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IFE: nº 28 - 10 de dezembro de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1
Ofgem: projeto de teste de hidrogênio
2 Energia das marés como alternativa renovável
3 Reino Unido: Especialistas em energia pedem meta de descarbonização
4 Enel e Eni: parceria em pilotos de hidrogênio verde na Itália
5 Equinor busca oportunidades em energia eólica offshore
6 Energia eólica offshore deve crescer 2.000 vezes até 2050
7 Siemens Gamesa implanta projeto de hidrogênio verde a partir de energia eólica
8 OREAC: 1.400 GW de energia eólica offshore até 2050
9 Crown Estate define meta de emissões líquidas zero para 2030
10 ETIP Ocean: mudança para concessões de energia oceânica
11 Airbus aposta em hidrogênio para vender jatos com emissão zero
12 Realinhamento de medidas de recuperação com o Acordo de Paris

Geração Distribuída
1 GreenYellow prevê emissão de 126 mil I-RECs até o fim de 2020
2 Absolar considera ultrapassada visão do TCU sobre GD
3 Grupo Capitale investe em startup mirando mercado varejista
4 BB quer chegar a 90% de energia renovável até 2024
5 Escopo Energia: TCU está correto sobre retirada de subsídios para GD

Armazenamento de Eletricidade
1 União Europeia: meta de se tornar o segundo maior mercado de baterias
2 União Europeia: padrões de bateria mais rígidos e sustentáveis
3 WoodMac: maior produção de bateria dos EUA no T3

Mobilidade Elétrica
1 VW: regras de emissões devem acelerar eletrificação
2 Elon Musk: VEs vão dobrar demanda por energia no mundo
3 Espanha: aumento de imposto baseado em emissões do veículo
4 França: vendas de carros novos caem e VEs crescem

5 Volvo fabricará apenas veículos totalmente elétricos até 2030
6 Siemens: Eletrificação pode mudar modelo de concessão de transporte público
7 UE: meta de 30 milhões de VEs até 2030
8 Audi: € 15 bilhões para eletromobilidade e hibridização

9 Não deve ocorrer migração radical para VEs no Brasil

10 Brasil: mercado de VEs movimenta startups

11 SP: novos edifícios se preparam para recarga de VEs
12 A proibição de veículos à combustão ao redor do mundo

Digitalização do Setor Elétrico
1 Siemens Gamesa financia estratégia de inovação com empréstimo do EIB
2 Moreira Franco: tirar Huawei do edital de 5G ‘atrasa’ e ‘encarece’ o processo

Artigos e Estudos
1 Artigo de professoras da USP: “Medidas para recuperação verde do Brasil”
2 Artigo de Gerson Berti (Apesc) sobre interrupções na rede elétrica e smart grids
3 Artigo de Alisson Castanho (Atech) sobre análises preditivas no setor de energia
4 Aligning Stimulus With Energy Transformation: COVID-19 pode acelerar a descarbonização

5 Agência Internacional de Energia (IEA): Energy Efficiency 2020


 

 

Transição Energética

1 Ofgem: projeto de teste de hidrogênio

O Network Innovation Competition da Ofgem aprovou uma nova instalação off-line de pesquisa de hidrogênio para entender como os ativos de transmissão poderiam ser usados para transportar hidrogênio para aquecer casas e fornecer energia verde para a indústria no futuro. A instalação será construída a partir de uma série de ativos desativados, para criar uma rede de transmissão representativa. Misturas de hidrogênio até 100% serão então testadas nas pressões de transmissão, para avaliar o desempenho dos ativos. (Energy Global – 01.12.2020)

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2 Energia das marés como alternativa renovável

Seguindo os passos da energia eólica e da energia solar fotovoltaica, as energias renováveis offshore sofreram enormes reduções de custo nos últimos anos. A energia das marés e das ondas já oferece uma alternativa viável para territórios insulares remotos, onde a energia a térmica a diesel impõe altos custos para a geração de eletricidade. À medida que as economias de escala reduzem ainda mais os custos, essas tecnologias se tornarão opções acessíveis ao lado de fontes de energia renováveis já maduras. Programas de pesquisa e inovação, apoio financeiro e cooperação regional no planejamento do espaço marinho são agora necessários para levar a energia das marés ao estágio comercial. (Energy Global – 01.12.2020)

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3 Reino Unido: Especialistas em energia pedem meta de descarbonização

As principais empresas de energia (National Grid ESO, SSE, BP, Drax, Sembcorp Energy UK e Shell) escreveram ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pedindo-lhe que desenvolva seu recém-publicado Plano de Dez Pontos para uma Revolução Industrial Verde, definindo o que isso significará para a descarbonização da eletricidade, e que defina uma data para o Reino Unido atingir um sistema de energia de zero emissões líquidas de CO2, em linha com a meta de 2035 do presidente eleito dos EUA, Joe Biden. (Renews – 30.11.2020)

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4 Enel e Eni: parceria em pilotos de hidrogênio verde na Itália

As gigantes italianas de energia Enel e Eni devem trabalhar juntas para desenvolver dois projetos de hidrogênio verde. As empresas planejam produzir o hidrogênio por meio de eletrolisadores movidos a energia renovável perto de duas refinarias da Eni na Itália. Cada projeto piloto contará com eletrolisadores de cerca de 10 MW, que deverão começar a gerar hidrogênio verde em 2022. A Enel também está desenvolvendo projetos de hidrogênio verde na Espanha, Chile e Estados Unidos e disse que se as melhorias econômicas esperadas da indústria de hidrogênio verde forem confirmadas, a empresa planeja aumentar a capacidade para mais de 2 GW até 2030. A Eni também está estudando outros projetos de hidrogênio na Itália e no Reino Unido. (Renews – 02.12.2020)

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5 Equinor busca oportunidades em energia eólica offshore

A norueguesa Equinor está analisando oportunidades em energia eólica offshore no Brasil, disse o presidente-executivo da petroleira, Anders Opedal, em uma conferência virtual da indústria nesta terça-feira. A Equinor assinou um memorando de entendimento com a Petrobras em 2018 em busca de projetos eólicos offshore, mas desde então executivos da estatal brasileira minimizaram o interesse em renováveis. A empresa norueguesa, por sua vez, já solicitou várias licenças para usinas instaladas no mar. A Equinor está em fase inicial de licenciamento ambiental de dois parques offshore com 2 GW cada, do complexo Aratu. (Reuters – 01.12.2020)

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6 Energia eólica offshore deve crescer 2.000 vezes até 2050

A energia eólica offshore desempenhará um papel importante na descarbonização do sistema de energia global, contribuindo com 2% do fornecimento de energia mundial até 2050, mas padrões mais abrangentes da indústria e gerenciamento de risco são necessários para que a tecnologia cresça. De acordo com um novo relatório da empresa de gestão de risco e garantia de qualidade DNV GL, o custo da energia eólica flutuante cairá cerca de 70% até 2050, oferecendo novas oportunidades às empresas de energia eólica offshore, indústrias de petróleo e marítimas à medida que mudam seus portfólios para se tornarem menos dependentes de combustíveis fósseis. A DNV GL prevê que a capacidade instalada de energia eólica offshore passaria de 100 MW hoje para 250 GW em 2050. Ou, em outras palavras, um aumento de 2.000 vezes. (REVE – 01.12.2020)

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7 Siemens Gamesa implanta projeto de hidrogênio verde a partir de energia eólica

A montadora de turbinas eólicas Siemens Gamesa anunciou nesta terça-feira (03/12) que está implantando o primeiro projeto piloto do mundo de geração de hidrogênio verde a partir da energia gerada diretamente pela conexão de uma turbina eólica. O projeto, em implantação em Brande, na Dinamarca, resultou também em assinatura de acordo com a empresa dinamarquesa Everfuel, que será responsável pela distribuição do hidrogênio para postos de combustíveis, os quais abastecerão uma frota de táxis na capital do país, Copenhagen. A turbina da Siemens Gamesa de 3 MW de potência será conectada com um eletrolisador de 400 kW da empresa GHS. Em fase final de licenciamento, a expectativa é a de que no primeiro trimestre de 2021 a planta comece a gerar hidrogênio verde suficiente para abastecer de 50 a 70 táxis com célula de combustível por dia. (Brasil Energia - 03.12.2020)

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8 OREAC: 1.400 GW de energia eólica offshore até 2050

A Ocean Renewable Energy Action Coalition (OREAC) está convocando os governos a intensificar sua ambição para alcançar 1.400 GW de energia eólica offshore até 2050. Para apoiar a expansão de energias renováveis baseadas nos oceanos, a OREAC publicou o relatório 'The Power of Our Ocean' como um documento orientador para os países acelerarem o desenvolvimento da indústria e colherem os benefícios socioeconômicos, ambientais e de saúde das turbinas eólicas offshore. O relatório descreve um roadmap baseado em cinco pilares: políticas estáveis, visibilidade de pipelines, instituições com recursos, um público favorável e engajado e um ambiente competitivo. (REVE – 02.12.2020)


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9 Crown Estate define meta de emissões líquidas zero para 2030

A Crown Estate se comprometeu a atingir emissões líquidas zero até 2030 e a otimizar o potencial de energia verde do fundo do mar do Reino Unido, visando alinhar-se com a meta de 1,5 ° C do Acordo Climático de Paris. O Crown Estate disse que também defenderá uma abordagem abrangente para o investimento sustentável, incluindo a aplicação da estrutura da Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima e um preço interno de carbono. A Crown Estate também visa otimizar o potencial de energia verde dos recursos offshore do país, o que inclui facilitar o desenvolvimento de energia eólica offshore para ajudar a cumprir a meta do governo de fornecer 40 GW até 2030 e possibilitar novas tecnologias, como a energia eólica flutuante. (Renews – 04.12.2020)

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10 ETIP Ocean: mudança para concessões de energia oceânica

A implantação de energia oceânica em escala requer processos de concessão mais simples e rápidos, informados pelas pesquisas ambientais mais recentes, de acordo com um relatório lançado pela Plataforma Europeia de Tecnologia e Inovação para Energia Oceânica (ETIP Ocean). Até à data, não há evidências de que a energia dos oceanos tenha um impacto negativo no ambiente marinho e a tomada de decisões regulamentares deve ser concebida com isso em mente, disse o relatório. O órgão consultivo setorial disse que deseja ver concessões fornecerem um “caminho mais fácil para essas tecnologias inovadoras na água”. O relatório visa tornar o processo de tomada de decisão mais eficiente e mais bem informado. (Renews – 03.12.2020)

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11 Airbus aposta em hidrogênio para vender jatos com emissão zero

Em setembro, a Airbus estabeleceu um prazo de cinco anos para desenvolver uma aeronave movida a hidrogênio comercialmente viável. A maior fabricante de aviões do mundo tem o apoio das partes interessadas - os governos francês, espanhol e alemão, que prometeram neutralidade em carbono até 2050 - e bilhões de euros em subsídios governamentais. Mesmo com a ajuda, será uma tarefa hercúlea, que exigirá reinventar a indústria de aviação de trilhões de dólares. O hidrogênio não foi a primeira opção da empresa. Os engenheiros da Airbus passaram anos estudando o potencial de usar baterias para armazenar eletricidade em aviões com a Rolls-Royce, mas desistiu do projeto no início do ano. “O hidrogênio é o tipo de energia mais promissora que nos permite abastecer aeronaves e a aviação com energia renovável”, diz Glenn Llewellyn, engenheiro que lidera o experimento da Airbus. (Valor Econômico – 05.12.2020)

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12 Realinhamento de medidas de recuperação com o Acordo de Paris

Em uma chamada à ação renovada, mais de 100 líderes em energia renovável, como membros da Coalizão para Ação da IRENA, estimulam os governos a corrigir o curso por meio das seguintes ações: reavaliar as medidas de estímulo e o curso correto para garantir uma recuperação verde em linha com os objetivos climáticos globais, aumentar as ambições políticas e esclarecer planos de longo prazo para geração e consumo renováveis, garantir que os mercados de energia possam oferecer continuidade e estimular o investimento e o crescimento em energias renováveis, priorizar as energias renováveis como um componente-chave das políticas industriais, alinhar as políticas trabalhistas e educacionais com uma transição energética justa e intensificar a cooperação e ação internacional em COVID-19, reconhecendo as energias renováveis como uma parte fundamental da solução. (REVE – 07.12.2020)

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Geração Distribuída

1 GreenYellow prevê emissão de 126 mil I-RECs até o fim de 2020

A GreenYellow, espera obter 36 mil I-RECs, certificados internacionais de energia renovável, até o final de 2020, com a produção de suas usinas de geração solar distribuída. Cada certificado comprova a geração de 1 MWh renovável e pode ser usado por consumidores para atingir metas de sustentabilidade. O volume previsto pela Green Yellow para este ano é quatro vezes maior que o emitido em 2018, quando a empresa começou a gerar certificados. Além disso, via parceria com outros geradores, a GreenYellow receberá ainda este ano mais de 90 mil I-REC eólicos. No caso da GreenYellow, a empresa é tanto a geradora como a comercializadora dos seus certificados. (Brasil Energia - 30.11.2020)

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2 Absolar considera ultrapassada visão do TCU sobre GD

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica afirmou em nota que o Tribunal de Contas da União parte de premissas ultrapassadas e parciais sobre os benefícios da geração distribuída, ao determinar à Aneel um plano para retirar a diferenciação tarifária entre consumidores, resultante do sistema de compensação de energia elétrica. A decisão aprovada pelo plenário do TCU no último dia 18 de novembro estabeleceu prazo de 90 dias para que a Aneel apresente um plano de revisão da Resolução 482, que está em consulta pública desde o ano passado. Para a vice-presidente de geração distribuída da Absolar, Bárbara Rubim, a prerrogativa de decidir sobre alterações regulatórias cabe à Aneel. A executiva considera a manifestação do TCU “problemática porque toma por base argumentos unilaterais e que não refletem as atuais discussões entre o Congresso Nacional, a agência reguladora e os outros agentes do setor.” (Agência CanalEnergia – 01.12.2020)

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3 Grupo Capitale investe em startup mirando mercado varejista

O Grupo Capitale anunciou que está investindo na Lemon Energy, startup de alternativa renovável para suprimento de energia elétrica a consumidores varejistas. A proposta é usar tecnologia para viabilizar a oferta de produtos para clientes de menor porte, apontando caminhos para uma atuação qualificada de ambas as empresas na comercialização varejista, após a abertura total do mercado livre, prevista para 2024. A startup usa ambiente digital para conectar os agentes na geração compartilhada, sem precisar instalar placas solares fotovoltaicas ou outro tipo de sistema de geração em seus estabelecimentos. Atua em Minas Gerais e no Distrito Federal com uma cartela de geradores que somam 300 MW. (Agência CanalEnergia – 03.12.2020)

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4 BB quer chegar a 90% de energia renovável até 2024

Após iniciar investimentos em fazendas solares para abastecer sua rede de agências, o Banco do Brasil traçou uma meta ambiciosa e pretende atingir, até 2024, um nível de suprimento de energia 90% renovável. O objetivo será alcançado por meio de geração distribuída remota, com 22%, e pelo mercado livre, com 68%. “É um compromisso do banco com a eficiência e com a sustentabilidade dos seus negócios. É uma meta desafiadora, mas plenamente factível de ser cumprida até 2024”, disse o vice-presidente Corporativo da instituição, Mauro Ribeiro Neto. Atualmente, 10% da eletricidade consumida pelo banco já é solar. Outros 20% são adquiridos no mercado livre, a partir de fontes renováveis – a energia vem da EDP e da Fazol, selecionadas por meio de licitação. (O Estado de São Paulo - 04.12.2020)

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5 Escopo Energia: TCU está correto sobre retirada de subsídios para GD

A diretora da consultoria Escopo Energia, Lavinia Hollanda, avalia como correto o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a necessidade de retirada dos subsídios para a micro e minigeração distribuída. “A argumentação do TCU está correta. Ninguém é contrário à geração distribuída e nem está dizendo que ela não tem que existir. Muito pelo contrário. O caminho é cada vez mais haver descentralização, por meio da GD. Mas, a rede precisa ser remunerada”, disse Lavínia, lembrando que mesmo os que produzem sua própria energia continuam usando a rede de distribuição. Ela aponta que por vezes a conexão de muitos sistemas de micro e minigeração distribuída à rede de distribuição gera a necessidade de investimentos para que essa suporte a quantidade de energia injetada. Para a executiva, mesmo com a retirada de subsídios o investimento em geração distribuída continuará compensando. (Brasil Energia - 04.12.2020)

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Armazenamento de Eletricidade

1 União Europeia: meta de se tornar o segundo maior mercado de baterias

O comissário de Meio Ambiente da UE, Virginijus Sinkevicius afirmou que a UE se tornará o segundo maior mercado global de baterias. O bloco já investiu bilhões em seu projeto Battery Alliance para competir com a Ásia, atualmente o único fornecedor europeu de baterias para veículos elétricos. O valor de mercado da bateria da região chegará a 250 bilhões de euros (US $ 300 bilhões) em 2025, com capacidade de produção capaz de atender à demanda da indústria automobilística, de acordo com estimativas da Comissão Europeia. A Alemanha e a França estão liderando o esforço para implantar uma indústria europeia de baterias. No ano passado, a UE aprovou 3,2 bilhões de euros em ajuda para um projeto que abrange sete países e inclui gigantes industriais como a BASF e as montadoras BMW e PSA Group. (Automotive News Europe – 30.11.2020)

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2 União Europeia: padrões de bateria mais rígidos e sustentáveis

A UE terá como objetivo estabelecer um padrão global no mercado de baterias quando propuser regulamentos no próximo mês para garantir que todas as baterias comercializadas na região sejam mais sustentáveis ao longo de seus ciclos de vida. Para isso, a UE exigirá um fornecimento mais responsável de matérias-primas, usando energia limpa na produção, reduzindo a participação de substâncias nocivas, aumentando a eficiência energética e melhorando sua durabilidade, disse o comissário de Meio Ambiente da UE, Virginijus Sinkevicius. As novas regras afetarão as baterias fabricadas no bloco de 27 países e trazidas do exterior, disse ele. O futuro cada vez mais elétrico da região faz parte do Green Deal, uma estratégia abrangente que afetará toda a economia. Para cumprir sua meta de zerar os GEE até 2050, a UE precisa cortar as emissões dos transportes em 90%. (Automotive News Europe – 30.11.2020)

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3 WoodMac: maior produção de bateria dos EUA no T3

A indústria de armazenamento de energia dos EUA bateu seu recorde trimestral de instalações com um influxo de grandes projetos no terceiro trimestre. A indústria tinha acabado de bater recordes no segundo trimestre, mas bateu o desempenho do período em 240%, instalando 476 MW, de acordo com o Energy Storage Monitor divulgado quarta-feira pelo Wood Mackenzie e pela Energy Storage Association. 2020 está a caminho de ser o primeiro ano em que o mercado de armazenamento dos EUA ultrapassa 1 GW de instalações e US $ 1 bilhão em valor de mercado. (GreenTechMedia – 03.12.2020)

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Mobilidade Elétrica

1 VW: regras de emissões devem acelerar eletrificação

As regras da UE para emissões de poluentes devem acelerar ainda mais a eletrificação dos carros da Volkswagen. Isso significa não só veículos 100% elétricos, mas também os híbridos, que já geram menos poluentes e economizam combustível. A meta inicial era de 40% de eletrificados para 2030, mas deve subir para 60% com novas restrições, segundo a VW. No início de novembro, a marca divulgou um investimento em tecnologias digitais e de VEs. O montante é de 73 bilhões de euros – R$ 470 bilhões. Esse dinheiro será aplicado ao longo dos próximos cinco anos; dos quais 35 bilhões (R$ 225 bi) vão para mobilidade elétrica. (O Estado de São Paulo – 30.11.2020)

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2 Elon Musk: VEs vão dobrar demanda por energia no mundo

O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, disse na terça-feira que o consumo de eletricidade dobrará se as frotas mundiais de automóveis se tornarem elétricas, aumentando a necessidade de expandir as fontes de geração de energia nuclear, solar, geotérmica e eólica. Aumentar a disponibilidade de energia sustentável será um grande desafio à medida que os carros eletrificam, uma mudança que levará duas décadas, disse Musk em uma palestra apresentada pela editora Axel Springer, de Berlim. Musk afirma que levará mais 20 anos para que os carros sejam totalmente elétricos, acrescentando que cerca de 5% dos veículos são substituídos todos os anos. (O Globo – 01.12.2020)

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3 Espanha: aumento de imposto baseado em emissões do veículo

A Espanha terá aumento potencial no imposto de registro baseado em emissões a partir de 1º de janeiro. A partir dessa data, a tarifa será baseada em números de emissões WLTP, que são maiores do que os valores atuais do NEDC; de acordo com a ANFAC, Associação Espanhola de Fabricantes de Automóveis e Caminhões, e outros grupos do setor, metade de todos os carros novos estará sujeita a um aumento de impostos. Os veículos que emitem menos de 120 g/km de CO2 estão isentos, enquanto aqueles que emitem de 121 g/km a 160 g/km pagam uma taxa de registro de 4,75% sobre o valor do veículo; a taxa de imposto aumenta para 9,75% de 161 para 200 g/km e atinge 14,75% sobre 200 g/km. (Automotive News Europe - 01.12.2020)

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4 França: vendas de carros novos caem e VEs crescem

Os registros de carros novos na França caíram 27% em novembro em comparação com o mesmo mês de 2019. As vendas de VEs, por outro lado, aumentaram. De acordo com a AAA Data, empresa que fornece soluções estatísticas para o mundo automotivo, os veículos movidos a combustível alternativo representaram 27% das vendas em novembro, com 9.600 vendas totalmente elétricas e 23.575 híbridos. Os trens de força híbridos (híbridos completos e híbridos plug-in) representaram 14% do mercado até novembro, em comparação com 5,6% em 2019. Os veículos totalmente elétricos responderam por 6,2% do mercado, em comparação com 1,9% em 2019. (Automotive News Europe - 01.12.2020)

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5 Volvo fabricará apenas veículos totalmente elétricos até 2030

A Volvo pretende que em 2025 todas suas vendas sejam de VEs. No entanto, Hakan Samuelsson, CEO da Volvo, foi além e disse que ficaria surpreso se a marca não entregasse somente carros totalmente elétricos a partir de 2030. Em 2019, a Volvo alcançou a marca recorde de 705.442 carros vendidos globalmente, sendo 45.933 unidades de híbridos plug-in, ou seja, menos de 7%. A partir do ano que vem, com o primeiro veículo 100% elétrico no portfólio teremos uma visão mais clara das possibilidades para os planos de se tornar uma marca 100% elétrica. (Inside EVs – 02.12.2020)

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6 Siemens: Eletrificação pode mudar modelo de concessão de transporte público

O CEO da área de Smart Infrastructure da Siemens, Sérgio Jacobsen, aponta que o uso de energia, incluindo energia renovável, será tão central que deve levar a mudanças significativas nas empresas que atuam na oferta de bens e serviços. Um exemplo é o transporte público. A cidade de SP havia começado a discutir novos modelos de concessão de transporte para expansão das linhas de ônibus elétricos, antes da pandemia. Com a necessidade de forte investimento em infraestrutura, por um lado, e por outro, com o ganho na redução de custo de fabricação, de manutenção, de combustível, maior vida útil dos veículos, menor nível de ruído para a cidade, menor poluição e ganhos em saúde, não faz sentido pensar no modelo de concessão atual. Jacobsen afirma que o ônibus elétrico passa a ser um acumulador de energia andando pela cidade, com custos menores, o que aguça interesse de empresas de energia, fabricantes de carrocerias e mesmo de fundos de investimentos para operar o transporte público. (Valor Econômico – 30.11.2020)

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7 UE: meta de 30 milhões de VEs até 2030

A Comissão Europeia pretende ter pelo menos 30 milhões de VEs nas estradas da região até o final da década. A meta está incluída em um documento de estratégia preliminar obtido pela Bloomberg News. A meta é ambiciosa considerando que cerca de 1,4 milhão de VEs estão sendo conduzidos na Europa agora, de acordo com a BloombergNEF. O pesquisador prevê que haverá 28 milhões de veículos híbridos plug-in e elétricos nas estradas até 2028. O plano mapeia metas para o setor de transporte mais amplo, exigindo que o tráfego ferroviário de alta velocidade dobre até 2030 e que as viagens programadas entre cidades de menos de 300 km se tornem neutras em carbono. Grandes aeronaves e navios com emissão zero devem estar prontos para o mercado em 2035, diz o documento. (Automotive News Europe – 03.12.2020)

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8 Audi: € 15 bilhões para eletromobilidade e hibridização

A AUDI AG planeja um investimento total de aproximadamente € 35 bilhões, apesar de um ambiente de negócios difícil, até 2025. Cerca de € 17 bilhões, totalizando metade do valor do investimento, são alocados somente para tecnologias futuras. A Audi reservou aproximadamente € 15 bilhões para eletromobilidade e hibridização, enfatizando assim a importância fundamental de seu eletro-roadmap. Especificamente, cerca de € 10 bilhões devem ser dedicados à eletromobilidade e € 5 bilhões à hibridização. Em 2025, a AUDI AG expandirá seu portfólio elétrico para cerca de 30 modelos, dos quais aproximadamente 20 serão alimentados inteiramente por baterias elétricas. (Green Car Congress – 03.12.2020)

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9 Não deve ocorrer migração radical para VEs no Brasil

O sócio líder em energia, óleo e gás da KPMG, Anderson Dutra, diz não imaginar que ocorra uma migração radical para o elétrico e que a gasolina terá vida longa, no mínimo até 2050, em especial no Brasil. Para ele, a eletrificação é um caminho sem volta e vai ocorrer em algum momento. Mas, até lá haverá um processo migratório que passará, por exemplo, pelo uso de biodiesel em caminhões e ônibus e de etanol em automóveis híbridos. O Brasil é o primeiro país a ter um híbrido que roda com etanol, o Toyota Corolla produzido na fábrica do grupo em Indaiatuba (SP). Além disso, as petroleiras trabalham para reduzir emissões de seus produtos. Um dos projetos em estudo é o diesel verde, uma mistura de diesel fóssil com biomassas cuja tecnologia de processamento, desenvolvida globalmente, é inédita, informa Valéria Lima, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). (O Estado de São Paulo – 05.12.2020)

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10 Brasil: mercado de VEs movimenta startups

Apesar de a frota brasileira de VEs ainda ser pequena, o crescimento das vendas chama a atenção. Estima-se que, até o final de 2020, estejam circulando 41,4 mil exemplares no País, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) – 60% a mais do que em 2019 e 3 vezes mais do que em 2018. No último mês, 70% das vendas da startup de eletromobilidade urbana Tupinambá, tanto de hardware para a fase de projeto da infraestrutura quanto de software, com aplicativo para controle do consumo individualizado de energia, foram para construtoras. O sócio-fundador da startup, Pedro de Conti, afirma que o mercado de construção civil precisa estar ao menos uns 5 anos à frente, já que os prédios que estão sendo construídos atualmente serão lançados em um momento em que a realidade do VE já será outra. (O Estado de São Paulo – 05.12.2020)

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11 SP: novos edifícios se preparam para recarga de VEs

Com a Lei Municipal 17.366, sancionada em março pelo prefeito Bruno Covas, que exige que os novos edifícios residenciais e comerciais prevejam soluções para recarga de veículos, essa realidade começa a fazer parte da paisagem de SP. Um exemplo é o da Auxiliadora Predial, que administra 3,5 mil condomínios em SP e PA. Em parceria com a Zletric, companhia especializada em energia para recarga, a empresa instalou 20 vagas verdes sem custo para os condomínios. Lançamentos imobiliários da incorporadora Lucio já estão nascendo com a facilidade implantada. É o caso do Prizma Paraíso, na zona sul de SP, que possui uma vaga por apto. com conector para VEs. Mais um edifício que já foi projetado com tomadas para VEs é o Inside Vila Nova Conceição, da Libcorp. Na Vila Madalena, a Paes & Gregory também está prestes a entregar um empreendimento com uma torre de carregamento à disposição dos moradores – e a mesma tecnologia estará presente em todos os lançamentos futuros da incorporadora. (O Estado de São Paulo – 05.12.2020)

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12 A proibição de veículos à combustão ao redor do mundo

A Inglaterra anunciou, no mês passado, a antecipação, de 2035 para 2030, da proibição de venda de novos carros movidos a gasolina ou diesel. O Japão também deve anunciar em breve uma proibição parecida, que entraria em vigor em meados de 2030. A China prevê colocar em vigor essa regra em 2035. Nos EUA, o Estado da Califórnia informou em setembro que, também a partir de 2035, veículos novos movidos a gasolina ou diesel estarão fora do mercado. Com o avanço das discussões ambientais em todo o mundo, as limitações a esses carros devem aumentar cada vez mais. E isso tem colocado grande pressão sobre a indústria do petróleo. (O Estado de São Paulo – 05.12.2020)

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Digitalização do Setor Elétrico

1 Siemens Gamesa financia estratégia de inovação com empréstimo do EIB

A Siemens Gamesa conseguiu um empréstimo de € 300 milhões do Banco Europeu de Investimento (EIB) para financiar sua estratégia de pesquisa, desenvolvimento e inovação até 2023. O empréstimo do EIB será usado para financiar projetos de RDI, incluindo: o desenvolvimento de soluções inovadoras para otimizar os componentes das turbinas eólicas, novos aplicativos para manutenção de turbinas e serviços de diagnóstico e aplicativos de computador para otimizar processos e produção de energia, variando de blockchain para a realidade virtual e inteligência artificial. O apoio do EIB também reforçará a capacidade de inovação da Siemens Gamesa, contribuindo para aumentar a capacidade de inovação e competitividade da empresa. (REVE – 02.12.2020)

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2 Moreira Franco: tirar Huawei do edital de 5G ‘atrasa’ e ‘encarece’ o processo

O ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco comemorou nesta quinta-feira, 3, a manutenção da empresa chinesa de tecnologia Huawei na proposta da Anatel com regras para o edital do leilão do 5G no Brasil. Ele afirmou que “tirar a chinesa da disputa atrasa e encarece” a implementação da estrutura do 5G no País. Na avaliação do político, qualquer decisão diferente “será política e ideologia”. Em meio à guerra comercial de EUA e China, o governo brasileiro vem sendo pressionado pelas duas potências. (O Estado de São Paulo - 03.12.2020)

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Artigos e Estudos

1 Artigo de professoras da USP: “Medidas para recuperação verde do Brasil”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Ana Maria de Oliveira Nusdeo e Caroline Medeiros Rocha Frasson, professoras da USP e membras da LACLIMA – Latin American Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action, falam sobre os desafios e oportunidades que se põe diante do Brasil quanto à retomada econômica sustentável. Segundo as autoras, “junto com as grandes perdas econômicas, ambientais e humanas, veio um sentimento de urgência em resolver o problema das mudanças climáticas. É, assim, que 2020 traz outra coisa: oportunidade!”. Elas concluem que “Entender as propostas e um green new deal no mundo e no Brasil exige pensar em várias chaves de análise: i) propostas que impliquem em maior ou menos dispêndio de recursos públicos; ii) propostas que exijam alterações estruturais e, portanto, legal de maior envergadura versus medidas de caráter pontual e iii) nível de governo encarregado de sua implementação”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 01.12.2020)

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2 Artigo de Gerson Berti (Apesc) sobre interrupções na rede elétrica e smart grids

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Gerson Berti, Presidente da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina, fala sobre interrupções na rede elétrica no Brasil e soluções integrando renováveis. O autor afirma que “o uso de fontes renováveis combinadas com redes inteligentes, micro redes locais, poderia minimizar as crises relacionadas às interrupções por acidentes ou situações adversas inesperadas. Temos um país repleto de riquezas naturais, porém, é preciso conciliar energia renovável com sistemas locais inteligentes, as smarts grids, tão conhecidas e já abundantemente testadas mundo afora.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.12.2020)

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3 Artigo de Alisson Castanho (Atech) sobre análises preditivas no setor de energia

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Alisson Castanho, Product Owner da Atech, fala sobre eficiência no setor elétrico através de inovação em análise preditiva. O autor afirma que “medidores inteligentes, dispositivos conectados e sensores de rede, entregando dados em tempo real, vão monitorar a qualidade do serviço e prever com precisão o consumo futuro de energia. Mas a coleta de dados nessa escala não tem sentido sem as ferramentas e estratégias certas para gerar insights valiosos. É por isso que o setor tem usado a análise preditiva para descobrir novas fontes de vantagem competitiva.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.12.2020)

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4 Aligning Stimulus With Energy Transformation: COVID-19 pode acelerar a descarbonização

Traçar uma transição mais rápida e financeiramente eficiente para um futuro 100% renovável foi o objetivo principal do recente relatório da Wärtsilä, Aligning Stimulus With Energy Transformation. O relatório examina como o estímulo destinado à recuperação econômica do COVID-19 também poderia acelerar a transição para a energia limpa e levar as emissões globais de carbono para um declínio estrutural. O relatório demonstra como o uso de investimentos de estímulo relacionados à energia para apoiar a energia limpa pode acelerar a descarbonização em cinco países-chave: Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Alemanha e Austrália. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (GreenTechMedia – 02.12.2020)

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5 Agência Internacional de Energia (IEA): Energy Efficiency 2020

Energy Efficiency 2020 é a última edição da atualização anual da IEA sobre o desenvolvimento global em eficiência energética. Por meio da análise de dados de energia, políticas e tendências tecnológicas, ele fornece uma visão abrangente das tendências de eficiência energética em todo o mundo. A eficiência energética desempenha um papel essencial na aceleração das transições de energia limpa e no cumprimento das metas globais de clima e sustentabilidade. O relatório deste ano se concentra no impacto da pandemia Covid-19 na eficiência energética e nos mercados globais de energia, bem como na análise das tendências de 2019. Ao analisar a inclusão e os impactos da eficiência energética em pacotes de estímulo, o relatório também destaca o papel da eficiência no apoio aos esforços de recuperação sustentável em todo o mundo, criando empregos e estimulando gastos, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 08.12.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara
Pesquisador: Mateus Amâncio
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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