do modelo elétrico e vai testá-los em suas entregas na capital paulista. De acordo com a JAC, a companhia estuda substituir toda a sua frota de caminhões leves a fim de reduzir a emissão de CO2 e vê no modelo da montadora chinesa uma alternativa. Já a DHL optou por adquirir uma unidade do caminhão elétrico da JAC para testes e análises de desempenho e de custo operacional e, segundo a representante brasileira da montadora, não descarta adquirir outras unidades em breve. (Automotive Business – 21.01.2021)

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17 Reino Unido deve acelerar eletrificação de veículos

Pelos dados coletados por uma ferramenta online, 129 828 VEs estavam registrados no Reino Unido. Isso equivale a 513 habitantes por carro elétrico em funcionamento. Certamente não é um número ruim, porém, devido ao prazo proposto para a suspensão total de vendas de carros à combustão até 2030, esse processo deve ser acelerado. O Reino Unido ficou em 17° lugar em um grupo de países investigados na questão de número de carros elétricos, ficando atrás de países como a França (192 008), Alemanha (158 309) e Suécia (133 308). Mesmo que os preços de VEs estejam cada vez mais competitivos, é possível que mais incentivos sejam necessários para cumprir com o prazo de 2030, devido às consequências financeiras causadas pelo COVID-19. (Car Wow – 21.01.2021)

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18 Grécia: pouca participação no mercado de VEs

Cyprus, Grécia e Latvia são atualmente os países com menos VEs em funcionamento na Europa. Porém, a Turquia é o país com menos VEs por pessoa. O top 5 de países com menos veículos elétricos por pessoa tem em 1° Turquia (54 959,7 pessoas por VE), 2° Grécia (19 109,7 pessoas por VE), 3° Polônia (9 602,9 pessoas por VE), 4° Romênia (5 818,3 pessoas por VE) e em 5° Croácia (5 558,9 pessoas por VE). Mesmo a tecnologia dos carros elétricos estando cada vez mais difundida e acessível, um longo percurso ainda deve ser percorrido para substituir os veículos a combustão. (Car Wow – 21.01.2021)

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19 BMW: meta de dobrar vendas de VEs este ano

A BMW planeja quase dobrar o número de VEs que oferece para 25 modelos até 2023. Mais da metade deles serão totalmente elétricos. A marca também disse que, incluindo os híbridos plug-in, visa um aumento de 50% nas vendas de VEs em relação a 2020. Em dados de 2020, a montadora disse que vendeu quase 193.000 VEs. A BMW disse ainda que suas vendas globais de VEs aumentaram 32% em 2020 e responderam por 15% de suas vendas na Europa, ajudando a empresa a cumprir suas metas de emissões da UE para o ano passado. (Automotive News Europe – 15.01.2021)

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20 Grupo VW: VEs desaceleram queda nas vendas de 2020

O Grupo Volkswagen disse que as vendas mais altas de veículos híbridos ajudaram a compensar a queda na demanda em seus mercados globais em 2020, causada pela pandemia de coronavírus. Em novembro, a marca disse que aumentaria o investimento em tecnologias futuras, incluindo eletrificação, para cerca de 73 bilhões de euros (US $ 86 bilhões), ou metade do orçamento de 150 bilhões de euros da empresa até 2025. As entregas globais de veículos caíram 15% para 9,3 milhões no ano passado, disse a VW em um comunicado, enquanto as vendas de carros totalmente elétricos das marcas VW, Audi e Porsche triplicaram para 231.600. O ID3 foi o modelo a bateria mais vendido do grupo, seguido pelo Audi e-tron. As vendas de veículos híbridos plug-in aumentaram 175%, para 190.500. As entregas de veículos totalmente elétricos e plug-in responderam por 11% das vendas do grupo na Europa Ocidental no ano passado, ante 1,9% em 2019. (Automotive News Europe – 15.01.2021)

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21 Tesla começa a vender Model Y na China

A fabricante americana de veículos elétricos Tesla realizou, nesta segunda-feira, a primeira entrega de seu crossover Model Y, fabricado na China, a compradores de Xangai, segundo a agência de notícias estatal Xinhua News. A entrega marca a entrada da empresa americana no maior mercado mundial de automóveis. A Tesla não respondeu a perguntas sobre as entregas. Também não está claro quantas unidades já foram produzidas e entregues na China. O Model Y é o segundo veículo da Tesla a ser produzido em Xangai depois do sedã Model 3, que começou a ser comercializado na China há um ano. O Model 3 foi o carro elétrico mais vendido na China em 2020, com mais de 138 mil unidades entregues, de acordo com a uma associação de veículos chinesa. O governo chinês definiu uma meta para os carros elétricos atingirem 20% das vendas de veículos até 2025, o que equivale a cerca de 5 milhões de unidades. (Valor Econômico – 18.01.2021)

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22 Califórnia: vendas da Tesla saltam 63% no 4° tri

Os licenciamentos de veículos da Tesla no Estado norte-americano da Califórnia aumentaram quase 63% durante o quarto trimestre, em comparação com o ano anterior, em grande parte devido ao sucesso do Model Y, de acordo com dados da empresa de pesquisa Cross-Sell. A montadora reportou um número de entregas melhor do que o esperado em 2020, impulsionado por um aumento constante na adoção de VEs, embora tenha ficado pouco abaixo de sua ambiciosa meta de meio milhão de unidades. O relatório revelou a quantidade de emplacamentos na Califórnia, que se recuperou de uma baixa do terceiro trimestre de cerca de 16.200 veículos para cerca de 22.117 veículos nos três meses encerrados em dezembro. O total de licenciamentos da Tesla no quarto trimestre nos 23 Estados dos EUA, onde os dados foram coletados, foi de 44.749, com o Model Y respondendo por quase metade dos registros. (O Estado de São Paulo – 21.01.2021)

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Meio Ambiente

1 Etanol pode ser fonte de energia para recarga de VEs

Nos últimos meses, o presidente da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, reuniu-se com produtores de etanol e visitou usinas. Das conversas com o setor surgiram novos planos para o etanol. O executivo acredita que o potencial do combustível derivado da cana de açúcar pode ir muito além do seu uso nos motores a combustão, como funciona hoje na maior parte da frota brasileira. Indústria e usinas começam a discutir a possibilidade de a energia gerada a partir do etanol servir para carregar as baterias de VEs. Trata-se de um passo além, também, do uso do etanol no carro híbrido. A ideia, agora, é fazer com que o etanol seja mais uma fonte de geração de energia. Ele afirma que é importante não só ter o VE, como abastecê-lo, e o etanol pode ser uma solução. A tecnologia não existe hoje, mas com pesquisas, na visão do executivo, será possível alcançar isso. “Precisamos estudar como transformar esse etanol e abastecer o carro elétrico, não só no Brasil, mas nos EUA, na China”, disse. (Valor Econômico – 22.01.2021)

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2 Caminhão elétrico com painéis solares

A Renault Trucks lançou recentemente mais um modelo de caminhão totalmente elétrico D Wide ZE na Suíça, posteriormente adquirido pelo transportador local Rhyner Logistik, que fez uma adaptação para o caminhão com 26 painéis solares no teto para alimentar a unidade de refrigeração do veículo. Este sistema é particularmente adequado para transporte com temperatura controlada, porque é quando as temperaturas externas são altas - e o sol é, portanto, forte - que o resfriamento é mais necessário. Naturalmente, seria ótimo alimentar todo o veículo dessa forma, mas isso não acontecerá mesmo se os painéis tiverem 100% de eficiência. Para rodar, ele deve recarregado com uma fonte externa de eletricidade, com maior capacidade. (Inside EVs – 17.01.2021)

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3 Renault: VEs para compartilhamento 95% reciclável

Nessa semana, a Renault apresentou o EZ-1, um VE de dois lugares e totalmente reciclável, projetado para atender às demandas de compartilhamento nas cidades. Equipado com tecnologia de troca de bateria (semelhante ao modelo da chinesa NIO), permite a troca instantânea da bateria descarregada para evitar as paradas para recarga. Além de verde em termos de trem de força, o EZ-1 é feito com 50% de materiais reciclados e, quando chegar ao fim de sua vida útil, será 95% reciclável. Para esse processo, os carros serão levados para a fábrica francesa em Flins, onde a Renault irá reformar todos os seus modelos. O Mobilize colocará o EZ-1 em serviço a partir de 2023, mas começará suas operações ainda neste ano. (Inside EVs – 16.01.2021)

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4 Caminhão elétrico da FNM evita emissão de 126 mil kg de CO2

A FNM e a Agrale empresa brasileira que produzem motores e também caminhões leves, no caso da Agrale, se uniram para produzir caminhões elétricos. De acordo com os fabricantes, cada caminhão elétrico da FNM com capacidade para 18 toneladas de carga deixará de emitir 126 mil kg de CO2 por ano. A Ambev recebeu dois caminhões para testes e a produção em série começa em fevereiro ou março. Eles têm autonomia programada para rodar 100 Km sem reabastecimento, mas podem chegar a 500 km. A recarga será feita em até quatro horas por carregadores instalados nos centros de distribuição da Ambev, que operam também com energia solar. (O Estado de São Paulo – 21.01.2021)

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5 Caminhão elétrico JAC custa menos e reduz emissão de GEE

Com autonomia para 200 km, o caminhão iEV1200T possui baixo custo operacional, principalmente por conta do plano de manutenção. Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, afirma que o veículo é até seis vezes mais barato que um equivalente convencional. A redução na emissão de poluentes e GEE é outro importante aspecto destacado por Habib: “Numa conta rápida, um caminhão movido a diesel emite 500g de CO2 por km rodado, o que se transforma em 20 toneladas de CO2 por ano ao percorrer 40 mil km, enquanto o iEV1200T não emite nada”, explicou o empresário. (Automotive Business – 21.01.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Principais vantagens de um VE

O principal ponto favorável dos VEs certamente é ambiental. Isso se reflete até na saúde da população. Especialistas estimam que a expectativa de vida média do americano deve aumentar em 14 meses pela simples eletrificação da frota automobilística, graças à diminuição dos poluentes no ar. A redução na emissão de GEE também colabora com a queda da temperatura média global. Outra vantagem é que, apesar de os carros serem mais caros que os equivalentes a combustão, há uma economia a médio prazo. E ela não acontece apenas por deixar consumir gasolina: a manutenção dos VEs tende a ser mais barata, pois seus motores são mais simples e não têm componentes de alto desgaste dos motores à combustão. Tem que rodar muito para que as economias dessa tecnologia paguem a diferença no custo do veículo, mas temos também que levar em consideração os outros ganhos, não-financeiros, na decisão. (O Estado de São Paulo – 18.01.2021)

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2 Postos de gasolina sobreviverão por muitos anos

Os postos de gasolina continuarão ocupando as esquinas das cidades por muito tempo. Especialistas estimam que será assim, no mínimo, até 2050, especialmente em países em desenvolvimento, que não incentivam a eletrificação e permanecerão com o legado de uma frota envelhecida e movida a gasolina. É o caso do Brasil. Tampouco podemos ignorar o lobby da indústria petrolífera, que obviamente não tem nenhuma pressa em ver a frota de veículos se eletrificando. Por aqui, quem puxa esse cordão é a Petrobrás. Metade da produção atual da Petrobrás, por exemplo, é de gasolina e diesel para transporte rodoviário. Outra coisa que ajuda a manter essa indústria é a melhora na eficiência dos carros atuais, com motores a combustão menores e mais econômicos, sem sacrificar a performance. A indústria petrolífera, por sua vez, melhora a qualidade de seus combustíveis, tornando-os menos poluentes. (O Estado de São Paulo – 18.01.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Lara Moscon, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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