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IFE: nº 22 - 17 de agosto de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Promob-e: Interoperabilidade de postos públicos no Brasil
2 Promob-e: Senai e BMW criam centro de capacitação para eletromobilidade em São Paulo
3 São José dos Campos lança projeto de VLP articulado elétrico
4 Índia: Delhi tem o objetivo de que VEs representem 25% de todos os registros de novos veículos até 2024
5 Índia: Política de Veículos Elétricos de Delhi coloca ênfase em veículos de duas rodas
6 Índia: Dhali incentiva criação de infraestrutura de carregamento para VE
7 Japão: Planos para atualizar infraestrutura de carregamento de veículos elétricos
8 Michigan EGLE concede US $ 1,7 mi para 36 estações de carregamento rápido
9 EUA: Xcel Energy deseja 1.5M de VEs em suas áreas de serviço até 2030
10 EUA: Como os estados podem contornar desafios legais para a impulsionar os veículos elétricos
11 Operadoras de transporte público da Alemanha colocarão 22 novos ônibus elétricos em circulação

Inovação e Tecnologia
1 Promob-e: Plugues e conectores para carregamento de VE mais usados no Brasil
2 IEA: Densidade de baterias segue em tendência de alta
3 IEA: Reaproveitamento de uma bateria VE como armazenamento estacionário pode estender sua vida útil em 5-15 anos
4 IEA: Processo inicial de renovação de baterias de VEs
5 Alumínio emerge como um metal preferido para VEs
6 Lucid Air estabelece o novo recorde de autonomia com 832 km

Indústria Automobilística
1 Wood Mackenzie: Ásia vai liderar fabricação de baterias
2 Neocharge: Mobilidade elétrica no Brasil está atrasada
3 Europa: Fabricantes de baterias se preparam para uma recuperação verde

4 Noruega: Após 4 meses de queda, vendas de VEs crescem 51% em relação a 2019

5 Índia: VEs poderão ser vendidos sem bateria

6 BP: meta de instalação de 70.000 estações de carregamento

7 Tesla é líder em vendas de VEs na Coreia do Sul

8 Ioniq: Hyundai lança marca focada em carros eletrificados
9 IONIQ: Nova marca da Hyundai para elétricos irá lançar 3 modelos até 2024
10 Número de pontos de carregamento para VE no mundo dobrou nos últimos três anos

11 BMW: Foco na sustentabilidade da cadeia produtiva
12 BMW: Meta de venda de 7 milhões de VEs em todo o mundo até 2030
13 BMW: vendas de elétricos e híbridos no Brasil têm recorde no semestre
14 Mesmo com o boom do mercado de VE europeu, vendas da Tesla despencam na região
15 Volkswagen: $ 27 mi para aquisição de caminhões com emissão zero na Califórnia

Meio Ambiente
1 IEA: Emissões de GEE no ciclo de vida dos VEs
2 IEA: BEVs podem se tornar até quatro vezes menos intensivos em CO2 quando alimentados com energia renovável
3 Cadeia energética deve ser analisada em meio a eletrificação de veículos
4 Indústria busca tornar o interior dos VEs mais sustentável
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Artigos e Estudos
1 UNB: Análise dos impactos decorrentes da integração de veículos elétricos em uma rede de distribuição


 

 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Promob-e: Interoperabilidade de postos públicos no Brasil

A comunicação por internet nos pontos públicos de recarga e de redes privadas é fundamental para garantir a interoperabilidade. A conexão visa ao compartilhamento de dados das estações de acesso público para o planejamento urbano, energético e de transporte nas diversas esferas. Para proporcionar maior interoperabilidade, a comunicação entre os eletropostos e o sistema de gerenciamento central deve operar por meio de protocolo aberto. Assim, o usuário final ganha a flexibilidade de utilizar estações de recarga de diferentes provedores. Destaca-se também a necessidade de padronizar o modelo de cobrança em função do tempo de recarga ou do consumo energético, para o cálculo desse consumo. Sugere-se que, no Brasil, a cobrança seja por kWh. Ainda, o eRoaming (isto é, a possibilidade de os usuários recarregarem seus veículos elétricos em qualquer estação, sem precisar firmar contratos com distintos operadores) é fundamental para que haja interoperabilidade no uso dos sistemas de recarga. (Promob-e – Maio de 2020)

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2 Promob-e: Senai e BMW criam centro de capacitação para eletromobilidade em São Paulo

O Senai-SP e o BMW Group Brasil criaram um centro de treinamento onde são oferecidos cursos para capacitação de profissionais técnicos especializados em eletromobilidade, sendo adotada a classificação: (i) técnico em mecânica básica, responsável pela manutenção dos veículos (ii) técnico em eletricidade básica, responsável pela manutenção de componentes elétricos que não contemplem o sistema de propulsão do veículo; (iii) pessoa supervisionada por especialistas que lhe permitam evitar os perigos da eletricidade para a manutenção em todo o sistema elétrico de BEVs e híbridos com energia desligada; (iv) especialista para a manutenção em todo o sistema elétrico de BEVs e híbridos com energia ligada. (Promob-e – Maio de 2020)

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3 São José dos Campos lança projeto de VLP articulado elétrico

A prefeitura de São José dos Campos (SP) apresentou nesta semana o projeto do primeiro veículo leve sobre pneus (VLP) articulado elétrico do país. O veículo irá trafegar pela Linha Verde, corredor sustentável que vai interligar as regiões sul, leste e central da cidade. O fornecimento dos VLPs será de responsabilidade da BYD, em parceria com a Marcopolo. Após a homologação, será iniciada a produção em série dos veículos, que devem ser entregues até outubro de 2021. O contrato com a BYD do Brasil, para a aquisição dos 12 VLPs articulados que irão trafegar pela Linha Verde, é de R$ 34,732 milhões. (Brasil Energia - 12.08.2020)

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4 Índia: Delhi tem o objetivo de que VEs representem 25% de todos os registros de novos veículos até 2024

A Política de Veículos Elétricos de Delhi foi notificada em 7 de agosto, mais de oito meses depois que o Gabinete do Estado presidido pelo Ministro-Chefe Arvind Kejriwal a aprovou. Após a notificação, Kejriwal a descreveu como um passo para reduzir os níveis de poluição. Delhi está entre as cidades mais poluídas do mundo. A política, de acordo com seu texto básico, visa tornar Delhi a capital do VE da Índia. Ele definiu uma meta ambiciosa de garantir que, até 2024, os VEs representem 25% de todos os registros de novos veículos na capital nacional para trazer uma melhoria na qualidade do ar de Delhi, reduzindo as emissões do setor de transporte. Dentro do próximo ano, o governo de Delhi pretende introduzir pelo menos 35.000 EVs em todos os segmentos. (Indian Express – 15.08.2020)

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5 Índia: Política de Veículos Elétricos de Delhi coloca ênfase em veículos de duas rodas

A Política de Veículos Elétricos de Delhi tem disposições para empréstimos a juros baixos para veículos comerciais movidos a bateria, como ônibus e caminhões. A política coloca uma ênfase particular na categoria de veículos de duas rodas, automóveis e transportadores de mercadorias e, pela primeira vez, permitirá serviços de carona como Ola e Uber e plataformas de para operar com bicicletas a bateria. A política impões que todos os veículos de duas rodas envolvidos em entregas de última milha deverão fazer a transição de 50% de sua frota para elétrica em março de 2023, e 100% de sua frota em março de 2025. Atualmente, dois terços dos novos registros de veículos em Delhi compreendem veículos de duas rodas. (Indian Express – 15.08.2020)

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6 Índia: Dhali incentiva criação de infraestrutura de carregamento para VE

A Política de Veículos Elétricos de Delhi recomenda alterações nos estatutos dos edifícios para que todas as novas casas e locais de trabalho estejam prontos para VE, com 20% de todo o estacionamento equipado com pontos de recarga. A compra de pontos de recarga também será incentivada em Rs 6.000 por ponto para os primeiros 30 mil. Os proprietários de edifícios existentes e RWAs serão encorajados a seguir o exemplo por meio de incentivos semelhantes. A política enumera como seu principal objetivo a criação de instalações de carregamento públicas dentro de três km de viagem de qualquer lugar em Delhi, convidando as empresas a estabelecer estações de carregamento e troca de baterias com “aluguel mínimo” e reembolso total para compras de baterias substituíveis por elas. (Indian Express – 15.08.2020)

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7 Japão: Planos para atualizar infraestrutura de carregamento de veículos elétricos

A e-Mobility Power Company (eMP), uma joint venture entre a Tokyo Electric Power Company Holdings (Tepco) e a Chubu Electric Power, duas das maiores empresas de serviços públicos do Japão, substituirá carregadores obsoletos por mais de 250 unidades de carregadores da ABB. As entregas estão programadas para começar neste outono. O contrato é parte de um impulso mais amplo para acelerar a mudança da nação em direção à mobilidade sustentável com uma meta de aumentar a participação de VEs e híbridos plug-in para entre 20-30% até 2030. Em 2018, era de apenas 1%. Os carregadores serão instalados em lojas localizadas na beira da estrada, ao longo de rodovias e outros locais públicos, proporcionando aos usuários acesso rápido e fácil, podendo carregar até dois veículos elétricos simultaneamente. (Smart Cities World – 06.08.2020)

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8 Michigan EGLE concede US $ 1,7 mi para 36 estações de carregamento rápido

O Departamento de Meio Ambiente, Grandes Lagos e Energia (EGLE) de Michigan anunciou a concessão de US $ 1,7 milhões para a instalação de carregadores ao longo de rotas bem frequentadas. As concessões do programa EGLE Charge Up Michigan financiarão parcialmente 36 estações de carregamento rápido de VE DC com um total de 76 pontos de plug-in para automóveis e veículos utilitários leves. De acordo com o programa, a EGLE, o proprietário do posto e a concessionária de eletricidade que atende o local pagarão cada um por cerca de um terço do custo de instalação do carregador. (Green Car Congress ? 11.08.2020)


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9 EUA: Xcel Energy deseja 1.5M de VEs em suas áreas de serviço até 2030

A concessionária americana Xcel Energy quer 1,5 milhão de veículos elétricos em suas áreas de serviço até 2030. Se realizados, os VEs representariam 20% de todos os veículos nas estradas nessas áreas - mais de 30 vezes o número hoje. A Xcel atende clientes em Colorado, Michigan, Minnesota, Novo México, Dakota do Norte e do Sul, Texas e Wisconsin. A empresa está desenvolvendo seus planos e parcerias com foco na equidade, acessibilidade e justiça, permitindo que todos se beneficiem do crescimento dos VEs. Além de ajudar os clientes que possuem VEs a carregar em casa e em trânsito, seus programas visam dar a todos os clientes acesso a transporte elétrico limpo e acessível. A Xcel Energy tem planos para eletrificar todos os sedans até 2023, eletrificar todos os veículos leves até 2030 e ter 30% dos seus veículos médios e pesados eletrificados até 2030. (Green Car Congress – 13.08.2020)

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10 EUA: Como os estados podem contornar desafios legais para a impulsionar os veículos elétricos

Um artigo publicado no Jornal de Meio Ambiente e Lei Administrativa da Universidade de Michigan concluiu que os mandatos estaduais de eletrificação de veículos nos EUA podem resistir a desafios legais do âmbito federal se forem baseados em razões que estão dentro da autoridade do estado. Essas razões incluem vantagens para a rede elétrica, aumento de empregos e desenvolvimento econômico, redução da poluição de águas pluviais e economia para o consumidor. Os estados devem evitar basear os mandatos de eletrificação na redução de emissões e economia de combustível - motivos exclusivamente sob controle federal sob a Lei do Ar Limpo e a Lei de Política Energética e Conservação. (Green Car Congress – 14.08.2020)

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11 Operadoras de transporte público da Alemanha colocarão 22 novos ônibus elétricos em circulação

A BOGESTRA (Bochum-Gelsenkirchener Straßenbahnen) e a HCR (Straßenbahn Herne-Castrop-Rauxel), duas das principais operadoras de transporte público (PTOs) da Alemanha, receberam o primeiro veículo de um pedido de frota conjunta de 22 ônibus elétricos da BYD. O eBus de deck único de 12 metros da BYD oferece uma capacidade total de transporte de 80 passageiros e oferece uma faixa de carga única de mais de 200 km. (Green Car Congress – 10.08.2020)

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Inovação e Tecnologia

1 Promob-e: Plugues e conectores para carregamento de VE mais usados no Brasil

No mercado global, há cerca de 16 variações de plugues e conectores para carregamento de veículos elétricos. Entretanto, não existe no Brasil uma padronização sobre sua adoção, sendo os mais empregados os plugues e conectores: (i) Tipo 2; (ii) CCS Combo 2; (iii) J-1772; (iv) CHAdeMO; e (v) Wall. Destes, os conectores Tipo 2 (AC) e CCS Combo 2 (DC) são os mais representativos, sendo empregados em cerca de 80% dos modelos de veículos elétricos e híbridos disponíveis no mercado brasileiro. (Promob-e – Maio de 2020)

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2 IEA: Densidade de baterias segue em tendência de alta

A química catódica mais comum usada em VEs é níquel manganês cobalto (NMC). A densidade de energia das células com cátodos NMC aumenta com o aumento do conteúdo de níquel. As células que usam cátodos de fosfato de lítio e ferro (LFP) (usados principalmente na China e para aplicações pesadas) têm densidade de energia mais baixa do que as células NMC. Por isso, há razões para acreditar que a densidade também segue em tendência de alta. Estimamos que em 2019, 16% dos VEs usaram NMC 6222 ou superior, em comparação com 7% em 2018. Da mesma forma, a participação de LFP diminuiu de 9,1% em 2018 para 4,6% em 2019. A queda nas baterias LFP em VEs pode ser explicada pela estrutura do último esquema de incentivos na China, que favorece baterias de maior densidade. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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3 IEA: Reaproveitamento de uma bateria VE como armazenamento estacionário pode estender sua vida útil em 5-15 anos

Baterias de íon de lítio aposentadas que retêm 70-80% de sua capacidade inicial podem ser reutilizadas em aplicações de armazenamento estacionário menos exigentes, fornecendo serviços de qualidade, como redução de pico e/ou equilíbrio da intermitência de algumas fontes de geração de base renovável, por exemplo eólica e solar. O reaproveitamento de uma bateria VE como armazenamento estacionário é estimado para estender sua vida útil em 5-15 anos, dependendo de seu estado inicial de saúde e das características da aplicação de segunda vida. No entanto, deve-se notar que dados robustos são escassos devido à novidade da aplicação desta tecnologia. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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4 IEA: Processo inicial de renovação de baterias de VEs

Para serem usadas como armazenamento estacionário, as baterias de VE aposentadas devem passar por um processo inicial de desmontagem e teste para determinar o estado restante de integridade dos módulos de bateria. Os módulos devem ser totalmente descarregados, reconfigurados para atender às demandas de energia de sua nova aplicação, equipados com um sistema de gerenciamento e refrigeração de bateria e reempacotados. Estima-se que o custo de reaproveitar uma bateria de veículo usado por meio das etapas descritas pode chegar a US $ 25-49 / kWh, ou cerca de metade do preço de venda da bateria reaproveitada. O custo pode ser reduzido quando as instalações são operadas com alto rendimento e/ou as informações sobre o estado dos módulos de bateria estão prontamente disponíveis para a entidade que está realizando o reaproveitamento. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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5 Alumínio emerge como um metal preferido para VEs

Uma nova pesquisa conduzida pela DuckerFrontier – empresa de inteligência de mercado e consultoria – descobriu que o alumínio, que já é o material automotivo de crescimento mais rápido, deve crescer para níveis de conteúdo de 514 libras por veículo (PPV) até 2026, um aumento de 12% em relação aos níveis de 2020. Os pesquisadores afirmam estarem otimistas com o potencial de crescimento do metal no segmento de veículos elétricos emergentes. À medida que as pressões do consumidor e os desafios ambientais aumentam, também aumenta o uso de alumínio automotivo. Isso porque a chapa laminada de alumínio é uma solução chave para substituir aços mais pesados e ajudar os fabricantes de automóveis a atingirem as metas de redução de massa. (Green Car Congress – 13.08.2020)

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6 Lucid Air estabelece o novo recorde de autonomia com 832 km

Faltando menos de um mês para a estreia oficial, o Lucid Air se prepara para chegar ao mercado com todas as intenções de elevar os padrões em termos de mobilidade elétrica. O sedã elétrico tem desempenho impressionante, aerodinâmica recorde e, agora, uma faixa de autonomia que parecia ser inalcançável em um futuro próximo: 832 km com uma única carga. Trata-se de um novo recorde e supera com folga o já respeitável número do Tesla Model S, com 402 milhas ou 647 quilômetros. O Lucid Air Concept foi apresentado em dezembro de 2016, mas ainda demorou um certo tempo até a startup norte-americana finalizar o carro e encontrar investimentos para preparar a produção. (Inside EVs – 11.08.2020)

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Indústria Automobilística

1 Wood Mackenzie: Ásia vai liderar fabricação de baterias

Relatório recente produzido pela Wood Mackenzie aponta que a Ásia terá os maiores fabricantes do mercado de baterias de células de íon de lítio. A consultoria aponta a CATL, LG Chem, BYD, SK Innovation na liderança da corrida, com os europeus em seguida. O documento mostra ainda que a capacidade global de produção de células pode aumentar quatro vezes para chegar a 1,3 TWh em 2030 na comparação com 2019. O analista sênior da Wood Mackenzie, Mitalee Gupta, aponta que a capacidade de fabricação na Ásia-Pacífico é responsável por 80% da carteira de capacidade global. A região vai continuar como líder na produção de baterias na próxima década, sendo que a China domina esse mercado e deve dobrar sua capacidade de 345 GWh em 2020 para mais de 800 GWh até 2030. Sobre a Europa, o relatório diz que embora responda por apenas 7% da capacidade global, está prestes a aumentar de modo significativo nos próximos anos e acabará atingindo 25% da capacidade global da carteira de projetos em 2030. (Agência CanalEnergia - 11.08.2020)

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2 Neocharge: Mobilidade elétrica no Brasil está atrasada

A Neosolar atua nessa área por meio do seu braço chamado Neocharge. Para Raphael Pintão, diretor da empresa, a mobilidade elétrica do país está atrasada. Ser um dos maiores mercados do mundo com uma indústria automotiva desenvolvida aliada a forte presença das renováveis e com a proximidade das reservas bolivianas de lítio deveria fazer com que o Brasil tivesse uma posição melhor que a atual. O pouco entusiasmo após o plano Rota 2030 traz a necessidade de um novo plano nacional. Para ele, estamos perdendo o timing. O diretor afirma ter um grande projeto com uma montadora e que há coisas acontecendo, mas muito aquém do que gostaria, observou. (Agência CanalEnergia - 11.08.2020)

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3 Europa: Fabricantes de baterias se preparam para uma recuperação verde

Os fabricantes europeus de baterias estão se preparando para tirar proveito dos enormes pacotes de estímulo "verdes" revelados desde a pandemia do coronavírus, embora muitos reconheçam que será difícil se igualar aos gigantes asiáticos que dominam o mercado. Enquanto algumas empresas europeias apostam na produção em grande escala, outras estão se concentrando em nichos de mercado e novas tecnologias em vez de contratar empresas chinesas e sul-coreanas com produção em massa de baterias destinadas a VEs. As últimas afirmam que o desafio de construir economias de escala rapidamente para competir de frente significa que encontrar nichos é um caminho mais provável para o sucesso, por enquanto. (Automotive News Europe – 13.08.2020)

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4 Noruega: Após 4 meses de queda, vendas de VEs crescem 51% em relação a 2019

Após quatro meses seguidos de queda na comparação ano a ano, a Noruega conseguiu um crescimento significativo nas vendas de carros elétricos em julho de 2020. O número total de novos registros de plug-in totalizou 6.686 (aumento de 51% em relação ao ano anterior). Isso representa cerca de 68,4% do total de registros de carros novos. A tendência aponta que os híbridos plug-in estão se expandindo rapidamente - quase 142% de crescimento na comparação anual, algo que não é observado há algum tempo na Noruega. Recém-lançado no Brasil, o Audi e-tron foi o carro mais vendido no país durante o primeiro semestre de 2020, independentemente do tipo de propulsão. (Inside EVs – 08.08.2020)

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5 Índia: VEs poderão ser vendidos sem bateria

A indústria de veículos elétricos da Índia deu as boas-vindas à iniciativa do governo de permitir a venda e registro de veículos elétricos sem baterias. De acordo com a indústria, isso ampliaria as oportunidades para fabricantes e compradores. O Ministério de Transporte Rodoviário e Rodovias observou que a decisão permitirá que o custo dos VEs seja desassociado daquele da bateria, que representa 30-40 por cento do custo atual dos VEs. Portanto, as baterias podem ser vendidas separadamente. (Indian Express – 14.08.2020)

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6 BP: meta de instalação de 70.000 estações de carregamento

A BP, empresa multinacional sediada no Reino Unido que opera no setor de petróleo e gás, anuncia plano para migrar de uma companhia de petróleo para uma companhia de energia. A estratégia parte de uma mudança real de conotação da empresa, que acredita que a próxima década será decisiva para a luta contra as mudanças climáticas. Dentre os principais objetivos estabelecidos pela BP para se tornar uma empresa totalmente diferente em 2030, estão: investimentos de baixo carbono de 500 a 5 bilhões de dólares por ano; desenvolvimento de 2,5 a 50 GW de capacidade de geração renovável; construir mais de 70.000 pontos de carregamento para carros elétricos; reduzir a produção de petróleo e gás em 42%; reduzir as emissões das operações em 30-35%. (Inside EVs – 08.08.2020)

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7 Tesla é líder em vendas de VEs na Coreia do Sul

No primeiro semestre de 2020, a Tesla tornou-se líder em vendas de veículos elétricos na Coreia do Sul, ultrapassando as montadoras locais Hyundai e Kia. Além disso, a empresa de Elon Musk se tornou a empresa automotiva com maior valor de mercado do mundo, superando a gigante automotiva Hyundai-Kia em mais de dez vezes. Por conta disso, a Hyundai decidiu acelerar seu projeto de desenvolvimento de veículos elétricos e até anunciou o lançamento de uma nova divisão, IONIQ, exclusiva para essa finalidade. (Inside EVs – 14.08.2020)

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8 Ioniq: Hyundai lança marca focada em carros eletrificados

A Hyundai acaba de lançar a Ioniq, marca exclusiva para modelos eletrificados. A nova aposta contará com carros híbridos, híbridos plug-in e 100% elétricos e lançará três carros até 2024. O primeiro deles (já em 2021) será o Ioniq 5, crossover derivado do conceito 45 EV Concept, revelado no Salão de Frankfurt de 2019. Em 2022 virá o sedan esportivo Ioniq 6, derivado do Prophecy, revelado em março. Em 2024 será a vez do SUV grande Ioniq 7. Ao contrário dos demais, este último não se inspira em algum protótipo já revelado. Para cumprir a missão da nova marca, a Hyundai combinará seus recursos atuais de eletrificação de veículos – como carregamento ultrarrápido, interior espaçoso e energia fornecida por bateria – com inovações futuras de design, tecnologias e serviços de interação com o carro. (O Estado de São Paulo – 10.08.2020)

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9 IONIQ: Nova marca da Hyundai para elétricos irá lançar 3 modelos até 2024

A Hyundai anunciou a criação de uma nova sub-marca dedicada aos modelos elétricos: a IONIQ. Através da nova IONIQ, a Hyundai pretende introduzir no mercado três novos modelos elétricos nos próximos quatro anos: os IONIQ 5, 6 e 7. Todos os novos Hyundai elétricos vão ter por base a plataforma E-GMP (Eletric Global Platform). O primeiro modelo a ser lançado sob o signo da IONIQ será o Hyundai 45 EV Concept que foi revelado na última edição do Salão de Frankfurt. (Automonitor – 10.08.2020)

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10 Número de pontos de carregamento para VE no mundo dobrou nos últimos três anos

Há mais de 1 milhão de carregadores públicos instalados globalmente. Para colocar isso em alguma perspectiva, existem menos de 300.000 postos de gasolina na Europa e nos EUA. O número de pontos de carregamento dobrou nos últimos três anos. Se essa taxa continuar, a infraestrutura de carregamento deve acompanhar as vendas de VEs. A maior parte do crescimento em pontos de carregamento de VE foi na China e em toda a Europa, e metade dos carregadores de VE do mundo estão na nação asiática. No entanto, o título por ter a rede de carregamento de crescimento mais rápido vai para a Holanda, que é um dos condados com melhor classificação quando se trata de adoção de VE. Em 2018, oito em cada 1.000 carros eram elétricos. No entanto, a Noruega ainda está quilômetros à frente com 55 em cada 1.000 carros sendo um VE. (The Next Web – 13.08.2020)

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11 BMW: Foco na sustentabilidade da cadeia produtiva

A BMW afirma estar desenvolvendo um ciclo de material reutilizável sustentável para células de bateria. Os fornecedores de cobalto e lítio atendem a padrões rigorosos de sustentabilidade ecológica e social. Além disso, o motor elétrico da última geração do BMW eDrive e seus componentes são produzidos usando exclusivamente eletricidade de fontes renováveis. No geral, a partir deste ano, todos os locais de produção do BMW Group em todo o mundo serão abastecidos com eletricidade 100% verde. Embora uma cota de reciclagem de 50% seja exigida atualmente em toda a Europa, o BMW Group e a Duesenfeld (especialista alemã em reciclagem) desenvolveram em conjunto um processo no qual estima-se uma cota de reciclagem superior a 95%. (Inside EVs – 13.08.2020)

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12 BMW: Meta de venda de 7 milhões de VEs em todo o mundo até 2030

A BMW divulga a ambiciosa meta de colocar no mercado mais de sete milhões de veículos eletrificados em todo o mundo até 2030. E anuncia que dois terços desses veículos serão versões 100% elétricas. Atualmente, os modelos BMW e MINI com propulsão 100% elétrica e híbrida plug-in respondem por aproximadamente 13,3% de todos os novos registros na Europa. Um número 50% maior que a participação média de todas as marcas, que gira em torno de 8%. Em termos globais, os veículos eletrificados do grupo tiveram mais de 500 mil unidades vendidas durante o ano de 2019. Número que já foi superado nesses primeiros seis meses de 2020 (mesmo com a pandemia) e deve subir para mais de 1 milhão por ano até o fim de 2021, segundo a marca. (Inside EVs – 13.08.2020)

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13 BMW: vendas de elétricos e híbridos no Brasil têm recorde no semestre

No Brasil, a BMW afirma que o número de veículos vendidos das marcas BMW e MINI eletrificados já é maior em 2020 do que o registrado no ano anterior. Foram mais de 400 unidades emplacadas no país entre janeiro e julho contra 300 em todo o ano de 2019. Outra iniciativa adotada pela marca alemã foi o investimento em infraestrutura com aproximadamente 200 pontos de recarga instalados em todo o território nacional, além de ter a única rede inteligente de pontos de recarga em atuação no país, localizada em São Paulo. (Inside EVs – 13.08.2020)

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14 Mesmo com o boom do mercado de VE europeu, vendas da Tesla despencam na região

As vendas de veículos da Tesla entraram em colapso na Europa em julho. As vendas VEs na Europa aumentaram 34% no primeiro semestre, de acordo com a JATO Dynamics, enquanto as vendas europeias da Tesla caíram 18% durante o período. A queda nas vendas da Tesla ocorre quando mais compradores de automóveis na Alemanha e na França, os dois maiores mercados de automóveis de passageiros da região, estão mudando para VEs depois de incentivos governamentais. As entregas da Tesla também despencaram nos mercados do norte da Europa, onde os consumidores ecológicos são geralmente mais favoráveis aos veículos elétricos. Na Noruega, as vendas da montadora caíram 93%. Na Suécia, as vendas caíram 98%. (Automotive News Europe – 12.08.2020)

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15 Volkswagen: $ 27 mi para aquisição de caminhões com emissão zero na Califórnia

Em 18 de agosto de 2020, US $ 27 milhões em financiamento estarão disponíveis na Califórnia para substituir caminhões altamente poluentes por veículos com emissão zero. O financiamento faz parte do programa Environmental Mitigation Trust da Volkswagen (VW), que visa financiar projetos que mitigarão totalmente as emissões de óxido de nitrogênio (NOx) excedentes causadas pelos veículos VW. O financiamento máximo não excederá $ 200.000 por veículo de substituição elegível. Esta é a primeira parcela dos $ 90 milhões disponíveis para a categoria Zero-Emission Class 8 Freight and Port Drayage Trucks. A previsão de liberação da segunda parcela de recursos dessa categoria está prevista para os próximos anos. (Green Car Congress ? 11.08.2020)

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Meio Ambiente

1 IEA: Emissões de GEE no ciclo de vida dos VEs

O determinante de até que ponto os veículos elétricos podem apoiar as metas climáticas são as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ao longo de seu ciclo de vida. Os principais resultados dessa análise incluem: (i) hoje, a fase de uso é o maior contribuinte para as emissões de GEE do ciclo de vida de todos os trens de força; (ii) BEVs, HEVs e FCEVs têm semelhantes emissões de gases de efeito estufa ao longo da vida e suas emissões são menores do que as de um veículo ICE médio; (iii) aumentar o alcance de um BEV reduz seus benefícios relativos em comparação com veículos ICE ou FCEVs; (iv) à medida que a eletricidade usada para carregar VEs se descarboniza nos principais mercados, os benefícios das emissões mais baixas de GEE do ciclo de vida dos VEs se amplificam em relação a outros trens de força. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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2 IEA: BEVs podem se tornar até quatro vezes menos intensivos em CO2 quando alimentados com energia renovável

Uma bateria BEV, dependendo de seu tamanho e assumindo uma faixa típica de emissões da fabricação da bateria e a intensidade média global de carbono da eletricidade na fase de uso, é responsável por 10-30% das emissões totais do ciclo de vida do BEV. Quando alimentados por eletricidade zero-carbono durante a fase de uso, os BEVs podem se tornar três a quatro vezes menos intensivos em CO2 por km dirigido, e os PHEVs poderiam tornar-se duas ou três vezes menos intensivo em CO2 do que os carros convencionais a gasolina. Neste contexto, as emissões relativas da produção e descarte da bateria de íon-lítio permanecerão menores em comparação com as emissões totais de um veículo ICE e ganharão importância em comparação com outras fases do ciclo de vida e componentes de um VE. (Global EV Outlook 2020 – Junho de 2020)

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3 Cadeia energética deve ser analisada em meio a eletrificação de veículos

Segundo Benedito Antonio Luciano, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFCG, falar sobre eletrificação veicular sem analisar a cadeia energética completa é assumir um discurso falacioso. Numa abordagem superficial, o emprego do carro elétrico traria vantagens ambientais, pois em uso não haveria emissão de poluentes pelos canos de escape. Entretanto, se a energia elétrica dos carregadores das baterias vier de usinas termelétricas a carvão, por exemplo, fica evidente que a emissão de poluentes mudaria apenas de lugar: dos canos de escape dos veículos para as chaminés das usinas. Desta forma, esse discurso esconderia aspectos como: os impactos ambientais causados pelo descarte das baterias, os impactos nas tarifas de energia elétrica, os custos com o redimensionamento das redes elétricas para atender o aumento da demanda e as mudanças profundas na logística para suprir os usuários. (Paraíba Online – 16.07.2020)

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4 Indústria busca tornar o interior dos VEs mais sustentável

A indústria automotiva está voltada para o futuro elétrico, e materiais recicláveis e sustentáveis revestirão o seu interior, se adequando ao interesse da indústria e dos clientes por opções que respeitam o meio ambiente. E as marcas de luxo estão abrindo o caminho. A Mercedes-Benz incorporou diversos materiais novos: um tecido de camurça feito de garrafas plásticas recicladas e fibras de roupa, reveste os assentos, enquanto um produto derivado da madeira comprimida feito de rattan colhido por métodos sustentáveis, é usado nos assoalhos e no revestimento do painel de controle. A Bentley está experimentando um couro vegano feito de cascas, sementes e talos de uva. E a Polestar usa tapetes feitos com redes de pesca recicladas. Max Missoni, diretor de design da Polestar afirma que a ideia de criar um novo paradigma de design é crucial para os fabricantes que tentam reinventar-se para o futuro movido a bateria. (O Estado de São Paulo – 10.08.2020)

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Artigos e Estudos

1 UNB: Análise dos impactos decorrentes da integração de veículos elétricos em uma rede de distribuição

Este trabalho tem como objetivo principal identificar o impacto da integração de VE na demanda de pico, nas perdas técnicas, nas tensões, no desequilíbrio, nos carregamentos dos transformadores e dos condutores do sistema de distribuição. Para tanto, são adotados cenários em que se tem somente VE, VE e GDFV, e VE, GDFV e SA. A análise dos efeitos da integração de VE na rede elétrica mostra que a presença desta tecnologia no sistema elétrico tende a impactar negativamente a demanda, as perdas, as tensões e o desequilíbrio de tensão. Ainda nesta condição, constata-se um leve aumento dos carregamentos dos transformadores e dos condutores. A instalação de GDFV no alimentador que já possui VE culmina em um pico de produção de energia em um momento diferente ao de maior demanda. Consequentemente, os impactos provocados pelo recarregamento dos VE não são alterados significativamente. Já a inserção dos SA em redes que contam com a presença de VE e GDFV, além de evitar a inversão do fluxo de potência, provoca uma melhora nos indicadores de qualidade da energia. (Repositório UNB – 30.06.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles e Fabiano Lacombe
Pesquisadoras: Lara Moscon e Luiza Masseno
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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