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IFE: nº 5.407 - 11 de janeiro de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1 Aneel desloca equipes para monitorar barragem da Usina do Carioca, que corre risco de romper
2 Segundo estudos, emissões de gases de efeito estufa crescem 6% nos EUA em 2021

3 NYISO removerá barreira ao desenvolvimento renovável no estado de Nova York
4 DOE concede US$ 35 mi a empresas que desenvolvem tecnologias de energia limpa
5 Hyperloop Holland - a conexão de baixo carbono em Amsterdã, Rotterdam
6 Distribuidor romeno garante empréstimo de € 90 mi para expansão da rede verde
7 Primeiro título climático certificado para energia hidrelétrica vai para a Costa Rica
8 AIE: Economia em recuperação leva a recorde na geração a carvão
9 Financiamento 1,5°C: cinco tendências a serem observadas em finanças alinhadas ao clima em 2022
10 Promovendo meios de subsistência com energia renovável descentralizada: uma abordagem ecossistêmica
11 Preços de compensação de carbono podem aumentar cinquenta vezes até 2050

Empresas
1 Cesp estipula relação de troca de ações com VTRM
2 Grupo Gera investe R$ 10 mi em startup de eficiência energética
3 Omega renova contrato com marca da Viveo

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Desligamento em SE corta 314 MW na Bahia
2 ONS: Região Norte continua em crescimento e opera com 75% da capacidade
3 EPE: Escoamento da produção de energia do NE demandará R$ 18,2 bi em linhas de transmissão

Mobilidade Elétrica
1 Stellantis corta minivans a combustão na Europa
2 GM: picapes pesadas serão elétricas em 2035, ao invés de 2040

Energias Renováveis
1 Absolar: Investimentos em energia solar somaram R$ 21,8 bi em 2021
2 Crise hídrica e tarifas altas fazem Elgin crescer 200% em 2021 em energia solar
3 Aneel consente DRO para 501,2 MW de geração eólica
4 Eólicas recebem autorização para operação comercial e em teste

5 Geração distribuida deverá ter em 2022 seu melhor ano, aponta ABGD
6 Omega fecha acordo com Cremer para energia renovável
7 BofA avalia que potencial de energia solar da Weg tem sido subestimado

Gás e Termelétricas
1 TBG e Delta Geração fecham contrato inédito para UTE William Arjona
2 Setor de carvão mineral pressiona por novas regras para funcionamento de térmicas no RS e no PR

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Enel: Volume de energia vendida na Trading aumentou 70% em 2021


 

 

Transição Energética

1 Aneel desloca equipes para monitorar barragem da Usina do Carioca, que corre risco de romper

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deslocou equipes para monitorar a barragem da Usina do Carioca, localizada no município de Pará de Minas, em Minas Gerais. Segundo a agência, já foi acessado o Plano de Ação de Emergência (PAE) e mapas de inundação elaborados pelo empreendedor, para o caso de rompimento da estrutura. Em nota, a Aneel informou também que mesmo considerando o pior cenário possível, que seria a ruptura da barragem, as áreas urbanas dos municípios de Pará de Minas, Conceição do Pará, Pitangui e Onça do Pitangui não seriam atingidas, e todas as localidades potencialmente afetadas já estariam mapeadas pelos donos da usina. Além disso, a agência destacou que a Defesa Civil já estaria trabalhando para tirar as pessoas das localidades onde a água poderia chegar. (Broadcast Energia – 10.01.2022)

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2 Segundo estudos, emissões de gases de efeito estufa crescem 6% nos EUA em 2021

As emissões de gases de efeito estufa subiram 6% em 2021 nos Estados Unidos, devido ao maior uso de carvão e das viagens de longa distância de caminhões, deixando o país ainda mais longe de suas metas para combater as mudanças climáticas. Os dados são de um relatório elaborado Rhodium Group, uma empresa independente de pesquisa. Segundo o estudo, as emissões americanas avançaram a um ritmo mais rápido do que a economia como um todo, dificultando que o país cumpra a promessa de reduzi-las pela metade até 2030, na comparação com os níveis de 2005. Especialistas esperavam que as emissões de gases de efeito estufa crescessem nos EUA após a queda drástica de 2020, quando as restrições para conter a covid-19 paralisaram a atividade econômica em todo o país. Em meio a uma crise energética que afeta os preços do gás natural em todo o mundo, porém, o uso de carvão voltou a crescer nos EUA pela primeira vez desde 2014, de acordo com o relatório. Houve uma alta de 17% na comparação com 2020. (Valor Econômico – 10.01.2021)

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3 NYISO removerá barreira ao desenvolvimento renovável no estado de Nova York

A proposta do NYISO também implementa medidas para manter uma rede confiável, minimizando os custos para os consumidores de eletricidade de Nova York. A ISO de Nova York apresentou mudanças nas regras de mercado para consideração da Federal Energy Regulatory Commission (FERC) que, se aceita, estimulará o investimento necessário para atender aos mandatos de descarbonização e investimento renovável do estado. A proposta do NYISO também implementa medidas para manter uma rede confiável, minimizando os custos para os consumidores de eletricidade de Nova York. A proposta foi aprovada por mais de 82% das partes interessadas da NYISO, após meses de análise e envolvimento com partes interessadas, reguladores e formuladores de políticas por meio do processo de governança aberta da NYISO. Aqueles que votam na proposta incluem a Unidade de Intervenção de Utilidades do Estado de Nova York, a Autoridade de Desenvolvimento de Pesquisa de Energia do Estado de Nova York, a Autoridade de Energia do Estado de Nova York, a Autoridade de Energia de Long Island e a Cidade de Nova York. (T&D World – 10.01.2022)

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4 DOE concede US$ 35 mi a empresas que desenvolvem tecnologias de energia limpa

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) está concedendo US$ 35 milhões a empresas para desenvolver tecnologias de energia limpa. O financiamento apoiará 158 projetos – desde ferramentas de pesquisa climática até baterias aprimoradas para veículos elétricos. O investimento apoiará a meta do presidente Joe Biden de uma economia líquida de carbono zero até 2050. “Apoiar as pequenas empresas garantirá que estamos aproveitando todo o talento dos Estados Unidos para desenvolver tecnologias de energia limpa que nos ajudarão a enfrentar a crise climática”, disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm. “Os investimentos do DOE permitirão que esses motores econômicos otimizem e comercializem seus avanços enquanto desenvolvem a próxima geração de líderes climáticos e ajudam a construir um futuro sustentável para beneficiar todos os americanos”, acrescentou o mesmo. (Daily Energy Insider – 10.01.2022)

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5 Hyperloop Holland - a conexão de baixo carbono em Amsterdã, Rotterdam

Uma rede hyperloop entre o norte e o sul da Holanda pode levar a uma redução de 1 milhão de toneladas nas emissões de carbono, entre outros benefícios. Em um estudo de pré-viabilidade para o Cargo-Hyperloop Holland, um hyperloop para mercadorias e passageiros entre Amsterdã, Haia e Roterdã mostrou ter o potencial de reduzir o número de caminhões nas principais rodovias que ligam essas cidades em cerca de 1.100 por dia. Outros benefícios incluem tempos de trânsito mais curtos e maior confiabilidade, ao longo de uma das estradas mais movimentadas e congestionadas do país. Hyperloops são uma tecnologia emergente na qual uma aeronave como uma cápsula viaja através de uma rede de tubos de baixa pressão utilizando forças magnéticas para levitação, orientação e propulsão. A proposta é que a infraestrutura possa ser construída acima, abaixo ou ao nível do solo. As cápsulas podem viajar sozinhas ou em unidades acopladas e são capazes de operações sem motorista e altas velocidades de até 700 km/h. (Smart Energy – 10.01.2022)

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6 Distribuidor romeno garante empréstimo de € 90 mi para expansão da rede verde

A Distribuie Energie Electrica Romania SA (DEER), uma distribuidora de eletricidade com sede na Romênia, garantiu um empréstimo de € 90 milhões (US$ 102 milhões) para modernização, expansão, descarbonização e digitalização da rede. O empréstimo de € 90 milhões faz parte de um auxílio de € 210 milhões (US$ 238,2 milhões) que a DEER está recebendo do Banco Europeu de Investimento (BEI) para reformar sua rede como parte de um esquema de modernização da rede de € 300 milhões (US$ 340,4 milhões). O empréstimo de 15 anos financiará a instalação de medidores inteligentes para faturamento preciso e melhor visibilidade do comportamento de uso do consumidor, energia renovável para confiabilidade da rede e descarbonização e linhas de distribuição e infraestrutura relacionada. A expansão da rede incluirá a instalação de subestações modernas e a conexão de 180.000 novos clientes, de acordo com o comunicado, enquanto a automação da rede ajudará a melhorar a qualidade da energia, monitoramento e confiabilidade da rede. (Smart Energy – 10.01.2022)

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7 Primeiro título climático certificado para energia hidrelétrica vai para a Costa Rica

O Instituto Costarriquenho de Eletricidade (ICE) tornou-se o primeiro operador hidrelétrico do mundo a obter a certificação de títulos verdes usando os Critérios Hidrelétricas recém-lançados. O título será utilizado para refinanciar a dívida adquirida para a construção da Usina Hidrelétrica Reventazón. A fábrica de Reventazón foi construída entre 2010 e 2016, financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Corporação Financeira Internacional, o Banco Centro-Americano de Integração Econômica (CABEI) e o Banco Europeu de Investimentos. Eddie Rich, executivo-chefe da IHA, disse: "Parabéns à ICE na Usina Hidrelétrica de Reventazón, tornando-se o primeiro título CBI Certificated Hydropower Climate concedido a hidrelétricas sustentáveis. alinhado com o recém-lançado Padrão de Sustentabilidade da Energia Hidrelétrica.” (EE Online – 10.01.2022)


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8 AIE: Economia em recuperação leva a recorde na geração a carvão

O volume de energia gerada mundialmente a partir do carvão está crescendo em direção a um novo recorde anual em 2021. Essa é a uma das conclusões do estudo sobre o combustível publicado pela Agência Internacional de Energia, disponível para download em inglês. Intitulado “Carvão 2021, Análise e Previsões para 2024”, aponta que o uso, depois de cair em 2019 e 2020, segue caminho oposto o que contribui para minar os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo a publicação, a geração global de energia a partir do carvão deve saltar 9% em 2021 para um máximo histórico de 10.350 TWh. Esse aumento é atribuído à recuperação econômica deste ano, classificada como rápida pela AIE e que aumentou a demanda por eletricidade muito mais rápido do que os suprimentos de baixo carbono podem acompanhar. Outra questão que impulsionou a fonte é o aumento nos preços do gás natural, tornando-a mais competitiva em termos de custos, aponta a AIE. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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9 Financiamento 1,5°C: cinco tendências a serem observadas em finanças alinhadas ao clima em 2022

Quando a RMI lançou o Centro de Finanças Alinhadas ao Clima em 2020, o conceito de finanças alinhadas ao clima estava em sua infância. Em 2021, amadureceu rapidamente, pois as promessas de zero líquido se tornaram a nova norma no setor financeiro, principalmente no Ocidente. Ao iniciarmos 2022, antecipa-se cinco dos principais temas que provavelmente surgirão este ano, são eles: (I) as instituições financeiras fundamentarão seus compromissos de alinhamento climático; (II) os planos de transição serão publicados e avaliados, (III) as instituições financeiras serão responsabilizadas por metas ligadas ao impacto da “economia real”; (IV) melhores dados prospectivos, mais métricas prospectivas e; (V) o foco nos setores de alta emissão será ampliado e aprofundado. (RMI – 10.01.2022)

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10 Promovendo meios de subsistência com energia renovável descentralizada: uma abordagem ecossistêmica

As soluções descentralizadas de energia renovável ligadas aos meios de subsistência são um passo importante para maximizar os benefícios do acesso à energia para o desenvolvimento socioeconômico. As energias renováveis oferecem a oportunidade de traduzir investimentos em conexões elétricas e quilowatts-hora em rendas mais altas para comunidades e empresas, empregos locais, maior capacidade de adaptação e bem-estar geral. Alcançar essa mudança transformadora requer maiores esforços do que simplesmente implantar sistemas descentralizados. Requer investir em um 'ecossistema' que posicione a diversidade de meios de subsistência das pessoas no centro dos esforços de acesso à energia e forneça soluções de energia sob medida, financiamento, capacidade e habilidades, acesso ao mercado e apoio político para obter todos os benefícios do acesso à energia. Este resumo desenvolvido em conjunto pela IRENA e a Fundação SELCO discute como os programas e iniciativas de acesso à energia estão abordando os vários componentes do ecossistema para sustentar e fortalecer as atividades de subsistência existentes ou facilitar novas. (IRENA – 10.01.2022)

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11 Preços de compensação de carbono podem aumentar cinquenta vezes até 2050

Preços para compensações de carbono - reduções de emissões verificadas equivalentes a uma tonelada de carbono cada - podem ser tão altos quanto $ 120 / t ou tão baixos quanto $ 47 / t em 2050, de acordo com a empresa de pesquisa BloombergNEF (BNEF). O resultado dependerá principalmente de quais tipos de fornecimento são elegíveis para atender ao universo em rápida expansão das metas de sustentabilidade, bem como de quem são os principais clientes no mercado, constata o lançamento inaugural do BNEF Long-Term Carbon Offset Outlook 2022. Se todos os tipos de compensações continuarem a ser permitidos, incluindo aqueles que evitam as emissões que de outra forma ocorreriam, o mercado ficará sobrecarregado com créditos em grande parte sem valor, reduzindo assim os preços e atraindo críticas em torno da qualidade. Um salto na demanda corporativa, especificamente de indústrias de grande emissão sem alternativas para compensações, poderia preencher essa lacuna e levar a aumentos moderados nos preços, mas muitas empresas hesitam em investir mais em compensações. (BNEF – 10.01.2022)

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Empresas

1 Cesp estipula relação de troca de ações com VTRM

A Cesp anunciou em comunicado ao mercado nesta segunda-feira, 10 de janeiro, que o Comitê Especial Independente da empresa, constituído para a negociação da incorporação de ações da companhia pela VTRM, concluiu as negociações da relação de troca das ações de emissão da Cesp por ações de emissão da VTRM. Na data da efetivação da Incorporação de ações da Cesp, os acionistas receberão, para cada uma ação de emissão da Cesp de sua titularidade, independentemente da espécie ou da classe: 6,567904669174 novas ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal da VTRM; e 0,095425888495 novas ações preferenciais, nominativas, escriturais e sem valor nominal da VTRM, compulsoriamente resgatáveis. A expectativa dos controladores é concluir a Operação VTRM até o início de fevereiro. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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2 Grupo Gera investe R$ 10 mi em startup de eficiência energética

Em uma nova rodada de rodada de capitalização, o grupo Gera investiu R$ 10 milhões na energytech Diel Energia, desenvolvedora de plataforma de gestão de refrigeração e eficiência energética para equipamentos de climatização. Com o novo aporte, a Gera, que já era acionista majoritária desde 2019, passa de 60% de participação para 70%. Os outros 30% ficam com os fundadores da empresa. A startup pretende expandir as operações, passando dos atuais 5 mil para 30 mil dispositivos instalados no setor privado. Outro objetivo é promover projetos-piloto com outros agentes do mercado e tecnologia para automação. No último ano, a Diel Energia registrou um crescimento de mais de dez vezes nos negócios, impulsionado pela maior busca por redução de custo na conta de energia e o aumento de competitividade no setor produtivo. (Valor Econômico – 10.01.2021)

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3 Omega renova contrato com marca da Viveo

A Omega fechou um contrato para fornecer energia renovável a partir de 2022 para suprimento da produção de itens de primeiros socorros, cirurgias, tratamentos e bem-estar da marca Cremer, que integra o ecossistema da Viveo, destinado a conectar diversas soluções e serviços de saúde. O projeto apresenta ainda os selos I-REC (International Renewable Certificates), possibilitando que a companhia evite a emissão de aproximadamente 60 mil toneladas de CO2 relacionadas ao consumo de energia (Escopo 2 do GHG Protocol) nos próximos 12 anos. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Desligamento em SE corta 314 MW na Bahia

O ONS informou em seu boletim diário, IPDO, que no último domingo, 09 de janeiro, às 11h31min houve o desligamento do barramento de 230 kV da Subestação Pituaçu, no estado da Bahia. Como consequência houve a interrupção de 314 MW de cargas da distribuidora Neoenergia Coelba, sendo 208 MW derivadas da Subestação Pituaçu e 106 MW derivadas da Subestação Narandiba. A Neoenergia Coelba informou que efetuou as seguintes transferências de carga: 22 MW da SE Narandiba para a SE Matatu, 35 MW da SE Pituaçu para a SE Narandiba e 12 MW da SE Pituaçu para a SE Cotegipe. Às 12h15min foram concluídas as normalizações das cargas. As causas estão sendo identificadas pelo Operador. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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2 ONS: Região Norte continua em crescimento e opera com 75% da capacidade

A Região Norte mais uma vez apresentou maior crescimento de todos os submercados no último domingo, 09 de janeiro, segundo o boletim do ONS, subindo 1,6 ponto percentual e operando com 75% da capacidade. A energia armazenada mostra 11.472 MW mês e a ENA aparece com 34.953 MW med, o mesmo que 211% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 86,96%. Já o subsistema do Nordeste apontou crescimento de 1,3 p.p e opera com 62,4% da sua capacidade. A energia armazenada indica 32.246 MW mês e a energia natural afluente computa 15.990 MW med, correspondendo a 117% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 58,76%. O subsistema SE/CO teve um aumento de 0,8 ponto percentual e conta com 31,6% A energia armazenada mostra 64.699 MW mês e a ENA aparece com 83.109 MW med, o mesmo que 104% da MLT. Furnas admite 38,88% e a usina de São Simão marca 25,21%. A Região Sul contou com recuo de 0,1 p.p e está operando com 41,2% da capacidade. A energia armazenada marca 8.096 MW mês e ENA é de 1.781 MW med, equivalente a 24% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 45,62% e 44,16% respectivamente. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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3 EPE: Escoamento da produção de energia do NE demandará R$ 18,2 bi em linhas de transmissão

O escoamento da energia renovável produzida na região Nordeste demandará R$ 18,2 bilhões em investimentos para a construção de 6.600 quilômetros de linhas de transmissão em 500 quilovolt (kV). Segundo um estudo elaborado pela EPE, a pedido do MME, a solução deve equacionar as restrições verificadas no curto prazo e ampliar a capacidade de escoamento de geração de energia para a região, permitindo que futuros projetos possam acontecer, conforme previsto no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030. (Broadcast Energia – 10.01.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Stellantis corta minivans a combustão na Europa

Em um esforço para acelerar a transição para a mobilidade elétrica, as marcas Peugeot, Citroën e Opel, do grupo Stellantis, tiraram de linha todas as MPVs com motores a combustão na Europa. Ou seja, a partir de agora só estarão disponíveis as minivans elétricas no Velho Continente. E por conta da descontinuação dos modelos com motores a diesel e a gasolina, a estratégia de eletrificação da Stellantis ganha peso com um incentivo adicional para as versões elétricas desses veículos, que terão preços mais acessíveis nos diversos mercados europeus. A decisão de tirar de linha os MPVs com motores a combustão das minivas foi anunciada em comunicados separados de cada montadora. No entanto, a Fiat, empresa-chave que faz parte do grupo, ainda não declarou essa opção. (Inside EVs – 10.01.2022)

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2 GM: picapes pesadas serão elétricas em 2035, ao invés de 2040

A GM tornará sua linha de picapes pesadas totalmente elétrica antes do prazo previsto. No ano passado, a marca norte-americana disse que queria que todos os seus veículos leves fossem zero-emissões até 2035, mas seus veículos pesados não seriam exclusivamente elétricos até 2040, quando a montadora espera se tornar uma empresa neutra em carbono. No entanto, a CEO da GM, Mary Barra, disse durante seu discurso de abertura da CES 2022 que as picapes Chevrolet Silverado e GMC Sierra se tornariam totalmente elétricas até 2035, juntamente com o resto da linha de veículos leves da GM. Barra acrescentou que as picapes também oferecerão "um alcance necessário para fazer os trabalhos mais difíceis". O investimento anunciado de US$ 35 bilhões em veículos elétricos e autônomos até 2025 é um fator importante que permite à GM oferecer veículos elétricos pesados mais cedo do que o esperado. Até agora, a GM confirmou que cinco fábricas na América do Norte construirão veículos totalmente elétricos: Spring Hill (TN), Factory Zero (MI), Orion Assembly (MI), CAMI (Ingersoll, Ontário, Canadá) e Ramos Arizpe (Coahuila, México). (Inside EVs – 10.01.2022)

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Energias Renováveis

1 Absolar: Investimentos em energia solar somaram R$ 21,8 bi em 2021

Os investimentos em energia solar no Brasil em 2021 somaram a R$ 21,8 bilhões, o maior valor já registrado em um ano, segundo levantamento da Absolar. Ao todo, o valor representa um aumento de 49% em relação ao registrado em 2020. Os investimentos incluem projetos de grandes usinas e os sistemas de geração distribuída, que englobam a instalação de placas fotovoltaicas em telhados, fachadas e pequenos terrenos. De acordo com a Absolar, os investimentos criaram 153 mil novos empregos no Brasil no ano passado, com um aumento de 65% nas contratações em relação ao ano anterior. Com isso, desde 2012, a geração solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 66,3 bilhões em negócios e gerou mais de 390 mil postos de trabalho, segundo a associação. (Valor Econômico – 10.01.2022)

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2 Crise hídrica e tarifas altas fazem Elgin crescer 200% em 2021 em energia solar

A Elgin, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatização, refrigeração, iluminação, automação e costura fechou o ano de 2021 com crescimento de 200% na comercialização de kits de energia solar em comparação com o exercício anterior, superando as expectativas da companhia. No ano passado, os geradores residenciais lideraram os pedidos na Elgin, com 80% de participação, seguidos pelos geradores comerciais (15%) e industriais (5%). A empresa prevê que até 2024 a divisão de energia solar se torne a mais representativa de todo o grupo. O crescimento se deve à ampliação de pedidos de empresas integradoras que atuam em projetos e instalação de sistemas de energia solar em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais no País, impulsionado sobretudo pela crise hídrica e reajustes tarifários recorrentes na conta de energia, informou a Elgin. (Broadcast Energia – 10.01.2022)

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3 Aneel consente DRO para 501,2 MW de geração eólica

A Aneel concedeu o registro de requerimento de outorga (DRO) para 501,2 MW de geração eólica, de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União. A DRO contempla as usinas Bojuru I a VXII, totalizando 434 MW de potência instalada, localizadas em São José do Norte, no Rio Grande do Sul, de propriedade da empresa de mesmo nome, visando à produção independente de energia elétrica. A Eólica do Agreste Potiguar obteve DRO para 67,2 MW de produção independente dos parques eólicos São Miguel e Olho d´Água, localizados no município de Jandaíra, no Rio Grande do Norte. (Broadcast Energia – 10.01.2022)

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4 Eólicas recebem autorização para operação comercial e em teste

A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 08 de janeiro, unidades geradoras da EOL Vila Espírito Santo IV e Ventos de Santa Esperança 08, que soma 8,4 MW de capacidade instalada, e estão localizadas no estado do Rio Grande do Norte e Bahia, respectivamente. Para operação comercial, a Aneel liberou 4,6 MW da EOL Aura Queimada Nova 02, localizada no estado do Piauí. O Despacho com as autorizações foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 10 de janeiro. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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5 Geração distribuida deverá ter em 2022 seu melhor ano, aponta ABGD

A lei 14.300 deverá proporcionar uma verdadeira explosão no mercado de geração distribuída em 2022. A previsão da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) é de que o país veja a capacidade instalada praticamente dobrar nos próximos 12 meses. De um total de cerca de 8,8 GW que a Agência Nacional de Energia Elétrica registra atualmente, o segmento deverá fechar o ano com algo próximo a 15 GW. Essa é a projeção do presidente executivo da entidade, Guilherme Chrispim, o entrevistado no CanalEnergia Live desta segunda-feira, 10 de janeiro. O executivo afirma que esse movimento é esperado justamente por conta dos interessados em aproveitar a atual legislação e seu período de transição na busca de maximizar o retorno do investimento. Essa verdadeira corrida vem antes da alteração da forma de compensação, tema que gerou bastante discussão e acusações nos últimos dois anos. Contudo, Chrispim elogia a lei que, segundo ele, traz a esperada segurança para os investimentos, mesmo no pós-2022. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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6 Omega fecha acordo com Cremer para energia renovável

A Omega Energia renovou um acordo por mais dez anos para fornecimento de energia renovável para as operações da fabricante de produtos de saúde Cremer. Os valores da operação não foram divulgados pelas companhias. A parceria entre as empresas começou em 2014 e o novo contrato fechado neste ano estabelece que até 2033 as operações da Cremer devem deixar de emitir 60 mil toneladas de carbono. Esta extensão do negócio prevê uma ampliação de 30% no montante de energia em relação ao contrato anterior, por conta de algumas fusões e aquisições feitas pelo grupo Viveo, dona da Cremer. O montante de energia no contrato agora é de 7,5 megawatt-hora médio (MWhmed). A diretora comercial e trading da Omega Energia, Fabiana Polido, conta que a energia vem do portfólio contratado da companhia, que é de 1.869 MW de capacidade instalada em fontes eólica, solar e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). A executiva diz que o novo contrato apresenta ainda os selos I-REC (International Renewable Certificates, na sigla em Inglês), o que possibilita o rastreamento de atributos ambientais de energia. (Valor Econômico – 10.01.2021)

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7 BofA avalia que potencial de energia solar da Weg tem sido subestimado

O Bank of America (BofA) reiterou em relatório divulgado hoje a recomendação de compra para as ações da Weg-2,89% após analisar o crescimento exponencial da empresa no segmento de energia solar. O potencial desse negócio e o impacto na receita líquida, segundo o banco, têm sido subestimados pelo mercado. O preço alvo previsto é de R$ 50, alta potencial de 70% ante o fechamento da última sexta-feira. O relatório assinado pelo analista Gustavo Tasso estima que a área de energia solar é a de crescimento mais rápido da Weg, registrando aumento de 130% entre 2017 e 2021. Representa algo em torno de R$ 2 bilhões e cerca de 40% das vendas no Brasil do segmento de Geração Transmissão e Distribuição (GTD), contra 5% em 2017. (O Estado de São Paulo – 10.01.2022)

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Gás e Termelétricas

1 TBG e Delta Geração fecham contrato inédito para UTE William Arjona

A TBG e a Delta Geração assinaram contratos de capacidade de transporte de gás natural de curto prazo na modalidade Diário, para abastecer a UTE William Arjona (MT – 190 MW). É a primeira vez que este tipo de serviço é prestado no mercado nacional. Também é o primeiro contrato de curto prazo da transportadora com um agente, além da Petrobras. A TBG é a única empresa do setor no Brasil que oferece serviço de transporte nas modalidades trimestral, mensal e diário. As novas modalidades de contrato e outras iniciativas têm como objetivo contribuir com a abertura do mercado, no sentido em que vão ao encontro de suas demandas. A UTE William Arjona foi a primeira termelétrica do país a usar gás natural do gasoduto Bolívia-Brasil. Com um sistema que permite acionamento pontual, realizado conforme as condições do sistema, a usina pode demandar até 1,3 milhão de metros cúbicos por dia. (CanalEnergia – 10.01.2022)

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2 Setor de carvão mineral pressiona por novas regras para funcionamento de térmicas no RS e no PR

Mesmo com críticas de ambientalistas e de um movimento global por energia mais limpa, o setor de carvão mineral quer novas regras para garantir o funcionamento de usinas dessa fonte no Rio Grande do Sul e no Paraná. A articulação vem na esteira da aprovação pelo Congresso e sanção presidencial de uma lei que prorroga a contratação de térmicas a carvão em Santa Catarina por 15 anos. A ampliação da lei federal e de programas de transição energética na região Sul já está encaminhada no Legislativo, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan. Segundo ele, a proposta direcionada ao Estado de Santa Catarina foi construída junto aos parlamentares, mas também houve diálogo com os ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia. (O Estado de São Paulo – 10.01.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Enel: Volume de energia vendida na Trading aumentou 70% em 2021

O volume de energia comercializado em 2021 pela Enel Trading, braço do Grupo Enel para atuação no mercado livre, aumentou 70% em relação ao ano anterior, totalizando 10,04 TWh de energia. Segundo a empresa, a quantidade de clientes da comercializadora cresceu 119% no ano passado, levando a empresa a se posicionar entre as três maiores empresas desse segmento. Em 2021, a empresa também viu disparar em cerca de 400% o número de certificados de energia renovável (IRECs) comercializados, totalizando 5,6 milhões em 2021. (Broadcast Energia – 10.01.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, João Pedro Gomes, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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