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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 585 - 14 de fevereiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 

 

1- Furnas vence leilão da linha de transmissão Sul-sudeste


No primeiro leilão das linhas de transmissão, realizado no dia 14.02.2001, na BVRJ, Furnas conquistou o direito de construir a linha de transmissão Sul-sudeste, que vai de Bateias (PR) até Ibiúna (SP). Furnas ofereceu o valor máximo estipulado pela Aneel para a construção desta linha, R$ 81,53 mi. A linha tem 328 km de extensão. O consórcio espanhol Inter Expansion e o consórcio brasileiro Sul-Sudeste não apresentaram propostas e não houve disputa no leilão. (Agência ZAP - 14.02.2001)

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2- TUC 2001 vence leilões das linhas de transmissão Tucuruí-Vila do Conde e Norte-Nordeste


O consórcio TUC 2001, formado pelas empresas de engenharia Schahin e Alusa, adquiriu os Grupos B e C de transmissão de energia elétrica. Para a linha Tucuruí-Vila do Conde (Grupo B), o consórcio ofereceu o teto de tarifa de transmissão de R$ 28,63 mi, um deságio de 8,02% em relação ao teto máximo de R$ 31,13 mi estipulado pela Aneel. A linha Tucuruí-Vila do Conde, no Pará, tem extensão de 323 km e o investimento para a construção é estimado em R$ 155 mi. Para a linha Norte-Nordeste (Grupo C), o consórcio, que era o único concorrente, ofereceu o teto máximo de pedágio, no valor de R$ 123,33 mi. A linha possui 920 km de extensão e interliga a usina de Tucuruí, no Pará, à cidade de Presidente Dutra, no Maranhão. O investimento previsto para a implementação do projeto é de R$ 623 mi. A operação comercial da nova linha do Grupo B deve ocorrer 14 meses após a assinatura do contrato de concessão e a do Grupo C 22 meses após firmado o acordo contratual com a Aneel. As concessões são válidas por 30 anos. (Estado - 14.02.2001)

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3- ONS refaz projeções para 2001


Com um mês de janeiro mais seco do que o usual, os reservatórios da região Sudeste, que respondem por 70% do abastecimento do país, fecharam o mês de janeiro de 2001 ao nível de 31,4%. Isso que significa que o sistema energético brasileiro está dependendo mais de chuvas nos próximos meses do que dependia em dezembro de 2000. Embora o nível dos reservatórios esteja acima do apurado em janeiro de 2000 (quando chegou a 29%), os técnicos da ONS tiveram de refazer suas projeções. "Em dezembro, quando olhamos para 2001, dizíamos que, se as chuvas ficassem 80% dentro da média histórica, não teríamos problemas; agora, com janeiro, esse número subiu para 85% " , diz um técnico da ONS. Para os técnicos da ONS, a dependência pelo sistema hídrico deve cair com a entrada das térmicas planejadas para entrar em operação no segundo semestre. (Valor - 14.02.2001)

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4- Aneel, Anatel e ANP fecham acordo


A Aneel, a ANP e a Anatel chegaram finalmente a um acordo com relação ao regulamento de solução de conflitos (o antigo regulamento de arbitragem), que estabelecerá as condições para a intervenção das agências reguladoras no caso de impasses em negociações entre empresas de energia, telecomunicações e petróleo. Com isso, o regulamento de conflitos deve sair ainda em fevereiro de 2001. A Anatel explicou para a Aneel a razão da não-homologação de 151 contratos entre empresas de telecomunicações e concessionárias de energia e encaminhou uma cópia do estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre preços de postes. A agência de telecomunicações considera muito bom o documento da FGV (que foi elaborado a pedido da ABTA e da Abrafix) e deve incorporar as suas sugestões ao futuro regulamento de compartilhamento de infra-estrutura de telecomunicações. (TCINet - 14.02.2001)

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5- Parecer da Aneel sobre processo de cisão será divulgado no dia 18.02.2001

Até o dia 18.02.2001, a Aneel vai divulgar um parecer sobre o atraso no processo de cisão da Cemig, Ceb, Coelba e Celesc. O prazo inicial para a concretização do negócio se esgotou no dia 31.12.2000. Caso o parecer da Aneel for contrário às justificativas enviadas pelas empresas no dia 18.01.2001, a agência poderá multá-las em um valor correspondente a até 2% de suas receitas liqüidas. Após o anúncio da Aneel, as quatro companhias também terão um prazo de 15 dias para recorrer da decisão. O processo, então, volta para a análise de um diretor-ouvidor da Aneel para um posicionamento final. (Canal Energia - 13.02.2001)

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6- Bolívia quer vender mais energia ao Brasil


O aumento da cooperação energética entre a Bolívia e o Brasil foi um dos pontos centrais na agenda do ministro do Comércio Exterior e Turismo da Bolívia, Claudio Augusto Mansilla Peña, que, dia 13.02.2001, concluiu uma visita de dois dias ao Brasil. A cooperação entre os dois países no terreno energético está desenvolvida e a primeira estação de bombeamento de gás para o Brasil começou a funcionar em janeiro de 2001. (AFP - 14.02.2001)

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7- Workshop dos agentes do MAE será realizado em SP


Será realizado nos dias 15 e 16 de fevereiro o 1° Workshop dos Agentes do MAE (Mercado Atacadista de Energia). Participarão do evento os integrantes do mercado, limitados a duas pessoas por agente. O encontro acontece na sede da Asmae, em São Paulo. O primeiro dia terá na pauta de discussão a visão geral das regras do MAE, enfocando as principais mudanças ocorridas no setor. No segundo, serão apresentados os procedimentos de mercado aprovados, programas de treinamento e os relatórios do Sinercom. No dia 15.02.2001, o evento ocorre das 14h as 17h, e no dia 16.02.2001, das 9h as 17h. As inscrições podem ser feitas até o dia 15.02.2001, pela central de atendimento da Asmae, no telefone 0800 100008. (Canal Energia - 13.02.2001)

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1- Leilão da Cesp Paraná pode ocorrer em abril de 2001


O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, reafirmou que o leilão da Cesp Paraná poderá ocorrer em abril de 2001. Ele reiterou que esta é apenas uma hipótese técnica, uma vez que a decisão cabe ao Conselho Deliberativo do PED. Segundo ele, ainda não foi definido que encaminhamento será dado ao cronograma de venda. A fase de pré-qualificação realizada na primeira tentativa de venda, em dezembro de 2000, poderá ser aproveitada parcialmente com a reapresentação de apenas alguns documentos. Arce lembrou ainda que a reabertura do processo de habilitação poderá permitir a integração de novas concorrentes à disputa. A variação cambial deve beneficiar as empresas estrangeiras, que poderão desembolsar menor quantidade de dólares para quitar o ativo. (Gazeta Mercantil - 14.02.2001)

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2- Liminar pára enchimento de Porto Primavera


O enchimento do reservatório da hidrelétrica de Porto Primavera, usina pertencente à Cesp Paraná, foi interrompido por força de uma liminar concedida pelo juiz Juliano Rodrigues Valentim, da 1ª Vara da Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul. O juiz concedeu a liminar no dia 05.02.2001, atendendo a ação pública dos deputados estaduais do Mato Grosso do Sul. As comportas haviam sido fechadas no dia 01.02.2001, e o enchimento do lago foi interrompido no dia 06.02.2001. No período, subiu 67 centímetros. Segundo o secretário estadual de Energia de São Paulo, Mauro Arce, o governo de São Paulo deve pedir a transferência do processo para a Justiça Federal: "Como envolve um órgão federal, o Ibama, entendemos que o processo não deva ser julgado pela Justiça Estadual do Mato Grosso do Sul". O secretário não acredita que o processo venha a atrasar o novo leilão da Cesp Paraná, previsto para ocorrer na segunda quinzena de março de 2001. "Assim que cair a liminar, em três semanas de enchimento o reservatório chega na cota de 257 metros", acredita. (Valor - 14.02.2001)

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3- Fiesp afirma que situação dos reservatórios ainda não é preocupante


Para Pio Gavazzi, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a situação dos reservatórios não é "brilhante", mas ainda não chega a ser preocupante. "Até o início de fevereiro as chuvas não caíram como o esperado, mas só no fim de março teremos uma posição melhor", comenta. A situação dos reservatórios está melhor do que a verificada em 2000, quando em janeiro o nível ficou em 29%, mas aumenta a expectativa de que de fevereiro a abril, meses mais chuvosos, as chuvas venham com força e aumentem o nível dos reservatórios, afastando o risco de falta de energia. "Com todos esses problemas, o programa de térmicas do governo ainda não está decolando, o que aumenta a preocupação quanto a 2002", comenta o diretor da Fiesp. Para atender a demanda de energia de 2001, o país prevê receber cerca de 5 mil MW a mais no sistema, sendo que cerca de 600 MW viriam das térmicas. (Valor - 14.02.2001)

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4- Standard & Poor's diz que Brasil pode enfrentar falta de energia


A Standard & Poor's divulgou um relatório em Nova York afirmando que "o mercado de eletricidade no Brasil compartilha duas características comuns e estruturais com o da Califórnia: a falta de oferta e a incapacidade estrutural das distribuidoras de proteger os preços no futuro". O relatório enumera as semelhanças e as diferenças entre os mercados de energia da Califórnia e do Brasil e examina as possíveis soluções para uma eventual escassez de eletricidade no Brasil. "Embora a experiência da Califórnia seja em certa medida única, ela reforça uma verdade geral: os mercados de energia podem ser imprevisíveis e operar sem fazer 'hedge' é arriscado" diz o documento, assinado por Cheryl Richer, da divisão de infra-estrutura da S&P. O texto acrescenta que, caso a regulamentação do setor elétrico no Brasil não esteja em vigor até 2003, o ambiente econômico e político poderá influenciar o resultado: as geradoras não aceitarão contratos, a não ser que as distribuidoras aceitem pagar por custos maiores, e a Aneel não aprovará tarifas que repassem aos consumidores os aumentos de custos incorridos no mesmo ano. No final das contas, diz a S&P, os consumidores brasileiros poderão ter de arcar com os custos, tal como aparentemente acontecerá na Califórnia. (A Notícia - 13.02.2001)

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1- Aumenta confiança de investidores no Brasil


Uma pesquisa realizada pela consultoria A.T. Kearney revela uma melhora do país na colocação no ranking das intenções de investimentos. O Brasil passou da quarta para a terceira posição, atrás somente dos EUA e da China. Paul Laudicini, vice-presidente da A.T. Kearney e responsável pelo estudo, afirma que o Brasil é a principal atração na América do Sul e o lugar preferencial para aqueles que declararam intenção de investir pela primeira vez. Segundo o executivo, "o Brasil reúne quase todas as principais condições para atrair investimentos estrangeiros" como são: grande potencial de mercado consumidor, crescimento de uma força de trabalho mais qualificada, aliados a uma política ambiental e de proteção à propriedade intelectual mais avançada do que em países semelhantes, assim como à estabilidade econômica dos últimos anos, mesmo depois da desvalorização do real em 1999. (Gazeta Mercantil - 14.02.2001)

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2- Espanha foi o maior investidor no Brasil em 2000


De acordo com pesquisa realizada pela consultoria A.T. Kearney, em 2000, a Espanha foi o maior investidor em solo brasileiro, superando os EUA. O país Ibérico foi responsável por 21,3% do total investido no Brasil, montante estimado em US$ 33,5 bi, os Estados Unidos responderam por 20,6%, e Portugal, por 10,6%. O País foi também apontado como o terceiro local de destinação de capital preferido pela França e pelo Reino Unido. (Gazeta Mercantil - 14.02.2001)

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3- Brasil está melhor que Argentina para investidores


Segundo a pesquisa realizada pela consultoria A. T Kearney, a percepção do Brasil mudou favoravelmente em relação à Argentina. Dos executivos entrevistados 26,53% têm uma visão positiva do País, enquanto aqueles que pensam o contrário são 7,14%. Já em relação à Argentina, 7,37% têm uma visão positiva do País, enquanto 26,32% passaram a ter uma perspectiva negativa daquele país. Embora o Brasil tenha-se beneficiado significativamente com a migração de investimentos antes destinados ao país vizinho, a consultora destaca que o investidor pensa muito mais em termos globais do que regionais, o que torna, hoje, a China, o México e a Índia competidores muito mais sérios do País do que a Argentina. 'É preciso ver além do Mercosul.', afirma Paul Laudicini, responsável pela pesquisa. (Gazeta Mercantil - 14.02.2001)

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1- Companhia açucareira amplia capacidade de co-geração


A Cia. Açucareira Vale do Rosário, de Morro Agudo (SP), está dobrando sua capacidade de geração de energia através da queima do bagaço de cana. Em maio de 2001, com o inicio do processo da nova safra, entrará em operação um novo turbo gerador com potência de 15 MW, o que produzirá aumento da capacidade da usina para 31 MW. Assim, o volume de energia produzido aumentará dos 79 MW por hora registrados na safra passada para 150 MW. Grande parte deste incremento na produção de energia já está vendida à CPFL, afirma o engenheiro de produção da usina, Joaquim Heck. (Valor, 14.02.2001)

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2- CPFL fecha contrato para manutenção preventiva


A CPFL fechou, no mês de janeiro de 2001, o primeiro contrato bianual de manutenção em cabine primária de 15kV com a indústria Texas Instrumentos Eletrônicos do Brasil Ltda. A companhia também acertou um negócio com a Plastipak, de Paulínia (SP), para a manutenção preventiva, corretiva, gerenciamento e atendimento de emergência de subestação de 138 Kv. De acordo com o analista comercial da CPFL, Ricardo Bassanin, o compromisso entre a companhia e a indústria consiste em garantir uma visita mensal de um técnico para a realização de vistoria visual para detectar possíveis manutenções corretivas e uma manutenção preventiva anual. A CPFL acredita que estes contratos revelam uma nova forma de atuar na área de serviços, onde a formatação de um pacote de serviços vendidos, através de um contrato de médio prazo, passa a ter importância maior do que as vendas pontuais de serviços. (Infoenergia - 14.02.2001)

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1- Bush estudará cooperação energética com o México


O presidente norte-americano Geoge W. Bush afirmou, dia 13.02.2001, que pode falar no encontro marcado com o presidente mexicano Vicente Fox sobre uma cooperação energética entre os países para solucionar a crise californiana. Aos jornalistas que viajavam em sua comitiva rumo ao México disse que essa seria uma solução possível para o problema. Bush também afirmou que já conhece Fox há tempo que possui boas relações pessoais com ele e por isso a negociação poderia ser facilitada. Quanto aos preços da energia, disse apenas que ao estado americano falta gás natural devido à demanda de energia crescente e explicou que o problema californiano foi causado pela falta de aumento no suprimento de energia enquanto a procura aumentava. (Europa Press - 14.02.2001)

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2- Duke move ação contra operadora estadual da Califórnia


A Duke Energy moveu processo contra a Independent System Operator (ISO) da Califórnia, a operadora do sistema estadual de transmissão de alta voltagem, por suprir energia a empresas distribuidoras quase falidas do estado sem assegurar que os fornecedores sejam pagos. A Duke alega que a operadora está "forçando os fornecedores a abastecer energia efetivamente de graça". A ISO é responsável pela aquisição de energia elétrica na última hora conforme a necessidade de equilibrar o suprimento e a demanda na rede de distribuição. Na sua ação judicial, a empresa disse que a ISO anunciou em 02.02.2001 que pagaria somente 1,81 cent por dólar de energia fornecida durante a crise. As distribuidoras deixaram de pagar centenas de milhões de dólares em energia e foram empurradas para a beira de falência por não poderem repassar aos usuários cerca de US$ 13 bi em custos de energia. (Gazeta Mercantil - 14.02.2001)

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3- Negada a mudança da oferta da Ferroatlântico sobre a Hidrocantábrico


O conselho da Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNMV) negou a solicitação de mudança da oferta da Ferroatlântico sobre a Hidrocantábrico. Em comunicado, a CNMV afirma entender que "a existência do limite mínimo ao qual se condiciona a efetividade da oferta impede considerar tal modificação como uma melhora real das condições da oferta competidora" que foi autorizada por ela no dia 06.02.2001. (El País - 14.02.2001)

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4- AES adquire a Thermo Ecotek


A AES Corporation anunciou, dia 13.02.2001, que uma subsidiária sua entrou em um acordo de compra de todos os bens da Thermo Ecotek Corporation, uma subsidiária da Thermo Electron Corporation de Waltham, Massachusetts. O preço de compra foi de US$ 195 mil em dinheiro, mais os ajustes de fechamento adicionais de aproximadamente US$ 15 mi. A Thermo Ecotek é uma operadora de usinas de energia que usa gás natural, biomassa (agricultura, madeira), e carvão para gerar energia. O portifólio de bens a serem adquiridos pela AES incluem 516 MW de potência nos Estados Unidos, Republica Tcheca e Alemanha, um projeto de armazenamento de gás nos E.U.A, e mais de 1,250 MW em projetos de energia em estado avançado. (Energy Bureau - 13.02.2001)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre Ornellas, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato:ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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