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IFE: nº 05 - 10 de junho de 2020
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Índice

Mercado
1
Roland Berger: consumo de gás pode retrair 10% em 2020
2 ABEGÁS: Consumo de gás natural tem ‘leve recuperação’
3 Roland Berger: No médio prazo mercado de gás pode prosperar
4 Consumo de gás cresce 21% em SC em maio
5 UTEs devem ser desligadas logo para cumprir metas climáticas, diz estudo

Regulação
1 UTE Rio Grande tem revogação mantida
2 Aneel aprova recursos da CCC para geradores no Amazonas
3 TCE investiga distribuidora de gás do AM
4 CVUs de operação máxima da UTE Jorge Lacerda

Empresas
1 Cepel e ENGIE Brasil planejam avaliação de termelétricas
2 BAHIAGÁS trabalha em desenvolvimento do setor de gás na BA
3 Petrobras põe companhias de geração à venda

Tecnologia
1 Primeira demonstração de projeto de power-to-hydrogen-to-power do mundo

Artigos
1 Artigo sobre usinas a carvão combinadas a energia solar ou a co-combustão de gás natural


 

 

 

 

 

Mercado

1 Roland Berger: consumo de gás pode retrair 10% em 2020

O mercado brasileiro de gás natural deve sofrer uma queda de até 10% em 2020, puxada pela retração das demandas industrial e do setor elétrico, responsáveis por quase 90% do consumo nacional do produto. A estimativa é da consultoria Roland Berger, que fez um estudo mapeando os desafios que a crise da covid-19 impôs à agenda de abertura do mercado de gás e também as oportunidades que surgiram com o novo panorama. O principal baque vem da geração termelétrica, que pode reduzir seu consumo de gás em 19% neste ano, segundo as projeções. (Valor Econômico – 08.06.2020)

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2 ABEGÁS: Consumo de gás natural tem ‘leve recuperação’

O consumo nacional de gás natural atingiu, em abril, o fundo do poço e deu sinais de uma leve melhora em maio, em meio à pandemia da covid-19, segundo a ABEGÁS. A recuperação, contudo, promete ser lenta. De acordo com levantamento da entidade, as vendas de gás no mercado não térmico tombaram 31,5% em abril, na comparação com igual período do ano passado, e 22,1% em relação a março. A queda em abril foi puxada principalmente pelo segmento industrial, que consumiu 31,7% menos na comparação anual, uma redução de volume de quase 9 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia). Segundo a ABEGÁS, o movimento de queda da demanda industrial já existia no início do ano, mas ficou bastante acentuado com os efeitos severos da pandemia. O diretor conta que, por isso, a ABEGÁS tem conversado com o MME e outros agentes para que se crie um fundo setorial que ajude a indústria de gás natural a atravessar a crise. “Assim como ocorreu no setor elétrico, é preciso agir para evitar uma indesejável desestruturação do setor”, disse. (Valor Econômico – 05.06.2020)

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3 Roland Berger: No médio prazo mercado de gás pode prosperar

A redução do mercado no curto prazo é um dos fatores que podem atrapalhar o andamento da agenda do gás natural, mas não é o único. Todos os elementos considerados essenciais para destravar a demanda reprimida do produto no país - aumento da oferta, redução da participação dominante da Petrobras na cadeia e a expansão da infraestrutura - devem sofrer com a crise. “Mas no médio prazo, o ambiente continua bastante favorável para que essa agenda prospere”, destaca Daniel Martins, um dos responsáveis pelo estudo da Roland Berger. “As produtoras vão precisar ter retorno em portfólio e olharão para outras oportunidades além do petróleo; o BNDES vai tentar resolver, junto com o governo, o problema da infraestrutura; e a Petrobras já anunciou plano de desinvestimento das transportadoras, distribuidoras e termelétricas”. (Valor Econômico – 08.06.2020)

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4 Consumo de gás cresce 21% em SC em maio

Apesar da tendência de enfraquecimento da atividade econômica com a crise ocasionada pela pandemia de Covid-19, maio apresentou reação no mercado de gás natural em Santa Catarina: houve crescimento de 21,13% no consumo em relação a abril. Na comparação com maio de 2019, o consumo ainda ficou 35,17% menor. A queda, apesar de ainda expressiva, representa uma desaceleração em relação à observada em abril de 2020, que foi de 46,6% em relação a igual mês de 2019. (Brasil Energia - 05.06.2020)

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5 UTEs devem ser desligadas logo para cumprir metas climáticas, diz estudo

As usinas a carvão e a gás teriam que desligar 10 a 30 anos antes do tempo de vida normal de 35 a 40 anos, para que as metas climáticas possam ser cumpridas, revela um estudo. O parceiro do EURACTIV, o Journal de l'environnement reports. Enquanto as coisas parecem simples no papel, a realidade é significativamente diferente. Além disso, devido à existência de usinas a carvão e a gás, com vida útil média de 39 e 36 anos, respectivamente. Isso significa que, a menos que dependamos cada vez mais de emissões negativas hipotéticas, devemos considerar desativá-las mais cedo. (EURACTIV – 08.06.2020)

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Regulação

1 UTE Rio Grande tem revogação mantida

A diretoria da Aneel rejeitou pedidos apresentados pela Termelétrica Rio Grande S.A, pelo governo do estado, pela prefeitura de Rio Grande e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, que tentavam reverter a revogação da outorga da termelétrica Rio Grande. A agência também decidiu não aprovar as diretrizes do plano de transferência de controle societário do empreendimento para o Grupo Cobra, como alternativa à extinção da outorga. (Agência CanalEnergia – 02.06.2020)

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2 Aneel aprova recursos da CCC para geradores no Amazonas

A Companhia Energética Manauara, a Geradora de Energia do Amazonas e a Rio Amazonas Energia vão receber recursos da Conta de Consumo de Combustíveis pela conversão de três usinas termelétricas no estado, que passarão a operar somente com gás natural. O limite a ser repassado pela CCC será de R$ 96,136 milhões (UTEs Manauara e Ponta Negra) e de R$ 102,137 milhões (UTE Cristiano Rocha), já descontado o valor correspondente à remuneração (Wacc) regulatória da geração. O pagamento do benefício da conta setorial será iniciado a partir da entrada em operação comercial das novas unidades geradoras, até o último mês do contrato de suprimento. (Agência CanalEnergia – 02.06.2020)

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3 TCE investiga distribuidora de gás do AM

A CIGÁS, distribuidora estatal de gás do Amazonas, esteve no centro de um processo de investigação do TCE-AM. A apuração teve início com uma denúncia da própria agência reguladora do Estado, que acusou a companhia de aumentar o pagamento de dividendos – cujo mínimo é de 75% do lucro, segundo o estatuto – à custa da redução dos investimentos. Poucos dias depois da representação, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas (Arsepam) acabou desistindo do processo, mas o TCE manteve a apuração. Segundo o tribunal, as regras do Estado sobre a distribuição de gás não são claras e afastam investimentos de produtoras. (O Estado de São Paulo - 02.06.2020)

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4 CVUs de operação máxima da UTE Jorge Lacerda

A Superintendência de Serviços de Geração da Aneel aceitou a solicitação da ENGIE Brasil Energia e aprovou novos CVUs do complexo termelétrico a carvão Jorge Lacerda para plena operação da carga. A usina tem 857 MW de capacidade instalada e 650 MW médios de garantia física, localizada no município de Capivari de Baixo, em Santa Catarina. (Agência CanalEnergia – 04.06.2020)

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Empresas

1 Cepel e ENGIE Brasil planejam avaliação de termelétricas

O CEPEL e a ENGIE Brasil estão planejando realizar avaliação de integridade estrutural de Nível 3 em todas as caldeiras do Complexo Termelétrico de Jorge Lacerda, pertencente à empresa, Associada Especial do Centro. Localizado no município de Capivari de Baixo, Santa Catarina, o Complexo conta com sete unidades geradoras, totalizando 857 MW de geração de energia. A proposta de serviço foi discutida por videoconferência, no último dia 15 de maio, entre as equipes de Metalurgia do Centro e as de Inspeção e Manutenção da empresa. O Cepel vem desenvolvendo a tecnologia de avaliação de integridade estrutural em usinas termelétricas há mais de 30 anos. Este tipo de análise consiste na aplicação de técnicas e procedimentos que permitem estabelecer a situação de dano de uma estrutura ou componente, para prever seu comportamento futuro e recomendar as necessidades de inspeção, monitoração e recuperação. Saiba mais aqui. (Cepel – 03.06.2020)

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2 BAHIAGÁS trabalha em desenvolvimento do setor de gás na BA

Com projetos de extensão de rede em 506 km e investimentos de quase R$ 600 milhões nos próximos cinco anos, a BAHIAGÁS tem se aproximado de fornecedores diferentes da Petrobras. Segundo o secretário de Infraestrutura do Governo do Estado da Bahia, Marcus Cavalcanti, a distribuidora já tem pré-contratos firmados com empresas participantes dos processos de desinvestimento da estatal. A BAHIAGÁS trabalha na expansão de sua rede, com projetos concluídos no sentido nordeste e extremo sul. do estado. A expansão para o sudoeste baiano, visando áreas de mineração, tem conclusão prevista para 2022. “Esse trabalho que a BAHIAGÁS está fazendo é essencial para interiorizar o desenvolvimento da Bahia”, declarou o superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, Paulo Guimarães. (Brasil Energia - 03.06.2020)

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3 Petrobras põe companhias de geração à venda

A Petrobras iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser) referente à venda de suas participações em cinco sociedades de geração de energia elétrica: BRASYMPE ENERGIA S.A. (“BRASYMPE”), Energética SUAPE II S.A. (“Suape II”), TERMOELÉTRICA POTIGUAR S.A. (“TEP”), Companhia Energética Manauara S.A. (CEM) e Brentech Energia S.A. (“BRENTECH”). O teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade, bem como os critérios de elegibilidade para seleção de potenciais participantes, está disponível no site da Petrobras. (Brasil Energia - 05.06.2020)

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Tecnologia

1 Primeira demonstração de projeto de power-to-hydrogen-to-power do mundo

Um consórcio de empresas, institutos de pesquisa e universidades europeias lançou a primeira demonstração no mundo de um projeto totalmente integrado de power-to-hydrogen-to-power em escala industrial e com aplicação em uma usina real. O projeto HYFLEXPOWER, que levou quatro anos e alcançou o nível 7 de maturidade tecnológica, irá converter uma usina de cogeração de 12-MWe no parque industrial da Smurfit Kappa para demonstrar todo o ciclo de power-to-hydrogen-to-power. (Power Magazine – 04.06.2020)

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Artigos

1 Artigo sobre usinas a carvão combinadas a energia solar ou a co-combustão de gás natural

Em artigo publicado pela revista Clean Energy da Universidade de Oxford, Stephen Mills, da IEA Clean Coal Centre, fala sobre como aumentar a eficiência e prolongar a vida útil de uma usina a carvão, melhorando a operacionalidade e impacto ambiental a partir de combinação a energia solar (híbridas de carvão e solar) ou uma combustão combinada a gás natural. Mills explica, “um número limitado de projetos solares e a carvão são híbridos verdadeiros. Eles operam sob forma cooperativa, onde as duas fontes de energia são aproveitadas para criar caminhos paralelos. Esses caminhos convergem posteriormente para alimentar uma turbina a vapor compartilhada e gerar eletricidade. Essa forma de tecnologia híbrida integra essas duas formas díspares de geração, assim combinam os benefícios individuais de cada uma.” Concluindo, “ambos os sistemas têm o potencial de melhorar as operações, custos da usina e redução de emissões. Podem fornecer benefícios quando adaptados em usinas a carvão já existentes, embora seu maior potencial será na construção de novas plantas, onde cada uma pode ser totalmente integrada na fase de design.”

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Marcello Matz
Pesquisadora: Cinthia Valverde
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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