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IFE: nº 36 - 23 de novembro de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Plano de Joe Biden para VEs
2 Quebec: Plano de Economia Verde 2030
3 Quebec: US $ 3,6 bilhões para um setor de transporte limpo
4 Inglaterra: plano para eliminar veículos ICE até 2030
5 Inglaterra: incentivos governamentais para VEs são insuficientes
6 Califórnia: CARB e concessionárias oferecem redução no preço de VEs
7 Noruega quer eliminar veículos ICE até 2025

Inovação e Tecnologia
1 Brasil aposta em VE com célula de combustível a etanol
2 Didi Chuxing: VE pensado para o compartilhamento
3 VE movido a energia solar
4 Electrify America: tecnologia de pagamento Plug & Charge
5 Plataforma de carregamento escalonável para VEs
6 SF90 Spider: Ferrari híbrida chega a 340 km/h
7 Mini Vision Urbanaut: minivan do futuro
8 Portugal: centro de reparação de baterias de VEs

Indústria Automobilística
1 GESEL: Interesse em veículos elétricos dispara no Reino Unido
2 Brasil: veículos ICE cada vez mais caros
3 Brasil fora do novo mapa de desenvolvimento de automóveis

4 Brasil dificilmente se tornará um mero importador de veículos

5 Novos participantes no mercado automobilístico

6 Califórnia: BEVs tem 6,7% de participação no mercado de veículos novos

7 Alemanha: pontos de carregamento públicos aumentam 19%

8 Venda de VEs em Portugal se destaca na Europa
9 Montadoras estão mais aliadas ao governo de Biden
10 Elon Musk cria organização para impulsionar venda de VE
11 EDP: parceria com rede Graal para instalar postos de recarga
12 Embraer e EDP Brasil: parceria para desenvolver avião elétrico
13 Santos Brasil adquire carregadores para veículos elétricos

14 Volkswagen: 73 bilhões de euros em elétricos e autônomos

15 Volkswagen confirma 'corrida contra a Tesla'

16 Ford considera produção de células de bateria

17 Panasonic considera a produção de baterias na Noruega

18 Fabricante chinesa de baterias planeja fábrica na Alemanha

Meio Ambiente
1 Universidade de Coimbra: Análise dos impactos energéticos, das emissões e de custos de VEs e veículos ICE em Portugal
2 Unisul: Análise comparativa entre VEs e veículos ICE no contexto de mitigação das mudanças climáticas
3 VEs para reduzir emissões na Europa

Outros Artigos e Estudos
1 GESEL: instalação de postos de recargas cria um círculo virtuoso para VEs
2 Primeiro passo para a adoção generalizada de AFVs são as frotas
3 Deve se ter cuidado ao eletrificar veículos no Brasil


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Plano de Joe Biden para VEs

Um plano divulgado por Joe Biden prevê a criação de 1 milhão de empregos na indústria automotiva americana, com foco no desenvolvimento e na produção de VEs. O pacote inclui investimentos em infraestrutura e em 500 mil novas estações de recarga. Uma das metas mais ambiciosas é, em um intervalo de 10 anos, eletrificar todos os ônibus que circulam nos EUA. O número inclui os 500 mil veículos utilizados no transporte escolar. O discurso agrada às montadoras, que estão aceitando qualquer ajuda para bancar os investimentos em eletrificação. É um caminho sem volta, mas ainda distante da consolidação nos EUA. (Folha de São Paulo – 21.11.2020)

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2 Quebec: Plano de Economia Verde 2030

O governo de Quebec divulgou o Plano de Economia Verde 2030 (PEV 2030) e seu primeiro plano de implementação 2021-2026, com uma cobertura de $ 6,7 bilhões em cinco anos. O primeiro plano de implementação, além de reduzir as emissões de GEE, tem como objetivo estimular a recuperação econômica e a geração de empregos. O governo estima que esse projeto de eletrificação e mudança climática deve adicionar US $ 2,2 bilhões ao PIB de Quebec em termos reais até 2030 e criar mais de 15.500 novos empregos. Investimentos adicionais que apoiarão o desenvolvimento de setores verdes, como baterias e hidrogênio verde, aumentarão esses benefícios. (Green Car Congress– 17.11.2020)

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3 Quebec: US $ 3,6 bilhões para um setor de transporte limpo

Nos próximos cinco anos, US $ 3,6 bilhões do plano de implementação do PEV 2030 serão investidos no setor de transporte, que sozinho responde por mais de 43% das emissões de GEE de Quebec. Além deste montante, há investimentos de US $ 15,8 bilhões em transporte público no âmbito do Plano de Infraestrutura 2020-2030 do Quebec. Trens leves, ônibus urbanos e escolares, táxis, carros e caminhões serão todos eletrificados gradualmente. A meta de 1,5 milhão de VEs nas estradas de Quebec está prevista para 2030. (Green Car Congress– 17.11.2020)

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4 Inglaterra: plano para eliminar veículos ICE até 2030

A Grã-Bretanha anunciou planos para encerrar a venda de novos carros a gasolina e diesel até 2030. Para um país onde os VEs respondem por menos de 7% das compras de carros novos, a decisão de Boris Johnson foi um forte sinal para os consumidores e fabricantes. Para apoiar a mudança para VEs, Johnson disse que o governo gastaria 1,3 bilhão de libras instalando pontos de recarga e centenas de milhões de libras em subsídios para os consumidores. (The New York Times - 18.11.2020)

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5 Inglaterra: incentivos governamentais para VEs são insuficientes

Mesmo com planos para o mercado de VEs proposto por Boris Johnson, analistas disseram que o governo não está fazendo o suficiente para apoiar a produção de baterias para VEs, apresentando grandes desafios para uma indústria de fabricação de veículos motorizados que empregava 166.000 pessoas na Grã-Bretanha em 2018. A saída da Grã-Bretanha da UE já fez os investimentos na indústria automobilística despencarem. Peter Wells, diretor do Centro de Pesquisa da Indústria Automotiva da Cardiff Business School disse que sem ajuda governamental adicional e sem a entrada de outras empresas, a indústria automotiva do Reino Unido terá dificuldades para sobreviver à transição para os VEs. (The New York Times - 18.11.2020)

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6 Califórnia: CARB e concessionárias oferecem redução no preço de VEs

As concessionárias de energia elétrica da Califórnia estão se unindo ao California Air Resources Board (CARB) - agência líder para programas de mudança climática - para oferecer o California Clean Fuel Reward (CCFR), uma redução no preço no ponto de venda de até US $ 1.500 para a compra ou aluguel de qualquer BEV ou PHEV de um varejista automotivo participante. Os consumidores podem comprar um veículo elegível de um revendedor inscrito e receber uma redução instantânea no preço de compra. O objetivo do programa é acelerar o número de VEs nas estradas e rodovias da Califórnia. A redução instantânea do preço no ponto de venda de até US $ 1.500, junto com outros programas, ajudará a tornar esses carros mais acessíveis, especialmente para famílias de baixa renda ou aqueles que vivem em comunidades carentes. (Green Car Congress - 18.11.2020)

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7 Noruega quer eliminar veículos ICE até 2025

A Noruega depende fortemente das receitas de petróleo e gás. Seu objetivo é se tornar o primeiro país do mundo a encerrar a venda de carros movidos a combustíveis fósseis, estabelecendo um prazo de 2025. Os veículos totalmente elétricos representam agora cerca de 60% das vendas mensais no país. (Automotive News Europe - 18.11.2020)

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Inovação e Tecnologia

1 Brasil aposta em VE com célula de combustível a etanol

Em um mercado de VEs que ainda é bastante reduzido o Brasil se prepara para apontar novas soluções para a mobilidade elétrica. Recentemente, foi noticiado que mineradoras estão apostando no níquel para a produção de baterias de VEs, podendo colocar o país em posição de destaque nessa indústria. Mas um segmento bem tradicional por aqui também tem planos para país nessa transição. O setor de cana-de-açúcar vê na célula de combustível a etanol uma solução para baixas emissões. Além de praticamente banir o carro a gasolina no Brasil, o etanol tem como desafio se impor frente a diferentes tecnologias na busca pela eletrificação. O setor defende que a célula combustível que produz hidrogênio a partir do etanol é mais eficiente: a tecnologia, ainda em desenvolvimento, consiste em separar o hidrogênio do etanol e produzir eletricidade por meio de um processo químico no próprio veículo. Como vantagens, está a redução da necessidade de baterias grandes e caras. Também apresenta o benefício de se utilizar de uma rede de postos já estabelecida, eliminando os investimentos em redes de carregamento e distribuição de energia. (Inside EVs - 17.11.2020)

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2 Didi Chuxing: VE pensado para o compartilhamento

O gigante chinês da mobilidade Didi Chuxing, um dos principais rivais internacionais do Uber, lançou o seu próprio VE chamado de D1. Criado em parceria com a BYD, o modelo foi pensado desde o zero como um carro para compartilhamento. O interior é versátil, tem bancos ergonômicos e portas automáticas de correr para facilitar o acesso dos passageiros. O D1 permite que os usuários definam suas escolhas para a viagem por meio de um aplicativo. É possível definir a temperatura do ar-condicionado ou aquecimento, entre outras coisas, antes de iniciar o trajeto. O monovolume é equipado com um sistema de condução autônoma nível 2, volante inteligente e também estão disponíveis tecnologias como Sistema de Segurança Móvel, reconhecimento facial, assistente de voz com Inteligência Artificial e sistema de pagamento integrado. A DiDi planeja colocar em serviço nada menos que 1 milhão de veículos conectados e com a tecnologia de condução autônoma até 2025. (Inside EVs – 17.11.2020)

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3 VE movido a energia solar

Um VE, acessível e hiper eficiente, que consiga rodar 1,5 km com o equivalente a R$ 1 de combustível. Esse é o objetivo da startup holandesa de mobilidade limpa Lightyear. Seu primeiro conceito, o Lightyear One, usa células solares integradas ao capô e ao teto do carro. A Forbes classificou a startup como a empresa automobilística mais revolucionária do planeta, e revelou, em entrevista com o CEO Lex Hoefsloot, que a Lightyear pretende apresentar seu novo protótipo no primeiro trimestre do ano que vem. O modelo terá autonomia de 725 km com uma carga de bateria – alimentada pelo painel solar no teto do carro. Hoefsloot diz ainda que, ee a viagem acontecer durante o dia, pode adicionar entre 38 e 59 km extras no alcance. Ele acredita que um carro com esse baixo consumo de energia pode ser a chave para uma adoção massiva de VEs. (Olhar Digital – 20.11.2020)

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4 Electrify America: tecnologia de pagamento Plug & Charge

A rede de recarga ultrarrápida da Electrify America agora oferece a tecnologia de pagamento Plug & Charge, que permite aos proprietários de VEs iniciar uma carga sem pegar sua carteira, smartphone ou cartão do banco. Após um breve registro online, os motoristas podem pagar automaticamente pela cobrança, simplesmente conectando seu VE. O carregador se comunica com o veículo para identificar, autenticar, autorizar e cobrar a conta registrada do cliente pela sessão de cobrança. Esta tecnologia está agora disponível em todos os carregadores Electrify America nos EUA. (Green Car Congress– 17.11.2020)

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5 Plataforma de carregamento escalonável para VEs

A Tritium, fornecedora de tecnologia de carregamento rápido DC para VEs, revelou sua plataforma de hardware MSC (Modular Scalable Charging) - a primeira plataforma a permitir redes escaláveis de carregamento de VEs. A plataforma MSC oferece aos clientes a flexibilidade de aumentar o nível de energia de seus carregadores à medida que os recursos de carregamento de VE avançam e “pagar conforme você cresce”. A potência do carregador pode ser aumentada em incrementos de 25kW, começando em 25kW e aumentando para 350kW. (Green Car Congress - 17.11.2020)

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6 SF90 Spider: Ferrari híbrida chega a 340 km/h

A Ferrari revelou as primeiras imagens da versão conversível do superesportivo híbrido plug-in SF90 Spider. O modelo terá um motor V8 4.0 biturbo de 780 cv e três elétricos que juntos entregam 220 cv. Esse conjunto permite o SF90 Spider acelerar de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e atingir uma velocidade máxima em 340 km/h. Como híbrido plug-in, ele pode ser recarregado na tomada ou um ponto de recarga rápida. O pacote de baterias com 7,9 kWh de capacidade é capaz de percorrer até 25 km usando apenas os motores elétricos e atingir até 135 km/h. A Ferrari não divulga o tempo necessário para ter 100% da carga. (O Estado de São Paulo – 13.11.2020)

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7 Mini Vision Urbanaut: minivan do futuro

A Mini é uma fabricante de carros, mas pode ser mais do que isso no futuro. A Vision Urbanaut é uma minivan 100% elétrica que dirige sozinha. E não é só: sua cabine é uma verdadeira sala de estar sobre rodas. O assento do motorista é móvel e pode girar para trás quando o veículo está operando em condução autônoma. Já os bancos traseiros se transformam em sofás-cama e contam até com um arco iluminado. A Mini não deu detalhes técnicos, uma vez que não pretende produzir o conceito. Nesse sentido, a minivan serve mais como visão de futuro. E que só acontecerá se um dia a marca inglesa, que pertence ao grupo BMW, passar a produzir outros tipos de veículos além do Mini Cooper. Contudo, a Vision Urbanaut indica um caminho em comum com outras fabricantes: a de minivans elétricas. A Volkswagen já havia mostrado o conceito I.D. Buzz, e recentemente a Porsche mostrou a incrível Vision Renndienst. São conceitos para a “era dos carros autônomos”. (O Estado de São Paulo – 17.11.2020)

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8 Portugal: centro de reparação de baterias de VEs

A Renault Retail Group Portugal instalou, na nova Renault Loures, o primeiro centro português de reparação de baterias de VEs. Com a abertura deste centro, a Renault Loures passa a ter a responsabilidade de dar assistência a todos os clientes e rede de concessionários da marca no país. (Fleet Magazine – 16.11.2020)

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Indústria Automobilística

1 GESEL: Interesse em veículos elétricos dispara no Reino Unido

O plano do Reino Unido de banir a venda de novos carros a combustão até 2030 pode ainda estar distante, porém os consumidores do país aparecem estar adiantando os novos ajustes em suas intenções de compras. De acordo com o site BuyaCar.co.uk, a procura por veículos elétricos cresceu 500%, imediatamente logo após o anúncio do primeiro-ministro Boris Johnson. As vendas de elétricos na região andam em torno de 10% do total e vem crescendo nos últimos meses do ano.

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2 Brasil: veículos ICE cada vez mais caros

Os europeus continuam comprando VEs com subsídios de governos. Jaime Ardila, que já foi presidente da General Motors no Brasil e na América do Sul e hoje integra conselhos de empresas de diversos setores no Brasil, destaca que o mundo mudou e o apoio do poder público surge para permitir a transição para os veículos sustentáveis. Enquanto os europeus testemunham a evolução dos VEs, no Brasil, o carro a combustão fica cada vez mais caro. Encurralados pela pandemia e sem apoio das matrizes, os fabricantes têm repassado todos os aumentos de custos de insumos e da alta do dólar. Isso tem feito com que, ao contrário da época do famoso carro popular, o mercado de modelos novos fique cada vez mais limitado às camadas de alto poder aquisitivo. (Valor Econômico - 17.11.2020)

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3 Brasil fora do novo mapa de desenvolvimento de automóveis

Mesmo com equipes de engenharia de alto nível, o Brasil não está inserido no novo mapa de desenvolvimento dos automóveis. As plataformas globais são todas elétricas, o que tende a levar o país a reviver os tempos em que o consumidor só sabia o que era carro moderno quando viajava ao exterior. Já se foi também o tempo em que os governos do país se dispunham a elaborar políticas setoriais. O último programa nessa linha, o Rota 2030, teve decreto assinado, apressadamente, nos últimos dias do governo de Michel Temer. Mesmo assim, as variadas etapas desse programa podem ficar comprometidas por falta de diálogo e também porque o governo tem outras prioridades. Nesse sentido, o Brasil carece de definições governamentais, principalmente em relação à matriz energética do seu transporte, segundo Paulo Cardamone e Cassio Pagliarini, da Bright Consulting, empresa de consultoria especializada no setor automotivo, o país precisa de uma visão de futuro. (Valor Econômico - 17.11.2020)

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4 Brasil dificilmente se tornará um mero importador de veículos

O Brasil é hoje o oitavo maior produtor de veículos do mundo e seu mercado interno é o sexto maior. Fabricantes de veículos não costumam desprezar um potencial desse tamanho. Por isso, dificilmente o país se transformaria, algum dia, em mero importador de carros, como são mercados menores, como o Chile. Mas os investimentos, nessa indústria, são extremamente disputados entre as filiais espalhadas pelo mundo. Num momento que mistura a crise provocada pela pandemia com a necessidade de gastar mais dinheiro nas tecnologias do carro do futuro, as matrizes tendem a ser mais seletivas. (Valor Econômico - 17.11.2020)

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5 Novos participantes no mercado automobilístico

Nos últimos anos, tradicionais produtores de veículos, como Alemanha, EUA e Japão, registraram oscilações provocadas por crises, mas mantiveram o vigor. Surgiram, também, novos participantes. A Índia tem incentivado investimentos em autopeças. Segundo o consultor internacional Jaime Ardila, a indústria começa a se voltar para Índia e Sudeste asiático com mais interesse, de olho, principalmente, em opções para escapar da guerra comercial entre EUA e China. Além de seu gigantismo, a China leva a vantagem de o governo ter definido a eletricidade como matriz energética principal para veículos. Isso atrai não apenas investimentos como também garante ao consumidor chinês acesso às últimas novidades. O mesmo acontece na Europa, sobretudo a Alemanha, que se transformou em importante centro de desenvolvimento de VEs, principalmente para poder atender às cada vez mais rigorosas regras de emissões. (Valor Econômico - 17.11.2020)

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6 Califórnia: BEVs tem 6,7% de participação no mercado de veículos novos

O California Center for Jobs & The Economy lançou um relatório atualizado sobre as vendas de veículos e o andamento das vendas de ZEVs na Califórnia para o terceiro trimestre de 2020. O relatório é baseado em dados de vendas da California New Car Dealers Association (CNCDA). Os dados mostram que o total de registros de veículos leves novos no terceiro trimestre caiu 19,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os registros de VEs a bateria (BEV) tiveram um ligeiro aumento em relação ao 3º trimestre de 2019 (de 26.210 para 27.565 unidades), atingindo uma participação de mercado de 6,7% no terceiro trimestre. (Green Car Congress - 18.11.2020)

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7 Alemanha: pontos de carregamento públicos aumentam 19%

O número de pontos de carregamento para VEs na Alemanha cresceu 19% desde abril, disse a associação alemã para as indústrias de energia e água (BDEW). A BDEW disse que 33.107 pontos de carregamento públicos foram registrados até agora, com carregadores rápidos respondendo por cerca de 10%. Kerstin Andreae, diretor administrativo da BDEW, afirma que o setor de energia arcou com custos enormes para construir e operar a infraestrutura de carregamento. Entretanto, as estações ainda não são lucrativas devido ao baixo número de VEs. De acordo com os cálculos do grupo, existem cerca de 240.000 carros totalmente elétricos. A rede de carregamento atual precisaria de pelo menos 550.000 veículos totalmente elétricos para ser viável, disse a BDEW. (Automotive News Europe - 17.11.2020)

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8 Venda de VEs em Portugal se destaca na Europa

Embora seja um dos países europeus com menos incentivos à compra de VEs, Portugal tem a quinta maior porcentagem de venda de VEs da Europa, de acordo com o relatório “Mission (almost) accomplished”, da Federação Europeia de Transporte e Ambiente. No primeiro semestre de 2020, 11% de todos os carros vendidos em Portugal eram elétricos. Nos primeiros lugares da lista, estão os Países Baixos (13%), a Finlândia (15%), a Suécia (26%) e a Noruega, em primeiro lugar, com 68%, sendo o único país na Europa onde os elétricos representam mais de metade do total de carros vendidos. (Automonitor – 13.11.2020)

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9 Montadoras estão mais aliadas ao governo de Biden

Milad Kalume, gerente de desenvolvimento de negócios da Jato Dynamics Brasil, afirma que não se pode desconsiderar o fato de que não haverá um desligamento da indústria tradicional por completo de uma hora para outra, com foco irrestrito nos elétricos. Haverá coexistência inclusive na busca pelos incentivos governamentais e, nesse sentido, as montadoras estão mais alinhadas aos interesses do Biden. Para essas empresas tradicionais, é a chance de receber ajuda para encarar o fenômeno Tesla, empresa que segue absoluta no segmento após se tornar a marca automotiva mais valiosa do mundo. Audi, Jaguar, Porsche e Mercedes já oferecem produtos capazes de rivalizar com os carros mais sofisticados de Elon Musk, tanto em desempenho como em autonomia. Mas Elon Musk pode converter essa concorrência em clientela. Um de seus negócios mais promissores é o fornecimento de baterias para outras empresas, ponto crítico de qualquer fabricante de VEs. (O Estado de São Paulo – 21.11.2020)

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10 Elon Musk cria organização para impulsionar venda de VE

A denominada Zero Emission Transportation Association (ZETA) foi criada por Elon Musk com o objetivo de impulsionar a mobilidade elétrica. No total já conta com 28 parceiros, onde encontramos a Lucid Motor, Rivian e alguns fabricantes de infraestruturas de carregamento como a Charge Point. Para já, esta associação vai focar as suas intenções nos EUA, porém, o objetivo é ir alargando horizontes. A ZETA vai reger-se por alguns pontos fundamentais. Em primeiro lugar procuram mais incentivos para a compra de VEs. Em sentido contrário, querem incentivos ao abate de veículos ICE. O segundo ponto passa pelos objetivos de emissões de CO2 que a ZETA considera uma peça-chave para proteger a saúde pública e crítica para a transição elétrica. Depois, é também necessário investir em infraestruturas de carregamento. A ZETA defende ainda que nos EUA, só se vendam VEs feitos “em casa”, com o objetivo fomentar a criação de emprego e atividade econômica. Por outro lado, este ponto é uma espécie de impedimento a fabricantes fora dos EUA de vender produtos mais baratos, como é o caso dos construtores chineses, por exemplo. (Sapo – 20.11.2020)

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11 EDP: parceria com rede Graal para instalar postos de recarga

O grupo EDP firmou parceria com a rede Graal para instalar 8 pontos de recarga para VEs no Estado de SP. A expectativa é que os eletropostos estejam prontos até o fim deste ano e que a operação tenha início já nos primeiros meses de 2021. Para a EDP, o projeto é mais um passo na transição energética. Já para a Graal, a iniciativa é uma forma de garantir a presença dos clientes com a oferta de mais um serviço, além dos atuais postos de combustível, lojas de conveniência e restaurantes. As estações de recarga fazem parte do projeto Plug&Go, uma iniciativa em parceria com [o GESEL] e as fabricantes Audi, Porsche e Volkswagen para montar uma rede de recarga ultrarrápida na América Latina. A expectativa é que 30 postos sejam instalados até 2022 no País, com investimentos totais de R$ 33 milhões. No total, serão 15 estações de recarga instaladas nos postos Graal, incluindo duas unidades em MG. Com isso, a empresa de energia passa a ter presença em todos os Estados do Sudeste. (O Estado de São Paulo - 19.11.2020)

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12 Embraer e EDP Brasil: parceria para desenvolver avião elétrico

A Embraer e a EDP Brasil anunciaram nesta sexta-feira (20) parceria para pesquisa de avião elétrico, com a empresa do setor de energia realizando um aporte para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica. O protótipo, que usa um EMB-203 Ipanema como plataforma de testes, já está em desenvolvimento e tem o primeiro voo previsto para 2021. A parceria entre as empresas vai permitir investigar a aplicabilidade de baterias de alta tensão para o sistema de propulsão elétrico de um avião de pequeno porte, além de avaliar suas principais características de operação, como peso, eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento térmico, ciclagem de carregamento, descarregamento e segurança de operação. (O Globo – 20.11.2020)

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13 Santos Brasil adquire carregadores para veículos elétricos

A Santos Brasil adquiriu dois carregadores para carros elétricos, que ficarão disponíveis no Terminal de Veículos da companhia. Um deles será fixo, instalado em um totem, e outro será móvel, acoplado a um veículo da empresa para atender a automóveis que percam carga no momento do desembarque dos navios, evitando a necessidade de reboque. O Terminal de Veículos fica localizado no Porto de Santos e tem capacidade de movimentar 300 mil automóveis por ano. O país ainda não tem fabricação de modelos 100% elétricos, sendo eles importados de outros países. (Brasil Energia - 18.11.2020)

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14 Volkswagen: 73 bilhões de euros em elétricos e autônomos

A Volkswagen revelou na última sexta-feira que irá reforçar o seu investimento em tecnologia para VEs e autônomos. A fabricante planeja gastar em tecnologia 73 bilhões de euros nos próximos cinco anos – cerca de metade do seu orçamento total de 150 bilhões de euros. Cerca de 35 bilhões serão investidos em e-mobilidade e 11 bilhões foram reservados para o desenvolvimento de novos modelos híbridos. Em comunicado, a Volkswagen indica que o grupo pretende lançar cerca de 70 modelos 100% elétricos até 2030, sendo que cerca de 20 já se encontram em produção. Adicionalmente, o grupo planeja oferecer 60 modelos híbridos dentro de 10 anos, dos quais pouco mais de metade já se encontram a ser produzidos. (Automonitor – 14.11.2020)

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15 Volkswagen confirma 'corrida contra a Tesla'

O Grupo Volkswagen planeja investir US$ 86 bilhões em mobilidade elétrica, tecnologia híbrida e digitalização nos próximos cinco anos. Vale destacar novamente que US$ 41 bilhões deste montante serão investidos apenas na produção de carros elétricos a bateria. O CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess deixou claro que os investimentos estão em vigor, pelo menos em parte, para competir e alcançar a Tesla. Ele disse que acredita que o Grupo Volkswagen tem algumas vantagens importantes. Diess mencionou especificamente seus diferentes estilos de carroceria e sua rede de concessionárias. A capacidade de produção da montadora também tem potencial para alcançar rapidamente a Tesla, especialmente com os novos investimentos. (Inside EVs – 18.11.2020)

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16 Ford considera produção de células de bateria

A Ford Motor está considerando a fabricação de células de bateria para veículos elétricos como uma forma de compensar a perda de empregos como resultado de produtos que requerem menos peças para serem construídos, disse o CEO da marca Jim Farley. Ele afirma que os VEs têm 40% menos peças, o que significa que são muito mais fáceis de montar. Assim, a Ford planeja fazer a transição de sua força de trabalho da construção de motores de combustão interna para a montagem de inversores e motores elétricos, mas isso pode não ser suficiente. (Automotive News Europe – 13.11.2020)

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17 Panasonic considera a produção de baterias na Noruega

A Panasonic, explorará oportunidades para abrir uma fábrica de baterias de íon de lítio na Noruega. A fábrica seria baseada na tecnologia líder da Panasonic e visa o mercado europeu de VEs e outras aplicações, disseram as empresas em comunicado na quarta-feira. A fábrica pode fornecer baterias cilíndricas para a primeira fábrica de automóveis da Tesla na Europa, que deve ser inaugurada no próximo verão perto de Berlim, disse uma porta-voz da Panasonic. (Automotive News Europe - 18.11.2020)

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18 Fabricante chinesa de baterias planeja fábrica na Alemanha

A SVolt Energy Technology, fabricante chinesa de baterias, planeja investir cerca de 2 bilhões de euros na Alemanha para construir sua primeira fábrica na Europa, buscando se beneficiar da crescente demanda por VEs na região. A planta terá capacidade para produzir até 24 GWh de baterias para abastecer entre 300.000 e 500.000 VEs anualmente, disse a empresa em um comunicado na terça-feira. A produção está programada para começar no final de 2023 no local perto de Saarlouis, ao longo da fronteira da Alemanha com a França. (Automotive News Europe - 17.11.2020)

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Meio Ambiente

1 Universidade de Coimbra: Análise dos impactos energéticos, das emissões e de custos de VEs e veículos ICE em Portugal

A presente dissertação desenvolve diversas análises comparativas entre VEs e veículos ICE. Inicia com uma análise das várias fases do ciclo de vida (produção, uso e reciclagem) em termos energéticos e de emissões. Tendo como ponto de partida que uma das grandes barreiras à disseminação destas novas tecnologias é o custo elevado na compra e o fato de as emissões serem mais elevadas na sua fase de produção, foi analisado o retorno do investimento inicial e realizada uma comparação dos custos estimados na fase de uso para os anos de 2019 e 2030. Conclui-se que, para longas distâncias percorridas no ciclo de vida de um veículo, o PHEV é o veículo com resultados mais satisfatórios em termos energéticos e de emissões face ao ICE. Em termos de retorno de investimento inicial, verificou-se que o dos VEs é elevado, apesar dos baixos custos na fase de uso. Assim sendo, é necessária uma grande evolução nas tecnologias, nas infraestruturas e nos custos de produção para que os VEs sejam sustentáveis e possam constituir uma alternativa mais competitiva e aliciante no mercado automóvel. (Universidade de Coimbra – 21.02.2020)

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2 Unisul: Análise comparativa entre VEs e veículos ICE no contexto de mitigação das mudanças climáticas

Neste artigo, espera-se contribuir com informações acerca de características do desempenho ambiental de VE em relação aos veículos ICE, analisando quais suas vantagens e desvantagens, quais os impactos ambientais causados em todo o ciclo de vida e como essa tecnologia poderia contribuir para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, também se discute quais os impactos da expansão dos VE na demanda de energia final. Para tanto, empreendeu-se revisão da literatura sistêmica com base em pesquisas recentes e naquelas basilares focadas nos VE. Um dos resultados principais indicou que, quanto maior a participação de energias renováveis na oferta de energia elétrica, maior será a redução das emissões de GEE pelos VE, sendo que em alguns casos pode haver um aumento das emissões no balanço total do ciclo de vida desta tecnologia comparada à convencional. (Universidade do Sul de Santa Catarina – 2019)

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3 VEs para reduzir emissões na Europa

Quando comparado aos níveis de 1990, o setor de transporte na Europa continua sendo o único em que as emissões de GEE aumentaram. Consequentemente, os veículos a combustível alternativo (AFVs) estão sendo apresentados atualmente como uma solução para reduzir a quantidade de emissões de carbono e a dependência de combustíveis fósseis dos países europeus. Os AFVs têm diversos benefícios para o meio ambiente e para a saúde pública, quando comparados aos veículos ICE. Os veículos movidos a hidrogênio, por exemplo, emitem apenas ar e água quente. Da mesma forma, como os VEs são carregados pela rede elétrica, eles produzem zero emissões de escape. Além disso, em comparação com os veículos ICE, os VEs são veículos silenciosos, causando uma redução na poluição sonora. No entanto, apesar dos esforços dos governos, ainda testemunhamos um crescimento lento de AFVs. Em 2017, a participação global de AFVs era de apenas 4,4% do número total de veículos em circulação. (Science Direct – 30.09.2020)

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Outros Artigos e Estudos

1 GESEL: instalação de postos de recargas cria um círculo virtuoso para VEs

Atualmente, a EDP tem 50 pontos de carregamento ativos no País e espera triplicar o tamanho dessa rede até o fim de 2022 [30 só com o projeto Plug&Go, realizado em parceria com o GESEL e as fabricantes Audi, Porsche e Volkswagen]. Nuno Pinto, chefe de mobilidade elétrica e negócios B2C da EDP, diz que não se pode esperar a demanda aumentar para começar a movimentação nesse caminho. Segundo ele, o mercado de VEs prevê um crescimento de 60% neste ano, comparado a 2019. Para o professor da UFRJ, Nivalde Castro, a instalação de postos de recargas cria um círculo virtuoso e estimula a compra de VEs, que são uma opção mais sustentável. Ele afirma que esse é um processo irreversível e cabe muito bem ao País, que tem a matriz elétrica mais limpa do mundo. Até julho, segundo ABVE, com base no aplicativo Tupinambá Energia, o País tinha 315 eletropostos no Brasil (excluídos pontos de recarga em condomínios residenciais). (GESEL e O Estado de São Paulo - 19.11.2020)

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2 Primeiro passo para a adoção generalizada de AFVs são as frotas

A teoria de Rogers, teórico e sociólogo americano, sobre a difusão de inovações explica que os adotantes de uma nova tecnologia se enquadram em cinco categorias: inovadores, primeiros adotantes, maioria inicial, maioria tardia e retardatários. Especificamente, os primeiros usuários desempenham um papel crítico em afetar a decisão de potenciais adotantes. Na verdade, Rogers argumenta que os primeiros usuários possuem o maior grau de liderança de opinião, que pode ajudar a desencadear a adoção em massa. Além disso, W. B. Arthur, economista responsável pelo desenvolvimento da abordagem moderna para aumentar os retornos, explica que tecnologias complexas, muitas vezes exibem retornos crescentes de adoção, o que significa que quanto mais a tecnologia é adotada, mais experiência é adquirida e mais eles são melhorados. Portanto, no contexto de frotas, se as empresas fossem vistas a conduzir e adotar mais AFVs, a velocidade de adoção e difusão de AFVs é mais provável de aumentar. Assim, em essência, o primeiro passo para a adoção generalizada de AFVs é a adoção e difusão das frotas AFV pelas empresas. (Science Direct – 30.09.2020)

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3 Deve se ter cuidado ao eletrificar veículos no Brasil

Para Adriano Pires, Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, na transição para a energia renovável, é bom ter cuidado com a pressa e entender a realidade de cada país. Não resta dúvida alguma de que o Brasil pode ser uma potência verde no mundo pós-pandemia. O desafio do Brasil é manter o grau de penetração de fontes renováveis e, ao mesmo tempo, garantir a segurança do abastecimento usando o gás natural – a energia da transição – com tarifas adequadas ao nível de renda do País. Portanto, deve-se ter cuidado com a pressa e os extremismos e entender a realidade energética e social de cada país. O exemplo é o incentivo ao carro elétrico, quando temos o carro a etanol, mais limpo e mais barato. (O Estado de São Paulo – 14.11.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles e Fabiano Lacombe
Pesquisadores: Lara Moscon, Luiza Masseno, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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