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IFE: nº 5.274 - 15 de junho de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Webinar GESEL/CanalEnergia: “Apagão 20 anos depois: a história pode se repetir?”
2 GESEL palestra no Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN/CIRJ
3 Conta de luz vai subir de novo, com reajuste de mais de 20% da bandeira tarifária
4 Conta de luz mais cara deve prosseguir no ano que vem
5 MP da Eletrobras é inconstitucional e jabutis prejudicam Nordeste, diz consultoria do Senado
6 Requerimento para excluir jabutis de MP da Eletrobras é apresentado no senado
7 Senado pauta a data da votação para a MP da Eletrobras
8 Agentes dizem que MP da Eletrobras pode comprometer modernização do setor elétrico
9 Emenda na MP da Eletrobras sobre Furnas deve ser aprovada
10 Indústria quer desconto para mudar horário de produção
11 Aneel fixa valores referentes à CDE e Proinfa para transmissoras
12 Nota da Aneel sobre cobranças indevidas: não existe valor indevido pago pelos consumidores às transmissoras
13 Aneel autoriza operação comercial e em teste de 13,97 MW
14 Mercado de Capacidade está no foco da edição do Interligados desta semana

Empresas
1 Empresas disputam por usinas colocadas à venda pela EDP Brasil
2 Conselho da Alupar aprova participação em leilões
3 EDP Brasil vai pagar R$ 585,6 mi em dividendos
4 EDP antecipa energização de linha de transmissão em SC
5 CPFL finaliza três projetos de P&D com a UFSM
6 Programa no Paraná conclui 4,3 mil quilômetros de redes trifásicas
7 Programa vai acelerar projetos hídricos inovadores no semiárido
8 Neoenergia amplia entrega de refrigeradores científicos para vacinas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 CCEE: valor médio do PLD para 14 de junho sobe em todos os submercados
2 CCEE: produção de energia para atender ao SIN aumentou 12,5% em maio
3 Consumo de energia cresce 12,4% no mês de maio em relação a 2020, diz CCEE

4 MME determina redução das vazões de Jupiá e Porto Primavera

5 Reservatórios do Norte começam a semana com 84,5%

6 Margem direita do Amazonas “seca” e reduz geração

Mobilidade Elétrica
1 Reunião do G7 decepciona com apoio 'vago' para carro elétrico
2 Investimento em caminhão elétrico Volks soma R$ 150 mi
3 Startup chinesa NIO tem o 1° veículo elétrico aprovado na Europa
4 Toyota planeja atingir neutralidade de carbono em 2035

5 Honda aposta em híbrido
6 Carro movido à célula de combustível da Nissan pode chegar ao mercado em até 15 anos
7 Eve faz parceria com startup de Cingapura com foco na região da Ásia e Pacífico

Inovação
1 Impulsionando o mercado de hidrogênio europeu com regulamentação eficaz
2 Portugal: Galp construirá usina de hidrogênio verde para descarbonizar refinaria
3 Irlanda: projeto de eletrolisador para desenvolver economia do H2 e tratar águas residuais
4 Orçamento do estado de Queensland (Austrália) indica um futuro próspero da economia de H2

5 Largo Resources vai comercializar baterias de vanádio
6 Startup lança plataforma para conectar consumidores às soluções do setor
7 ITE atua na manutenção preditiva de motores assíncronos usando inteligência artificial
8 Artigo sobre estratégias para uma transição do gás natural para o hidrogênio

Energias Renováveis
1 Bancos aquecem disputa por crédito à pessoa física para projetos de energia solar
2 Indústria de plástico investe em solar e reduz custos em 70%
3 EDP Brasil conclui compra de uma plataforma de investimento em geração solar
4 EDP e Grupo NotreDame Intermédica assinam contrato para construção de usinas solares

5 De olho mercado solar por assinatura, Solar21 foca em setor residencial
6 Aneel registra DRO para 1,992 GW em projetos de geração solar e eólica
7 Ministério enquadra projetos eólicos da Eólica Caetité no Reidi
8 IEA dá as boas-vindas aos compromissos zero líquidos do G7

9 COP26 relata que o mundo não está instalando energia eólica no ritmo necessário

10 Espanha: seus dados em geração de energia eólica e solar

11 Primeira usina eólica em escala comercial do Sudão

Gás e Termelétricas
1 Contratação de térmicas prevista na MP da capitalização da Eletrobras gera economia de R$ 8 bi, diz Abegás
2 Parada em campo de gás da Petrobras pode piorar crise energética

Economia Brasileira
1 Folga no teto de gastos em 2022 pode ser totalmente ‘consumida’
2 Inflação de famílias mais pobres é maior do que a das mais ricas pelo 2º mês seguido, diz Ipea

3 Itaú prevê baixo risco de racionamento em meio à crise hídrica
4 Mercado vê chance maior de elevação de 1 ponto na Selic
5 IBC-Br “decepciona”, mas mantém expectativa de retomada da economia
6 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Webinar GESEL/CanalEnergia: “Apagão 20 anos depois: a história pode se repetir?”

Acontece no próximo dia 23/06, às 10h30, o Webinar “Apagão 20 anos depois: a história pode se repetir?”, uma parceria entre o GESEL e a Agência CanalEnergia. O evento, que tem como objetivo analisar a situação hídrica que o Sistema Elétrico Brasileiro (SEB) enfrenta em 2021, terá moderação do coordenador do GESEL, Prof. Nivalde de Castro. Os palestrantes já confirmados são Reive Barros (ex-secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME), Luiz Eduardo Barata Ferreira (ex-diretor-geral do ONS) e Dorel Soares Ramos (Professor Doutor da USP). Inscreva-se: https://forms.gle/d1iXUfrLUTiZBtNh7 (GESEL-IE-UFRJ - 15.06.2021)

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2 GESEL palestra no Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN/CIRJ

O GESEL participa, nesta quinta-feira, dia 17 de junho, da reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN/CIRJ. O encontro, realizado através de videoconferência, terá apresentação do Coordenador do GESEL, Prof. Nivalde de Castro, com o tema “A Crise Energética e os Impactos Sobre o Consumidor Industrial”. (GESEL-IE-UFRJ – 15.06.2021)

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3 Conta de luz vai subir de novo, com reajuste de mais de 20% da bandeira tarifária

As contas de luz devem ficar mais caras neste ano, diante da pior crise hídrica na região das hidrelétricas dos últimos 91 anos e do acionamento de usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia. A Aneel vai aumentar os valores das bandeiras tarifárias, uma sobretaxa que é acionada quando o custo da geração de energia sobe. O patamar mais alto desse sistema deve subir mais de 20%. A conta das bandeiras já registra um rombo de R$ 1,5 bilhão neste ano. Em entrevista o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que os valores ainda não foram definidos, mas a decisão será tomada nas próximas semanas. A bandeira tarifária é um adicional cobrado nas contas de luz para cobrir o custo da geração de energia por termelétricas, o que ocorre quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo. O mecanismo também serve para o consumidor ficar ciente do custo da geração de energia, ao dividir o sistema em três cores: verde, amarela e vermelha (que tem dois patamares). A previsão de analistas é manter a bandeira vermelha 2 até novembro, quando tem início o período de chuvas. (O Globo – 15.06.2021)

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4 Conta de luz mais cara deve prosseguir no ano que vem

A atual da crise hídrica e os baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas vão impactar os preços da energia elétrica no segundo semestre de 2021 e os efeitos podem se estender também para o próximo ano, tanto no mercado regulado quanto no mercado livre, apontam analistas. “Com certeza o segundo semestre deste ano vai ter o maior custo de despacho térmico da história. Nunca houve tanta necessidade de despacho de termelétricas na base como vai ocorrer nos próximos meses”, diz Eduardo Faria, sócio-fundador da comercializadora Mercurio Trading. Um ponto que gera insegurança nos preços da energia no mercado livre são questões estruturais na determinação do PLD que impedem que o índice reflita corretamente a crise hídrica, pois o modelo que determina o índice hoje leva em consideração previsões de vazões otimistas para as hidrelétricas e acaba demorando a contabilizar a necessidade de despacho das térmicas. Com isso, embora tenha havido um aumento do risco no mercado e maior uso das usinas termelétricas, o PLD ainda não está nos seus níveis máximos e o repasse do aumento dos custos tem ocorrido por meio de encargos. O diretor técnico da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Filipe Soares, explica que os consumidores não têm como prever ou como se proteger do aumento dos encargos. (Valor Econômico – 15.06.2021)

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5 MP da Eletrobras é inconstitucional e jabutis prejudicam Nordeste, diz consultoria do Senado

A MP que abre caminho para a privatização da Eletrobras é inconstitucional, segundo avaliação da Consultoria Legislativa do Senado. O órgão é o responsável por fazer análises críticas e orientar os senadores a se posicionarem em relação a propostas e projetos de lei. A previsão é que a MP seja votada nesta quarta-feira, 16, pelo plenário, mas ainda não há acordo para aprovação. O texto precisa do aval do Congresso até o dia 22, ou perderá validade, o que impediria o governo de dar andamento aos planos de privatização. Segundo a consultoria, “tanto a privatização da Eletrobras quanto a prorrogação das concessões de geração são inconstitucionais”, uma vez que a Constituição exige a realização de licitação tanto de estatais quanto de usinas. “Logo, em obediência ao princípio da legalidade, a Administração Pública não pode adotar casuisticamente o aumento de capital mediante subscrição pública de ações, um instrumento do Direito Societário, como se licitação pública fosse”, diz a nota, em relação ao modelo de privatização escolhido pelo governo. Se receber autorização do Congresso, a Eletrobras fará uma nova oferta de ações e o governo reduzirá sua participação, hoje em torno de 60%, para menos de 50%. Com isso, deixará o controle da empresa. (O Estado de São Paulo – 14.06.2021)

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6 Requerimento para excluir jabutis de MP da Eletrobras é apresentado no senado

O senador Alvaro Dias apresentou requerimento para solicitar a exclusão de alguns pontos da Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras. Pelo documento, também assinado pelo senador Flávio Arns, o parlamentar questiona os "jabutis" - como são chamados os trechos estranhos à proposta original enviada pelo Executivo - aprovados pela Câmara. Entre os pontos questionados, está o que obriga o governo a contratar 6 mil megawatts (MW) em térmicas a gás, mesmo em locais sem reservas e infraestrutura para escoar o insumo. Os senadores também pedem a exclusão dos trechos que permitem a criação de uma reserva de mercado para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e a renovação das usinas contratadas no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). O argumento é de que os temas não têm correlação direta com o conteúdo original da MP editada pelo governo federal. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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7 Senado pauta a data da votação para a MP da Eletrobras

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu pautar a Medida Provisória da Eletrobras para votação na quarta-feira, 16, apesar da reação contrária ao conteúdo da proposta aprovada na Câmara. Em comunicação enviada a senadores, a presidência da Casa incluiu a MP na pauta do plenário. Tecnicamente, a medida pode sair da pauta, mas essa não é a intenção de Pacheco. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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8 Agentes dizem que MP da Eletrobras pode comprometer modernização do setor elétrico

A aprovação da Medida Provisória 1031, que permite a capitalização da Eletrobras junto a vários outros itens alheios à venda, pode comprometer a modernização do setor elétrico, que deveria ser feita antes da oferta das ações da estatal, avaliaram agentes do setor, que apoiam a privatização da empresa, mas não agora, e não da maneira que está sendo proposta. Para eles, o melhor seria abandonar o atual projeto e começar novamente em um momento mais favorável, e após audiências públicas para discutir o tema com a sociedade. Já o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), hoje diretor da Neal, Negócios de Energia, Edvaldo Santana, o momento é péssimo para a venda, por se tratar da empresa que mais possui hidrelétricas no País, em um momento de crise hídrica, sem perspectivas de melhora. De acordo com o coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Idec, Clauber Leite, a conta será paga pelo consumidor, já que a MP atropela todo o conhecimento científico por decisões tomadas nos bastidores dos gabinetes dos deputados, onde existem interesses alheios ao bom funcionamento do sistema. (Broadcast Energia – 14.06.2021)


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9 Emenda na MP da Eletrobras sobre Furnas deve ser aprovada

Com o agravamento da crise hídrica, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tem manifestado a interlocutores incômodo com a intenção do governo de reduzir o reservatório da hidrelétrica de Furnas, no Sul de Minas Gerais, e priorizar o uso da água para energia elétrica. Pacheco quer incluir uma emenda na MP da Eletrobras que fixa uma cota mínima para a usina, cujo reservatório banha municípios que exploram as águas para turismo, piscicultura, agricultura e irrigação. O senador foi articulador de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada no âmbito da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que fixou a cota da usina em 762 metros. Na semana passada, líderes partidários aumentaram a reação contra a matéria e chegaram a ameaçar derrubar a proposta. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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10 Indústria quer desconto para mudar horário de produção

Em meio à pior crise hídrica em 91 anos e ao temor crescente de racionamento no segundo semestre, o esboço de um novo mecanismo foi levado ao MME com a ideia de remunerar grandes consumidores industriais que aceitem diminuir a demanda em momentos considerados mais críticos para o atendimento da carga pelo ONS. Em condições normais, costuma-se gerar em torno de 5% mais do que a demanda. Esse excedente, conhecido como “reserva girante” no setor, funciona como uma espécie de backup para imprevistos na operação. Sem a reserva, pode-se até evitar um racionamento, mas o sistema caminha no fio da navalha e fica mais sujeito a apagões durante picos de demanda. O que a indústria propõe para aliviar os horários de ponta é um mecanismo voluntário, de fácil implementação, desburocratizado. “Tem que ser algo muito simplificado, como uma adesão automática para os agentes que estão no mercado. Se não, a governança das empresas talvez não permita a agilidade adequada para as decisões”, diz Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, que entregou a proposta. O MME confirmou o recebimento da proposta da Abrace e informou, por sua assessoria, que fará reuniões com outros órgãos do setor elétrico para discuti-la. (Valor Econômico – 15.06.2021)

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11 Aneel fixa valores referentes à CDE e Proinfa para transmissoras

A Superintendência de Gestão Tarifária da Aneel definiu os valores das quotas referentes ao encargo da CDE de abril deste ano, relativos às concessionárias de transmissão que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do SIN. O valor total é de R$ 78.751.549,29 e o prazo para recolhimento será até o dia 10 de julho de 2021. Outra decisão do regulador foi fixar os valores das quotas de custeio referentes ao Proinfa, para o mês de agosto, relativos às concessionárias do serviço público de transmissão de energia elétrica que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do SIN e as quotas definidas no Anexo do Despacho deverão ser recolhidas à Eletrobras até 10 de julho, para um valor total de R$ 26.627.605,39. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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12 Nota da Aneel sobre cobranças indevidas: não existe valor indevido pago pelos consumidores às transmissoras

A respeito de reportagem publicada na edição deste domingo (13/6) da Folha de S. Paulo, a Aneel esclarece que é completamente sem fundamento e respaldo técnico ou legal a afirmação de que erro de cálculo teria onerado indevidamente o consumidor de energia elétrica. Não existe qualquer valor indevido pago pelos consumidores às transmissoras, relativo aos cálculos de remuneração da base de ativos do segmento de transmissão anteriores a dezembro de 2000. A MP 579, de 2012, estabeleceu que os bens das concessões de transmissão anteriores a 31 de dezembro de 2000 encontravam-se inteiramente amortizados ou depreciados. Ainda em 2012, outra MP, a 591, reconheceu que esses mesmos ativos de transmissão não estavam totalmente depreciados ou amortizados. Atendendo a comando do governo federal, estabelecido pela portaria MME 267, de agosto de 2013, a Aneel realizou, entre 2013 e 2016, levantamento dos valores desses bens não amortizados ou depreciados apontados na MP 591. O resultado identificado foi de R$ 36 bilhões (base junho de 2020). Esse valor deve ser pago em oito anos, a partir de receita anual, considerando a remuneração de capital e a depreciação. (Aneel – 13.06.2021)

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13 Aneel autoriza operação comercial e em teste de 13,97 MW

A Superintendência de fiscalização da Aneel autorizou o início da operação comercial e em teste de 13,97 MW de energia elétrica, dividido entre PCH e uma usina eólica. A agência reguladora autorizou a operação em teste de uma unidade geradora do parque Ventos de Santa Martina 9, de 4,2 MW cada, de propriedade da Ventos de Santo Artur Energias Renováveis, localizada em Riachuelo e Ruy Barbosa, no RN. A PCH Bela Vista, de propriedade da Bela Vista Geração, recebeu autorização da Aneel para operar de forma comercial uma unidade geradora de 9,774 MW. A usina está localizada em São José e Verê, no Paraná. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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14 Mercado de Capacidade está no foco da edição do Interligados desta semana

Ampliar a confiabilidade do SIN e garantir o abastecimento da população é uma preocupação constante no planejamento do setor elétrico. Um desafio que ganha novas complexidades com a participação cada vez maior das fontes intermitentes na matriz, com a frustração no crescimento do consumo de energia e com a tendência de abertura do mercado livre para os consumidores de menor porte. Como forma de lidar com as dificuldades do cenário de oferta de potência, surgem, então, as propostas de separação de lastro e energia, em desenvolvimento pela EPE, e de criação do mercado de capacidade, instituído pelo governo no decreto 10.707 de maio deste ano. O MME já abriu uma Consulta Pública para contribuição dos agentes a respeito da contratação de reserva de capacidade considerando a necessidade de potência do Sistema. A iniciativa é convergente com o tema estratégico da CCEE para 2021, que trata da criação do mercado de capacidade. (CCEE – 14.06.2021)

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Empresas

1 Empresas disputam por usinas colocadas à venda pela EDP Brasil

Um total de 10 empresas estão interessadas nas usinas hidrelétricas Santo Antônio do Jari, Cachoeira Caldeirão e Mascarenhas, da EDP Brasil, que colocou todo seu portfólio de geração hídrica à venda para dar prioridade à geração solar. Segundo analistas, a prioridade da EDP Brasil no país será a geração distribuída e a transmissão de energia. “É muito difícil construir hidrelétricas no Estado de São Paulo”, afirma o analista da Mirae Asset Fernando Bresciani. “A AES está investindo em energia alternativa no Nordeste, principalmente em eólica. Comprar uma hidrelétrica pronta faz todo sentido para ela e para a Cesp.” Eneva, AES Brasil e Votorantim Energia teriam feito proposta pelos ativos, segundo o jornal Valor Econômico. (O Estado de São Paulo – 15.06.2021)

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2 Conselho da Alupar aprova participação em leilões

O conselho de administração da Alupar aprovou por unanimidade a participação da companhia no Leilão 01/2021 da Aneel, de transmissão de energia, que prevê a construção, montagem, operação e a manutenção das instalações de transmissão, pelo prazo de 30 anos, contado da data de assinatura do contrato, de forma individualizada e/ou em consórcio. O leilão está marcado para o dia 30 junho. Na reunião, o conselho também aprovou a participação da companhia no Leilão A-3 (com início de suprimento em 1º de janeiro de 2024) e no leilão A-4 (com início de suprimento em 1º de janeiro de 2025), cujo objeto é a compra de energia elétrica de novos empreendimentos de geração, proveniente das fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e térmica a biomassa e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O certame está marcado para 25 de junho. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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3 EDP Brasil vai pagar R$ 585,6 mi em dividendos

A EDP Brasil comunicou que irá pagar R$585,6 milhões em dividendos aprovados a partir de 23 de junho de 2021. Deste total, R$ 162,4 milhões serão pagos como juros sobre capital próprio, equivalente a R$ 0,27 para cada ação ordinária, imputáveis aos dividendos, a serem pagos sem ajuste aos acionistas titulares de ações ordinárias da companhia na data-base de 04 de janeiro de 2021. O valor de R$ 423 milhões, equivalente a R$ 0,72 para cada ação ordinária, como dividendos a serem pagos sem ajuste aos acionistas titulares de ações ordinárias da companhia na data-base de 9 de abril de 2021. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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4 EDP antecipa energização de linha de transmissão em SC

A EDP Brasil informou que concluiu antecipadamente as etapas necessárias para a energização e integração ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de um dos dois trechos do Lote 21 de linhas de transmissão de energia. A empresa finalizou 180 km em duas linhas em níveis de tensão de 230 e 525 kV, além de concluir a subestação Siderópolis 2 da EDP Aliança, uma parceria entre a companhia e a Celesc. O empreendimento localizado em Santa Catarina foi entregue 14 meses antes do prazo estipulado pelo calendário da Aneel. Segundo a distribuidora, a conclusão antecipada do trecho irá gerar receitas adicionais, superando a expectativa de retorno prevista à época do leilão. Esta entrega representa uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 48,8 milhões, o equivalente a 25,4% da receita total. (Brasil Energia – 14.06.2021)

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5 CPFL finaliza três projetos de P&D com a UFSM

A RGE e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) finalizaram três de cinco projetos de Pesquisa e Desenvolvimento iniciados em 2016 e orçados em R$ 6,5 milhões pela CPFL Energia, que controla a distribuidora gaúcha. Os aportes envolveram inovações em eficiência energética e de gestão da operação da rede elétrica. O projeto contribuiu para a montagem de um laboratório vivo de testes das soluções desenvolvidas no Campus da UFSM, agregando medidores inteligentes de energia, religadores, bancos capacitores e até mesmo controle de sistema de iluminação pública, sendo toda esta infraestrutura coberta por uma rede de comunicação de longo alcance e baixo consumo de energia, chamada LoRaWan. Além disso, o estudo e conhecimento gerado resultou na publicação de mais de 30 artigos científicos da UFSM em eventos nacionais e internacionais, livros, teses de doutorado, dissertações de mestrado e dois registros de softwares no INPI. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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6 Programa no Paraná conclui 4,3 mil quilômetros de redes trifásicas

A Copel informou que o programa “Paraná Trifásico”, implementado pela distribuidora, concluiu 4.285 quilômetros de novas redes trifásicas de energia no estado, desde o início de sua operação. Ao todo, 198 municípios paranaenses foram beneficiados com o empreendimento. Até agora, o investimento no projeto foi de R$ 403 milhões do total de R$ 2,1 bilhões previstos até 2025. A expectativa da companhia é de que até o final deste ano sejam entregues 6,5 mil km de novas redes trifásicas, e que nos próximos cinco anos essa quantia passe para 25 mil km de extensão. O projeto visa alcançar todos os cantos do estado com as novas redes. Toda a espinha dorsal da rede de distribuição rural está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica existente. (Brasil Energia – 14.06.2021)

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7 Programa vai acelerar projetos hídricos inovadores no semiárido

A Votorantim Energia e o Instituto Votorantim lançam programa para acelerar iniciativas que contribuam com o enfrentamento da escassez hídrica no semiárido, incluindo melhoria do acesso à água e soluções de convivência com a seca. O Lab Água selecionará 20 organizações com soluções inovadoras para mitigar os problemas hídricos da Serra do Inácio, na divisa entre Pernambuco e Piauí. As inscrições podem ser feitas no site institutovotorantim.org.br/labagua até 29 de junho. Podem se inscrever projetos de pesquisa, startups, organizações sociais e outros tipos de empreendimentos. As interessadas precisam ter mínimo produto viável (MPV) validado ou em fase de validação para participar da mentoria online. Cinco delas receberão capital semente, no valor total de R$ 230 mil, para prototipar no território, com possibilidade de codesign com a comunidade. (Folha de São Paulo – 14.06.2021)

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8 Neoenergia amplia entrega de refrigeradores científicos para vacinas

Com o objetivo de contribuir com as campanhas de imunização contra a Covid-19, as distribuidoras da Neoenergia, Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN), Elektro (SP/MS) e Neoenergia Distribuição Brasília (DF), ampliaram as entregas de refrigeradores científicos para armazenar as doses das vacinas. A iniciativa foi iniciada em janeiro deste ano e passará a contar com um novo aporte, de aproximadamente R$ 3,4 milhões, para compra de novos equipamentos, totalizando mais de R$ 9,7 milhões para o projeto, em recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE) das distribuidoras, regulado pela Aneel. A campanha, também tem como objetivo reduzir o consumo de energia e entregar refrigeradores apropriados para armazenar vacinas. Com os novos refrigeradores, a economia total de energia esperada é de 976,96 MWh/ano, o que equivale ao consumo mensal de mais de 9.700 residências com um gasto médio de 100 kWh por mês. Os refrigeradores serão entregues para atender municípios na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo, além de passar a atender a capital federal. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 CCEE: valor médio do PLD para 14 de junho sobe em todos os submercados

O valor médio do PLD aumentou hoje em todos os submercados em relação à ontem, segundo dados divulgados pela CCEE. No Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, a alta foi de 7%, para R$ 285,27/MWh, enquanto no Nordeste e no Norte houve elevação de 6%, para R$ 284,81/MWh. A máxima do dia ficou em R$ 302,87/MWh no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, para a energia vendida às 18h. No Nordeste, o maior valor foi de R$ 294,80/MWh às 14h, e no Norte em R$ 298,23/MWh, às 18h. Já a mínima do dia ficou estabelecida em 246,78/MWh para todas as regiões, às 03h. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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2 CCEE: produção de energia para atender ao SIN aumentou 12,5% em maio

A geração de energia para atender ao SIN aumentou 12,5% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a CCEE. Segundo a CCEE, ao analisar a geração por fonte, houve crescimento em todas elas. As usinas hidrelétricas, principal matriz energética do Brasil, registraram alta de 4,1% (44.673 MW Méd), enquanto as usinas térmicas tiveram aumento de 36,1% (13.034 MW Méd). Já os parques eólicos subiram 37,8% (7.200 MW Méd) e as fazendas solares, como são conhecidas as usinas fotovoltaicas, registraram elevação de 15,7% (764 MW Méd). (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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3 Consumo de energia cresce 12,4% no mês de maio em relação a 2020, diz CCEE

O consumo nacional de energia elétrica cresceu 12,4% em maio na base de comparação anual, atingindo 62.121 MW med, segundo dados prévios da CCEE. O desempenho mensal foi impulsionado pelo ACL, cujo consumo avançou 26,2% no período. Já no ACR, houve alta de 6,2%. Na análise regional, a CCEE afirma que quase todos os Estados encerraram o mês de maio com o consumo em alta. Os destaques foram Amazonas (21%), Espírito Santo (20%), Rio de Janeiro (16%), São Paulo (15%), Ceará (15%), Minas Gerais (14%), Bahia (14%) e Santa Catarina (14%). Apenas o Maranhão registrou queda, de 1%. Já na abertura por ramo de atividade econômica, todos os 15 setores tiveram alta do consumo em maio, mesmo excluindo as novas cargas dos últimos 12 meses. Os destaques foram os setores de têxteis (87,0%), veículos (84,4%) e serviços (38,4%). Acompanhando o consumo, a geração de energia aumentou 12,5% em maio, no comparativo anual. (Valor Econômico – 14.06.2021)

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4 MME determina redução das vazões de Jupiá e Porto Primavera

O MME publicou portaria determinando aos concessionários das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera o início imediato de testes de redução da defluência mínima das usinas, a partir de 1º de julho de 2021. Para Jupiá, os testes serão feitos até atingir o valor de 2.300 metros cúbicos por segundo, e para Porto Primavera até 2.700 m³/s, de forma estável. A necessidade de redução do volume de água liberado pelos reservatórios das duas hidrelétricas já tinha sido tratada em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. O governo quer poupar água dos reservatórios para evitar o comprometimento da operação das usinas, mas o assunto é polêmico, em razão dos usos múltiplos da água na região Sudeste. A Portaria 524, do MME, “não dispensa nem substitui a obtenção, pelos concessionários, de autorizações, certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza.” Jupiá é operada pela chinesa CTG e Porto Primavera é da Cesp, que tem como sócios Votorantim e CPPI. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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5 Reservatórios do Norte começam a semana com 84,5%

Os reservatórios do Norte iniciaram a semana com níveis em 84,5%, e com crescimento de 0,2 pontos percentuais no último domingo (13/06), em relação ao dia anterior, informa o boletim do ONS. A energia armazenada marca 12.810 MW mês e ENA é de 7.829 MW med, equivalente a 71% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 99,92%. No Sudeste/Centro-Oeste o armazenamento das UHEs apresentou redução em 0,1 p.p para 30,8% da capacidade. A energia armazenada mostra 62.770 MW mês e a ENA aparece com 22.662 MW med, o mesmo que 68% da MLT. Furnas admite 34,57% e a usina de Emborcação marca 21,67%. O submercado do Nordeste também teve um recuo de 0,1 p.p e chega a 61,4%. A energia armazenada indica 31.701 MW mês e a energia natural afluente computa 1.865 MW med, correspondendo a 39% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 60,78%. Na região Sul a capacidade de armazenamento subiu 0,5 p.p e os reservatórios trabalham com 60,3%. A energia retida é de 12.000 MW mês e ENA aponta 5.660 MW med, valor que corresponde a 39% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 71,85% e 52,40% respectivamente. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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6 Margem direita do Amazonas “seca” e reduz geração

Ainda que o noticiário das TVs venha mostrando diariamente transtornos causados pelas cheias de rios da Amazônia, do ponto de vista da geração hidrelétrica essas cheias têm efeito nulo. Elas estão concentradas na margem esquerda do rio Amazonas, enquanto a margem direita, onde estão as grandes UHEs estruturantes a fio d’água e a usina de Tucuruí, com reservatório, o período seco chegou até mais cedo do que no ano passado em rios como o Xingu e o Tocantins. O resultado é que a contribuição das usinas amazônicas para o abastecimento do SIN despencou desde que o CMSE reuniu-se emergencialmente, no dia 27/05, para pedir a flexibilização das restrições hídricas em sete usinas com o objetivo de traçar um planejamento da geração que contribua para evitar um racionamento antes que chegue o próximo período úmido, em dezembro. (Brasil Energia – 14.06.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Reunião do G7 decepciona com apoio 'vago' para carro elétrico

Na reunião do G7, como já se era esperado, não se foi estabelecido uma proibição efetiva da venda de carros a gasolina e diesel após 2030, e também não há meta de reduzir a emissão de poluentes para a maioria dos mercados. Em vez disso, foi firmado um compromisso genérico dos grandes nomes para acelerar os esforços para converter o transporte. No comunicado de imprensa divulgado no final dos três dias em Cornwall, aponta-se que as potências mais importantes do mundo farão mais para eletrificar a mobilidade, sem, no entanto, indicar uma data limite precisa para o encerramento dos registros de carros com motores a combustão. Entre os países do G7, apenas o Reino Unido já se movimentou no sentido de indicar um prazo para os carros a gasolina, previsto para o final desta década. Na Europa, porém, embora os cidadãos peçam normas mais firmes na questão ambiental, apenas a Espanha deu ouvidos aos apelos, que serão respondidos em 2040. Em meio a tudo isso, o G7 também decidiu que a luta contra as mudanças climáticas deve ser apoiada pelo financiamento da transição dos países mais pobres com US$ 100 bilhões de dólares por ano. (Inside EVs – 14.06.2021)

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2 Investimento em caminhão elétrico Volks soma R$ 150 mi

Em 2017, a Volkswagen Caminhões e Ônibus surpreendeu o mercado ao anunciar a intenção de produzir um caminhão elétrico no Brasil. Ontem, o presidente da companhia, Roberto Cortes, realizou o sonho, ao ver o primeiro veículo de carga movido a eletricidade deixar a linha de montagem de Resende (RJ). A primeira unidade do chamado e-Delivery, de 11 toneladas, vai ficar para a própria Volks, para marcar o momento histórico. Mas a Ambev espera as próximas 1,6 mil. A cervejaria foi o primeiro cliente a fechar a intenção de compra de um lote que somará essa quantidade até 2023. Outros já estão em processo de fechamento de contratos, mas Cortes diz que ainda não pode revelar nomes. O projeto do e-Delivery absorveu investimento de cerca de R$ 150 milhões. Os recursos fazem parte de um programa que totalizará R$ 2 bilhões até 2025. A linha de produção do primeiro caminhão elétrico fabricado no Brasil começa com quatro unidades por dia e cerca de mil no primeiro ano.É um volume ainda pequeno para uma fábrica que tem capacidade para produzir em torno de 100 mil veículos por ano. Mas a demanda por esse tipo de produto ainda é tímida em razão do preço. Para adquirir um caminhão elétrico o transportador precisa desembolsar o equivalente a 2,7 vezes o valor de um convencional. Os preços tendem a cair a partir do momento em que a demanda crescer o suficiente para convencer os parceiros da Volks nesta empreitada a nacionalizar componentes. Antes que isso aconteça, as vendas serão puxadas apenas por empresas que têm a questão ambiental como uma das prioridades. (Valor Econômico – 15.06.2021)

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3 Startup chinesa NIO tem o 1° veículo elétrico aprovado na Europa

A startup chinesa de carros elétricos NIO anunciou que recebeu a certificação oficial que permitirá à empresa iniciar as vendas de veículos na Europa. Com o chamado European Whole Vehicle Type Approval (EWVTA) concedido ao SUV elétrico NIO ES8, a marca começará sua inserção no mercado europeu pela Noruega. A certificação é essencial para a entrada no mercado europeu e significa que o veículo foi oficialmente As entregas do NIO ES8 na Noruega estão previstas para começar em setembro deste ano. Ao mesmo tempo, a NIO iniciará as vendas diretas no país e também ativará a rede de serviços que inclui a NIO House e a promissora rede de troca de baterias que já está sendo bem difundida na China. (Inside EVs – 14.06.2021)

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4 Toyota planeja atingir neutralidade de carbono em 2035

A Toyota anunciou na sexta-feira em um evento que agora pretende atingir a neutralidade de carbono em sua produção até 2035, ante a meta inicial de 2050. Isso envolverá, por exemplo, a otimização dos processos de pintura, um dos trabalhos mais intensivos em energia da indústria automotiva, ao mesmo tempo em que se desenvolve o uso de técnicas alternativas, como os filmes adesivos. A Toyota é pioneira em veículos híbridos e veículos movidos a hidrogênio, mas agora também está acelerando no campo de veículos elétricos. (Inside EVs – 14.06.2021)

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5 Honda aposta em híbrido

Presidente da Honda América do Sul e Brasil, Atsushi Fujimoto afirma que a empresa, assim como outras fabricantes, não está conseguindo atender à demanda por veículos em razão da falta de componentes, em especial de semicondutores. Fujimoto também confirma a chegada de três carros híbridos ao País, em princípio todos importados. Até a eletrificação total dos modelos da marca em todo o mundo, prevista até 2040, a Honda desenvolverá tecnologias para melhorar performance e consumo para os motores a combustão. Ele também informa que o grupo seguirá a tendência global de focar os novos produtos no segmento de SUVs (utilitários-esportivos). (O Estado de São Paulo – 15.06.2021)

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6 Carro movido à célula de combustível da Nissan pode chegar ao mercado em até 15 anos

A Nissan ampliou o acordo com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), para o desenvolvimento de um veículo movido a Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC) que gera energia elétrica a partir da utilização do etanol, poderá ser usado também com gás natural, biogás ou até mesmo o etanol de milho, fazendo com que a tecnologia seja mais universal. Os estudos, nesse segundo acordo, devem durar até 2025 e a expectativa, se tudo der certo, é que a tecnologia se torne comercial em cerca de 10 anos, segundo o gerente sênior de engenharia de produto da Nissan do Brasil, Ricardo Abe. (Valor Econômico – 14.06.2021)

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7 Eve faz parceria com startup de Cingapura com foco na região da Ásia e Pacífico

A Eve, subsidiária da Embraer dedicada ao desenvolvimento de um sistema de mobilidade aérea urbana (UAM), fechou um acordo com a startup Ascent, de Cingapura, com foco na aceleração do desenvolvimento do ecossistema de UAM na região da Ásia-Pacífico. A parceria visa à inserção progressiva dos eVTOLs da Eve na região com a oferta de serviços de táxi aéreo, carga e transporte aeromédico. Com a parceria, as empresas estabelecerão uma prova de conceito para demonstrar a extensão e a penetração de mercado da plataforma da Ascent, enquanto aumenta a acessibilidade a um segmento mais amplo da região da Ásia-Pacífico. A Ascent facilitará a entrada no mercado de soluções dedicadas da Eve. A Ascent conta atualmente com uma base de dados de operadoras aéreas parceiras para serviços dedicados de UAM em toda a Tailândia e nas Filipinas. Além disso, as empresas esperam uma integração completa dos serviços de sistema de gerenciamento de tráfego aéreo urbano da Eve à tecnologia Ascent para garantir operações seguras e com alto potencial de expansão. (Valor Econômico – 14.06.2021)

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Inovação

1 Impulsionando o mercado de hidrogênio europeu com regulamentação eficaz

A União Europeia está empenhada em cumprir com a descarbonização total dos sistema de energia da região até 2050. Para descarbonizar os setores de difícil descarbonização será necessário um rápido crescimento do mercado de hidrogênio (H2). Para que isso seja possível , a Comissão Europeia está considerando diferentes formas de regulamentação para os mercados e rede de hidrogênio. O primeiro conjunto de projetos de regras regulatórias será lançado no dia 14/07, o segundo em outubro de 2021. A contribuição do hidrogênio para os esforços de descarbonização dependerá muito da estrutura regulatória que pode acelerar ou desacelerar o uso de H2 em diferentes setores. Para acelerar a implementação da economia do hidrogênio precisa-se encurtar o ciclo de investimento, ou seja, é necessário intervenções políticas massivas e apoio público para acelerar a transição. De forma que as incertezas jurídicas não sejam mais um obstáculo. Outro ponto importante na questão regulatória é o aproveitamento da infraestrutura de gás existente. O que a Europa precisa agora, neste contexto, é um quadro regulamentar pragmático e prático, que forneça um alto grau de certeza jurídica e prática, bem como alguma flexibilidade no momento, tecnologia e aplicações onde o hidrogênio pode ser usado. (Energypost.eu – 14.06.2021)

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2 Portugal: Galp construirá usina de hidrogênio verde para descarbonizar refinaria

A Galp Energia, uma empresa de origem portuguesa, contém uma refinaria em Lisboa que é a maior consumidora de hidrogênio cinza a partir do gás natural em todo Portugal, todavia, este processo emite gases de efeito estufa, o que não condiz com a atual busca da transição energética. Dessa maneira, visando descarbonizar a sua refinaria, a Galp está planejando construir uma usina de hidrogênio com capacidade de 100 MW e ter seu eletrolisador alimentado por energia renovável, produzindo então o hidrogênio verde. Com investimentos entre 100 milhões a 200 milhões de euros, a empresa espera concluir a usina até o ano de 2025. Ademais, após a construção da planta, a empresa pretende ampliar o uso do hidrogênio verde, além de descarbonizar a refinaria, a Galp pretende produzir combustíveis sintéticos (efuel) e/ou amoníaco verde. (Fuel Cells Works – 14.06.2021)

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3 Irlanda: projeto de eletrolisador para desenvolver economia do H2 e tratar águas residuais

A Northern Ireland Water, uma empresa que trabalha com tratamento de águas, visando desenvolver uma infraestrutura do hidrogênio, bem como tratar as águas residuais em Belfast, Irlanda do norte, está realizando um projeto para implementar seu eletrolisador sem membrana de 1 MW no local. O projeto consistirá da seguinte maneira: O eletrolisador que está sendo construído produzirá o hidrogênio e o oxigênio a partir da água, o H2 será utilizado para seus diversos fins energéticos, enquanto o subproduto será utilizado para tratar as águas. O projeto, quando entrar em operação, irá produzir 451 kg de hidrogênio e 3.609 kg de oxigênio por dia. No entanto, a tecnologia ainda está em fase de desenvolvimento, e espera-se que entre em operação em setembro de 2021. Todavia, uma unidade experimental já entrou em operação no local, em Belfast. (H2 View– 15.06.2021)

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4 Orçamento do estado de Queensland (Austrália) indica um futuro próspero da economia de H2

O orçamento do estado de Queensland, na Austrália, refletiu o papel principal que o hidrogênio poderia ter na economia do estado no futuro com um novo Fundo de Energia Renovável e Empregos de Hidrogênio de Queensland de A $2 bilhões ($1,54 bilhão). Além disso, um novo Fundo de Energia Renovável e Empregos de Hidrogênio de Queensland será estabelecido para expandir os anteriores A $500 milhões ($384 milhões) de Fundo de Energia Renovável. O fundo possibilitará investimentos dos próprios negócios de energia do governo de Queensland em projetos comerciais de energia renovável e hidrogênio, bem como apoiará a infraestrutura e ajudará Queensland a atingir a meta de 50% de energia renovável até 2030. Matt Paull, Diretor Interino da APPEA Queensland, sugeriu que o desenvolvimento da indústria de GNL poderia ajudar a apoiar a transição para hidrogênio e energia com zero carbono. (H2 View – 15.06.2021)

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5 Largo Resources vai comercializar baterias de vanádio

A Largo Resources anunciou que vai comercializar baterias de armazenamento de energia elétrica por períodos de longa duração, ou seja, um desempenho de descarga acima de 12 horas. A perspectiva da companhia é de implantação de baterias com potência de descarga na ordem de 40 MWh até 2022, como parte de uma meta de alcançar 3% do mercado global de baterias de longa duração até 2025. Isso representaria a instalação de um portfólio com capacidade de descarga de 1,4 mil MWh. Segundo o presidente da Largo Resources, Paulo Misk, as baterias de armazenamento da marca têm sido desenvolvidas e testadas há uma década, com rápida evolução nos últimos quatro anos, especialmente diante das perspectivas dos países para transição energética para matrizes de fontes renováveis. (Brasil Energia – 14.06.2021)

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6 Startup lança plataforma para conectar consumidores às soluções do setor

No intuito de se posicionar no mercado como uma plataforma digital de referência na busca por soluções envolvendo portfólios de todas as empresas do setor elétrico, agregando também serviços de avaliação, pós-venda e certificação, a recém criada Eloé Energy nasce com duas premissas: receita recorrente, o que é comum ao ecossistema de startups, e internacionalização, no sentido de buscar futuramente mercados de energia no exterior. Em entrevista, uma das três fundadoras revelou que o mapeamento divulgado no final de maio contempla atualmente cerca de ¼ das companhias de energia no Brasil e que ideia partiu da vontade de tornar o setor mais acessível ao consumidor. Com investimento inicial de R$ 24 mil dividido entre os quatro sócios, a receita virá a partir das pré-vendas de produtos e serviços das mais de oito mil empresas que a plataforma pretende conectar, trazendo a possibilidade de comparações e entendimentos sobre as soluções e seus diferenciais, além de contar com uma aplicação que identifica a necessidade do cliente, baseando-se em uma série de perguntas simples. O público-alvo são pequenas e médias firmas que não possuem custos tão elevados na conta de luz e por vezes não conseguem entrar no mercado livre, mas também há clientes de alta demanda. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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7 ITE atua na manutenção preditiva de motores assíncronos usando inteligência artificial

O Instituto Tecnológico de Energia (ITE) está a desenvolver o projeto SIDMA (Sistema Inteligente de Detecção de Falhas para Motores Assíncronos), no âmbito de um programa promovido pelo IVACE e apoiado com fundos FEDER. Um projecto de utilização de técnicas de inteligência artificial que permitem efectuar um diagnóstico automático do estado do rolamento do motor, sem necessidade de análise especializada. Os pesquisadores do ITE desenvolveram este sistema para otimizar a manutenção preditiva de motores de indução usando técnicas avançadas de aprendizado de máquina. Ressalta ainda que a aplicação da manutenção preditiva se traduz no prolongamento da vida útil dos motores e seus componentes, o que contribui para reduzir a construção de novas máquinas, limitando assim os resíduos gerados e contribuindo com a sustentabilidade. (Energías Renovables - 14.06.2021)

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8 Artigo sobre estratégias para uma transição do gás natural para o hidrogênio

O gás natural tem sido visto como um combustível para a transição energética. No entanto, para que realmente seja utilizado na transição energética é necessário que novas tecnologias sejam fomentadas, entre as quais uma indústria de hidrogênio à base de gás natural equipada com captura de CO2. Nesse contexto, o artigo testa a hipótese de que o desenvolvimento de uma indústria de H2 à base de gás natural equipada com captura de CO2 pode monetizar os recursos remanescentes de gás natural, mitigar as emissões de CO2 e facilitar a transição para o H2 baseado em energia renovável. Sendo assim, o estudo avalia estratégias para a implementação gradativa do hidrogênio, aproveitando a capacidade ociosa da indústria de gás natural existente, para criar progressivamente um abastecimento independente de H2. (International Journal of Hydrogen Energy – 11.06.2021)

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Energias Renováveis

1 Bancos aquecem disputa por crédito à pessoa física para projetos de energia solar

Disputado até então por nomes como Bradesco, Santander Brasil e BV (antigo banco Votorantim), esse mercado começa a chamar a atenção de outros pesos pesados do setor financeiro. Recentemente, o Banco do Brasil anunciou uma nova linha de crédito para financiar a aquisição de sistemas de geração de energia solar em residências. Além dele, o Itaú Unibanco também monitora a área, conforme apurou o Broadcast. O olhar mais atento dos bancos tem como pano de fundo o potencial da energia solar no Brasil - que seguiu em crescimento na pandemia, além de uma linha de baixo risco, com garantia atrelada e inadimplência sob controle. Mais recentemente, o mercado ganhou um impulso a mais, com o risco de uma nova crise energética no País diante de queda no volume de chuvas. "A tendência é o financiamento ficar mais competitivo e barato", diz a coordenadora do Absolar, Camila Ramos, sobre o maior interesse de bancos neste mercado. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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2 Indústria de plástico investe em solar e reduz custos em 70%

A Acquaforte, indústria de reciclagem e reaproveitamento de plástico, reduziu em 70% os gastos com energia elétrica por meio da instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica em sua sede em São José de Mipibu, no Rio Grande do Norte. O investimento feito pela empresa há cerca de um ano foi de R$ 2 milhões. O projeto foi desenvolvido pela Enerbras e consistiu na instalação de 12 inversores fotovoltaicos Eco 27 Fronius, com potência de 447 kW e capacidade de gerar 700 mil kWh de eletricidade por ano. (Brasil Energia – 14.06.2021)

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3 EDP Brasil conclui compra de uma plataforma de investimento em geração solar

A EDP Brasil informou que concluiu a aquisição de 100% da participação da AES Inova e das suas subsidiárias, em transação de R$ 101,1 milhões. AES Inova é uma plataforma de investimento em geração solar distribuída e detém um portfólio de aproximadamente 34 MWp. Deste total, aproximadamente 16 MWp são empreendimentos contratados e em operação comercial, que representam uma receita de R$ 11,50 milhões. Os demais 18 MWp são caracterizados por projetos ready to build em Minas Gerais. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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4 EDP e Grupo NotreDame Intermédica assinam contrato para construção de usinas solares

A EDP e o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), operadora de saúde, firmaram um contrato para a implantação de quatro usinas solares com cerca de 4,4 MWp de potência instalada. O objetivo é garantir o abastecimento elétrico de 60 Centros Clínicos do Grupo. O GNDI informou que o contrato de fornecimento terá duração de 10 anos e contará com investimento de R$ 20 milhões para a construção dos empreendimentos. As plantas, a serem instaladas por meio da EDP Smart, ocuparão uma área somada de mais de 155 mil metros quadrados e utilizarão 8.361 módulos fotovoltaicos. Juntas, as usinas vão gerar cerca de 8.350 MWh por ano, o equivalente ao consumo de 2.784 residências. Isso significa uma economia estimada em mais de R$ 1,2 milhão na fatura de energia do Grupo NotreDame Intermédica apenas no primeiro ano de funcionamento. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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5 De olho mercado solar por assinatura, Solar21 foca em setor residencial

A Solar21, startup de energia solar que nasceu em 2017 para atender consumidores residenciais. Até pouco tempo, a companhia trabalhava só com condomínios residenciais verticais, já que ainda não tinha uma estrutura capaz de responder às necessidades de casas residenciais. A ideia é oferecer planos de assinatura de energia solar para quem reside em casa através de contratação 100% digital e sem a necessidade de compra ou financiamento dos equipamentos. Esse modelo de negócio consiste na instalação e manutenção de um sistema de geração solar a partir do pagamento mensal do consumidor por assinatura. A startup promete ainda uma economia de cerca de 30% na conta de luz. O objetivo agora é crescer a operação em Campinas e outros municípios de São Paulo. Para isso, a empresa abriu uma rodada de capital-semente em busca de recursos para sustentar a expansão para a contratação de um time de especialistas, desenvolvimento de tecnologia e compra de equipamentos. (CanalEnergia – 14.06.2021)

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6 Aneel registra DRO para 1,992 GW em projetos de geração solar e eólica

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cadastrou 1,992 gigawatts (GW) em Requerimentos de Outorga (DRO) para projetos de geração nas fontes solar fotovoltaica e eólica. Na fonte solar foram registrados DROs para as empresas Cordel Solar Energia, Solatio Energy, Vila Velha Energia Renovável, e Central Geradora Fotovoltaica Zebu, totalizando 1,698 GW. Os empreendimentos fotovoltaicos serão implantados em Pernambuco, Maranhão, Goiás, Bahia e Alagoas. Já na fonte eólica, a Aneel registrou pedidos de outorga para 294 megawatts (MW) para oito usinas da Voltalia Energia localizadas no município de São Gabriel, no Estado da Bahia. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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7 Ministério enquadra projetos eólicos da Eólica Caetité no Reidi

A Secretaria de planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME) enquadrou projetos de geração eólica da Eólica Caetité, no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). O enquadramento ao incentivo fiscal contempla os parques eólicos Caetité E e F, localizadas no município de mesmo nome, na Bahia. O Reidi é um incentivo fiscal que consiste na suspensão da incidência do PIS/Cofins sobre as aquisições de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação em determinado empreendimento. (Broadcast Energia – 14.06.2021)

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8 IEA dá as boas-vindas aos compromissos zero líquidos do G7

O Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol, parabenizou os líderes das nações do Grupo de Sev-en (G7) por sua cúpula histórica, na qual se comprometeram a atingir emissões líquidas zero até 2050 e fizeram uma série de outras promessas significativas de energia e clima. Os líderes do G7 concluíram a cúpula observada de perto no domingo, emitindo um comunicado no qual estabelecem seus compromissos líquidos de zero e conclamam todos os países, em particular as principais economias emissoras, “a se juntar a nós nessas metas como parte de um esforço global”. Nesse contexto, os líderes observaram o “roteiro claro” da IEA para alcançar o zero líquido globalmente até 2050. “Estou muito orgulhoso de ver o reconhecimento do roteiro abrangente da IEA para que o setor de energia global alcance essa meta crítica e formidável”, disse o Dr. Birol. “A IEA espera ajudar os governos a projetar e implementar as ações políticas fortes que são necessárias para mover o mundo em um caminho estreito, mas alcançável, para atingir o zero líquido até 2050. (Energy Global - 15.06.2021)

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9 COP26 relata que o mundo não está instalando energia eólica no ritmo necessário

A Coalizão Global de Energia Eólica para COP26, uma iniciativa liderada pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e é um grupo de múltiplas partes interessadas de empresas e associações líderes de energia eólica de todo o mundo, relatou que o mundo não está instalando energia eólica no ritmo necessário para atingir zero líquido, e muito mais precisa ser feito para liberar seu potencial. É necessário instalar energia eólica três a quatro vezes o ritmo atual, o que significa que os governos aumentem urgentemente sua ambição, simplifiquem a burocracia, invistam na rede e renovem os mercados de energia. “Não temos mais tempo para continuar com os 'negócios normais' - a emergência climática já está aqui. Felizmente, já temos a solução que pode reduzir significativamente as emissões de carbono do mundo, mas precisamos que os governos se juntem a nós agora ou corremos o risco de ficar para trás ”, disse Rebecca Williams, diretora da GWEC da COP26. (Renews - 15.06.2021)

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10 Espanha: seus dados em geração de energia eólica e solar

De acordo com o relatório da Ren21, a Espanha é a sexta no mundo em geração de energia eólica e solar, com 28%, atrás apenas da Dinamarca, Uruguai, Irlanda, Alemanha e Grécia são as nações que mais injetam energia solar e eólica em suas redes (mais energia solar e eólica como porcentagem do total). Ademais, em termos de novas adições de capacidade na União Europeia, a Espanha ocupa o terceiro lugar em energia solar fotovoltaica (2,8 GW) e o segundo em capacidade eólica (1,7 GW) adicionada em 2020. Em outra parte do balanço está a energia solar térmica (que produz água quente sanitária e aquecimento). De acordo com o GSR 2021, o mercado espanhol de aquecimento térmico solar caiu 10% em 2020, embora ainda ocupe o terceiro lugar na UE-27 com 131 megawatts térmicos atrás da Alemanha (450) e da Grécia (213) e à frente da Polônia (113) e Itália (86). (Energías Renovables - 15.06.2021)

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11 Primeira usina eólica em escala comercial do Sudão

A turbina eólica de 63 m de altura é o marco inaugural da primeira usina eólica em escala comercial do país. Financiada pelo Governo do Sudão e pelo Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), com o apoio do PNUD, a turbina demonstrará a viabilidade da energia eólica em escala de serviço público na terceira maior nação da África. Prevê-se que forneça energia a 14.000 pessoas durante a conexão com a rede elétrica nacional. O projeto será usado como uma vitrine para futuros parques eólicos em todo o Sudão, em apoio aos esforços do governo para atrair investimentos em energia renovável. Tem como objetivo capitalizar o potencial significativo de energia eólica do país para melhorar o acesso à energia, diversificar as fontes de energia do Sudão e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. (REVE - 15.06.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Contratação de térmicas prevista na MP da capitalização da Eletrobras gera economia de R$ 8 bi, diz Abegás

A contratação de usinas termelétricas por meio de leilões de reserva de capacidade previstos na Medida Provisória 1.031/2021, de capitalização da Eletrobras, pode gerar uma economia de R$ 8 bilhões para consumidores de energia, estima um estudo da Abegás. Segundo a associação, a aprovação da medida pode levar a uma queda 3,3% nas tarifas do mercado regulado de energia, enquanto no mercado livre a redução pode chegar a 5%. O cenário leva em consideração estimativas de que a contratação das térmicas custaria R$ 13 bilhões, mas traria benefícios da ordem de R$ 21 bilhões ao sistema elétrico. “A contratação dessas térmicas pode ser um sinal econômico importante para atrair novos negócios, além de promover a integração do setor elétrico com o setor de gás natural, potencializando uma fonte eficiente, segura e mais limpa que as térmicas a óleo combustível e ajudar na consolidação das novas fontes renováveis, que, devido à intermitência de vento e de sol, não têm como proporcionar plena garantia de suprimento”, diz o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon. (Valor Econômico – 14.06.2021)

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2 Parada em campo de gás da Petrobras pode piorar crise energética

Uma parada técnica de 30 dias da Petrobras na produção de gás do campo de Mexilhão e no gasoduto Rota 1, prevista para 15 de agosto, pode agravar a crise energética. No momento em que a seca atinge seu auge, termelétricas e empresas poderão ter dificuldades para obter gás natural. Manuela Kayath, presidente da MDC, empresa de energia renovável que produz biometano e energia a partir de biomassa, afirma que o setor está preocupado, pois esta parada vem em um momento em que as termelétricas a gás deverão estar operando a toda a capacidade para suprir a redução da geração hidrelétrica por causa da seca. De acordo com a Petrobras, o campo do Mexilhão responde por 11.8% de toda a produção do Brasil. A parada técnica na Bacia de Mexilhão preocupa porque, segundo especialistas, é difícil redirecionar a produção de outras regiões, como o Nordeste, para o Sudeste. A Petrobras informou em nota que a manutenção foi planejada e que não pode ser adiada. A estatal disse que está oferecendo alternativas como a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia, o reposicionamento de um navio regaseificador e o posicionamento de navios supridores de GNL. (O Globo – 14.06.2021)

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Economia Brasileira

1 Folga no teto de gastos em 2022 pode ser totalmente ‘consumida’

Passado o cenário mais positivo para as contas públicas neste ano - em grande medida influenciado pela recuperação cíclica da economia e pela inflação mais elevada -, o debate sobre o aumento dos gastos do governo deve voltar à tona em 2022, na avaliação de Roberto Secemski, economista-chefe para Brasil do Barclays. Em revisão de estimativas para os indicadores fiscais do país, Secemski aponta que o teto de gastos contará com uma folga “sem precedentes” no próximo ano e que as despesas primárias podem crescer R$ 124 bilhões no período, ou 1,4% do PIB. “Na nossa visão, a discussão em 2022, um ano eleitoral, não deve ser sobre o risco de rompimento do teto de gastos, mas sim sobre como o espaço significativo criado pela inflação mais alta pode ser usado pelo governo”, afirma o economista. Enquanto o aumento permitido para as despesas sob o teto é definido pelo IPCA acumulado nos 12 meses até junho, gastos obrigatórios ligados ao salário mínimo são indexados ao INPC anual, observou. (Valor Econômico – 15.06.2021)

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2 Inflação de famílias mais pobres é maior do que a das mais ricas pelo 2º mês seguido, diz Ipea

Pelo segundo mês seguido a inflação das famílias mais pobres é maior que a das famílias de renda mais alta, aponta o indicador “Inflação por faixa de renda”, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Ipea. A pressão maior dos preços para os mais pobres não é um movimento único desses meses: o índice acumulado em 12 meses também é maior. Em maio, a maior taxa de inflação ocorreu entre as famílias de renda muito baixa - com renda domiciliar menor que R$ 1.650,50 -, que registraram alta de 0,92%, ante variação de 0,49% das famílias de renda alta - renda domiciliar acima de R$ 16.509,66. A alta também foi mais expressiva nas famílias de renda baixa – rendimento domiciliar entre R$ 1.650,50 e R$ 2.471,09 -, com 0,88%, e nas famílias de renda média baixa - entre R$ 2.471,09 e R$ 4.127,41 de renda domiciliar -, com variação de 0,86%. (Valor Econômico – 14.06.2021)

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3 Itaú prevê baixo risco de racionamento em meio à crise hídrica

Em apresentação assinada pela analista Julia Passabom Araujo, o banco Itaú avalia que o risco de racionamento neste momento é baixo, desde que as térmicas sejam acionadas na intensidade correta, semelhante ao que foi feito em 2014, e que este período seco seja dentro da média histórica e o próximo período úmido, também. Os gráficos apresentados indicam que a oferta de energia segue maior do que a demanda, mesmo com o consumo rodando acima do nível pré-pandemia ao longo deste ano, com a indústria acelerando para repor estoques. O documento do Itaú só vê aumento do risco para o abastecimento elétrico caso seja adotada uma posição tímida em relação ao uso das térmicas, mantendo o acionamento delas no patamar histórico para o período, em torno de 12 GW médios. Mas acionar térmicas tem seu preço. A analista do Itaú prevê um custo de R$ 17 bilhões via bandeiras tarifárias – vermelha 2 até novembro e vermelha 1 em dezembro –, sem contar os aumentos regulares das distribuidoras. Segundo a estimativa, o impacto final na inflação de 2021 será de 0,20 ponto percentual. (Brasil Energia – 14.06.2021)

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4 Mercado vê chance maior de elevação de 1 ponto na Selic

Às vésperas da decisão do Copom do BC, ganhou força no mercado a percepção de que o colegiado pode surpreender e elevar a Selic em 1 ponto percentual nesta semana. A aposta foi renovada ontem, após o Boletim Focus trazer mais uma rodada de deterioração das expectativas de inflação de 2022, que subiram de 3,70% para 3,78%. Com esse cenário em mãos, o mercado futuro de juros apontava, no fechamento de ontem, 38% de chance de uma elevação de 1 ponto percentual na Selic amanhã - a taxa básica está em 3,5% anuais. No início da semana passada, essa possibilidade estava abaixo de 10%. O mercado de opções de Copom também sofreu impacto da mudança no humor dos agentes e, agora, já aponta para 17% de chance de a Selic subir para 4,5%. Na semana passada, a probabilidade desse cenário ocorrer era de 5%. “Dentro de um orçamento de três pontos percentuais de aperto até a Selic chegar ao nível neutro, caberia tranquilamente uma alta de 1 ponto agora e ajuste de igual magnitude em agosto para só depois reduzir o passo”, diz Bicalho, que projeta Selic em 7% no fim do atual ciclo de alta de juros. (Valor Econômico – 15.06.2021)

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5 IBC-Br “decepciona”, mas mantém expectativa de retomada da economia

Depois de bons resultados no varejo e nos serviços em abril, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) decepcionou ao subir 0,4% sobre março, feito o ajuste sazonal, abaixo do 1,3% esperado pela mediana do mercado. Com o resultado, o indicador voltou a ficar ligeiramente acima do nível pré-pandemia, de fevereiro do ano passado. O resultado não afeta a perspectiva de uma recuperação mais forte na economia em 2021, afirma Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores. “Não deixa de ser um número significativo. E a variação interanual foi bastante expressiva”, diz. Embora abril de 2020 tenha marcado o vale da atividade na pandemia, a alta de 15,9% foi melhor do que se esperava, afirma. Nishida diz relativizar o resultado por causa da revisão significativa dos números de janeiro a março feita pelo BC. “Isso afeta os modelos de projeção e o ajuste sazonal. A interpretação do resultado ficou prejudicada.” O crescimento do IBC-Br no primeiro trimestre deste ano foi revisado de 2,3% para 1,7%, na comparação com o quarto trimestre de 2020, feito o ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve revisão de 2,3% para 1,5%. (Valor Econômico – 15.06.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 14 sendo negociado a R$5,0692 com variação de -0,78% em relação ao início do dia. Hoje (15) começou sendo negociado a R$5,0658 com variação de -0,07% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 10h49 o valor de R$5,0868 variando +0,41% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 14.06.2021 e 15.06.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Brenda Corcino, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito, Luana Oliveira, Monique Coimbra, Vinícius José e Walas Júnior

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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