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IFE: nº 44 - 09 de fevereiro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Promob-e: EUA foi um dos pioneiros a incentivar VEs
2 DOE: principal financiador de P&D de VEs nos EUA
3 Interação entre VEs e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA
4 Europa: esforços governamentais impulsionam VEs
5 UE: 2,9 bilhões de euros para inovação de baterias
6 Tesla: US $ 1,2 bi em subsídios alemães

Inovação e Tecnologia
1 Montadoras: investimentos e alianças para produção de baterias
2 Etanol pode ser utilizado em VEs com célula de combustível
3 Nissan: VE a célula de combustível de etanol
4 EDP Smart: soluções para usuários de VEs
5 Energisa começará a operar eletroposto móvel
6 Volkswagen vai construir iate elétrico
7 Ford fecha parceria com o Google para acelerar transformação

Indústria Automobilística
1 Montadoras tradicionais precisam investir em infraestrutura de recarga
2 Preferência por VEs levou à saída da Ford no Brasil
3 Ford: U$ 29 bi para VEs e autônomos

4 Ford aposta na fabricação de baterias

5 Brasil ganha mais opções de caminhões elétricos

6 Europa impulsiona mercado de VEs em 2020

7 UE: aceleração de vendas de VEs

8 Europa: VEs foram 11% das vendas de 2020
9 Europa: vendas de VEs dobram em 2020
10 Reino Unido: interesse por VEs cresce, mas custo é impeditivo
11 China lidera venda de VEs no mundo
12 Startups chinesas batem recordes de vendas de VEs
13 EUA: mercado de VEs caminha “devagar”

14 Uber expande locais com corridas de VEs

15 Volkswagen agora possui 5 fábricas de VEs no mundo

16 Daimler acelera caminho em direção aos VEs

Meio Ambiente
1 Europa: metas de redução de emissões de CO2 devem ser aceleradas
2 Descarte de baterias de VEs pode ser um problema
3 Segunda vida para baterias de VEs
4 VEs podem enfrentar escassez de fontes renováveis de energia

Outros Artigos e Estudos
1 Roskill: preços em alta para a indústria de lítio


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Promob-e: EUA foi um dos pioneiros a incentivar VEs

Os EUA foi um dos pioneiros a promover o incentivo à tecnologia dos VEs, com formulação de instrumentos de política ainda na década de 1970. Seu portfólio de incentivo se dá em todas as dimensões (produção, desenvolvimento tecnológico, consumo e infraestrutura), estratégia que, em 2016, o levou a segunda posição no estoque de VEs no mundo (560 mil incluindo VEB e VEHP) e na infraestrutura publica de carregamento (35 mil pontos de carregamento de acesso ao público), superado apenas pela China. Dentre as motivações para a promoção dessa tecnologia, estão a i) busca por maior segurança energética; ii) tentativa de consolidar uma indústria local de VEs; iii) necessidade de controlar a poluição do ar e iv) tentativa de mitigar problemas ambientais. (Probob-e – 2018)

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2 DOE: principal financiador de P&D de VEs nos EUA

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) é o principal financiador de projetos de P&D no país, bem como o gestor dos principais programas que suportam a criação/ampliação de capacidade produtiva local. Atualmente, sua principal atividade de P&D para os VEs é conduzida em um subprograma que faz parte do Vehicle Technologies Office (VTO). Este por sua vez, colabora com outras agências do governo e líderes da indústria mediante parceiras, como a U.S. Drive, um importante fórum de parceiros para o intercâmbio de informações técnicas pré-competitivas, formado por representantes do governo federal (DOE), da indústria automobilística, de empresas prestadoras de serviço e da indústria de combustíveis. Além disso, algumas iniciativas no âmbito estadual e local são implementadas com recursos desse departamento, como por exemplo créditos fiscais corporativos ou à renda, oferecido do estado de Lousiana para projetos de infraestrutura que favoreçam a produção de tecnologias associadas a veículos limpos. (Probob-e – 2018)

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3 Interação entre VEs e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA

O Departamento de Transporte dos EUA (DOT) se destaca especialmente nas dimensões de infraestrutura e consumo do setor automotivo e possui interação com a Agência de Proteção Ambiental (EPA) – agência encarregada de dar subsídios em tudo o que se refere à regulação das emissões de GEE – na promoção de incentivos, como por exemplo, a Public Law 114-94/2015, que visa isentar veículos limpos dos requerimentos para transitar por faixas para veículos de maior lotação, assim como do pagamento dos seus pedágios. O papel da EPA é o de certificar e rotular com etiquetas os veículos que validem a utilização do benefício. Entretanto, a aplicação final fica sob responsabilidade dos estados, que podem optar pela adoção dessa política. Vale ressaltar que, segundo a configuração sociopolítica própria dos EUA, cada estado incentiva os VEs de acordo com suas agências de promoção, podendo ou não interagir com órgãos federais. (Probob-e – 2018)

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4 Europa: esforços governamentais impulsionam VEs

Um total de 538.772 VEs foram vendidos no ano passado, sobretudo na Alemanha, França e Holanda, assim como 507.059 modelos híbridos plug-in As vendas decolaram graças aos esforços tanto na oferta como na demanda. Os governos concederam bilhões de euros em subsídios para a compra de veículos mais ecológicos. A Alemanha, por exemplo, concedeu auxílios de até 9.000 euros e a França de até 12.000 euros. Muitas pessoas precisaram comprar carros novos para continuar entrando nos centros das grandes metrópoles, depois que cidades como Bruxelas, Roma ou Paris proibiram o acesso a seus centros dos veículos mais poluentes ou se preparam para adotar a medida. As montadoras lançaram novos modelos de veículos híbridos e elétricos, sobretudo para respeitar as normas europeias. As empresas precisam ficar abaixo de 95 gramas de CO2/km ou enfrentarão multas pesadas. (O Globo – 04.02.2021)

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5 UE: 2,9 bilhões de euros para inovação de baterias

A UE aprovou na semana passada um plano que inclui dar ajuda estatal a Tesla, BMW e outros para apoiar a produção de baterias de VEs e ajudar o bloco a reduzir as importações da China, líder da indústria. A aprovação da UE do projeto europeu de inovação de baterias de 2,9 bilhões de euros, que inclui mais de 40 empresas, segue o lançamento em 2017 da European Battery Alliance para apoiar a indústria durante o abandono dos combustíveis fósseis. (Automotive News Europe – 01.02.2021)

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6 Tesla: US $ 1,2 bi em subsídios alemães

A Tesla deve receber pelo menos 1 bilhão de euros em financiamento público da Alemanha para a instalação de uma fábrica de células de bateria perto de Berlim, informou o Business Insider. O site de notícias citou que a empresa obteria subsídios do governo federal e do estado regional de Brandenburg, onde a montadora está construindo a fábrica de carros e baterias. Uma porta-voz do Ministério da Economia da Alemanha disse que ainda não estava claro quanto apoio federal Tesla receberia. O ministério informou na semana passada que Berlim havia disponibilizado esse primeiro montante para a aliança inicial de produção de baterias e planejava apoiar um segundo projeto com outros 1,6 bilhão de euros. Espera-se que o governo federal financie a maior parte dos subsídios, com Brandenburg provavelmente contribuindo com menos de 10%. (Automotive News Europe – 01.02.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Montadoras: investimentos e alianças para produção de baterias

Enquanto novas tecnologias para baterias de VEs são analisadas, as montadoras se mantêm dependentes de gigantes da tecnologia, como LG, Panasonic e Samsung. No entanto, elas também vêm investindo no desenvolvimento de baterias de seus automóveis. Em 2007, a Nissan ingressou em uma joint-venture para criar a Automotive Energy Supply Corporation (Aesc), fabricante de baterias de íon de lítio. No ano passado, o grupo PSA (Peugeot-Citroën) – que se juntou à FCA (Fiat-Chrysler) para criar a Stellantis – firmou parceria com a Total/Saft para fundar a Automotive Cells Company, empresa destinada à produção de baterias para VEs. A Toyota, por sua vez, tem um acordo com a Panasonic há mais de 20 anos para a fabricação de baterias de veículos híbridos. (O Estado de São Paulo – 29.01.2021)

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2 Etanol pode ser utilizado em VEs com célula de combustível

A Nissan vem trabalhando num projeto de VE com célula de combustível. A diferença é que usa etanol em vez do tradicional hidrogênio líquido, como fazem Toyota, Honda e Hyundai. O benefício desse tipo de veículo é que dispensa o grande conjunto de baterias. A eletricidade é gerada no próprio automóvel: uma reação química transforma o hidrogênio estocado no tanque em energia elétrica. Assim, o carro é mais barato, mais sustentável (não há o complicador da produção e do descarte das baterias) e elimina-se a longa demora da recarga. A desvantagem, no entanto, é a enorme dificuldade de ter uma rede de abastecimento de hidrogênio líquido. É aí que entra a tecnologia da Nissan. Sua célula de combustível extrai o hidrogênio do etanol, sem gerar emissões de gases. É uma solução ideal para implantar o VE em países com dimensões territoriais como o Brasil. O sistema já está em testes por aqui desde 2016 em um furgão e-NV200, em parcerias com USP e Unicamp. (Mobi Auto – 29.01.2021)

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3 Nissan: VE a célula de combustível de etanol

Enquanto a Volkswagen parece estar desenvolvendo o seu VE abastecido com etanol, a Nissan já possui essa tecnologia à venda no Japão. Trata-se do e-Power, que usa um motor a combustão para alimentar o elétrico. É esperado que o novo Nissan Kicks no Brasil receba a opção e-Power entre 2022 e 2023. Este será o primeiro passo da Nissan rumo ao projeto e-Bio Fuel Cell, que pretende criar um VE movido a célula de combustível feita de etanol. A tecnologia é capaz de converter o álcool em hidrogênio, e transformá-lo em eletricidade por reação química. A principal diferença é que o sistema com a célula de combustível dispensa o motor a combustão. Ou seja, o carro do futuro da Nissan vai evoluir do modelo misto (combustão + elétrico) para o puramente elétrico, que emite vapor d’água pelo escape. É nesse ponto que a Volkswagen quer chegar. (O Estado de São Paulo – 01.02.2021)

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4 EDP Smart: soluções para usuários de VEs

Uma fonte confiável e abrangente de informações para quem está interessado em saber mais sobre a mobilidade elétrica é o portal na internet da EDP Smart (edpsmart.com.br). Por meio dele é possível, por exemplo, estimar o potencial de economia com abastecimento para os VEs, além de conhecer e adquirir soluções de carregamento disponíveis no Brasil. A EDP Smart é protagonista do desenvolvimento do setor de mobilidade elétrica no Brasil, a empresa inaugurou ainda em 2018 o corredor de abastecimento de VEs ao longo da Via Dutra, conectando SP ao RJ. Em dezembro, a empresa lançou um aplicativo, o EDP EV.Charge, que facilita a localização de eletropostos públicos, informa sobre a disponibilidade dos equipamentos, permite desbloqueá-los para o carregamento e envia notificações sobre o andamento do abastecimento. (O Estado de São Paulo – 05.02.2021)

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5 Energisa começará a operar eletroposto móvel

A Alsol, empresa de energia renovável do Grupo Energisa, separou R$ 30 milhões para turbinar seu projeto de mobilidade elétrica. O braço MoovAlsol receberá os investimentos ao longo dos próximos três anos para, entre outras iniciativas, ampliar sua rede de eletropostos móveis para recarregar carros elétricos. Em abril, companhia começará a operar um eletroposto móvel em Uberlândia (MG). O eletroposto móvel é um caminhão equipado com uma bateria que armazena até 200 KWh de energia. Ele circulará pelos pontos onde houver maior demanda de VEs. A MoovAlsol nasceu de um projeto de pesquisa entre a Alsol e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com apoio da Aneel. (O Globo – 05.02.2021)

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6 Volkswagen vai construir iate elétrico

A Volkswagen assinou um acordo de parceria com a empresa Silent Yacht para a construção de uma série de barcos elétricos baseados na famosa plataforma MEB, utilizada em VEs terrestres. A austríaca Silent Yacht, apelidada de Tesla dos mares pelo fato de focar na produção de barcos movidos a painéis solares e baterias, vai colaborar para ajudar a Volkswagen a construir esses novos barcos de emissão zero. A Silent Yachts já construiu 11 barcos elétricos, todos alimentados por baterias que variam de um mínimo de 150 a um máximo de 532 kWh, aos quais devem ser adicionados entre 10 e 26 kW dos painéis solares. Mas a Volkswagen também gostaria de equipar cada barco com 6 baterias, para ter autonomia suficiente e uma potência em torno de 500 kW (680 cv). No projeto com a Volkswagen, a meta é produzir 50 barcos por ano. (Inside EVs – 31.01.2021)

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7 Ford fecha parceria com o Google para acelerar transformação

A Ford anunciou uma parceria global com o Google. Segundo a montadora, o objetivo é acelerar sua transformação digital e "reinventar a experiência de veículos conectados". Jim Farley, presidente e CEO da Ford afirma que, enquanto a marca promove a transformação mais profunda de sua história com eletrificação, conectividade e direção autônoma, o Google e a Ford juntos estabelecem uma potência de inovação capaz modernizar ainda mais seus negócios. Várias montadoras anunciaram nos últimos meses parcerias estratégicas com companhias de tecnologia para darem conta do desenvolvimento de VEs e principalmente os autônomos. Entre essas parcerias estão a da GM e Microsoft e da Geely com a Baidu. A Hyundai também pode anunciar em breve parceria com a Apple para desenvolvimento de veículos autônomos. (O Estado de São Paulo – 01.02.2021)

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Indústria Automobilística

1 Montadoras tradicionais precisam investir em infraestrutura de recarga

Os VEs não podem ter sucesso sem desenvolver uma rede nacional de redes de carregamento rápido em paralelo com os carros. Os atuais modelos de negócios de VEs estão condenados, a menos que os fabricantes que apostaram seus futuros neles invistam ou coordenem uma rede robusta de carregadores. Essas são as observações em um estudo aprofundado da indústria feito por professores de administração da Universidade da Califórnia. Os pesquisadores dizem que, embora as grandes montadoras tradicionais tenham desenvolvido VEs, eles essencialmente ignoraram o lado da estação de carregamento da equação. Enquanto isso, a Tesla trabalhava nos dois lados do mercado construindo uma rede suficientemente ampla de estações de recarga de alta velocidade antes de vender muitos carros. Existem cerca de 4.000 estações de carregamento super-rápidas de alta tensão nos EUA, e a maioria delas está disponível apenas para veículos Tesla. (Green Car Congress – 02.02.2021)

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2 Preferência por VEs levou à saída da Ford no Brasil

Desde 2018 a produção da Ford é voltada inteiramente a SUVs e VEs. Isso pode se explicar devido ao fato de que especialistas acreditam que, em poucos anos, os subsídios tornarão os elétricos tão acessíveis quanto os carros movidos a combustíveis fósseis. A Ford ingressou no mercado relativamente atrasada a outras montadoras, somente em 2019 divulgou seus primeiros protótipos elétricos. Porém, a montadora espera que até 2022 os VEs representem mais da metade das vendas na Europa. O fechamento das fábricas no país é um passo no processo de reestruturação global, segundo a montadora. Em 2020 no Brasil, a queda nas vendas de veículos da marca foi superior à queda de todo o setor de automóveis, de acordo com a ANFAVEA. O decréscimo foi de 39,2% frente aos 28,6% a menos nas vendas do país. Em todo o mundo, a preferência da Ford tem sido pelos elétricos e, como esse mercado ainda é muito pequeno no Brasil, o país acabou ficando de fora dos planos da montadora. (Exame – 12.01.2021)

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3 Ford: U$ 29 bi para VEs e autônomos

Na apresentação dos resultados do último trimestre e do total do ano de 2020, a Ford anunciou uma atualização do seu plano de investimentos para a produção de VEs e autônomos até 2025 que envolve 29 bilhões de dólares. Pelo menos 22 bilhões serão destinados ao desenvolvimento da mobilidade elétrica, enquanto os outros 7 bilhões irão para os veículos autônomos. Jim Farley, presidente e CEO da Ford, afirma em comunicado que a transformação da Ford já está a acontecer, bem como sua liderança na revolução dos VEs e no desenvolvimento da condução autônoma. (Multi News – 05.02.2021)

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4 Ford aposta na fabricação de baterias

Pouco tempo após o anúncio do encerramento da produção de veículos no Brasil, a Ford divulgou um novo comunicado com os resultados financeiros globais (positivos) do quarto trimestre de 2020. Nessa mesma ocasião, a marca confirmou que irá dobrar os investimentos em mobilidade elétrica e veículos autônomos. O novo investimento também será aplicado na produção própria de baterias, em oposição a estratégia anterior de adquirir o componente principalmente de terceiros. Vale lembrar que a montadora anunciou no passado que irá produzir dois veículos baseados na plataforma MEB da Volkswagen na Europa. (Inside EVs – 05.02.2021)

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5 Brasil ganha mais opções de caminhões elétricos

Rumo a um futuro sem motores a diesel, as fábricas de caminhões têm investido cada vez mais em modelos elétricos e, para o mercado brasileiro, ao contrário do que muitos possam imaginar, os clientes interessados já contam boas opções na hora de escolher esse tipo de veículo. A Volkswagen Caminhões oferta o e-Delivery nas versões de 11 toneladas e 14 toneladas. A Ambev fez o pedido de 1.200 unidades para a VWCO. A Ambev também fechou negócio com a FNM-Agrale e comprou 1.000 unidades do elétrico com autonomia de 200 km da marca. A chinesa JAC Motors, importada para o Brasil pelo Grupo SHC, apresentou em setembro de 2020 o iEV1200T na versão 7,5 toneladas e autonomia de até 200 km. Segundo informações da JAC, é possível rodar até 250 km caso o motorista seja cuidadoso nas acelerações e não use o ar-condicionado. Outra chinesa, a BYD tem feito investimentos no Brasil e tem focado tanto na produção de chassi de ônibus elétricos como caminhões, que estão voltados mais para o recolhimento de resíduos residencial. (Auto Papo – 01.02.2021)

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6 Europa impulsiona mercado de VEs em 2020

De acordo com a consultoria sueca EV-volumes.com, as vendas globais de veículos totalmente elétricos e híbridos plug-in chegaram a 3,24 milhões no ano passado, representado 4,3% do marketshare automotivo e um aumento de 43% nas vendas. Em 2019, o acumulado de vendas chegou a 2,26 milhões. O relatório também aponta que a Europa foi a grande responsável pelo sucesso do mercado de eletrificados em 2020. No velho continente, foram vendidos quase 1,4 milhões de veículos de zero emissão, número 137% maior do que o registrado em 2019, de 589 mil. O valor vai na contramão da indústria automotiva europeia, que caiu cerca de 20% em 2020. Por lá, a participação dos eletrificados chegou a 10,2% do mercado. Para 2021, a consultoria EV-volumes.com projeta vendas de 4,6 milhões de eletrificados no mundo, com um aumento mais significativo na América do Norte e China. (O Estado de São Paulo – 30.01.2021)

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7 UE: aceleração de vendas de VEs

As vendas de VEs na UE aumentaram em 2020, apesar do fechamento de concessionárias no decorrer do ano. O aumento de 119% (570.000 unidades) nas vendas de VEs contrastou de maneira marcante com a queda de 29% nas vendas totais de veículos nos três primeiros trimestres do ano. Isso foi em grande parte impulsionado pela necessidade de cumprir as metas de CO2 em 2020. Os preços do petróleo caíram em 2020 devido à queda na demanda e, apesar da posterior recuperação da demanda, os preços continuam baixos. Os preços da gasolina e do diesel, sem impostos, caíram um terço na UE. No entanto, os motoristas europeus não sentiram muito essa redução devido à elevada tributação dos combustíveis. (Transport and Environment – 21.01.2021)

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8 Europa: VEs foram 11% das vendas de 2020

De acordo com EV Sales, os dados de mercado de VEs no final de 2020 da Europa superaram todas as expectativas. Na comparação com dezembro de 2019, houve um aumento de 254% das vendas, o que em termos absolutos se traduz em mais 115.000 carros vendidos. Olhando para a participação de mercado, os eletrificados já representavam 23% do total em dezembro, com o elétrico puro em 14% e híbridos plug-in em 9%. No cálculo do acumulado de 2020, a Europa fecha com 1.367.138 VEs (+ 142%) e com uma participação de 11% (6,2% elétricos e 4,8% híbridos plug-in). Os impulsionadores do crescimento foram os modelos Renault Zoe, Tesla Model 3 e Volkswagen ID.3, os elétricos mais vendidos em 2020 com 99.613, 87.642 e 56.935 unidades, respectivamente. (Inside EVs – 29.01.2021)

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9 Europa: vendas de VEs dobram em 2020

As vendas de VEs dobraram e as de automóveis híbridos triplicaram em 2020 na Europa, superando um milhão de carros comercializados. Apesar de a crise ter reduzido em 25% as vendas no mercado europeu, dados da Associação de Montadoras Europeias de Automóveis (ACEA) mostram que os VEs superaram pela primeira vez os modelos a diesel na Europa no quarto trimestre. Alemanha, Itália e França registraram uma explosão nas vendas de VEs, que também levaram parte da cota de mercado dos modelos a gasolina. No quarto trimestre, as vendas destes últimos recuaram 33,7%, enquanto as vendas de carro a diesel retrocederam 23%. Os carros elétricos puros progrediram 216,9%, a 248.000 unidades; os híbridos plug-in 331%, a 227.000 unidades; os híbridos convencionais 104,7%, a 435.000. Em 2020, os modelos a gasolina representaram 47% das vendas de utilitários, seguidos pelos automóveis a diesel (28%), híbridos (11,9%), elétricos e híbridos plug-in (10,5%) e outras energias (2,1%). (O Globo – 04.02.2021)

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10 Reino Unido: interesse por VEs cresce, mas custo é impeditivo

Um em cada dez motoristas planeja comprar um VE quando chegar a hora de trocar o veículo atual, de acordo com uma pesquisa recente feita no Reino Unido. A pesquisa conduzida como parte do Relatório anual do RAC sobre Automobilismo entrevistou 3.000 motoristas. O estudo descobriu que 9% dos motoristas pesquisados esperam que seu próximo carro seja um VE, mas oito em cada dez ainda acham que os veículos são muito caros. No estudo de 2019, apenas 6% planejavam comprar um elétrico na sequência, e esse número era de apenas 3% em 2018. Dos entrevistados, 53% são a favor de um corte de IVA em elétricos e 48% apoiam alguma política de descarte. Mas o custo não é a única preocupação para os motoristas, e 43% das pessoas escutadas disseram querer que o governo estabeleça uma meta "obrigatória" para o acesso a estações de carregamento públicas. E os motoristas também querem um alcance de 600 km nos VEs, apesar de quase 58% das viagens de carro serem inferiores a 8 km. (Inside EVs – 30.01.2021)

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11 China lidera venda de VEs no mundo

A China segue liderando a venda mundial de elétricos, mas o continente europeu, como um todo, acabou vendendo mais do que o país. De acordo com a consultoria sueca EV-volumes.com, no acumulado do último ano, o país asiático vendeu cerca de 1,33 milhões de VEs, aumento de 12% ante ao ano retrasado. Vale ressaltar que o relatório sobre as perspectivas de VEs, feito pela Bloomberg em dezembro, mostrou que a participação da China do segmento de elétricos irá diminuir nas próximas décadas, chegando a 33% em 2040. Hoje em dia, a país é uma grande potência nessa categoria, por disponibilizar incentivos fiscais, bem como uma ampla gama de novas montadoras e startups, além de tecnologia de ponta e infraestrutura. (O Estado de São Paulo – 30.01.2021)

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12 Startups chinesas batem recordes de vendas de

Consideradas umas das mais promissoras startups de VEs da China, inclusive figurando entre as 10 maiores montadoras globais em termos de valor de mercado, tanto a NIO quanto a Xpeng divulgaram seus resultados de vendas em janeiro de 2021. Com três modelos à venda no mercado chinês, a NIO anunciou 7.225 emplacamentos em janeiro, um aumento de 353% na comparação ano a ano, o que representa um recorde de vendas pelo sexto mês consecutivo. Já a Xpeng Motors, pela primeira vez superou a marca de 6.000 emplacamentos mensais em um mês. Foram 6.015 unidades vendidos no período, o que representa um crescimento de 470% na comparação ano a ano, ou seja, mais do que quintuplicou suas vendas em 1 ano. (Inside EVs – 02.02.2021)

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13 EUA: mercado de VEs caminha “devagar”

Os EUA, país das grandes picapes e do diesel, ainda caminha a passos lentos no mercado de VEs, comparado a China e Europa. Apesar do mercado ter diminuído 15%, a categoria de eletrificados cresceu 4% em comparação a 2019 e chegou a 328 mil automóveis. Por sua vez, a Tesla continuou crescendo nos EUA, porém de forma mais lenta. entre os VEs ela garantiu 79% do marketshare. Em contrapartida, a marca de registrou 12% de queda nas vendas no continente europeu. Segundo o European Electric Car Report, seus concorrentes da Volkswagen e Renault, por exemplo, fizeram mais sucesso com o público. (O Estado de São Paulo – 30.01.2021)

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14 Uber expande locais com corridas de VEs

A Uber anunciou, nesta terça-feira (12), a expansão de seu plano Uber Green de viagens em VEs. O plano foi lançado em setembro de 2020, como opção de corrida em 15 cidades dos EUA e no Canadá. Nessa modalidade, o usuário tem um custo adicional de US$ 1 para realizar a viagem exclusivamente com um veículo híbrido ou completamente elétrico. O custo extra pela viagem é aplicado logo acima da quantia sugerida pelo UberX – modalidade econômica e o motorista recebe mais pela corrida: US$ 0,50 se o carro for híbrido e US$ 1,50 se o veículo for 100% elétrico. Poucos dias após o programa completar quatro meses, o número de cidades contempladas aumentou quase 93 vezes (são mais de 1,4 mil cidades). A Uber está tomando providências para cumprir sua promessa de que todas suas viagens sejam feitas com VEs até 2040. Em adição a isso, uma a empresa fez uma parceria com a empresa EVgo para proporcionar descontos em recargas. (TecnoBlog – 12.01.2021)

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15 Volkswagen agora possui 5 fábricas de VEs no mundo

Firme em seu objetivo se tornar um dos líderes da mobilidade elétrica, o Grupo Volkswagen amplia rapidamente a capacidade de produção de VEs baseados na plataforma MEB e possui agora cinco fábricas com linha de montagem de elétricos no mundo todo. A capacidade máxima combinada de produção dessas fábricas é de mais de 900.000 unidades, mas ainda levará algum tempo para o grupo atingir esse nível. Em 2022, três novas fábricas iniciarão a produção de carros baseados na arquitetura MEB: duas na Alemanha e uma nos EUA. (Inside EVs – 01.02.2021)

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16 Daimler acelera caminho em direção aos VEs

A fabricante de veículos alemã Daimler informou ontem (3) que tem planos para se subdividir em duas companhias independentes. Uma delas, a Daimler Truck, terá foco em veículos comerciais elétricos e autônomos. A outra unidade será renomeada Mercedes-Benz “no tempo apropriado”, informou a companhia. Segundo a empresa, o objetivo é ser “a marca de luxo mais importante do mundo”, comprometida na transformação para o carro elétrico e com softwares. Segundo a empresa, a Daimler Truck irá acelerar o caminho em direção a zerar as emissões de GEE como líder tecnológico e maior produtor de caminhões e ônibus do mundo. (Valor Econômico – 04.02.2021)

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Meio Ambiente

1 Europa: metas de redução de emissões de CO2 devem ser aceleradas

O crescente mercado de VEs europeu, que atingiu um market share de 10% em 2020 e espera-se que atinja 15% em 2021, esconde muitas falhas. Um exemplo disso é a pressão de algumas montadoras na tecnologia híbrida de plug-in de emissão sub-ótima (mais poluente). O risco é que o crescimento de VEs pode estagnar entre 2022-2029, a menos que os atuais padrões pós-2020 sejam fortalecidos das seguintes maneiras: as metas de redução de emissões de CO2 devem ser aceleradas, -25% de emissões até 2025 (abaixo dos níveis de 2021) e -65% até 2030, além de traçar novas metas nos próximos anos; definir uma meta de emissão zero de longo prazo aproveitando o momento propício em muitas cidades e países europeus, os tomadores de decisões políticas devem definir uma data, no máximo até 2035, para zerar a venda de carros à combustão; melhorar o projeto regulatório removendo benefícios aos veículos híbridos com emissões e limitando as emissões de CO2 dos motores de veículos de combustão interna já em 2021 por exemplo; resistir à pressão da indústria de petróleo e gás que tende a enfraquecer a regulamentação relativa a combustíveis alternativos. Estes pontos regulatórios são ditos como essenciais para o sucesso europeu na busca da eletrificação. (Transport and Environment – Janeiro de 2021)

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2 Descarte de baterias de VEs pode ser um problema

A bateria de íon de lítio é a principal fonte de energia dos modelos eletrificados e dura, em média, oito anos – ou de 3 mil a 5 mil ciclos. Cada ciclo corresponde a uma carga e descarga completas. É justamente o tempo de garantia oferecido pelas montadoras. A partir disso, ela reduz seu poder de armazenamento de energia e passa a trabalhar com cerca de 80% de sua capacidade de carga. Uma das principais discussões envolvendo o veículo elétrico é o descarte da bateria depois de sua vida útil. O mercado já está se estruturando para atuar nessa área e não deixar que elementos químicos comprometam o meio ambiente. A reciclagem evitará que materiais perigosos entrem no fluxo de outros resíduos. (O Estado de São Paulo – 29.01.2021)

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3 Segunda vida para baterias de VEs

As baterias de VEs não precisam, necessariamente, ser descartadas. Elas podem ter outra destinação. Segundo Vitor Barreto de Oliveira, engenheiro de aplicação da Keysight Technologies, há a possibilidade de uma segunda vida para as baterias pós-carro elétrico, podendo ser uma opção no armazenamento de energia renovável de prédios, hospitais, escolas e em sistemas caseiros, por exemplo. Na Inglaterra, a Renault produziu 50 unidades do equipamento recondicionado e ofereceu a residências que utilizam painéis solares. Os engenheiros da marca francesa acreditam que, nessa nova configuração, as baterias durem mais dez anos. A Tesla já revelou que usará baterias para abastecer de energia sua Gigafactory – fábrica de componentes e baterias de íon-lítio – e planeja reciclar as células exauridas. Já a empresa chinesa BYD transforma as baterias em acumuladores de energia estacionários. Oliveira não descarta também a viabilidade de reutilizar partes da bateria velha na fabricação de novas. “Haveria a necessidade de um retrabalho nas placas, mas é possível, sim, aproveitá-las.” (O Estado de São Paulo – 29.01.2021)

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4 VEs podem enfrentar escassez de fontes renováveis de energia

Em comunicado nos EUA, a GM reconheceu que embora os VEs em si não emitam gases, é fundamental que sejam carregados com eletricidade gerada por fontes renováveis, como eólica e solar. Ponto que tem sido negligenciado em muitas discussões. O engenheiro Ricardo Abreu, da consultoria Bright, escreveu em artigo recente que hoje, solar e eólica respondem por apenas 3% da energia total gerada no planeta e, para ela, levarão décadas para que essa participação se torne razoável. No mesmo artigo, ele lembra que um híbrido a etanol produzido no Brasil é competitivo em termos de emissão de CO2 se comparado a um automóvel elétrico. Para isso deve-se avaliar todo o processo, desde a produção do veículo e seus componentes, principalmente a bateria, durante pelo menos 100.000 km em uso urbano. Antonio Filosa (Stellantis) e Pablo Di Si (VW) também já manifestaram esse ponto de vista. Em resumo, o ritmo para a era elétrica está sujeito a condicionantes de país a país. (Automotive Business – 03.02.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Roskill: preços em alta para a indústria de lítio

Em sua segunda atualização trimestral de seu relatório Lithium: Outlook to 2030, 17ª edição, Roskill mantém a visão de que o suprimento futuro de lítio refinado permanecerá restrito, com um período de déficit de suprimento em meados da década de 2020. Adicionalmente, outros desafios significativos permanecem no horizonte para a revolução dos VEs. A cadeia de abastecimento da bateria de íon de lítio não depende apenas do lítio. Outras matérias-primas como cobalto, níquel, manganês, grafite e seus materiais intermediários para bateria precisarão crescer em um caminho semelhante ao do lítio. Nesse sentido, cinco mercados de matérias-primas diferentes precisarão crescer a taxas de crescimento semelhantes durante o período da perspectiva para limitar as distorções na estrutura de custos das baterias de íon-lítio. (Green Car Congress – 04.02.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Lara Moscon, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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