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IFE: nº 1.489 - 17 de dezembro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Especial
1
Natal e Ano Novo

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel define metas para DEC e FEC de distribuidoras
2 Fiesp: Benefícios dos baixos preços no leilão de energia existente não devem ser sentidos pela indústria em 2005
3 FGV: Regras do leilão de energia nova definirão interesse do investidor privado
4 Eletrobrás sorteia empreendimentos do Proinfa com mesma data de LI
5 CCEE define integrantes dos conselhos de administração e fiscal
6 PricewaterhouseCoopers: Impacto dos impostos sobre as tarifas de energia deve chegar a 41,56$ em 2005
7 Ibama registra recorde na emissão de licenças ambientais em 2004

Empresas
1 Chesf prevê um resultado melhor do que o de 2003
2 Chesf: Preços ofertados no leilão garantem fluxo de caixa para a empresa
3 Cosern aumenta conta de energia para consumidor de baixa renda
4 CEEE vai distribuir energia produzida no parque eólico da Elebrás
5 Tractebel pode rever investimentos por causa de ágio do passado
6 Cotações da Eletrobrás
7 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste em 60%
2 Região Sul apresenta volume de 78,7%
3 Nordeste registra 54,9% da capacidade

4
Reservatórios da região Norte em 29,6% da capacidade

Gás e Termelétricas
1 Cresce lucro da Petrobras na Argentina
2 BNDES vai financiar projeto de expansão da rede da Comgás
3 Comgás planeja aumento de 25% no volume de gás vendido para setores industrial e de cogeração
4 Senado veta obrigatoriedade da mistura do biodiesel ao óleo diesel
5 Eletronuclear: usina de Angra 2 não tem previsão para ser reconectada ao Sistema Elétrico Interligado
6 Curtas

Grandes Consumidores
1 Mário Cilento assume presidência da Abrace a partir de 1° de janeiro
2 Financiamentos do BNDES para o setor metalúrgico chegam a R$ 947 mi em 2004
3 Gerdau Açominas recebe aporte de R$ 174,6 mi do BNDES para implantação de unidade industrial em município de SP
4 Gerdau vai instalar nova usina no Rio de Janeiro

Economia Brasileira
1 Furlan: Juro e mínimo apontam sentidos opostos
2 Dirceu: Juros não são empecilho para o crescimento

3 CNI: Aperto Monetário é desnecessário
4 BID: Economia brasileira no rumo correto
5 CNI teme gargalos e cenário externo
6 TJLP é mantida em 9,75% ao ano
7 IGP-M fica abaixo da expectativa
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 CIP contesta aumento eletricidade e aconselha Portugal a repensar setor

 

 

Especial

1 Natal e Ano Novo

Caros leitores,

O Informe Eletrônico IFE entrará em um período de recesso a partir de hoje até o dia 03 de janeiro. Aproveitamos então a oportunidade para desejar a todos um feliz natal e um bom ano novo. Nos encontramos novamente em 2005!

Equipe IFE

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Regulação e Novo Modelo

1 Aneel define metas para DEC e FEC de distribuidoras

A Aneel estabeleceu as metas mensais de DEC (duração das interrupções) e FEC (freqüência das interrupções) para oito distribuidoras. Segundo o conjunto de resoluções publicado nesta quinta-feira, dia 16 de dezembro, no Diário Oficial da União, os patamares ficam em 30% do valor das metas anuais, no caso das mensais, e as trimestrais, devem corresponder a 60% do valor das metas anuais. As concessionárias são: Copel, Celesc, Sulgipe, Iguaçu, Celtins, Cenf, CEEE e Ceb. Os consumidores devem ser avisados dos novos valores até o dia 31 de março de 2005, através da conta de energia elétrica. A partir de 1° de janeiro de 2006, as empresas poderão solicitar à Aneel a revisão das metas estabelecidas. (Canal Energia - 16.12.2004)

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2 Fiesp: Benefícios dos baixos preços no leilão de energia existente não devem ser sentidos pela indústria em 2005

Na opinião da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a modicidade tarifária esperada pelo governo com os baixos preços da energia negociada no leilão de energia existente, não deve ser alcançada. Segundo o Departamento de Infra-Estrutura (Deinfra) da entidade, os benefícios dos R$ 57,51 por MWh para a energia fornecida em 2005 não devem ser sentidos pela indústria. O Deinfra avaliou que as indústrias não devem sentir queda em seus custos com energia. "O preço final para o setor é afetado de tal ordem pelos encargos setoriais e pela carga tributária que todo esforço ministerial no sentido da redução das tarifas é frustrado", disse o diretor-adjunto de Energia do departamento, Luiz Gonzaga Bertelli. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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3 FGV: Regras do leilão de energia nova definirão interesse do investidor privado

O governo precisa definir o quanto antes questões como garantias e alocação de risco dos contratos de comercialização de energia elétrica a serem fechados no leilão de energia nova, se quiser realmente atrair o interesse do investidor privado. Na avaliação da FGV, a definição destes pontos será crucial para definir o interesse do investidor privado pela licitação. Segundo a coordenadora de Projetos Especiais da FGV, Goret Pereira Paulo, o investidor precisa de tempo para avaliar os riscos e as garantias de retorno que o negócio irá trazer. A coordenadora explica que o investidor precisa conhecer essas regras para definir o fluxo de caixa e a remuneração que esses contratos vão gerar para a empresa. Nessa análise, continua ela, estão incluídos os custos de capital próprio e os custos de capital de terceiros, ou financiamentos. (Canal Energia - 16.12.2004)

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4 Eletrobrás sorteia empreendimentos do Proinfa com mesma data de LI

A Eletrobrás realizou nesta quinta-feira, dia 16 de dezembro, sorteio de 19 empreendimentos que possuem datas iguais de licença de instalação e são integrantes da segunda chamada pública do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas para projetos de biomassa. No total da segunda chamada, foram selecionados 54 projetos, que totalizam 1.123,87 MW. Segundo a empresa, o sorteio permitiu a ordenação dos projetos com datas iguais de LI sem distinção de produção independente ou não-independente. A Eletrobrás disse ainda que não informará o estado, a potência e nem o empreendedor dos projetos sorteados. Esses dados, segundo a estatal, só serão divulgados quando forem assinados os contratos do Proinfa, que têm data-limite de 28 de dezembro. (Canal Energia - 16.12.2004)

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5 CCEE define integrantes dos conselhos de administração e fiscal

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica definiu os integrantes dos conselhos de administração e fiscal na assembléia que aconteceu nesta quinta-feira, dia 16 de dezembro. Por indicação dos comercializadores, José Bonifácio Amaral Filho foi eleito para o conselho de administração. A posse do novo conselho está marcada para o dia 3 de janeiro do próximo ano. Foram mantidos em seus cargos Leonardo Calabró (distribuição); Luiz Fernando Couto Amaro da Silva (geração); e Antônio Soares Diniz (indicado pelo conjunto de todos os agentes). O presidente do conselho de administração da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, indicado pelo Ministério de Minas e Energia, já tinha sido confirmado no cargo na assembléia do dia 10 de novembro. Para evitar a coincidência de mandatos, Antônio Machado e Antônio Diniz ficam no cargo até 2007. Os demais membros do conselho de administração permanecem no cargo até 2008. (Canal Energia - 16.12.2004)

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6 PricewaterhouseCoopers: Impacto dos impostos sobre as tarifas de energia deve chegar a 41,56$ em 2005

Estudo da PricewaterhouseCoopers estimou que o impacto da evolução de impostos, contribuições e encargos setoriais e sociais sobre as tarifas poderá chegar a 41,56% em 2005, o que resultaria em um avanço de 16% no volume de arrecadação, para R$ 32,95 bilhões, ou um impacto médio de 15% para o consumidor. Foram consideradas, entre outras premissas, um quadro de reforma tributária e a elevação da alíquota de ICMS para 25%. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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7 Ibama registra recorde na emissão de licenças ambientais em 2004

O Ibama informou nesta quinta-feira, que atingiu este ano o recorde de emissão de licenças ambientais: 218 licenças destinadas a projetos de infra-estrutura e de regularização. No setor elétrico, o Ibama destacou a liberação de licenças para as hidrelétricas São Salvador (240 MW), Foz do Chapecó (850 MW), Barra Grande (690 MW), Ourinhos (40 MW), Corumbá IV (127 MW), Ponte de Pedra (176 MW), Sobradinho (1.050 MW). No segmento de transmissão, o órgão licenciou as LTs Londrina/Araraquara (PR/SP), Tucuruí/Açailândia (AM/PA) e Campos Novos/Santa Marta (SC/RS). O Ibama também liberou licenças para os gasodutos Campinas/Rio (SP/RJ), Urucu/Porto Velho (AM/RO) e Carmópolis/Pilar (SE/AL). (Canal Energia - 16.12.2004)

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Empresas

1 Chesf prevê um resultado melhor do que o de 2003

A Chesf prevê bons resultados operacionais neste e nos dois próximos anos e está em busca de parceiros privados para participar do leilão de expansão do sistema (energia nova) que será realizado no primeiro semestre de 2005. Segundo o presidente da empresa, Dilton da Conti, o resultado da empresa até novembro confirma os números divulgados em setembro e prevê um 2004 com lucro maior do que 2003. De acordo com o presidente, a participação da Chesf no leilão de energia existente foi positiva e vai garantir a menor exposição da empresa à sobra de energia no mercado. No primeiro trimestre de 2004, a Chesf teve um lucro líquido de 613,3 milhões (2,2% menor que o registrado no mesmo período do ano passado) e apresentou uma receita bruta de R$ 2,89 bilhões (16,6% acima da obtida entre janeiro e setembro de 2003). (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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2 Chesf: Preços ofertados no leilão garantem fluxo de caixa para a empresa

Da Conti afirmou que os preços ofertados pela geradora no leilão de 7 de dezembro - entre R$ 52,79 o MWh para início em 2005, R$ 60,35 em 2006 e R4 66,05 a partir de 2007 - garantem fluxo de caixa para a empresa e não inviabilizam a capacidade de investimentos em novos empreendimentos. Segundo o presidente, a empresa possui ativos no valor de R$ 19 bilhões e o endividamento é da ordem de R$ 6,4 bilhões, o que garante condições de financiamento. "Os preços obtidos no leilão de energia existente, entre R$ 52 e R$ 58 por MWh, com base em valores correntes, garante remuneração para a empresa", afirma da Conti. A Chesf ficou em segundo lugar no ranking de volume de energia negociado no leilão de energia existente, com 3,69 mil MW médios, sendo que a maior parte foi negociada com início de fornecimento a partir de 2005 (2,5 mil MW médios) e 2006 (1.054 MW médios). O maior volume negociado no leilão ficou a também estatal Furnas, que vendeu 5,75 mil MW médios. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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3 Cosern aumenta conta de energia para consumidor de baixa renda

A conta de energia elétrica dos consumidores de baixa renda - cerca de 400 mil no Rio Grande do Norte - será reajustada, segundo prevê a Cosern e Secretaria Estadual de Tributação (SET). A concessionária e a SET não se entendem quanto à cobrança de ICMS para essa modalidade de consumidor, inclusive na hora de definir os índices de reajuste. Para a companhia, a cobrança do imposto será repassada aos consumidores. A secretária de Tributação, Lina Vieira, calcula que a cobrança de ICMS para quem consume acima de 60 KW/h por mês deve variar entre 1,65% até 11,22%. "Usamos os dados da própria Cosern para fazer uma simulação", afirmou. Já o superintendente Comercial e de Mercado da Companhia Energética do RN, Ricardo de Vasconcelos Galindo, diz que o consumidor de baixa renda terá a conta acrescida em até 16%. Ele afirma que a Secretaria Estadual de Tributação vai punir o consumidor e está indo de encontro ao propósito do programa. (Elétrica - 16.12.2004)

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4 CEEE vai distribuir energia produzida no parque eólico da Elebrás

O consórcio Elebrás/Innovent e a CEEE firmaram, nesta semana, o contrato de conexão do parque eólico que será construído em Tramandaí, no Rio Grande do Sul. O acordo possibilitará a integração do empreendimento ao Sistema Elétrico Nacional, com distribuição da energia produzida via CEEE. De acordo com o presidente da Elebrás, Roberto Jardim, serão colocadas 47 turbinas eólicas em uma área de aproximadamente 400 hectares, com capacidade de geração de 70 MW. O investimento total é de US$ 91 milhões. Durante a construção do parque, serão criados 450 empregos diretos e mais 20 vagas permanentes durante a operação. (Canal Energia - 16.12.2004)

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5 Tractebel pode rever investimentos por causa de ágio do passado

A Tractebel Brasil pode cortar pela metade os investimentos previstos para o país caso um impasse remanescente do novo modelo não seja solucionado até o leilão de energia nova do primeiro trimestre de 2005. A empresa cogita a hipótese de não viabilizar a usina de São Salvador (241 MW), adquirida em novembro de 2001 e orçada em cerca de R$ 700 milhões, se os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda não chegarem a uma solução para compensar o pagamento do ágio obtido pela União nas antigas licitações onerosas do setor.A empresa está no grupo de investidores que adquiriram hidrelétricas pelo modelo de leilões de geração baseado no pagamento do maior ágio, vigente até 2002. Com a mudança regulatória e o foco centrado na busca pela menor tarifa, os empreendimentos ainda não construídos e que obtiveram maior descolamento do preço inicial ofertado nas licitações de outorgas tendem a ficar menos atrativos a partir dos próximos leilões. (Canal Energia - 16.12.2004)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 16-12-2004, o IBOVESPA fechou a 25.831,13 pontos, representando alta de 1,00% em relação ao dia anterior, com movimento de R$ 1,9 bilhão. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,07%, fechando a 6.894,40 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 39,09 ON e R$ 39,10 PNB, alta de 0,49% e 0,59%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 17-12-2004 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 38,90 as ações ON, baixa de 0,49% em relação ao pregão anterior e R$ 39,29 as ações PNB, alta de 0,49% em relação ao pregão anterior. (Economática e Investshop - 17.12.2004)

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7 Curtas

Está previsto para ser entregue entre o fim de fevereiro e o mês de março um relatório que definirá o futuro da Empresa Infovias, subsidiária da Cemig que atua no segmento de infra-estrutura de telecomunicações. (Canal Energia - 16.12.2004)

A Cemig, a Empresa de Infovias e a Embratel assinam nesta quinta-feira, dia 16 de dezembro, o primeiro termo aditivo do contrato de compartilhamento de infra-estrutura. A assinatura do contrato permitirá ampliar os serviços para 20 cidades da área de concessão da distribuidora, incluindo a cidade de Belo Horizonte. (Canal Energia - 16.12.2004)

A CPFL Paulista e a Piratininga anunciaram na última quinta-feira, dia 16 de dezembro, planos para reforçar o atendimento aos consumidores de energia no período das chuvas. Conhecido como Plano Verão, o programa tem por objetivo evitar que fatores externos interfiram na rede elétrica das empresas, garantindo o fornecimento de energia aos consumidores. (Canal Energia - 17.12.2004)

O conserto dos circuitos elétricos da CTEEP que foram danificados na quinta-feira (16/12), e causaram um apagão de pelo menos 15 minutos na região central de São Paulo, poderá durar até uma semana. Empreiteiras a serviço da Comgás atingiram dois circuitos de 230 mil volts localizados na marginal do Tietê. (Folha de São Paulo - 17.12.2004)

O secretário do Desenvolvimento Regional de Brusque (SC), Valdir Wilke, esteve nesta terça-feira (14) com o governador Luiz Henrique, na sede da Associação Comercial e Industrial de Indaial, para a cerimônia de assinatura da Ordem de Serviço que aumentará em 30% a capacidade de abastecimento de energia elétrica na região. (Elétrica - 16.12.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste em 60%

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 60% da capacidade, volume 24,51% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve uma leve redução em um dia. As usinas de Marimbondo e São Simão registram 32% e 65,7% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 16.12.2004)

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2 Região Sul apresenta volume de 78,7%

A região Sul apresenta volume de 78,7% em 15 de dezembro, uma queda de 0,6% em relação ao dia anterior, segundo dados do NOS. A usina de Passo Fundo registra 68% da capacidade. (Canal Energia - 16.12.2004)

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3 Nordeste registra 54,9% da capacidade

A região registra 54,9% da capacidade, volume 24% acima da curva de aversão. O nível teve um pequeno aumento em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho registra 54,1% da capacidade. (Canal Energia - 16.12.2004)

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4 Reservatórios da região Norte em 29,6% da capacidade

A capacidade de armazenamento na região Norte está em 29,6%, uma redução de 0,2% em relação ao dia 14 de dezembro. A usina de Tucuruí registra volume de 22%. (Canal Energia - 16.12.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Cresce lucro da Petrobras na Argentina

A Petrobras Energia, filial argentina da estatal brasileira, informou ontem que seu lucro líquido no terceiro trimestre foi de 151 milhões de pesos (US$ 50 milhões), um aumento de 38,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado da empresa foi de 109 milhões de pesos. Em um comunicado enviado à Bolsa de Valores portenha, a companhia atribuiu a melhora nos resultados ao aumento dos preços do petróleo, melhorias das margens no setor de refino, incremento das vendas de produtos petroquímicos e crescimento de preços e volumes de eletricidade. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido acumulado pela empresa é de 156 milhões de pesos, uma forte queda em relação ao mesmo período de 2003, quando a empresa havia lucrado 524 milhões de pesos. (Elétrica - 16.12.2004)

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2 BNDES vai financiar projeto de expansão da rede da Comgás

O BNDES vai financiar com R$ 428 milhões o projeto de expansão da rede da Comgás. Esse montante equivale a 51% dos investimentos totais programados, que chegam a R$ 852 milhões. A verba também será aplicada em investimentos para dar suporte à operação da empresa, como para a renovação de tubulações e ramais. Segundo o BNDES, o programa de expansão da Comgás também prevê elevar em 80% o número de postos de combustíveis que comercializam Gás Natural Veicular (GNV), chegando a 580 pontos na área de distribuição da empresa. O financiamento ocorrerá em duas modalidades distintas. Do total de R$ 428 milhões, 55% serão liberados diretamente pelo BNDES. Os 45% restantes serão repassados por meio de dois agentes financeiros, o Banco Votorantim e o Bradesco. (Valor 17.12.2004)

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3 Comgás planeja aumento de 25% no volume de gás vendido para setores industrial e de cogeração

Com o projeto de expansão, a Comgás pretende aumentar em 25%, até 2006, o volume de gás que vende para os setores industrial e de cogeração de energia. Na área residencial, o projeto é aumentar a base de clientes em 114 mil unidades de consumo, chegando a 552 mil, também até 2006. Outro projeto previsto é expandir a rede de distribuição para o setor comercial em 21 novos municípios, atingindo 2,5 mil novos estabelecimentos. (Valor 17.12.2004)

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4 Senado veta obrigatoriedade da mistura do biodiesel ao óleo diesel

A mistura do biodiesel no óleo diesel não será mais obrigatória, como determinava a medida provisória (MP) aprovada pela Câmara dos Deputados. O texto previa uma mistura de até 5% de biodiesel em cada litro de óleo diesel. O fim da obrigatoriedade foi aprovado ontem pelo Senado. Com esta alteração, a MP retornará à Câmara dos Deputados para nova votação. Ainda sobre a obrigatoriedade da adição do biodiesel ao óleo diesel, o relator Tião Viana (PT-AC), autor da proposta lembrou que o País não tem hoje um sistema de produção capaz de atender à demanda do mercado interno. O parlamentar disse ainda que a obrigatoriedade do uso da mistura poderia implicar na necessidade de importação de biodiesel com custos superiores ao potencial brasileiro de produção. A obrigatoriedade imposta pela Câmara também colocaria o Brasil em rota de colisão com o protocolo de Kyoto, afirmou Viana. (Jornal do Commercio - 17.12.2004)

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5 Eletronuclear: usina de Angra 2 não tem previsão para ser reconectada ao Sistema Elétrico Interligado

Desconectada da rede elétrica desde o dia 30 de novembro, a usina nuclear de Angra 2 ainda não tem previsão para ser reconectada ao Sistema Elétrico Interligado, informou a Eletronuclear. A unidade tem capacidade de geração de 1350 MWh de potência a plena carga. A paralisação na unidade ocorreu aos 5 minutos do último dia 30, quando tornou-se necessária a realização de inspeção no gerador elétrico principal da unidade, que apresentou aumento de umidade no gás hidrogênio que o refrigera. Segundo a Eletronuclear, o tempo de desligamento vai depender do resultado do levantamento que os técnicos da unidade estão realizando para determinar as causas do problema. A empresa esclarece, porém, que o gerador elétrico que apresentou defeito não tem "nenhuma interface direta com a parte nuclear da usina". (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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6 Curtas

Os cerca de 350 funcionários da Indústrias Nucleares do Brasil em Resende iniciaram ontem uma greve por tempo indeterminado, em protesto contra o ajuste salarial proposto pelo governo. Tanto os testes para enriquecer urânio como a produção de combustível para as usinas nucleares Angra 1 e 2 foram interrompidos. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

Os ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e da Indústria e Comércio do Paraguai, Ernst F. Bergen, anunciaram ontem a assinatura de um memorando de entendimento para incremento técnico-industrial entre os dois países na área de biocombustíveis. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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Grandes Consumidores

1 Mário Cilento assume presidência da Abrace a partir de 1° de janeiro

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia terá novo presidente a partir de 1° de janeiro de 2005. Por unanimidade, o engenheiro mecânico Mário Antônio Carneiro Cilento foi eleito na reunião do conselho diretor da Abrace, que aconteceu na última quarta-feira, dia 15 de dezembro, para substituir Adjarma Azevedo, no exercício do próximo ano. Vice-presidente executivo da Carbocloro, o executivo ocupava antes o cargo de vice-presidente e diretor regional Sudeste da Abrace. Na assembléia geral, que aconteceu no mesmo dia, a entidade também elegeu novos conselheiros para um mandato de três anos. (Canal Energia - 16.12.2004)

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2 Financiamentos do BNDES para o setor metalúrgico chegam a R$ 947 mi em 2004

O BNDES financiou R$ 946 milhões para o setor metalúrgico em 2004, montante 11% inferior ao de 2003. Esse montante, entretanto, deverá crescer em 2005, uma vez que existem projetos já enquadrados da ordem de R$ 5 bilhões. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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3 Gerdau Açominas recebe aporte de R$ 174,6 mi do BNDES para implantação de unidade industrial em município de SP

O BNDES aprovou ontem financiamento no valor de R$ 174,6 milhões para a Gerdau Açominas implantar uma unidade industrial no município de Araçariguama (SP). O projeto, com capacidade de produção de 900 mil toneladas de aço por ano, tem implantação prevista para 2005. O financiamento será realizado em duas modalidades: R$ 73,8 milhões serão concedidos de forma direta à Gerdau Açominas e os outros R$ 100,8 milhões serão repassados pelo Santander, para compra de máquinas e equipamentos nacionais. A operação é parte do investimento na primeira etapa de implantação da unidade de Araçariguama, no valor de R$ 282 milhões. A implantação completa da unidade prevê investimentos de R$ 820 milhões, para uma capacidade instalada anual de 1,3 milhão de toneladas de aço e 1,2 milhão de toneladas de laminação. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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4 Gerdau vai instalar nova usina no Rio de Janeiro

A Gerdau anuncia na segunda-feira (20/12), no Rio de Janeiro, a instalação de uma nova usina no estado, no município de Santa Cruz, que fabricará placas de aço voltadas, principalmente, para a indústria automobilística. A siderúrgica também vai ampliar a capacidade da Cosigua, também localizada em Santa Cruz. Os dois projetos estão orçados em US$ 500 milhões. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)

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Economia Brasileira

1 Furlan: Juro e mínimo apontam sentidos opostos

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, reconheceu que o aumento da taxa básica de juro pelo BC e a decisão de corrigir a tabela do IR e aumentar o salário mínimo são medidas contraditórias. "São duas coisas com sentidos opostos, uma dá alento ao consumo e a outra aperta o consumo", afirmou o ministro ontem em Belo Horizonte, onde esteve participando de reuniões do encontro do Mercosul. Apesar de reconhecer a contradição, Furlan procurou defender a decisão do BC. "Todos concordam que países que têm reservas mais consistentes representam risco menor e que , por conseguinte, têm taxas de juros mais baixas", justificou. "Uma elevação das reservas brasileiras nos levará seguramente a uma queda do risco Brasil e com isso as taxas de juros vão cair naturalmente" acrescentou. (Valor Online - 17.12.2004)

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2 Dirceu: Juros não são empecilho para o crescimento

O ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou nesta quinta-feira que a elevação da taxa básica de juros anunciada ontem pelo BC já estava prevista e não foi novidade para o mercado. Dirceu disse ainda não acreditar que os juros sejam um empecilho para o crescimento do país. Segundo ele, hoje há outras variáveis que são até mais importantes do que os juros, como o preço do petróleo no mercado internacional, a expansão da China e a queda do preço de produtos agrícolas no exterior. "O governo tem uma política de esenvolvimento que vai além da política do BC. O BC tem autonomia para fazer a política monetária e não acredito que os juros sejam empecilho para o crescimento" afirmou. (O Globo Online - 17.12.2004)

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3 CNI: Aperto Monetário é desnecessário

Para o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, o aperto monetário promovido pelo BC é "desnecessário" e pode comprometer o crescimento no próximo ano. Na quarta-feira, Copom fez a quarta elevação consecutiva da taxa básica de juros da economia, a Selic, para 17,75% ao ano. "Sabemos que as altas taxas de juros são um problema histórico. Não se discute a estabilidade, mas ela não pode nos tornar reféns de uma política excessivamente conservadora" disse. Apesar dessa atuação conservadora, Monteiro Neto espera que até dezembro de 2005 a Selic tenha caído para 14%, uma redução de 3,75 pontos percentuais em relação ao atual nível da Selic. (Jornal do Commercio - 17.12.2004)

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4 BID: Economia brasileira no rumo correto

A economia brasileira tem seguido pelos trilhos corretos e isto encoraja o BID a conceder mais empréstimos ao país. É o que diz Enrique Iglesias, presidente do banco. "Estamos satisfeitos e entusiasmados com o desempenho do Brasil", afirmou Iglesias durante o lançamento do projeto Escolas de Fábrica, do Ministério da Educação e Cultura, financiado pelo BID. Neste ano, o volume de dinheiro emprestado ao país chegará a US$ 2,5 bilhões. "É um dos mais altos níveis nos últimos anos", comenta o presidente. Segundo a instituição, a média anual dos anos passados girava em torno de US$ 1,5 bilhão. Em 2003, foram emprestados R$ 600 milhões. Para Iglesias, a preocupação do governo com projetos sociais acaba por aproximar o Brasil do BID.(Valor Online - 17.12.2004)

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5 CNI teme gargalos e cenário externo

Os gargalos na infra-estrutura e um cenário externo adverso podem prejudicar o crescimento da economia em 2005. Essa é a avaliação da CNI, que apresentou ontem suas perspectivas para o próximo ano. De acordo com o estudo, o PIB deve crescer 3,7% em 2005. Se confirmado, o resultado seria bastante inferior ao estimado para este ano pelo Governo e por analistas de mercado, que esperam um crescimento de cerca de 5%. Em um cenário mais pessimista, o desempenho da economia em 2005 pode ser ainda mais prejudicado pela falta de investimentos privados no setor de infra-estrutura. No setor externo, o perigo é a possibilidade de uma desvalorização do dólar, diz a CNI. Para a indústria de transformação, a previsão é de um crescimento de 5,5% no próximo ano. (Jornal do Commercio - 17.12.2004)

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6 TJLP é mantida em 9,75% ao ano

O Governo decidiu manter em 9,75% ao ano a TJLP para o primeiro trimestre de 2005. A TJLP, que corrige principalmente os financiamentos ao setor produtivo oferecidos pelo BNDES, permanece em 9,75% desde abril. A medida foi aprovada ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy, atribuiu a manutenção da TJLP à perspectiva de maior inflação em 2005. "A expectativa de inflação está acima da meta que se busca para o ano", lembrou. Para a definição do cálculo da taxa, o CMN utiliza dois valores de referência: a meta de inflação para os próximos 12 meses e o prêmio de risco do País.Pelos números divulgados ontem, no cálculo da TJLP a perspectiva de inflação em 12 meses subiu de 5,25% para 5,5%, enquanto o prêmio de risco caiu de 4,5% para 4,25%, fazendo com que a taxa ficasse com o mesmo valor em relação ao último trimestre deste ano. O diretor disse que, assim que a expectativa convergir para a meta, a TJLP pode cair. (Jornal do Commercio - 17.12.2004)

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7 IGP-M fica abaixo da expectativa

Os preços dos combustíveis surpreenderam as expectativas na 2ª prévia do IGP-M. O indicador subiu para 0,63% após avançar 0,62% na primeira apuração do mês, ficando abaixo do esperado pelos analistas. "O fato é que o IPA desacelerou bastante. Eu esperava que o último reajuste dos combustíveis fosse pressionar mais", disse o economista do Unibanco, Adriano Pires Lopes, que estimava variação de 0,80% na segunda sondagem. Pelos seus cálculos, o impacto dos combustíveis no índice foi de 0,12%. A inflação do IPA, um dos componentes com maior peso no IGP-M, saiu de uma alta de 0,74%, na primeira prévia, para 0,67% na apuração atual. A estimativa de Lopes para o IGP-M fechado do mês, que era de 1%, será revista para 0,8%. Sua projeção é de 12,5% no indicador fechado do ano. (Gazeta Mercantil - 17.12.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

No mercado de câmbio, mesmo com um leilão do Banco Central o dólar encerrou a manhã em baixa de 0,65%, cotado a R$ 2,719 na compra e R$ 2,721 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,51%, cotado a R$ 2,7320 para compra e R$ 2,7390 para venda. (O Globo Online e Valor Online - 17.12.2004)

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Internacional

1 CIP contesta aumento eletricidade e aconselha Portugal a repensar setor

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) opõe-se ao aumento dos preços da eletricidade entre sete e 11% a partir de janeiro, e aconselha o país a apostar na hidroelectricidade e a encarar a opção nuclear. A CIP, em comunicado, afirma que "é difícil pedir às empresas que aceitem suportar por si só os encargos de sobrecustos de combustíveis, ou de compensações por regimes especiais de produção, ou, simplesmente os que resultam de ineficácias do atual sistema". A confederação considera que se o país não repensar o seu sector elétrico, se assistirá "a uma fuga maciça [dos clientes] do sistema público para o sistema não vinculado" e a eletricidade passará a vir de Espanha. Neste cenário, não haverá ninguém para pagar os sobrecustos, situação que levará o sistema eléctrico público a uma "crise de enormes proporções", refere a CIP. (Diário Económico - 16.12.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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